Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Ponto de situação de 8 de março (domingo)

    Este é o ponto de situação ao final deste domingo, 8 de março de 2020, no que toca ao novo coronavírus:

    • Em Portugal, o número de contágios confirmados subiu para 30.
    • O maior foco continua a ser no Norte do país, com 23 casos. Segue-se Lisboa e Vale do Tejo, com seis casos. Depois, a zona Centro, de onde é originário um caso. No Algarve, foi também registado um caso, de uma menor de 16 anos, que foi internada em Lisboa este domingo. Além dos casos confirmados, há 56 que aguardam resultado laboratorial. Há também 447 pessoas em vigilância por parte das autoridades da saúde.
    • Perante a subida dos números em Portugal, a DGS tomou medidas que vão alterar a vida quotidiana de vários concelhos. Em Felgueiras e Lousada, dois municípios que representam o maior foco do país, foram encerradas todas as escolas e também serão fechados serviços como cinemas, piscinas, bibliotecas e outras zonas de grande concentração de pessoas. Na Amadora, foram encerradas duas escolas (a Escola Básica Roque Gameiro e a Escola Secundária da Amadora), cujas comunidades (alunos, funcionários e professores) deverão ficar em isolamento social profilático voluntário durante 14 dias — uma medida que surge depois de ter sido confirmada a infeção de um aluno de cada escola. Também no Porto as aulas na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto foram suspensas e os seus alunos estão “interditos de circular no edifício do Hospital de São João”. Em Lisboa, a Faculdade de Medicina também suspendeu aulas com doentes.
    • O Presidente da República anunciou que vai suspender a sua agenda oficial durante duas semanas e trabalhar a partir da sua residência particular, em Cascais. Em comunicado, Belém diz que o Presidente “deve dar exemplo reforçado de prevenção, sem embargo de continuar a trabalhar na sua residência particular”. Marcelo Rebelo de Sousa recebeu na semana passada em Belém uma turma de uma escola de Felgueiras onde um menor foi diagnosticado com coronavírus. Apesar de não apresentar sintomas, vai ser testado na segunda-feira.
    • No Hospital Santa Maria, em Lisboa, e no Hospital São João, no Porto, foram instaladas este domingo tendas para isolar casos suspeitos de infeção.
    • Fora de Portugal, destaque para Itália. Este domingo o país consolidou-se como o maior foco na Europa e passou a ser o segundo maior no mundo, ultrapassando a Coreia do Sul. O número de infetados já é de 7.375 e o número de mortos subiu de 233 para 366 — a maior subida do número de mortos desde o início do surto naquele país e aumento de 57% em apenas 24 horas. A situação adversa em Itália levou a que o Governo português desaconselhasse as viagens até àquele país, cujo governo proibiu saídas e entradas na maior parte do Norte — colocando em quarentena 16 milhões de pessoas.
    • O país com mais casos continua a ser a China, com 80.695 infetados e entre estes 3.097 mortos. Segue-se a Itália (7.375 infetados e 366 mortos), Coreia do Sul (7.313 casos e 48 mortos), Irão (6.566 casos e 194 mortes) e França (1.126, 19 mortos). De acordo com a contas da AFP, o número de infetados em todo o mundo às 17h00 era de 109.032, dos quais 3.595 morreram. O surto chegou a 99 países, para já.
    • Registou-se também a primeira morte no continente africano. Trata-se de um turista alemão de 60 anos que morreu no Egito.

  • Pessoas que contactaram com caso de Portimão devem manter "distância social"

    A delegada de saúde pública de Portimão apelou às pessoas que estiveram em contacto com uma aluna do ensino secundário infetada com Covid-19 que adotem medidas de “distanciamento social” para evitar a propagação do vírus. “Pelo menos até 20 de março toda a comunidade escolar deve monitorizar eventuais sintomas, adotando comportamentos de higienização e distanciamento social”, declarou a delegada de saúde pública Maria Filomena Agostinho, sublinhando que quem teve “contacto próximo” com a aluna “receberá dos serviços [Linha SNS24] uma indicação direta”.

    Aquela responsável, que falava aos jornalistas após uma reunião no Centro Municipal de Proteção Civil e Operações de Socorro de Portimão, sublinhou que a Direção-Geral da Saúde (DGS) irá monitorizar a situação durante o período de encerramento da escola frequentada pela aluna, que vigora a partir de segunda-feira.

    A reunião, convocada de emergência após a confirmação do caso, o primeiro a ser reportado no sul do país, juntou autoridades de Saúde, Proteção Civil, a direção da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes e diretores de turma. Questionada acerca do estado de saúde do resto da família da aluna, a delegada de saúde pública de Portimão adiantou que “ainda aguardam os resultados [aos testes de despiste do novo coronavírus]”, mas que “estão todos bem”.

    Segundo Maria Filomena Agostinho, os diretores de turma ficaram incumbidos de contactar “os encarregados de educação para lhes comunicar o encerramento da escola”, de forma a que não fossem “apanhados de surpresa com os portões fechados”. Relativamente à interrupção letiva e possíveis compensações, aquela responsável indicou que será depois a Direção Regional de Educação a pronunciar-se, mas sublinhou que se trata de uma questão a que aquele organismo está “sensível”, uma vez que as “próximas semanas seriam de testes e exames”.

    A delegada de saúde pública de Portimão frisou ainda que o país “se encontra em fase de contenção alargada” e que “o cidadão deverá ser o primeiro a contribuir para a contenção”, acrescentando que, para já, esta é a única escola a encerrar na cidade algarvia. “A unidade de saúde pública de Portimão continuará a acompanhar a situação, informando publicamente a evolução dos factos sempre que se justifique”, concluiu.

    A estudante da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes, em Portimão, no distrito de Faro, foi hoje diagnosticada com Covid-19, o primeiro caso confirmado no sul de Portugal, depois de ter estado em Itália, na semana de interrupção do Carnaval. Uma nota divulgada na página na internet do Agrupamento de Escolas Manuel Teixeira Gomes adianta que a aluna regressou à escola em 27 de fevereiro e “foi diariamente acompanhada pela equipa do SNS24”, tendo hoje sido diagnosticada com a doença.

    (Agência Lusa)

  • Amadora: Escola Básica Roque Gameiro e Escola Secundária da Amadora encerradas até 20 de março

    Na Amadora, foi decretado o encerramento de duas escolas do concelho: a Escola Básica Roque Gameiro e Escola Secundária da Amadora encerradas até 20 de março. Da mesma forma, os seus alunos, funcionários e professores terão de ficar em isolamento social profilático voluntário durante 14 dias.

    Esta medida foi anunciada à comunidade escolar num comunicado assinado às 23h15 deste domingo, 8 de março.

    Naquele comunicado, lê-se que além da professora de físico-química da Escola Básica Roque Gameiro, que foi diagnosticada com coronavírus na semana passada, este domingo foram confirmados outros dois casos — agora de dois alunos. Um deles é na mesma escola e outro é na Escola Secundária da Amadora.

    Desta forma, o encerramento destas duas escolas foi decretado e estará em vigor durante 14 dias. Ou seja, ambos os estabelecimentos estarão encerrados até 20 de março. Toda a comunidade escolar deverá ficar em casa, evitando receber visitas e prestando atenção a eventuais sintomas.

  • Aulas na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto suspensas

    O gabinete de imprensa da Unviersidade do Porto, informou esta noite, em comunicado, que tendo em conta a deliberação do Conselho de Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), que determina a suspensão das atividades formativas com doentes ou profissionais daquele centro hospitalar, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) viu-se obrigada a:

    • Suspender de imediato todas as atividades letivas do seu Mestrado Integrado em Medicina;
    • Estender esta suspensão aos hospitais afiliados.

    “Todos os estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto estão, desde já, interditos de circular no edifício do Hospital de São João”, adianta o mesmo documento, acrescentando que “durante a próxima semana a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto irá envidar todos os esforços no sentido de se virem a adotar as medidas necessárias para mitigar o impacto desta suspensão nos seus estudantes”.

    Determinado ficou ainda que o atendimento da Associação de Estudantes da FMUP será transitoriamente deslocado para o edifício do Centro de Investigação Médica da faculdade, situado na Rua Doutor Plácido da Costa, nas traseiras do Hospital São João.

  • DGS encerra todas as escolas de Felgueiras e Lousada

    A DGS anunciou em comunicado enviado às redações que serão encerradas não só todas as escolas privadas e públicas de Lousada e Felgueiras como também outros locais específicos onde existe a possibilidade de haver uma concentração significativa de pessoas.

    Além das escolas, serão encerrados temporariamente os seguintes locais: “Estabelecimentos de lazer/culturais e de utilização pública, designadamente ginásios, bibliotecas, piscinas, espaço para eventos e cinemas”.

    A DGS diz ainda aos habitantes daqueles dois concelhos que “devem evitar deslocações desnecessárias e participar em reuniões com elevado número de pessoas, de forma a reduzir o número potencial de pessoas contagiadas”.

    No mesmo comunicado, a DGS concretiza também os números relativos ao novo coronavírus na região Norte. O número total de casos é de 23 (nenhum em cuidados intensivos) e entre estes 19 correspondem ao mesmo foco. Aguarda-se ainda os resultados laboratoriais de 21 pessoas.

    A DGS contabilizou ainda 646 contactos identificados entre todas estas pessoas. No caso específico de contactos com pessoas que estão ou em isolamento profilático ou em vigilância ativa, contaram-se 296 interações.

  • Universidade do Porto alerta população académica para COVID-19

    Face ao caso confirmado de infeção por COVID-19 na Universidade do Porto (Faculdade de Farmácia) foi este domingo enviado um comunicado a toda a população académica explicando os seguintes conceitos:

    1. Definição de casos:

    Caso suspeito
    Doente com infeção respiratória aguda (início súbito de febre ou tosse ou dificuldade respiratória), sem outra etiologia que explique o quadro + História de viagem ou residência em áreas com transmissão comunitária ativa*, nos 14 dias antes do início de sintomas;

    Ou
    Doente com infeção respiratória aguda + Contacto com caso confirmado ou provável de infeção por SARS-CoV-2 ou COVID-19, nos 14 dias antes do início dos sintomas;

    Ou
    Doente com infeção respiratória aguda grave, requerendo hospitalização, sem outra etiologia.

    *Áreas com transmissão comunitária ativa:
    Ásia: China, Coreia do Sul, Japão, Singapura
    Médio Oriente: Irão
    Europa: Regiões de Itália: Emiglia-Romagna, Lombardia, Piemonte, Veneto

    Caso Confirmado
    Caso com confirmação laboratorial de SARS-CoV-2, independentemente dos sinais e sintomas.

    2. Definição de contactos: Neste momento de contenção, pretende-se identificar os contactos para interromper a cadeia de transmissão da doença, assim temos:

    Contactos próximos, alto risco de exposição, isto é, as pessoas que contactaram com um caso confirmado de COVID-19:
    – Em coabitação;
    – Com contacto físico direto (aperto de mão);
    – Com contacto em proximidade (frente a frente) ou em ambiente fechado (ex: gabinete, sala de aulas, sala de reuniões, sala de espera), a menos de 2 metros durante mais de 15 minutos;

    Contactos casuais, baixo risco de exposição, isto é, as pessoas que contactaram com um caso confirmado de COVID-19:
    – Em contacto esporádico (em movimento/circulação)
    – Em contacto frente a frente a uma distância inferior a 2 metros e e durante menos de 15 minutos;
    – Em contacto em ambiente fechado, a uma distância superior a 2 metros ou durante menos de 15 minutos.

    3. Os contactos serão vigiados de acordo com o risco de exposição:
    – Contacto próximo com alto risco de exposição – a vigilância pela Autoridade de Saúde durante os 14 dias de isolamento profilático
    – Contacto casual com baixo risco de exposição – a vigilância é feita pelo próprio, durante os 14 dias (período de incubação do vírus), através do registo de febre, 2x/dia, da restrição dos contactos sociais e ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) se surgirem sintomas.

    No mesmo comunicado, a Universidade do Porto revelou que além do encerramento temporário da Faculdade de Farmácia e ICBAS, até 20 de março, até ao momento “não existe fundamento técnico e epidemiológico para proceder ao encerramento nas demais faculdades”.

  • Instalações partilhadas entre a Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP) e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) encerradas até 20 de março

    Um dos mais recentes casos confirmados por COVID-19 em Portugal é um membro da comunidade académica da Universidade do Porto. “Trata-se de uma estudante da Faculdade de Farmácia, com ligação a um outro caso externo à Universidade do Porto, que havia sido diagnosticado após o regresso de uma viagem a Itália”, afirmou esta noite o gabinete de imprensa da Universidade do Porto.

    Como medida preventiva para minimizar o risco de propagação do novo coronavírus, foi determinado, pela Direção-Geral da Saúde, o encerramento por 14 dias das instalações partilhadas entre a Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP) e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), localizadas na Rua Jorge de Viterbo Ferreira, ao Palácio de Cristal.

    Este domingo realizou-se uma nova reunião entre a Universidade do Porto e as autoridades de saúde para determinar as medidas a ser aplicadas perante o encerramento das instalações. Os procedimentos definidos em coordenação com as autoridades de saúde são os seguintes:

    1. As instalações partilhadas pela Faculdade de Farmácia (FFUP) e o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) serão encerradas até ao dia 20 de março. Não estão incluídas nesta decisão outras instalações destas faculdades como o Campus de Vairão.

    2. Todas as atividades letivas da FFUP e do ICBAS estão suspensas, independentemente do local onde ocorram.

    3. Serão mantidos os serviços da FFUP e do ICBAS considerados essenciais, a serem definidos pelos diretores de cada uma das faculdades.

    4. Todas as restantes instalações da Universidade do Porto (incluindo aquelas que são frequentadas por membros da FFUP e ICBAS) manter-se-ão abertas e em atividade regular por indicação das autoridades de saúde.

    5. As autoridades de saúde estão a notificar todas as pessoas que tiveram contacto direto e continuado com a estudante com COVID-19, para que se remetam a um isolamento profilático nas suas residências, conforme as indicações que lhes serão transmitidas pelo Delegado de Saúde. De acordo com as Autoridades de Saúde, por contacto próximo entende-se colegas de turmas, grupos de trabalho, docentes e assistentes das aulas frequentadas. (ver documento em anexo com indicações das Autoridades de Saúde)

    6. Todos os restantes estudantes, docentes, investigadores, colaboradores e demais utilizadores do complexo ICBAS/FFUP – habituais ou esporádicos – são categorizados pelas autoridades de saúde como contactos casuais e não necessitam de se remeter a isolamento profilático. Recomenda-se autovigilância de sintomas, nomeadamente através da medição de temperatura corporal duas vezes por dia, e restrição dos contactos sociais (não comparecer a eventos em espaços fechados onde haja grande aglomeração de pessoas; não estão incluídas nesta categoria as aulas de qualquer tipo).

    Todos os procedimentos foram comunicados à comunidade académica da Universidade do Porto, lembrando para a necessidade de seguir as medidas básicas de higiene recomendadas pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais.

    “A Universidade do Porto criou, recentemente, uma task-force para a COVID-19 – composta por especialistas em saúde pública e outras entidades – responsável pelo desenvolvimento do Plano de Contingência da instituição. A equipa está em contacto permanente com as autoridades de saúde e a situação é avaliada diariamente”, acrescentou em comunicado.

  • Hospital de S. João adota medidas restritivas no acesso às instalações

    Esta noite, o Hospital de S. João, no Porto, anunciou que no âmbito da infeção pelo novo coronavírus, o Comité de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional decretou Emergência de Saúde Pública de Âmbito Internacional. De acordo com o European Centre for Disease Prevention and Control (ECDC), o impacto potencial dos surtos por SARS-CoV-2 é elevado.

    “Nesta fase, de contenção da propagação do vírus, a presente norma, descreve procedimentos a adotar em relação à prevenção de transmissão hospitalar, adotando uma política restritiva no acesso às instalações do Centro Hospitalar de São João (CHUSJ), de acordo com as recomendações internacionais, com o objetivo de garantir a segurança dos doentes e dos profissionais de saúde”, revelou o hospital em comunicado.

    Nesse sentido, deliberou algumas medidas que terão efeito a partir de amanhã, dia 9 de março:

    1. Visitas

    a. De acordo com a decisão da DGS e do Ministério da Saúde, suspendem-se as visitas aos doentes;

    2. Estudantes (de todas as áreas e grupos profissionais)

    a. Suspender todas as atividades de formação, nomeadamente aulas, estágios ou visitas de estudo, em que participem doentes ou profissionais do CHUSJ, ou sejam realizadas nas instalações do CHUSJ;

    b. Recomendar à Universidade do Porto e à Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, a suspensão das atividades que exigem a presença física dos alunos ou docentes, promovendo abordagens de ensino à distância;

    c. Recomendar à Associação de Estudantes da Faculdade de Medicina do Porto, a suspensão de todas as atividades que exigem a presença física dos alunos;

    3. Agentes de promoção de bens ou serviços, incluindo empresas farmacêuticas e de dispositivos médicos

    a. Suspender as visitas às instalações do CHUSJ;

    4. Parceiros ou interlocutores institucionais, no âmbito das atividades essenciais da instituição, nomeadamente prestadores de serviços ou distribuidores de bens (ex. assistência técnica, lavandaria, gestão de resíduos, alimentação, limpeza, fornecedores de materiais ou equipamentos)

    a. Limitar a sua entrada nas instalações do CHUSJ ao que for considerado imprescindível pelos respetivos serviços, devendo ser adiadas todas as deslocações que não forem consideradas muito relevantes;

    5. Voluntariado e associações com fins sociais

    a. Suspender, nas instalações do CHUSJ, as atividades da Associação de Voluntariado do Hospital de São João e das associações com fins sociais (nomeadamente: Liga dos Amigos do Hospital de São João, Fundação Infantil Ronald MacDonald, Fundação do Gil, Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, Operação Nariz Vermelho – Associação de Apoio à Criança, Associação Nuvem Vitória, Bebes de São João);

    6. Consultas Externas e Hospital de Dia

    a. Recomendar aos utentes que têm marcação de consulta externa/hospital de dia, se estiveram fora do país nos últimos 14 dias, em regiões de risco determinadas pela DGS, ou tiverem tido contacto com pessoas que permaneceram nesses locais, deverem previamente contactar a Linha de Saúde SNS24;

    b. Recomendar que nos dias e horas de marcação, se a situação clínica o permitir, os utentes se dirijam sem acompanhantes à consulta externa ou hospital de dia, e em caso de necessidade que se façam acompanhar no máximo por um acompanhante.

    c. Sublinhar a necessidade do cumprimento rigoroso dos horários das consultas externas, de forma a evitar a concentração de utentes e acompanhantes nas salas de espera;

    d. Reforçar a determinação de promover, sempre que seja clinicamente possível, por indicação do médico assistente e com a concordância do utente, a possibilidade de se realizarem consultas não presenciais.

  • Governo português desaconselha viagens a diversas regiões de Itália

    O gabinete da Secretária de Estado das Comunidades desaconselhou “a realização de qualquer viagem à província chinesa de Hubei, a diversas regiões de Itália e viagens não essenciais” a três países afetados pelo novo coronavírus. A nota publicada no portal das Comunidades começa por referir que a evolução do número de casos diagnosticados e a disseminação da doença provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), ao longo das últimas semanas, “recomendam a adoção de medidas preventivas e uma ponderação cuidada quanto à realização de deslocações, em especial às regiões mais afetadas”.

    Neste quadro, o Governo “desaconselha” a realização de “qualquer viagem à província chinesa de Hubei, a diversas regiões de Itália e de viagens não essenciais”, a vários locais da China, Irão e Coreia do Sul, acrescenta o alerta do gabinete da Secretária de Estado das Comunidades.

    República Popular da China, Irão, Coreia do Sul (cidades de Daegu e Cheongdo e a província de Gyeongsang-buk) são os locais referidos na nota como aqueles para os quais os portugueses também não deverão viajar a não ser que sejam viagens consideradas essenciais.

    No final de janeiro, o Governo já tinha emitido um alerta a desaconselhar todas as viagens não-essenciais à China.

    O primeiro-ministro italiano anunciou hoje a proibição de entradas e saídas da Lombardia e de outras 14 províncias para limitar a propagação do Covid-19, uma medida que pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas em cidades como Milão, Veneza ou Parma.

    No comunicado divulgado hoje no portal das comunidades, recomenda-se ainda aos cidadãos portugueses que “consultem os Conselhos aos Viajantes referentes aos países de destino, em virtude de constantes alterações locais em países cujas autoridades estão a implementar medidas adicionais de proibição de entrada”.

    “Os viajantes devem ainda seguir atentamente as recomendações e orientações publicadas pela Direção-Geral da Saúde, pela Organização Mundial da Saúde e pelas autoridades de saúde dos países de destino, nomeadamente no que diz respeito às medidas de higiene”, refere.

    O gabinete da secretária de Estado das Comunidades alerta também para o facto de que em Itália, e em virtude das medidas adotadas por aquele país, “a Embaixada de Portugal e os consulados honorários (…), embora em funcionamento, poderão ter as suas atividades condicionadas”.

    A nota reforça que os viajantes devem informar-se junto das companhias aéreas quanto ao eventual cancelamento de voos e junto das autoridades do país de destino quanto a eventuais restrições de entrada e à circulação que possam ter sido adotadas em resposta ao Covid-19, em especial no caso de a pessoa ter efetuado deslocações recentes a áreas afetadas.

    De forma a facilitar o contacto com os postos consulares, em caso de emergência, o Governo aconselha também os viajantes “a efetuarem o registo das suas viagens na aplicação Registo Viajante.

    Em casos de comprovada emergência consular, os cidadãos poderão contactar o Gabinete de Emergência Consular através dos contactos telefónicos +351 217 929 714 ou +351 961 706 472 e do endereço de correio eletrónico gec@mne.pt.

    “As pessoas que regressem de áreas afetadas devem estar atentas ao surgimento de febre, tosse e eventual dificuldade respiratória. Se surgirem estes sintomas, não se devem deslocar aos serviços de saúde, mas ligar para a linha SNS24 (808 24 24 24) e seguir as orientações que lhes forem dadas. Por regra não se recomenda qualquer tipo de isolamento de pessoas sem sintomas”, sublinha.

    (Agência Lusa)

  • Ordem apela a todos os médicos para reforçar capacidade de resposta

    O bastonário da Ordem dos Médicos apelou hoje a todos os médicos para reforçarem a resposta dos serviços públicos ao novo coronavírus, pedindo aos que estão fora do Serviço Nacional de Saúde que também ajudem, incluindo os reformados. Numa carta enviada a todos os médicos, o bastonário Miguel Guimarães apela ao espírito solidário e humanista dos clínicos, sobretudo os que já saíram do Serviço Nacional de Saúde (SNS), e recorda que o novo coronavírus já é uma pressão acrescida num SNS “alvo de grande desinvestimento ao longo dos últimos anos”.

    Nesta altura em que enfrentamos o surto do novo coronavírus (Covid-19), escrevo-vos evocando o nosso passado e presente, apelando à vossa colaboração direta neste desafio de saúde pública internacional, considerado pela OMS uma emergência”, sublinha o bastonário.

    Em declarações à agência Lusa, Miguel Guimarães diz que os médicos “podem não ser necessários já, mas os portugueses podem precisar deles amanhã”. “A questão básica é estarmos preparados”, afirma o bastonário, apontando o sentido humanista e solidários que os médicos têm demonstrado em alturas difíceis para o país e sublinhando que o objetivo é “ajudar o Ministério da Saúde, a Direção-Geral da Saúde e o Governo a ultrapassar esta fase difícil”.

    Na carta, Miguel Guimarães frisa também que o apelo que deixa tem “uma relevância especial para os médicos que já saíram do SNS, nomeadamente, os reformados, mas também para os médicos que, estando a trabalhar no SNS, possam dar um contributo adicional, caso venha a ser necessário”.

    Ser médico é estar na linha da frente nos momentos difíceis e tentar influenciar favoravelmente o rumo dos graves problemas que assolam a nossa população, com espírito de solidariedade e grande sentido humanista para com a nossa sociedade e, acima de tudo e sempre, para com os nossos doentes”, lembra.

    “É por isso que me dirijo a todos vocês num momento em que o mundo atravessa uma emergência de saúde pública internacional de risco ´muito elevado´, crise que também atinge o nosso país, sobre a qual ainda há dados incipientes, mas em que estamos certos que, com tranquilidade, todos podemos ter um papel a desempenhar para minimizar o seu impacto”, escreve o bastonário da missiva.

    No apelo, Miguel Guimarães diz que a Ordem está em contacto e a pressionar a Direção-Geral da Saúde e o Ministério da Saúde para “garantir que os profissionais de saúde tenham acesso aos equipamentos de proteção adequados e, nomeadamente, ao equipamento de proteção individual para se resguardarem durante o contacto com potenciais doentes e doentes infetados”.

    Peço a todos os médicos que possam estar disponíveis para reforçar a capacidade de resposta dos nossos serviços de saúde nesta fase crítica, que se pode vir a agravar de forma considerável, que se inscrevam desde já, preenchendo todos os dados pedidos e autorizando a partilha destes dados para posterior contacto do Ministério da Saúde/DGS””, insiste o bastonário, num apelo a que os médicos podem responder no imediato, por correio eletrónico, manifestando a sua disponibilidade.

    O bastonário lembra que cada médico poderá dar o seu contributo na sua área de conforto e saber, libertando outros médicos, mais especializados, para que possam dar o seu contributo específico na área do Covid-19. “Aos que já fazem o SNS todos os dias, em condições muito difíceis, só posso agradecer antecipadamente o esforço extra que estão a fazer, e para o qual sei que estão à altura”, sublinha.

  • Marcelo Rebelo de Sousa testado ao coronavírus na segunda-feira

    O Presidente da República vai fazer o teste ao coronavírus amanhã, segunda-feira. Os resultados serão, depois, tornados públicos. As análises vão ser feitas depois de a Presidência ter anunciado que Marcelo Rebelo de Sousa decidiu ficar isolado em casa durante os próximos 14 dias, por precaução. O chefe de Estado recebeu em Belém uma turma da escola de Felgueiras que foi ontem encerrada, por ter registado um caso da infeção.

    A medida é apenas de prevenção. O Presidente da República não tem qualquer sintoma e continuará a trabalhar a partir da sua casa, em Cascais.

    Marcelo suspende agenda durante duas semanas e isola-se em casa depois de estar com alunos de escola encerrada

  • AFP: há quase 110 mil infetados em todo o mundo e perto de 3.600 mortes em 99 países

    A AFP, que juntou os dados disponibilizados por várias fontes oficiais em todo o mundo, coloca o número total de mortes pelo novo coronavírus em 3.595 em todo o mundo.

    Esta contagem, que foi concluída às 17h00 (hora de Lisboa) deste sábado, indica também que o número de contágios confirmados em todo o mundo é de 109.032, nos quais estão incluídos os mortos. O vírus já chegou a 99 países.

    Os números disponibilizados permitem perceber uma vez mais que o número de mortes oficialmente divulgado pela China está a diminuir ao passo que noutras zonas onde o surto é mais recente está a aumentar, como é o caso da Itália.

    Ainda assim, a China permanece de longe como o país com mais casos: 80.695 infetados e entre estes 3.097 mortos. Segue-se a Itália (7.375 infetados e 366 mortos), Coreia do Sul (7.313 casos e 48 mortos), Irão (6.566 casos e 194 mortes) e França (1.126, 19 mortos).

  • Moscovo: quem não se isolar após visitar países com focos pode ser preso

    As autoridades de Moscovo, capital da Rússia, vão prender todas as pessoas que não se isolarem depois de voltarem de países com maior predominância de coronavírus.

    De acordo com a Reuters, as autoridades moscovitas apontam para penas de prisão que podem ir até aos cinco anos.

    Este regime será aplicado a todos os que voltarem da China, Coreia do Sul, Irão, França, Alemanha, Itália e Espanha, tal como aos restantes que apresentarem sintomas.

    O período de isolamento deverá ser de 14 dias.

    A Rússia tem até agora 15 casos confirmados de coronavírus.

  • Projeto financiado por Bill Gates vai ajudar a que cada um possa fazer teste ao coronavírus sozinho e em casa

    Um projeto financiado por Bill Gates poderá permitir nas próximas semanas que qualquer pessoa em Seattle possa fazer o teste do coronavírus sozinho e em casa. De acordo com o The Seattle Times, os kits de teste ao domicílio passar uma espécie de cotonete no nariz e depois enviá-lo para um laboratório.

    Os resultados estarão disponíveis entre um a dois dias, sendo de seguida comunicados às autoridades sanitárias locais, de maneira a fazerem um rastreio eficaz do nível de contágio do vírus nas suas áreas de intervenção.

    De acordo com a informação do The Seattle Times, o laboratório que vai estar dedicado a este projeto terá numa fase inicial capacidade para analisar 400 testes por dia, podendo esse número vir a subir para mil.

    Seattle, no estado de Washington, é o maior foco de coronavírus nos EUA.

  • Turista alemão morre com coronavírus no Egito e é a primeira morte registada em África

    Um turista alemão de 60 anos morreu com o novo coronavírus durante uma viagem ao Egito. De acordo com comunicado do Ministério do Saúde do Egito, citado pela Reuters, o homem em causa foi internado nos cuidados intensivos foi transportado desde a cidade de Luxor, no rio Nilo, para um hospital em Hurghada e recusou-se a ser transferido para um hospital escolhido para o isolamento de pacientes.

    O Egito registou até agora um total de 48 casos de coronavírus, o que faz com que este seja o país africano com maior incidência de casos. Entre os 48 casos, 45 dizem respeito a um cruzeiro que está ao largo de Luxor. As notícias que referem este caso não referem que o turista alemão estava ou chegou a estar nesse cruzeiro.

    Esta é a primeira morte pelo novo coronavírus oficialmente confirmada em todo o continente africano.

  • Brasil: contagem de casos sobe para 24

    O Brasil tem mais cinco casos de coronavírus, o que eleva a contagem total para 24.

    Os cinco novos casos dividem-se desta maneira: três em São Paulo, um em Alagoas e outro no Rio de Janeiro.

  • Cardeal patriarca deixa mensagem aos que lutam contra o surto

    O cardeal patriarca de Lisboa enviou este domingo, através do Twitter, uma mensagem “de presença, cuidado e companhia” a todos os que lutam contra o surto de Covid-19.

    O cardeal patriarca, Manuel Clemente, em mensagem publicada no Twitter cerca das 18h00, deixou “uma palavra de presença, cuidado e de companhia a todos os que estão na frente da luta contra esta epidemia, concretamente os doentes, os familiares e os profissionais dos serviços de saúde”.

    “Juntos, iremos ultrapassar esta crise, para bem de todos”, acrescentou o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP).

    No sábado, também o bispo do Porto, Manuel Linda, recorreu a esta rede social para pedir aos “sacerdotes e diáconos” para que aproveitassem as cerimónias do fim de semana para “tranquilizar os fiéis a respeito do coronavírus e evitar pânico desnecessário”. Ao mesmo tempo, era-lhes pedida “responsabilidade ética” e que se cumpram as orientações emanadas da CEP.

    Na última segunda-feira, a CEP emitiu um comunicado em que exortava ao cumprimento das “indicações e normas da Direção Geral de Saúde”.

    “Como em situações semelhantes e em sintonia com outras conferências episcopais e dioceses, e para evitar situações de risco, recomendamos algumas medidas de prudência nas celebrações e espaços litúrgicos, como, por exemplo, a comunhão na mão, a comunhão por intinção [molhar a hóstia no vinho consagrado] dos sacerdotes concelebrantes, a omissão do gesto da paz e o não uso da água nas pias batismais”, acrescentava o comunicado do Conselho Permanente da CEP.

  • Mensagem atribuída à UNICEF que "qualquer máscara impede" o contágio (e outras mentiras) é falsa

    Está a circular nas redes sociais e em aplicações de troca de mensagens como o WhatsApp uma mensagem atribuída à UNICEF onde é feita uma descrição por pontos das características do coronavírus.

    Essa mensagem é falsa não só porque não é da autoria da UNICEF como também porque, apesar de conter alguns dados corretos, inclui informações erradas e que promovem a desinformação neste caso.

    Nesse texto, que circula pelo menos numa versão em inglês e outra em português, são escritas informações que não estão provadas e carecem de confirmação científica, como a ideia de que se deve evitar comer gelados e pratos frios “visto que o calor elimina o vírus” ou que “qualquer máscara impede a sua entrada no organismo”.

    Em comunicado, a UNICEF já disse que esta mensagem não é da sua autoria.

    “Uma mensagem errónea colocada circular online em várias línguas pelo mundo inteiro e a fazer-se passar por uma informação da UNICEF indica, entre outras coisas, que ao evitar comer gelado ou outras comidas frias se previne da doença. Isto, claro, é totalmente falso”, lê-se num comunicado assinado pela porta-voz da UNICEF Charlotte Petri Gornitzka. “Para os criadores de tais falsidades, temos uma mensagem simples: parem.”

  • Tim Cook, líder da Apple, diz aos funcionários: "Sintam-se à vontade para trabalhar de casa se o vosso trabalho o permitir"

    “Sintam-se à vontade para trabalhar de casa, se o vosso trabalho o permitir”. A mensagem é de Tim Cook, o presidente executivo da Apple, e foi enviada para todos os funcionários da empresa, avança a Bloomberg. Outras empresas tecnológicas, como o Twitter ou a Amazon, já tinha ativado a mesma medida para os empregados.

    Para já, esta medida na Apple aplica-se apenas à semana de 9 a 13 de março, que chama ao coronavírus “um evento sem precedentes” e um “momento desafiante”. Até à semana passada, a opção de trabalho remoto apenas tinha sido encorajada para trabalhadores na Califórnia e em Seattle.

    Cook afirma também que quer incentivar grandes aglomerados de trabalhadores para que, quem tem mesmo de se deslocar ao trabalho, possa fazê-lo “de forma descansada”, não pensando nos riscos acrescido a que pode estar submetido.

  • França: número de mortos sobe para 19, entre mais de mil contágios

    O número de vítimas mortais do novo coronavírus em França subiu para 19, de acordo com a última informação oficial naquele país.

    França, que é o quinto país com mais casos de coronavírus no mundo, registou também uma subida de contágios, atualmente nos 1.126.

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