O Senado dos Estados Unidos da América recomendou a todos os senadores e funcionários que deixem de utilizar o software de videochamadas Zoom, avançou o Financial Times. O que conselho veio de Michael C. Stenger, o responsável pelas operações e segurança do órgão legislativo norte-americano (o Sergeant at Arms of the United States Senate, em inglês), que disse a todos os senadores e funcionários para usarem outras plataforma.
Para já, o Zoom não está oficialmente banido desta entidade, contudo é a mais recente polémica em que o serviço criado e liderado por Eric S. Yuan está envolvido. Desde que começou a pandemia, o Zoom passou de dezenas de milhões de utilizadores para cerca de 200 milhões. Ao mesmo tempo, acumulou quatro processos judiciais (incluindo uma investigação iniciada pela procuradora-geral de Nova Iorque), foi banido pela Google, pela SpaceX, pelo Governo britânico e o FBI recomendou que não se usasse o serviço. Tudo por problemas de cibersegurança.
Usa o Zoom para videochamadas? Há preocupações em relação à privacidade
O responsável máximo do Zoom assumiu, na semana passada, que a empresa vai melhorar no que concerne a problemas de privacidade e cibersegurança. No entanto, as tentativas de Yuan — que, a 4 de abril, disse ao Wall Street Journal, “errei como presidente executivo” — em recuperar a confiança dos utilizadores podem não estar a resultar. Vários senadores americanos querem que a Federal Trade Commission (o equivalente dos EUA da CMVM), investigue também a empresa.
Apesar das criticas quanto a problemas de cibersegurança, outras instituições, fonte oficial do Pentágono disse ao Financial Times que ia continuar a utilizar o serviço.
O Zoom é um serviço gratuito de videoconferência que permite que até 100 pessoas façam parte de uma videochamada. Para permitir mais, há um serviço pago. A aplicação é utilizada por várias empresas tecnológicas, como o Facebook. Esta quarta-feira, a empresa anunciou que contratou Alex Stamos, o antigo responsável de segurança do Facebook, como consultor do Zoom.