A taxa de mortalidade no Reino Unido pelo novo coronavírus ultrapassou a de Espanha, de acordo com dados divulgados, esta quarta-feira, pelo site da Worldometros, depois do departamento de saúde britânico ter registado mais 359 mortes por Covid-19.

De acordo, ainda, com o site – que é um dos vários serviços on-line que rastreiam as estatísticas de coronavírus – o Reino Unido tem 585 mortes de coronavírus por um milhão de cidadãos, em comparação com as 580 em Espanha.

As autoridades de saúde do Reino Unido informaram, ainda, que o número de mortes por coronavírus no Reino Unido aumentou para 39.728. O número total de casos confirmados foi de 279.856, um aumento de 1.871 no dia anterior.

As of 9am 3 June, there have been 4,786,219 tests, with 171,829 tests on 2 June.

279,856 people have tested positive.

As of 5pm on 2 June, of those tested positive for coronavirus, across all settings, 39,728 have sadly died.

More info:

▶️https://t.co/xXnL3FU15k pic.twitter.com/g2ROPO66og

— Department of Health and Social Care (@DHSCgovuk) June 3, 2020

O parlamento espanhol aprovou, esta quarta-feira, o sexto e último prolongamento de duas semanas do estado de emergência, que se estende, agora, até 20 de junho, e está em vigor desde 15 de março, com o objetivo de lutar contra a Covid-19.

Durante o debate parlamentar, que teve lugar antes da votação, o chefe do executivo, Pedro Sánchez, salientou que se pode dizer que “o pior já passou” e que a pandemia foi ultrapassada “com esforço, disciplina social e moral de vitória”.

O Governo minoritário, formado por uma coligação entre o PSOE e o Unidas Podemos, não teve dificuldade em reunir uma maioria de deputados para votar, pela sexta vez, a continuação do estado de emergência. Isto, apesar do Partido Popular e o Vox, as duas maiores formações da oposição de direita, terem votado contra a prorrogação.

Numa votação em que a maioria dos membros da assembleia participou a partir de casa, através de meios digitais, votaram a favor 177 deputados, superando a maioria absoluta de 176 num total de 350 membros da assembleia, contra 155 e 18 abstiveram-se

As restrições à circulação automóvel na Zona de Emissões Reduzidas (ZER) da Baixa de Lisboa, inicialmente previstas para este verão, vão ser adiadas, anunciou Fernando Medina. O presidente da Câmara de Lisboa falava numa conferência de imprensa destinada a apresentar medidas de promoção da mobilidade ativa e de transformação do espaço público, na qual avançou a criação de 95 quilómetros de ciclovias até ao fim do próximo ano.

Questionado pelos jornalistas sobre a ZER Avenidas/Baixa-Chiado, anunciada no final de janeiro, o presidente da autarquia (PS) informou que vai propor à câmara uma “recalendarização” relativa ao desenvolvimento do projeto, que contempla restrições ao trânsito automóvel, bem como intervenções no espaço público, com a criação de mais ciclovias e área pedonal.

“Vou propor também que a entrada de funcionamento da zona de emissões reduzidas na dimensão da limitação da circulação automóvel, que estava prevista que ocorresse agora, que seja avaliada a sua data num momento posterior”, afirmou, sem adiantar datas. Fernando Medina diz não querer implementar mais perturbações à vida dos lisboetas, já alterada pela pandemia.

A pandemia do novo coronavírus já matou 382.016 pessoas e infetou mais de 6,4 milhões em todo o mundo desde dezembro, segundo um balanço da agência AFP, às 19h GMT desta quarta-feira, baseado em dados oficiais dos países.

Vírus já ultrapassou os 380 mil mortos e de 6,4 milhões de infetados no mundo

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa francesa, às 19h GMT (20h de Lisboa) desta quarta-feira 6.440.940 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados em 196 países e territórios desde o início da epidemia, em dezembro passado na província chinesa de Wuhan, dos quais pelo menos 2.768.700 são agora considerados curados.

Porém, a AFP avisa que o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do total real de infeções, já que alguns países estão a testar apenas casos graves que levam a internamento hospitalar, outros usam o teste como uma prioridade para o rastreamento e muitos estados pobres têm capacidade limitada de rastreamento.

A França registou 81 mortes em hospitais e lares nas últimas 24 horas, aumentando o número de óbitos no país provocados pela pandemia de Covid-19 para 29.021. Desse total, contabilizado desde o passado dia 1 de março, 18.671 mortes ocorreram em hospitais e as restantes 10.350 em casas de repouso e lares de idosos, segundo um comunicado da Direção Geral da Saúde francesa.

França ultrapassa 29 mil mortos devido ao vírus

Atualmente, 13.514 pessoas estão hospitalizadas com Covid-19 e 1.210 delas estão em unidades de cuidados intensivos, pelo que saldo entre entradas e altas mantém-se negativo, com 27 camas a menos ocupadas por pacientes em estado grave.

Pelo menos 5.628 indígenas que vivem na floresta amazónica em nove países da América do Sul, incluindo o Brasil, estão infetados e 548 morreram devido à Covid-19, refere um levantamento da Rede Eclesial Pan-Amazónica (Repam).

Floresta amazónica tem mais de cinco mil indígenas infetados

A organização, ligada à Igreja Católica, reúne dados sobre o número de indígenas infetados em todos os países que partilham a maior floresta tropical do mundo (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela) em parceria com a Coordenação das Organizações Indígenas da Bacia Amazónica (Coica).

O último levantamento, com dados até terça-feira, indica ainda que 93 povos indígenas da floresta amazónica já foram afetados pela doença do novo coronavírus.

O país com mais casos de Covid-19 registados entre indígenas é o Peru, com 2.191, seguido da Colômbia (1.809) e do Brasil (1.346).

Não é uma nem duas. São as quatro confederações patronais que integram a Concertação Social. Num comunicado conjunto, os patrões dizem que “o Governo se prepara para dar uma machadada letal no layoff simplificado”. Porquê? Porque na reunião de concertação na tarde/noite de terça-feira, a ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, disse que as duas modalidades do layoff – “a suspensão do contrato de trabalho e a redução do período normal de trabalho” ficam reservadas exclusivamente para as empresas que estão fechadas por obrigatoriedade legal.

“Nos demais fundamentos que, presentemente, possibilitam o recurso ao lay off simplificado, ou seja, quebra abrupta e acentuada de faturação ou paragem de atividade por interrupções no abastecimento, suspensão ou cancelamento de encomendas, a suspensão dos contratos de trabalho seria remetida para o regime de lay off constante do Código do Trabalho”, escrevem os patrões.

Para as confederações patronais, “truncar esses instrumentos, amputando-lhe um dos membros vitais à sua eficácia – e a possibilidade de suspensão dos contratos de trabalho é, a par da redução do período normal de trabalho, no regime do layoff simplificado, um vetor absolutamente crucial – acentuará drasticamente o risco de, o que hoje é sentido como dificuldade extrema, se transformar em verdadeira impossibilidade, no imediato ou a curtíssimo prazo”. “Não nos cansamos de reafirmar: é preferível apoiar emprego a pagar subsídios de desemprego”.

A posição conjunta da Confederação Empresaria de Portugal (CIP), da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) surge um dia antes de o Governo decidir em conselho de ministros o novo instrumento que vai suceder ao layoff simplificado.

O Tottenham, de José Mourinho, assumiu hoje ser o clube com um novo caso de Covid-19 revelado pela Premier League, mas mantém confidencial o nome da pessoa, não necessariamente futebolista. “Fomos informados pela Premier League de que tivemos um teste positivo para a Covid-19 após a última ronda de testes no nosso centro de treinos. Devido à confidencialidade médica, o nome da pessoa não será divulgado”, noticiaram os ‘spurs’ no seu sítio oficial na Internet.

Tottenham, de Mourinho, assume ser clube inglês com novo positivo

De um total de 1.197 futebolistas, equipas técnicas e outros funcionários testados na segunda e terça-feira, somente um resultou em positivo.

“Sendo assintomático, vai ficar sete dias em confinamento, cumprindo com o protocolo da Premier League, antes de ser submetido a mais testes”, acrescentou o clube londrino.

Portugal está em conversações com o Reino Unido para estabelecer uma “ponte aérea”. Em declarações à BBC 4, o ministro dos Negócios Estrangeiros explicou que a ideia é “garantir que os turistas britânicos que vão a Portugal não estejam sujeitos, no seu regresso, a nenhuma quarentena”.

Governo negoceia “ponte aérea” com Reino Unido para evitar quarentena dos turistas britânicos no regresso

Em comunicado, o município informa que as piscinas de Matosinhos, Perafita, Leça do Balio, Guifões, Senhora da Hora e Cústoias reabrem as portas esta quinta-feira, com aulas para crianças, adultos e classes livres, sujeitas sempre a marcação prévia. A exceção vai para as aulas destinadas à população sénior e às grávidas que, por indicação da Direção Geral de Saúde, continuam suspensas. “O acesso aos balneários está interdito, mas os utentes poderão usar cacifos para guardar os seus pertences, ainda que isso implique uma troca de calçado. É ainda recomendado o uso de óculos na piscina.”

Já nos ginásios MS Fit, também geridos pela empresa municipal de Matosinhos, as regras são um pouco mais apertadas. “As aulas de musculação não poderão exceder os 60 minutos e o uso de máscara é obrigatório em todas as instalações, exceto no período de treinos. O distanciamento entre os utilizadores dos ginásios é de 3 metros durante a atividade física e está proibido o contacto físico entre pessoas.”

Ensaios clínicos suspensos há mais de uma semana por preocupações com a segurança da hidroxicloroquina vão ser retomados num grupo de mais de 3.500 pacientes voluntários de 35 países.

OMS retoma ensaios clínicos com hidroxicloroquina em doentes com Covid-19

A Federação de Nadadores-Salvadores recomenda que os vigilantes privilegiem o salvamento “sem entrar na água” e abordem o náufrago sempre pelas costas. Máscaras e luvas só nos primeiros socorros.

Salvamentos “sem entrar na água” e máscara nos primeiros socorros. As novas regras para os nadadores-salvadores

Espanha regista um total de 27.128 mortes no país devido à pandemia de Covid-19, mais um do que o número de terça-feira. Quanto a novos casos, foram 219 nas últimas 24 horas.

Espanha com regista apenas uma morte nas últimas 24 horas. Balanço total é de 27.128 vítimas mortais

A Bélgica anunciou que os restaurantes, cafés e bares podem reabrir na próxima semana, uma medida que representa um alívio significativo nas restrições impostas naquele país por causa da pandemia de Covid-19, noticiou o jornal britânico The Guardian.

A partir de 8 de junho também haverá novas regras para as famílias. Cada indivíduo poderá contactar até 10 pessoas por semana. Os restaurantes, cafés e bares podem abrir portas caso tomem precauções, tais como a proibição do serviço ao balcão e os menus partilhados. Também será obrigatório o uso de máscara por parte do pessoal que está a servir e as mesas terão de estar a uma distância de metro e meio.

Os ginásios também poderão abrir, mas os desportos de contacto estão banidos e as piscinas vão manter-se fechadas até julho. As discotecas e os festivais só deverão ser autorizados no final de agosto. A Bélgica vai reabrir as suas fronteiras a 15 de julho.

Termina o debate quinzenal, os deputados seguem agora com a normal agenda da sessão plenária. A título de curiosidade, começa por se discutir uma petição pela “construção de unidade de saúde no Alto do Seixalinho”.

O primeiro-ministro diz que ficou “perplexo” que “depois de o país ter vivido uma situação tão dramática como tem vivido ao longo destes meses, de ter havido a necessidade de renovar o estado de emergência, com grande consenso político, sem nunca ter restringido a liberdade, com uma enorme autodisciplina da população, considerar que a democracia liberal está em perigo. Ó senhor deputado, por amor de deus, se há coisa que Portugal deu provas ao mundo foi que foi capaz de viver isto tudo com uma enorme tranquilidade da democracia liberal“.

António Costa diz que “com crises há sempre gente que acha que o discurso populista dá votinhos, olhe, é o caso do senhor deputado André Ventura. Agora, é por causa da crise? Não. É assim”. Como se responde a isto? “Devolvendo confiança, robustecendo o Serviço Nacional de Saúde que anunciavam o caos e respondeu às necessidades desta crise e com medidas de apoio às empresas”.

O deputado do Iniciativa Liberal diz que “nas crises se vê o melhor e pior das pessoas e das sociedades” e que nesta crise “há vírus que podem minar a democracia liberal que gostaríamos de manter”. O primeiro desses vírus, diz João Cotrim Figueiredo, é o “medo”, que se vê “na facilidade com que muitas trocam a liberdade por segurança ilusória”.

O deputado da Iniciativa Liberal diz que muitos” veem demasiados casos de atrasos, de burocracias, de compadrios nalgumas das medidas que têm sido tomadas para sair da crise”. Além disso, veem “duplicidade e confusão das regras sanitárias, caso dos eventos de partidos e não-partidos, de amigos e de não-amigos e também nas nomeações de paraministro”. E diz que a Iniciativa Liberal chamou com “carácter de urgência” António Costa Silva ao Parlamento para esclarecer a situação.

Pode ouvir aqui a intervenção de Cotrim Figueiredo, do Iniciativa Liberal, e a resposta do primeiro-ministro:

Iniciativa Liberal quer Costa Silva no parlamento com “carácter de urgência”

Agora é a vez de André Ventura, do Chega, que questiona Costa sobre António Costa e Silva: “Como e porque razão vai buscar um consultor externo, quando já foi buscar outro e tem o maior Governo da história? E se é ou não verdade que Siza Vieira vai para as Finanças e Centeno para o Banco de Portugal”. António Costa não responde a nenhuma das questões.

E Ventura passa para o autarca do PS (Azambuja) que esperava um cerco sanitário a um bairro de etnia cigana. “Há ou não um problema com os ciganos em Portugal?” Costa responde: “Não passo a concordar consigo quando passo a discordar com os meus autarcas e quando eles dizem o que o senhor diz eu discordo mesmo”.

Pode ouvir aqui a intervenção de André Ventura e a resposta do primeiro-ministro:

André Ventura diz que “autarcas do PS” dizem que “há problemas com os ciganos em Portugal”