A história de Maria Adelaide Coelho da Cunha, herdeira e antiga proprietária, há cem anos, do Diário de Notícias, é contada na longa-metragem “Ordem Moral”, que o realizador Mário Barroso estreia esta quinta-feira nos cinemas portugueses.

“Ordem moral” é protagonizado por Maria de Medeiros e conta a história verídica da abastada herdeira do Diário de Notícias, que em 1918 abandonou a família para viver com o motorista. Descoberta, foi internada compulsivamente pelo marido e dada como louca, condição que sempre negou. “O que me fascinava era aquela mulher cheia de garra, que lutou e ganhou, que teve a coragem de abandonar uma família, o conforto material, e de partir. De facto, ela era uma mulher livre, uma mulher que se bateu pelo seu desejo de viver a sua liberdade”, afirma Mário Barroso, na página oficial do filme.

Produzido por Paulo Branco, com argumento de Carlos Saboga, o filme concretiza o desejo de Mário Barroso filmar Maria de Medeiros: “Era a única atriz portuguesa que se adaptava à minha visão da Maria Adelaide, que correspondia exactamente àquilo que eu pensava, depois de tudo o que investigara, de tudo o que lera”.

Além de Maria de Medeiros, no filme entram ainda Marcello Urgeghe, João Pedro Mamede, João Arrais, Júlia Palha, Albano Jerónimo, entre outros.

Além de chegar esta quinta-feira aos cinemas portugueses, “Ordem Moral” estrear-se-á no dia 30, em França e está integrado, em outubro, na Mostra de Valência, em Espanha, e na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, no Brasil.

Mário Barroso, ator e realizador, tem uma longa carreira como diretor de fotografia, tendo trabalhado com nomes como Manoel de Oliveira, José Fonseca e Costa e João César Monteiro.

É autor de, entre outros, “Um amor de perdição” (2008), “O milagre segundo Salomé” (2004) e o telefilme “Amigos com dantes” (2005).

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