Os concursos internacionais para as direções de 18 equipamentos culturais da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), abertos em maio e junho deste ano, receberam um total de 146 candidaturas, indicou esta terça-feira à agência Lusa fonte oficial.

Contactado pela Lusa sobre o balanço dos candidatos que se apresentaram desde então, o gabinete de imprensa da DGPC precisou que 32 cidadãos estrangeiros figuram no conjunto de candidaturas, a maior parte de Espanha e Brasil.

“Entre os 146 candidatos que se apresentaram aos concursos figuram 32 cidadãos estrangeiros, verificando-se que, apesar da presença de diversas nacionalidades, a maior parte das candidaturas internacionais provem de Espanha e do Brasil. Há quatro candidatos portugueses com dupla nacionalidade”, aponta a DGPC.

Em maio e junho, a DGPC publicou avisos de abertura de concursos para a direção de 18 museus, palácios e monumentos tutelados, ambos publicitados em Diário da República e na imprensa nacional e internacional.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“Sem identificar nomes, dado impor-se o respeito pela privacidade de todos os candidatos, informa-se também que 11 candidaturas pertencem a diretores atualmente em funções nos equipamentos culturais da DGPC”, acrescenta a mesma fonte.

Quanto ao número de candidatos relativo a cada equipamento, varia entre um máximo de 13 e um mínimo de dois.

“Estes dados denotam uma significativa adesão do setor aos lugares abertos para a direção de museus e monumentos portugueses, tornados pela primeira vez acessíveis a cidadãos sem vínculo de emprego público e nacionalidade não portuguesa”, refere ainda a DGPC.

Em declarações à Lusa sobre os concursos para as direções dos museus e monumentos tutelados, a secretária de Estado Adjunta e do Património Cultural, Ângela Ferreira, disse que o processo decorreu sem incidentes.

“Neste concurso para as direções de 18 museus da DGPC, ficámos bastante satisfeitos com o decorrer do processo, sem incidentes e respeitando os prazos estipulados, sobretudo porque é o primeiro desta natureza e logo com uma dimensão internacional”, afirmou.

Ainda segundo a DGPC, estes concursos não incorporam o Mosteiro da Batalha, Convento de Cristo, em Tomar, Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa, e o Museu Nacional Resistência e Liberdade, em Peniche, cuja abertura para lugares de direção deverá avançar numa terceira fase.

Concluída esta fase de receção de candidaturas, segue-se o cumprimento das etapas seguintes de seleção legalmente definidas para este tipo de procedimento concursal, nomeadamente a avaliação dos candidatos por júris.