A nona edição do festival de fado Santa Casa Alfama, em Lisboa, realiza-se nos dias 24 e 25 de setembro, e vai homenagear Carlos do Carmo, fadista que morreu no passado dia 01 de janeiro, anunciou esta quinta-feira a organização.

Camané e Sara Correia são nomes já adiantados para o palco principal, assim como o jovem fadista Miguel Moura, vindo do Palco Futuro, onde atuou no ano passado.

No ano passado, o festival, por questões de segurança, em relação à pandemia, só teve 50% da lotação, mas este ano, “respeitando as regras sanitárias, como o uso de máscara, a colocação de postos de desinfetação e porque, sendo em final de setembro, já se espera ter sido atingida a imunidade de grupo, a expectativa é que se possa atingir os 75% da lotação”, disse à agência Lusa o promotor Luís Montez, da organização.

Luís Montez disse que o festival “é uma oportunidade de conhecer um bairro histórico da capital com a sua melhor banda sonora: o fado, género popular e transversal”.

O responsável referiu que o festival “atrai muitos turistas”, calculando-se que cerca de 15% dos espectadores são estrangeiros.

“Há um canadiano que é presença assídua desde a primeira edição, e há imensos franceses”, disse o responsável que referiu a localização estratégica do cais de Santa Apolónia, onde atracam vários paquetes.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O terminal de cruzeiros é um dos palcos deste festival, onde se realizará uma exposição sobre Carlos do Carmo, em parceria com o Museu do Fado, e se exibirá na fachada um espetáculo de ‘videomapping’ sobre o criador de “Canoas do Tejo”.

A homenagem ao cantor de “Os Putos” passa ainda pela inclusão de um tema do seu repertório, nas atuações de todos os fadistas.

“Trem desmantelado”, “Bairro Alto”, “Fado dos Cheirinhos”, “Fado do Campo Grande”, “Fado Excursionista”, “Pontas Soltas”, “Lisboa, Menina e Moça”, desde a sua morte hino da cidade, são alguns dos êxitos de Carlos do Carmo.

O Festival desdobra-se em diferentes palcos no bairro lisboeta de Alfama, sendo o palco Santa Casa, em frente ao rio Tejo, o principal e onde está previsto um espetáculo de homenagem a Carlos do Carmo (1939-2021), com vários intérpretes.

Neste palco atuam, no dia 24, Camané e Sara Correia.

Também neste palco atua, no dia seguinte, 25 de setembro, um dos destaques da edição deste ano, o jovem fadista Miguel Moura, que foi uma das presenças no Palco Futuro, na edição de 2020.

O Festival tem uma lotação prevista de 4.000 pessoas, estimando Luís Montez que, “este ano, cumprindo-se as regras sanitárias”, se atinja cerca de 3.000 espectadores.

Montez disse que o festival “é o acontecimento do ano” no meio fadista, pretendendo-se “que cada edição seja diferente e melhor, dando oportunidade de trabalho a todos”.

O preço do bilhete diário é de 20 euros e o passe para os dois dias custa 30 euros.