O Governo mexicano enviou uma carta à Zara, na semana passada, acusando-a de plagiar desenhos indígenas. Em causa está a última coleção da marca, que estará alegadamente a replicar os padrões de trajes que são bordados à mão por artesãos do sul do país, segundo o El País.

Na carta enviada pelo Ministério da Cultura mexicano, é exigido à Zara que explique publicamente “com que argumentos é que se privatiza uma propriedade coletiva”, uma vez que a origem “está identificada em diversas comunidades oaxaquenhas”. Pede ainda que a Zara diga divulgue qual será “a retribuição às comunidades criadoras”.

Os trajes em causa, que podem demorar um mês a serem bordados, encontram-se na cidade de Oaxaca, no sul do México, uma região conhecida pelas cultura indígena.

O jornal espanhol lembra que “a cruzada pela defesa dos direitos de propriedade intelectual das comunidades indígenas” já teve como alvos várias marcas, entre as quais a Louis Vuitton e a Carolina Herrera.

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Neste último caso, numa carta enviada há dois anos, estavam em causa desenhos de ponchos que, de acordo com o Governo mexicano, estariam a plagiar padrões que têm origem numa comunidade de Hidalgo, no centro do país.

Em Portugal, fez polémica a decisão da empresa Tory Burch de vender uma peça de roupa com inspiração em artesanato de Póvoa de Varzim, atribuindo erradamente os créditos a tradições mexicanas.

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