A francesa Alice Guy-Blaché era uma mulher dinâmica. Uma qualidade ideal para quando se é uma pioneira do cinema e a primeira mulher a ter rodado um filme (“La Fée aux Choux”, em 1896). E não se ficou só por esse. Entre esta data e finais da década de 20 do século XX, quando se retirou do cinema após a falência do grande estúdio que dirigia nos EUA, Alice Guy-Blaché tinha realizado, primeiro em França e depois na América, mais de mil filmes mudos, 22 deles de longa-metragem, incluindo uma das primeiras superproduções, “A Vida de Cristo” (1906), e o primeiro filme com um elenco todo composto por atores negros (“A Fool and his Money”, 1912).

Não contente com isto, ela foi ainda a primeira mulher a ser diretora de produção de um estúdio (a Gaumont, em Paris), e a fundar e dirigir uma produtora, a Solax, em 1910, com enormes e bem planeados estúdios em Nova Jérsia, ainda então nem se falava na Califórnia e em Hollywood, juntamente com o marido, Herbert Blaché, e um sócio, George A. Magie; uma das pioneiras do uso do som sincronizado com a imagem, e da colorização de filmes; e também nos EUA, além de nomes como John e Ethel Barrymore, dirigiu a atriz Lois Weber, que por sua vez se tornaria na primeira cineasta americana (e lhe ficou com o marido).

[Veja “La Fée aux Choux”:]

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