Os ginastas Diogo Abreu e Pedro Ferreira asseguraram esta sexta-feira uma vaga para Portugal na competição de trampolins nos Jogos Olímpicos Tóquio2020, ao chegarem à final da Taça do Mundo, em Brescia, Itália.
Diogo Abreu, 16.º no Rio2016, e Pedro Ferreira, ambos do Sporting, vão disputar a final, no sábado, depois de terem sido sexto e nono na qualificação, com 111.395 e 109.720 pontos.
A presença na competição de trampolins em Tóquio2020 aumenta a representação lusa na modalidade, depois de assegurado o apuramento de Filipa Martins, em ginástica artística. O melhor resultado português nas competições de trampolins em Jogos Olímpicos foi alcançada por Nuno Merino, em Atenas2004, com o sexto lugar.
Portugal tem 65 vagas com quinto ‘passaporte’ seguido nos trampolins masculinos
A qualificação de Diogo Abreu e Pedro Ferreira para a final da competição de trampolins da Taça do Mundo de ginástica, em Brescia, em Itália, aumentou para 65 as vagas da comitiva lusa para os Jogos Olímpicos Tóquio2020.
Diogo Abreu, de 27 anos, chegou à final da prova italiana, ao terminar no sexto lugar da qualificação, enquanto o também sportinguista Pedro Ferreira foi nono, beneficiando da presença de três japoneses entre os finalistas.
Nascido em Stanford, nos Estados Unidos, Diogo Abreu já esteve no Rio2016, tendo sido 16.º, enquanto Pedro Ferreira, natural de Vila do Conde, de 24, ainda procura a estreia olímpica. Os dois asseguraram esta sexta-feira a segunda vaga portuguesa para as competições de ginástica em Tóquio2020, juntando-se a Filipa Martins, na ginástica artística, e a quinta presença lusa consecutiva nas provas de trampolins masculinos.
Já definido ficou o nome do representante português na estreia do surf, com a designação de Frederico Morais para a competição masculina, depois de o cascalense, de 29 anos, ter assegurado a vaga, ao ser o melhor europeu nos Mundiais de 2019.
O andebol continua a ser a modalidade mais representativa na comitiva lusa, depois de ter assegurado a primeira presença de Portugal da modalidade e a estreia ‘oficial’ das modalidades coletivas de pavilhão, depois da participação lusa no torneio de demonstração de hóquei em patins em Barcelona1992.
No torneio pré-olímpico, a equipa das ‘quinas’, comandada por Paulo Jorge Pereira, assegurou a qualificação, poucos dias depois da morte do guarda-redes Alfredo Quintana, com um triunfo, nos últimos segundos, sobre a França por 29-28, com um golo do capitão Rui Silva, garantindo a presença de 14 andebolistas.
Segue-se o atletismo, com 12 representantes, com as maratonistas Carla Salomé Rocha (2:24.47 horas), Sara Catarina Ribeiro (2:26.40 horas) e Sara Moreira (2:26.42) e a velocista Cátia Azevedo, nos 400 metros.
Pedro Pablo Pichardo e Patrícia Mamona, que se sagraram campeões europeus em pista coberta, têm presença assegurada no concurso do triplo salto, tal como Evelise Veiga, enquanto Auriol Dongmo, igualmente campeã continental em pista coberta, vai participar no lançamento do peso.
Os também lançadores Francisco Belo, no peso, e Liliana Cá, no disco, vão estrear-se em Jogos, enquanto João Vieira, aos 45 anos, vai estar nos 50 km marcha, na sexta vez em Jogos – apesar de não ter iniciado os 20 km de marcha em Sydney2000 -, tornando-se no segundo luso com mais presenças, a uma do velejador João Rodrigues, enquanto Ana Cabecinha assegurou vaga nos 20 km marcha.
Portugal conta com oito vagas garantidas na canoagem, depois de Joana Vasconcelos ter vencido a derradeira hipótese de qualificação, em K1 500 metros, em Barnaul, na Rússia, repetindo a presença de Londres2012 — foi sexta classificada nas provas de K2 500, com Beatriz Gomes, e K4 500, com Helena Rodrigues, Beatriz Gomes e Teresa Portela.
A antiga atleta do Benfica, atualmente sem clube, ampliou a comitiva da modalidade, que já contava com Fernando Pimenta em K1 1.000 metros, Emanuel Silva, João Ribeiro, Messias Baptista e David Varela em K4 500 e Teresa Portela em K1 200, nas provas de canoagem de velocidade em Tóquio2020, e de Antoine Laynay, em slalom.
Já a natação lusa tem seis vagas garantidas, depois de José Paulo Lopes, do Sporting de Braga, ter alcançado a marca de qualificação nos 800 metros livres.
O atleta do Sporting de Braga assegurou a sua estreia olímpica, ao melhorar para 7.52,81 minutos o recorde nacional que já lhe pertencia (8.02,16), tornando-se o sexto nadador português com presença garantida nas piscinas de Tóquio, juntando-se a Gabriel Lopes e Alexis Santos, ambos nos 200 metros estilos, a Ana Catarina Monteiro, nos 200 metros mariposa, Diana Durães e Tamila Holub, ambas nos 1.500 metros livres, sendo que esta última tem também presença garantida nos 800 livres.
Portugal vai contar com cinco representantes nas competições de ténis de mesa, com Shao Jieni, apurada através do ‘ranking’ de qualificação, e Fu Yu, que tinha garantido o ‘passaporte’ graças à presença na final dos Jogos Europeus, que venceu, no torneio individual feminino, e com a equipa masculina, que venceu o seu grupo no torneio de qualificação olímpica.
Em Gondomar, os já olímpicos Marcos Freitas, Tiago Apolónia e João Monteiro asseguraram nova presença na prova de equipas, na qual no Rio2016 foram eliminados na primeira ronda pela Áustria. A qualificação da equipa garantiu também a vaga para dois portugueses na competição individual. Em 2016, Marcos Freitas, que caiu nos quartos de final, e Tiago Apolónia, eliminado na terceira ronda, foram os representantes lusos.
A representação na modalidade iguala a dos portugueses nas competições de vela, com os ‘repetentes’ Jorge Lima e José Costa, que, em 49er, foram os primeiros portugueses a assegurarem a presença em Tóquio2020, aos quais se juntaram, já em 2021, Carolina João, de 24 anos, para a competição de Laser Radial, e os irmãos Diogo Costa e Pedro Costa, em 470.
Portugal vai estar pela primeira vez nas provas femininas de ‘cross country’ olímpico (XCO), após um processo de qualificação para o qual contribuiu sobretudo Raquel Queirós. Aumentaram assim para quatro as vagas no ciclismo, incluindo outra estreia, igualmente no feminino, com Maria Martins no ciclismo de pista, depois de se ter qualificado através do ‘ranking’ de omnium.
No ciclismo de estrada, Portugal vai ter duas vagas em Tóquio, por via do 23.º lugar no ‘ranking’ olímpico, que dá à seleção o direito a ter dois ciclistas na prova de fundo, um dos quais com entrada para o contrarrelógio.
O oitavo lugar de Nelson Oliveira no contrarrelógio dos Mundiais de 2019 permitiu a Portugal ter pela primeira vez dois ciclistas no ‘crono’ em Jogos Olímpicos.
No equestre são também quatro as vagas asseguradas, com Luciana Diniz, nona no Rio2016, a garantir a presença na prova de obstáculos, ainda não sendo oficial que será a luso-brasileira a viajar para Tóquio.
Antes, já estavam assegurados três atletas na equipa de ensino, com a vaga conquistada por Maria Caetano, Rodrigo Torres, João Miguel Torrão e Duarte Nogueira no Europeu.
Pedro Fraga e Afonso Costa garantiram o apuramento em ‘double scull’ ligeiro, e asseguraram o regresso do remo nacional aos Jogos, após a ausência no Rio2016.
O veterano Pedro Fraga, de 38 anos, da Académica, vai estar pela terceira vez em Jogos Olímpicos, agora com o jovem Afonso Costa, do Clube Naval Setubalense, de 25 anos, depois do quinto lugar em Londres2012 e do oitavo em Pequim2008, em ambos fazendo dupla com Nuno Mendes.
Rui Bragança, de 29 anos, ‘carimbou’ o passaporte para a sua segunda presença olímpica consecutiva, no caso para o torneio de taekwondo, na categoria de -58 kg.
De regresso aos Jogos Olímpicos estará o tiro com armas de caça, com João Paulo Azevedo no fosso olímpico.
Os Jogos Olímpicos Tóquio2020 realizam-se de 23 de julho a 08 de agosto de 2021.