Numa breve viagem ao passado, é seguro afirmar que os carros substituíram os cavalos. A seguir, as carrinhas substituíram os carros e, de regresso ao presente, os SUV (Sport Utility Vehicle) estão a substituir as carrinhas como automóveis de primeira escolha para muitos condutores. Se a família é grande, então a decisão é ainda mais fácil, por causa das vantagens imediatas em termos de espaço e versatilidade.
A maioria começou por ser baseada em plataformas já existentes, ou seja, eram apenas mais uma versão da berlina. Mas o sucesso da receita transformou o negócio, e os SUV ganharam protagonismo nas gamas de quase todas as marcas, mesmo daquelas que até agora apenas ofereciam modelos GT (Gran Turismo) ou super desportivos.
Muitas famílias escolhem um SUV, em vez de uma berlina ou de um modelo compacto, por causa da sensação de segurança que dizem sentir por viajarem numa posição mais elevada. Mas será que os SUV podem ser considerados mais seguros do que as berlinas convencionais? Podemos apontar várias diferenças entre os SUV e os automóveis convencionais, a começar pelo espaço interior que resulta de um habitáculo com maiores dimensões. A maior altura ao solo facilita a entrada e saída do veículo, torna mais cómodo o acesso à bagageira e, depois, há a tal posição de condução, que além de melhor visibilidade, transmite maior sensação de segurança.
Estes são alguns dos argumentos mais comuns, apontados pelos condutores quando justificam a sua escolha. Mas o facto de serem diferentes na forma e no estilo, não torna os SUV mais seguros do que os modelos convencionais. As berlinas, tal como as carrinhas, oferecem os mesmos sistemas de segurança ativa e passiva que encontramos nos SUV. O que pode variar é o preço final das diferentes versões, consoante o nível de equipamento.
Além disso, os testes de colisão permitem concluir que alcançam níveis idênticos de proteção dos ocupantes. Apenas nos capítulos específicos da proteção de peões, em caso de atropelamento, e da proteção das crianças, em caso de colisão, surgem ligeiras diferenças nos testes, muito por causa da estrutura mais alta e reforçada que permite aos SUV suportar impactos, com menor grau de deformação do interior.
Tecnologia ao serviço do condutor
Quer esteja a pensar em comprar um SUV ou um modelo convencional, deve dar atenção à lista de opções disponíveis em termos de segurança ativa, como cruise control adaptativo, câmaras de ângulo morto, travagem assistida e sistemas de controlo de tração. No que toca a segurança passiva, os recursos disponibilizados na maioria dos modelos novos já incluem zonas de deformação programada, sistemas combinados de cintos de segurança e airbags de última geração.
Estima-se que a aplicação generalizada de sistemas avançados de assistência à condução possa vir a salvar mais de 10.500 vidas e a prevenir 60.000 feridos graves, ao longo dos próximos 10 anos, na Europa. De facto, é cada vez mais necessário disponibilizar sistemas que facilitam as tarefas dos condutores, emitem alertas para situações de perigo e até assumem o comando e controlo do veículo para corrigir qualquer comportamento atípico.
Manter a distância de segurança para o veículo da frente e antecipar a desaceleração são exemplos de funções controladas por sistemas de controlo inteligentes, que podem diminuir a gravidade dos acidentes ou, mesmo, evitá-los. Estas tecnologias digitais são a base da condução autónoma, cujo desenvolvimento crescente vai tornar desnecessário o ato de conduzir, assim que o automóvel e a infraestrutura o permitirem.
Segurança automática
Atualmente, a gama da SEAT representa o que de melhor se faz nesta classe de veículos, em que pontifica o primeiro SUV híbrido plug-in do construtor catalão. Em termos dinâmicos, os sistemas de assistência à condução do novo SEAT Tarraco e-HYBRID correspondem aos mais exigentes padrões de segurança, integrando uma lista de dispositivos de última geração. Por exemplo, quando deteta a inatividade do condutor atrás do volante, o Assistente de Emergência aciona os travões duas vezes, e, caso não haja reação, faz abrandar o veículo até o imobilizar em segurança. A deteção de peões e de bicicletas faz parte do equipamento de série, além do Assistente de Faixa, podendo ser complementados com o sistema de Deteção de Ângulo Morto, o Reconhecimento de Sinais de Trânsito e o Assistente de Engarrafamentos.
O sistema Pre-Crash Assist ativa-se em apenas 0,2 segundos, de modo a mitigar as consequências de um potencial acidente. De forma combinada, ligam-se as luzes de emergência, os cintos de segurança dianteiros são pré-tensionados e todos os vidros, incluindo o teto de abrir, fecham automaticamente para proteger o habitáculo. Em caso de capotamento, o sistema Rollover Assist é acionado e o veículo estabelece ainda uma ligação telefónica automática para chamar os serviços de emergência, desliga o motor, assegura a ventilação do interior e destranca as portas. Esta funcionalidade também assegura o envio de informações sobre a localização do veículo, o tipo de motor, a cor exterior e o número de ocupantes, tornando a assistência mais eficaz.
Reduzir acidentes, salvar vidas
O argumento da segurança não será, para muitos, o primeiro a ter em conta no momento de escolher um carro novo, seja uma berlina, uma carrinha ou um SUV. Mas o perfil dos consumidores está a mudar, verificando-se que estão a aumentar as preocupações com o ambiente e com a segurança. Na União Europeia, em média, o número total de mortes na estrada caiu 36% entre 2010 e 2020, com as maiores reduções, de 42% e acima deste valor, a serem registadas na Grécia, Noruega, Croácia, Eslovénia, Espanha e Portugal (-43%).
Grécia e Noruega, com menos 54%, ultrapassaram a meta de redução de 50% prevista para 2020. As metas da UE para 2020 não foram atingidas, mas houve um progresso significativo. Em 2020, o número de fatalidades foi 58% menor do que em 2000, 20 anos antes, e 36% menor do que em 2010.
O objetivo de reduzir as mortes na estrada em 50%, durante o período de 2010-2020, não foi cumprido. As circunstâncias excecionais provocadas pela crise pandémica, em 2020, levaram a uma redução substancial do número de acidentes e à consequente redução no número de vítimas. Embora se possa pensar que este efeito é apenas temporário, a evolução estatística diz-nos que a tendência de descida subjacente deverá continuar a acentuar-se.
Os SUV são considerados mais seguros do que os outros automóveis?
Nas sondagens realizadas pelo Observador entre os dias 21 e 25 de junho, no Instagram, 1066 pessoas votaram “Sim, é verdade” e 2781 concluíram que “Não, são os dois seguros”. No Facebook, 32% responderam “Sim, é verdade” e 68% responderam “Não, são os dois seguros”.
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De facto, no capítulo da segurança, não existem diferenças entre os distintos modelos das gamas de automóveis. Nem poderia ser de outra forma, num setor tão fortemente regulado e com normas muito exigentes. Os equipamentos disponíveis são diversos e variáveis, consoante os segmentos, mas os construtores garantem o mesmo grau de eficácia nos sistemas de segurança, passiva e ativa, que instalam em qualquer modelo das suas gamas, sejam berlinas ou SUV.
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