Entrar a ganhar. Para o selecionador Mário Narciso, essa era a grande prioridade de Portugal no arranque do Campeonato do Mundo de futebol de praia, em Moscovo. A Seleção Nacional, campeã em título depois de ter conquistado o troféu em 2019 ao vencer na final a Itália, começava a defesa desse estatuto esta sexta-feira, frente ao Omã.

“Para nos podermos classificar para a fase seguinte é preciso ganhar jogos. São só três nesta fase e é importante entrarmos a ganhar. Aquilo que mais queremos é entrar já com uma vitória. O Omã não é apenas um adversário aguerrido, tem processos bastante bem definidos, jogadores que jogam há muito tempo juntos. Têm mecanismos que já detetámos e que são muito interessantes. Precisamos ter cuidado não só com a parte física do jogo mas também com a questão técnica deles, não são toscos nenhuns”, atirou o selecionador nacional na antevisão da primeira partida da fase de grupos, sendo que o Grupo D em que Portugal está inserido conta ainda com o Senegal e o Uruguai.

Partindo do princípio que a Seleção vai ultrapassar esta fase inicial sem grandes dificuldades, pelo menos do ponto de vista teórico, Mário Narciso assume que o objetivo é “a revalidação do título” mas lembra que Portugal não é “o único candidato”. “Brasil e Rússia são adversários muito fortes, Espanha também tem qualidade. Portugal está incluído no lote de candidatos, disso não há dúvida”, explicou o treinador. Ora, para lá chegar, o primeiro desafio a ser ultrapassado era o Omã, esta sexta-feira.

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Portugal entrava neste Mundial sem Jordan e Rui Coimbra, duas das principais figuras da equipa e ambos lesionados, mas levava na convocatória a frescura de contar com cinco nomes que se estreavam nestas andanças: Pedro Mano, Fábio Costa, Pedro Marques, Rodrigo Pinhal e ainda Miguel Pintado. Contra o Omã, a Seleção Nacional abriu o marcador muito cedo e graças a um grande golo de Léo Martins, que girou face a um defesa adversário e atirou em força para dentro da baliza (2′). Portugal teve outras duas oportunidades para aumentar a vantagem, com o guarda-redes Said Al Farsi a responder com enormes defesas a remates fortes de André Lourenço (10′) e Bê Martins (11′), mas acabou por sofrer o empate de livre, com com Nooh a bater Elinton Andrade, que ainda tocou na bola (11′).

Antes da paragem, porém, a Seleção Nacional ainda conseguiu recuperar a vantagem por intermédio de Léo Martins, que bisou ao encostar para a baliza deserta na sequência de mais uma defesa de Said Al Farsi a um remate de Bê Martins (11′). Portugal jogou em superioridade numérica nos últimos segundos do primeiro período, devido à expulsão de Khalid por acumulação de cartões amarelos, mas não conseguiu capitalizar em golos e foi para a interrupção a vencer pela margem mínima e sem André Lourenço, que ficou lesionado depois de um choque violento.

O segundo período não poderia ter começado pior para Portugal. A Seleção Nacional sofreu o empate logo nos primeiros instantes, com Jalal a bater Andrade depois de um falha da marcação portuguesa (13′), e permitiu a reviravolta no marcador através de um autogolo de Fábio Costa, que intercetou um cruzamento de Nooh (13′). O mesmo Fábio Costa iniciou a resposta portuguesa, ao empatar novamente a partida na sequência de uma reposição de bola de Andrade (19′), e Léo Martins completou o hat-trick depois de uma grande assistência na profundidade (20′). Já perto do final da segunda parte, o guarda-redes Andrade aumentou a vantagem da Seleção com um pontapé de baliza a baliza.

No terceiro e último período, Rúben Brilhante beneficiou de uma boa oportunidade para aumentar a vantagem (32′) mas Portugal privilegiou principalmente a posse de bola, acabando por confirmar a vitória perante o Omã por 5-3. A Seleção Nacional começou assim a defesa do título mundial da melhor maneira, a ganhar e como Mário Narciso pretendia, e vai atrás da quarta conquista do Campeonato do Mundo de futebol de praia depois de 2001, 2015 e 2019. O próximo jogo é já no domingo, contra o Senegal, a partir das 18h30, seguindo-se depois o Uruguai, na terça-feira, às 17h.