“De Gaulle”

Lambert Wilson personifica o general Charles De Gaulle neste filme de Gabriel Le Bonin que, tirando alguns “flashbacks”, se circunscreve a um espaço de tempo muito específico. Os dias que mediaram entre a derrota francesa às mãos dos alemães e a entrada destes em Paris, a 14 de junho de 1940, a ida de De Gaulle para o exílio em Londres e o seu apelo de resistência aos franceses feito aos microfones da BBC, como auto-proclamado líder das forças da França Livre, a 18 de junho. O filme demora-se também na vida familiar do general, culminando com a atribulada fuga por barco da sua mulher Yvonne (Isabelle Le Carré) com os três filhos para Inglaterra, após o marido. Além de conter várias imprecisões (por exemplo, a enorme antipatia de Winston Churchill para com De Gaulle é muito atenuada), “De Gaulle” sofre de um didatismo penosamente demonstrativo e bastante acrítico em relação à figura do general.

“Mães Paralelas”

No novo filme de Pedro Almodóvar, Penélope Cruz interpreta Janis, uma fotógrafa solteira de 40 anos que engravida por acidente e está decidida a criar o filho sozinha, tal como o fizeram a mãe e a avó. Na maternidade, Janis conhece uma adolescente, Ana (Milena Smit), que vive sozinha com a mãe atriz e também engravidou em circunstâncias imprevistas, mas mais dramáticas do que as de Ana. Janis está feliz, Ana está cheia de medo. Ficam amigas, sem imaginar de que forma as suas vidas irão ficar ligadas a partir do momento em que se encontraram nos corredores da maternidade, pouco tempo antes de darem à luz. “Mães Paralelas” foi escolhido como filme da semana pelo Observador e pode ler a crítica aqui.

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