A visita ao Estoril Praia é “mais importante para o Arouca” na procura de fugir ao penúltimo lugar da tabela após um surto de Covid-19, que obrigou ao adiamento deste jogo da 18.ª jornada da I Liga portuguesa.
“Estamos a juntar o grupo, a recuperar, porque a Covid-19 deixou mazelas em alguns jogadores. São duas equipas num momento idêntico, a querer dar a volta à situação. Sendo um jogo em atraso é mais importante para o Arouca os três pontos, porque somando-os dará uma imagem diferente em termos classificativos daquilo que é a realidade de hoje”, afirmou o treinador arouquense.
Na conferência de imprensa de antevisão ao duelo de quinta-feira, Armando Evangelista perspetivou um “jogo extremamente difícil” com “as duas equipas a querer ganhar pelo momento que atravessam”, já que o Arouca soma um ponto nos últimos seis jogos, o mesmo número daqueles conquistados pelos ‘canarinhos’ nos últimos cinco encontros.
“Sendo este jogo um jogo em atraso, somarmos 17 pontos [em caso de vitória] poderia dar um conforto. Subíamos alguns lugares na tabela, juntávamo-nos a um grupo de equipas em que está tudo baralhado e, acima de tudo, eram pontos que esta equipa merecia e já fez por ter. O Estoril Praia tem outros objetivos diferentes dos nossos, daí este jogo ser mais importante para o Arouca”, explicou.
Na última partida, o Arouca esteve em bom nível, acabando por perder na receção ao Benfica [2-0], mas Armando Evangelista referiu que “nesta altura os pontos trazem mais conforto do que as exibições”, apesar de o jogo com as águias ter dado sinais de que os arouquenses “podem e devem ser competitivos”.
“Há que transmitir ao grupo o que se fez de positivo [com o Benfica]. O caminho é este, jogando bem está-se mais próximo de conquistar pontos e subir lugares na tabela. Foi o que fizemos, ainda cometemos alguns erros, precisamos de melhorar nesse capítulo. Há que moralizar a equipa com algumas correções e um foco ainda maior. Se não chegou para somar pontos, temos que fazer mais. A exigência desta Liga é isso mesmo”, apontou.
O mercado de inverno tem trazido algumas novidades para a formação da Serra da Freita, com as saídas de Joel Ferreira, Gastón Campi e Eugeni, anunciada esta quarta-feira, e as entradas de David Simão e Bruno Marques, avançado emprestado pelo Santos, do campeonato brasileiro.
No entanto, a estreia do jovem ponta de lança de 22 anos fica adiada, por ainda não estar inscrito, juntando-se ao lote de indisponíveis composto por Fernando Castro, Yaw Moses, Sema Velázquez (lesionados) e Marco Soares, que representou Cabo Verde na Taça das Nações Africanas.
“O Bruno Marques ainda não está inscrito. É um avançado de referência, com características diferentes das do Oday [Dabbagh] e do André [Silva], que são mais móveis. Na perspetiva de procurar um avançado com outras características, fomos buscar o Bruno Marques. Também na última semana esteve com covid-19 e ainda temos de fazer uma avaliação física para saber quando o poderemos utilizar”, indicou.
Para o técnico de 48 anos, estas mexidas trazem competitividade à equipa, o que faz com que os jogadores tenham de “estar alerta e lutar pelo seu lugar”, algo que facilita a gestão do plantel porque “quando as opções são válidas e equilibradas é mais fácil manter uma equipa fresca e motivada”.
“A ideia é mesmo essa, ter jogadores que nos possam permitir que o ‘onze’ não sinta essas mexidas. O David Simão vem ajudar a que esta gestão possa ser feita. Gostei muito do jogo que fez com o Benfica, teve muito tempo sem competir, ainda vai crescer e vai poder-nos ajudar. É um jogador com muitos jogos de I Liga, vai dar-nos experiência e tranquilidade”, referiu.
Na quinta-feira, o Arouca, penúltimo classificado, com 14 pontos, desloca-se ao terreno do Estoril Praia, sétimo, com 25 pontos, para disputar o encontro em atraso da 18.ª jornada do campeonato, sob a arbitragem de Manuel Oliveira, da Associação de Futebol do Porto.