Os novos autocarros amarelos da Carris Metropolitana começam esta quarta-feira a operar em Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, um primeiro passo para uniformizar os transportes rodoviários de passageiros em toda a Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Os autocarros destes concelhos têm também a partir desta terça-feira uma nova numeração das carreiras, novos horários, uma redução de 902 tipos de bilhetes para apenas três, novo design nos passes e bilhética e algumas, embora poucas, alterações à localização das paragens.

A sessão que vai assinalar o primeiro dia de funcionamento da nova operadora metropolitana de transportes decorre esta quarta-feira em Azeitão.

Autarcas, dirigentes da AML e o secretário de Estado da Mobilidade, Jorge Delgado, partem de Santa Apolónia, em Lisboa, e irão de transportes públicos — metro e comboio — até Setúbal, seguindo depois para Azeitão a bordo de um dos novos autocarros amarelos.

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A nova operadora metropolitana foi criada para uniformizar o serviço público rodoviário nos 18 municípios da AML.

Foram criadas quatro zonas de operação, duas envolvendo municípios da margem norte e outras duas na margem sul do Tejo.

A ‘área 1’ inclui Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra, a ‘área 2’ Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira, a ‘área 3’ Almada, Seixal e Sesimbra e a ‘área 4’ Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.

A operação começa precisamente pela última área, porque, segundo Carla Tavares, presidente do Conselho Metropolitano de Lisboa, “era a mais deficitária” do ponto de vista do transporte rodoviário e da ligação aos outros meios de transporte.

Nas restantes áreas, a operação começará dentro de um mês, a 1 de julho.

Há, no entanto, três municípios que são exceção: Barreiro, Lisboa e Cascais estarão ligados aos restantes concelhos porque serão interfaces dos autocarros da Carris Metropolitana que vêm de outros municípios. Porém, o serviço de transporte de passageiros dentro destes três municípios vai continuar a ser assegurado pelas respetivas transportadoras municipais: dentro do concelho do Barreiro serão os Transportes Coletivos do Barreiro, em Lisboa a Carris e em Cascais a MobiCascais.

A entrada em funcionamento faseada do novo sistema rodoviário de transportes na AML permitirá fazer alguns “ajustamentos” e otimizar a resposta “para que depois em setembro, quando começar o ano letivo, tudo esteja já mais agilizado”, explicou Carla Tavares.

Nos concelhos do distrito de Setúbal onde esta terça-feira começa a operação, foram criadas 62 linhas novas, num total de 153 linhas, há 365 percursos com reforço de horários e 230 autocarros, com uma média de idade inferior a um ano e meio, mais modernos do ponto de vista ambiental, com wifi e ligação USB.

No site está disponível um conversor, que permite saber qual o novo número do autocarro que o passageiro apanhava até aqui, além de ser possível consultar os horários.

Houve também um reforço dos espaços onde se podem comprar presencialmente bilhetes e carregar passes, num total de 56 agentes só nesta área.

As alterações aos transportes rodoviários nesta região começaram há mais de três anos, com a criação, em abril de 2019, do novo passe Navegante, que reduziu para 40 euros o máximo do valor do passe Metropolitano, entre concelhos, e para 30 euros o valor máximo do passe municipal em cada um dos 18 concelhos da AML.

Entretanto a AML, como autoridade de transporte, constituiu uma nova empresa, a Transportes Metropolitanos de Lisboa, que vem agora harmonizar os transportes rodoviários na área metropolitana através da marca Carris Metropolitana.

“Estamos a falar de 1,2 mil milhões de euros [de investimento] para harmonizar toda a resposta de transporte rodoviário na área metropolitana”, salientou Carla Tavares.

Para tirar dúvidas, existe uma linha de apoio ao passageiro, através do número 210418880.