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A "ambição desmedida" de C. Tangana: um concerto para a história do SBSR

Este artigo tem mais de 1 ano

A estrela da noite no Super Bock Super Rock foi a música latina? Foi, mas foi sobretudo C. Tangana. Em hora e pouco, vimos um filme, uma pintura em andamento e um grande espectáculo coral.

Day 2 - Rio Babel Festival 2022
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C. Tangana foi o grande cabeça de cartaz do segundo dia do Super Bock Super Rock no Parque das Nações

Getty Images

C. Tangana foi o grande cabeça de cartaz do segundo dia do Super Bock Super Rock no Parque das Nações

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“Acho que depois disto me vou embora, não dá”, ouvíamos uma fã dizer, tinha o concerto terminado há poucos minutos. “Ainda o tenho a cantar dentro da cabeça, não quero ir para outro concerto já para não perder isto”, dizia outra. A que se referiam, afinal? Ao concerto mais impressionante da edição deste ano do Super Bock Super Rock. Sabemo-lo já, ainda a um dia de terminar o festival. El madrileño C. Tangana montou arraiais no Parque das Nações, levou uma catrefada de amigos a beber um copo em Lisboa e fez mais: elevou a fasquia do que um concerto pode ser em 2022.

“Pucho”, assim lhe chamam os fãs devotos que cantam todas as canções como se falassem fluentemente espanhol ou tivessem nascido em Murcia ou Salamanca, é um homem de ambições aparentemente desmedidas. Canta-o em “Un Veneno”, tema entoado esta sexta-feira à noite em Lisboa. Embora se refira aí a uma megalomania por “mulheres, massa e holofotes” que lhe está “a tirar a vida”, a ambição desmedida também é musical.

El Madrileño, o disco que tornou C. Tangana uma nova estrela pop latina (mundial?), é um álbum de um bom mitómano, de um crente nas possibilidades da utopia, aqui maravilhosamente concretizada. E se uma só coleção de canções pudesse conter “todos” os mundos da canção latina, do reggaeton ao flamenco, da rumba à canção romântica espanhola e à bachata sul-americana? E se todos esses ritmos pudessem ser filtrados por um bom malandro de Madrid, com o ouvido e o microfone apurados no caldo da pop mundial mais popular e festiva destes tempos, que é como quem diz do rap, do novo R&B e do trap?

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Tudo isso parecia uma impossibilidade, mas o facto é que aconteceu. Só que serve apenas de base ao que é um concerto de C. Tangana. Cenicamente e musicalmente é um espectáculo portentoso, coral, uma espécie de pintura em desenvolvimento, um bando de amigos à mesma mesa a recriar essa impossibilidade aparente. São uns bons diabos, uns de guitarra na mão, outros a bater palmas, outros a tocar percussão, uma catrefada de gente nos sopros e outra na secção de cordas, quase todos a cantar, a fazerem do cosmos latino uma festa familiar que é deles mas é partilhada numa ceia com o público.

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A mise en scéne em palco é pensada ao detalhe. Vimos o “garçom” servir os copos, C. Tangana a levantar o seu bem alto, com um sorriso de miúdo realizado na cara, a percorrer a sala por entre amigos, como numa boa velha taberna de Madrid, deixando a impressão de que a música estava ali a acontecer da forma mais artesanal e natural possível.

Foi permanente a devoção da plateia ao novo menino bonito da pop espanhola que é simultaneamente popular e imaginativa, a este seguidor dos passos de Rosalía na conjugação entre ritmos modernos e estéticas tradicionais. E ainda assim houve momentos altos: a lasciva “Comerte Entera”, que conta com a ajuda do histórico brasileiro Toquinho, pôs a arena eufórica a cantar o sample irresistível de MC Daniele, “essa mina é um perigo”. O passado e o presente a conviverem harmoniosamente, a velha guitarra dos sonhos da bossa e a sexualidade do novo funk brasileiro — e o vocoder na voz de Tangana a garantir esse tempo transitivo, entre épocas.

Ocasionalmente bebendo de um copo, outras vezes emborcando da garrafa, Pucho não se alongava em palavras desnecessárias ou em pausas prolongadas, o tempo previsto para esta festa não permitia intervalos. E aquela orquestra pop latina seguia sempre concertada, permanentemente festiva, voltando a atingir o auge em momentos como “Demasiadas Mujeres”, “Tu Me Dejaste de Querer” e especialmente “Me Maten”, aqui com tudo sentado à mesa a cantar em coro, com palmas e batuques a acompanhar.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

O microfone era partilhado entre todos, C. Tangana exibindo o olhar de diversão de uma criança a partilhar o brinquedo com os músicos e cantores amigos, brindando ao público, voltando a trazer os Gipsy Kings à ribalta com “Ingovernable”, deixando espaço a Niño de Elche para este mostrar a sua portentosa voz de flamenco. E como presença quase permanente, a guitarra andaluz a ouvir-se com emoção.

Foi só pena não termos visto Nathy Peluso, que atuou imediatamente antes, a assegurar com C. Tangana o dueto “Ateo”. Mas foi um grão de areia num deserto, um pormenor num espectáculo profundamente musical, verdadeiramente coral, filmicamente irrepreensível (palmas para a realização de imagem), em que se celebrou a música espanhola de raiz, a “spanish folk music”, como víamos escrito no ecrã a dada altura. E quando Pucho se adiantou e divergiu ligeiramente da comitiva para nos cantar as palavras de “Antes de Morirme”, dueto que gravou com a antiga namorada Rosalía, arrepiámo-nos mesmo com aquele “antes de morir quiero el cielo”. Para já, antes do céu, comecemos por um prémio: o melhor concerto do festival.

Classe Crua: hip-hop gourmet ouvido à luz do dia

A concorrência horária não era fácil. E não falamos sequer do concerto de arranque no palco principal, do duo australiano Cosmo’s Midnight, que ainda decorria, mas sobretudo da atuação de Samuel Úria, bardo de Tondela, que se ia ouvindo minutos antes nas colunas da rádio SBSR junto ao palco exterior do festival. Apesar disso, à frente do palco LG, via-se já às 19h15 bastante mais gente do que no dia anterior, às 20h10, durante o concerto de Fred. Seria pela popularidade dos Classe Crua ou por se prever um dia com mais público no Super Bock Super Rock?

Fosse por uma ou outra razão, e provavelmente até seria pelas duas, a atuação de Classe Crua suscitou o interesse de quem estava no recinto. Originalmente um projeto de Sam the Kid (instrumentais e algumas rimas) e do rapper Beware Jack (o principal protagonista ao microfone), em palco apresentaram-se com dois convidados que participaram em vários temas do único álbum editado, homónimo e lançado em 2019: Amaura, cantora de soul (com uns pozinhos do que hoje chamamos novo R&B), e DJ Madruga no scratch e a lançar as batidas.

O concerto começou com “Cobra Capelo”, que antecedeu “Memorabília” e “A Minha Praia”, esta última com uma intervenção mais alongada de Sam the Kid, que na maioria das canções ia servindo mais de hype man a pontuar (e a complementar) as palavras de Beware Jack ao microfone. O rapper Blasph ainda apareceu para dar uma perninha, cantando “Rap d1 Gajo”, ao contrário de Chullage, que não foi a palco mostrar as memoráveis rimas que gravou em “Chakras”.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Foi uma boa oportunidade para ver ao vivo um projeto musical que talvez merecesse outra atenção dos programadores de concertos e festivais pelo país. Aquele hip-hop pintalgado a soul, com aroma clássico a 90s e batidas instrumentais de deixar a boca a salivar, justifica toda a atenção que lhe for dedicada, tal como os coros quentes de Amaura (impõe-se um álbum completo da cantora) e as rimas de Beware Jack.

Antes da belíssima “Sofrerporteamar”, que arranca com palavras do poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade e na qual Beware Jack expurga inquietações, medos e claustrofobias românticas sem dedo em riste totalmente apontado (a culpa é minha / a culpa é tua…), ouvimos “Fisgas”, agradecidos a Sam the Kid por apontar os holofotes mediáticos a um talento na arte de baralhar e casar palavras. Ficaríamos alguns minutos suspensos naqueles versos: “Tens que perceber que o meu RAP é New York sem tiros / L.A. sem Bloods e Crips / Um dia lá no céu vais sentir a arte do teu filho / porque a arte com que eu rimo não é a de puxar um gatilho“. Velha e nova escola, a história do rap tuga a ter boa continuidade: é isto que nos traz Classe Crua.

Samuel Úria: guitarradas e recordações do Meco

Coube a Samuel Úria, nome mais do que consolidado do panorama musical português, abrir o palco Somersby, um dos dois instalados na Sala Tejo, na tarde desta sexta-feira. A sala estava longe de estar cheia, mas estava suficientemente composta para o facto não passar despercebido a Úria, que agradeceu a todos os que estavam “congregados” na Sala Tejo “para fugir ao sol”. “Estava desconfiado sobre quem é que às sete da tarde ia comparecer num concerto em Lisboa. Mas vocês é que importam”, disse, em jeito de agradecimento às ovações que se seguiram aos dois temas de abertura, “Fica Aquém” e “Tempo Aprazado”, ambos do mais recente álbum do músico, Canções do Pós-Guerra, lançado em 2020.

Lembrando que, em 2013, tocou no Meco, Úria explicou que não se queria “furtar” a algumas das músicas que compuseram o alinhamento desse “concerto especial”, nomeadamente “Rua Nova da Fonte 171”, a morada onde cresceu. A canção abriu o concerto na edição de 2013 do Super Bock Super Rock e apareceu em terceiro lugar na atuação desta sexta-feira no Somersby, com Úria a pedir previamente perdão para o caso de não correr bem, porque a banda não a tocava há algum tempo. As desculpas foram desnecessárias — a dose de rock rápido caiu que nem ginjas, sobretudo antes de “Carga de Ombro”, colocada num “momento estratégico para fazer uma pausa” depois dos “excessos das canções anteriores”. Trocando a guitarra elétrica pela acústica, Úria pediu ao público que cantasse com ele o refrão que fica no ouvido. Os fãs não se fizeram de rogados e entoaram afinados os versos “Põe o teu ombro junto ao meu / Carga de ombro é legal”.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

O rock e as lembranças do Meco (como diz a organização, talvez o Meco não se esqueça mesmo) continuaram na Sala Tejo enquanto, na outra ponta do recinto do Super Bock Super Rock, o público começava a reunir-se junto ao palco principal, no interior da Altice Arena, para ver um dos nomes mais aguardados do cartaz desta sexta-feira: a argentina Nathy Peluso. Um fenómeno de popularidade em terras de Espanha, onde reside desde os 11 anos, quando a família deixou a Argentina, a artista de 27 conta com uma relativamente longa discografia, que inclui participações com artistas como Christina Aguillera (“Pa Mis Muchachas”, também com Becky G e Nicki Nicole) ou C. Tangana, o grande cabeça de cartaz do segundo dia do festival. O tema que interpretou com o rapper espanhol entrou para o top em Espanha, mas esse foi só um dos muitos sucessos da artista, que tem também uma forte legião de fãs em Portugal, como se viu pela enchente desta sexta-feira.

Dançar como se não houvesse amanhã com Nathy Peluso

Ainda não eram 20h, a hora marcada para o início do concerto de Nathy Peluso, e já o público gritava o nome da artista. Os minutos passaram e não havia maneira de a cantora e compositora nascida na Argentina e residente em Espanha entrar em palco. Impacientes, os fãs continuavam a fazer barulho, abanando leques para suportar o calor no interior da Altice Arena, enquanto o recinto se ia enchendo a pouco e pouco (nunca o tínhamos visto tão composto até então). Foi preciso esperar quase dez minutos após a hora marcada para ouvir os primeiros acordes e ver a silhueta de Peluso, escondida atrás de um painel semi-transparente, onde as luzes do palco se refletiam. Após um boom, a artista surgiu junto ao microfone — a única figura em palco iluminada pelos holofotes. Cabelo curto, óculos de sol — deu os primeiros passos de dança frenéticos, não poupou nos agudos e pontapés no ar, deixando a Altice Arena rendida ao fim de apenas alguns segundos. Ali estava uma artista que sabe como dar um espetáculo.

Com um energia de tirar o fôlego, Peluso e a sua banda dispararam canção atrás de canção (a maioria cantada em espanhol), em que as suas múltiplas influências musicais, do R&B à música latina, se fizeram sentir. Temas quentes numa noite de verão igualmente quente em Lisboa. Enquanto os músicos tocavam uma salsa, a artista dançou agarrada ao microfone, mostrando os seus melhores passos, e depois com uma rosa, que fez passar pelo próprio corpo antes de a ofereceu a uma fã na plateia. A fiesta continuou com mais uma mão cheia de canções que espelharam as origens latinas de Peluso, que ofereceu à Altice Arena uma aula de aeróbica e de danças de salão, mas também de canto. Porque não se pense que os dotes artísticos de Peluso se resumem à dança, ainda que eles sejam impressionantes — a argentina também sabe cantar. Artista completa, daquelas muito difíceis de encontrar, deu um concerto impressionante no segundo dia do Super Bock Super Rock.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Capicua: uma pérola na Sala Tejo

Apesar de C. Tangana ainda atuar no palco Super Bock, Capicua apresentou-se no Somersby perante uma casa impressionantemente recheada, que se foi enchendo cada vez mais, à medida que o público se transferia gradualmente da Altice Arena para a Sala Tejo. A atuação da rapper centrou-se no último registo, Madrepérola, que, como a própria recordou, devia ter sido apresentado no festival em 2020 e, após o primeiro adiamento, em 2021. Mas quis o destino que fosse preciso esperar até 2022 para que Capicua pudesse finalmente estrear Madrepérola no Super Bock Super Rock, num palco vestido a rigor, com duas pérolas — um adereço e a própria rapper — e um backdrop semelhante a algas marinhas.

O alinhamento incluiu canções como “Circunvalação”, o quarto do disco, e “Gaudí”, o quinto, que espelha o “mantra” que rege todo o álbum, “sobre transformar grãos de areia em pérolas”. “Depois veio a pandemia e mostrou que esse mantra faz todo o sentido”, disse Capicua, em jeito de introdução. Para “Maria Capaz”, um dos vários temas feministas de Capicua, mas de um outro álbum, o palco vestiu-se de cor-de-rosa, condizendo com os primeiros versos, que dizem: “Sou comandante da guerrilha cor-de-rosa”. Durante cerca de uma hora, o Somersby cantou e pulou com a rapper, que intercalou rimas com agradecimentos à organização, que foi capaz de montar um festival em Lisboa em apenas dois dias (um discurso recorrente, sobretudo entre os artistas portugueses no Super Bock Super Rock,) e cumprimentos dirigidos ao público, que fez questão de garantir que estava “bem”.

DaBaby: meia hora a ouvir que estava “a caminho” para ver um triste espectáculo

A festa fez-se com Capicua, ainda que com grande parte dos espectadores divididos entre a zona de alimentação e o palco principal, onde se aguardava por DaBaby — que teimava em não aparecer. O tempo de espera foi insuportavelmente longo, perto de 45 minutos, a maior parte deles ocupados com música lançada pelo DJ.

É quase cómico ver que uma velha regra não escrita do hip-hop, a de deixar o DJ brilhar no início do concerto, foi adotada esta sexta-feira por um rapaz que tem muito pouco a ver com o rap convencional. Autor de uma mão cheia de êxitos estrondosos de trap, DaBaby é um belíssimo exemplo de como um rapaz com pouco talento para as rimas e pouca originalidade para as canções pode ter uma carreira de estrela mundial.

ANDRÉ DIAS NOBRE / OBSERVADOR

Se, ao longo dos 45 minutos de espera, foi confrangedor ir ouvindo o DJ perguntar repetidamente se estava “tudo pronto para o DaBaby” e garantir que este estava ” a caminho”, foi pior vê-lo atuar, mostrando o sabor absolutamente indistinto da sua música, incapaz de se diferenciar do hip-hop de tantos outros. Os comentários homofóbicos que fez em 2021, no festival Rolling Loud, em Miami, deixaram meia indústria de costas voltadas com o rapper. Mas não era preciso esse incidente: bastava a banalidade da sua música para que o “cancelamento” de que se queixou fosse legítimo.

As atribulações do final da noite do segundo dia do Super Bock Super Rock não ficaram por aqui. Depois do fim da atuação de DaBaby, o público reuniu-se junto à zona de alimentação, do lado de fora da Altice Arena. O espaço, demasiado pequeno para a moderada enchente desta sexta-feira, ficou rapidamente lutado, impedindo quem queria assistir ao concerto de Goldlink de chegar à Sala Tejo, onde o rapper atuou a partir das 2h. “Não sabemos o que é que se passa”, dizia, espantando, um rapaz, também ele parado perto da passagem para os palcos secundários.

De pouco valia apelar aos seguranças — era impossível fazer a travessia de outra fora, não restando outra alternativa se não ficar ali mesmo ou tentar voltar para trás, para o interior da Altice Arena, onde os Hot Chip tocavam. O espaço estava composto, com várias centenas de espectadores tentando dar uns passos de dança enquanto os pés colavam ao chão sujo por litros e litros de cerveja, mas longe de estar como nos concertos anteriores de Nathy Peluso, C. Tangana ou DaBaby. Calculamos que a maioria do público continuasse junto às rulotes — por vontade própria ou porque não tinha mais sítio para onde ir.

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