A ministra da Saúde, Marta Temido, reconheceu esta sexta-feira que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) está a atravessar dificuldades – chama-lhe “contingências” – mas sublinha que não são problemas de agora e que exigem soluções “estruturais”, além de medidas “pontuais para amenizar os problemas”. Mostrando-se algo agastada pelas perguntas dos jornalistas sobre o encerramento de urgências de várias especialidades e pontos do país, a ministra relativizou: “Os sistemas de saúde têm problemas, a vida tem problemas – a questão é como é que nos posicionamos relativamente aos problemas”.

Falando aos jornalistas em Évora, numa visita à obra do Hospital Central do Alentejo, Marta Temido disse que, perante os problemas, “há uns que baixam os braços, uns dizem que não há nada a fazer e que está tudo mal – e há outros que fazem, como nós estamos aqui a fazer”.

Não podemos é perder a fé de que vamos melhorar as coisas“, atirou Marta Temido, argumentando que a situação na Saúde tem “ficado melhor, aos poucos” – “temos de ir construindo a bicicleta ao mesmo tempo que vamos montando as rodas”.

A ministra garante que, perante os problemas que vão sentir-se neste fim de semana, “neste momento aquilo que tínhamos programado conseguir realizar até este momento, conseguimos realizar”.

Há uma informação clara à população e um novo instrumento de pagamento às equipas que irá entrar em vigor no início de agosto, esperamos nós, que permite captar mais gente para fazer serviços de urgência.

O Governo está a fazer “o máximo que é possível, neste momento”, no que diz respeito a “coisas que são mais pontuais, que não são a solução de fundo mas que amenizam os problemas”. Além disto, “há coisas que só se resolvem com medidas estruturais, com negociação da carreira médica, a valorização do trabalho dos enfermeiros. E nisso estamos a trabalhar todo o Governo em conjunto”.

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