A companhia aérea irlandesa Ryanair registou um lucro de 1.465,5 milhões de euros nos primeiros nove meses do seu ano fiscal (abril-dezembro), contra perdas de 143,3 milhões de euros no período homólogo.

Num documento esta segunda-feira publicado, a empresa assinalou que este crescimento se deveu “à forte procura de viagens a tarifas mais elevadas (+14% do que antes da Covid-19), especialmente durante o meio do mês de outubro e no pico da época de Natal/Ano Novo”.

No período em análise, as receitas da companhia aérea cresceram 57%, para 2.312,1 milhões de euros, e as despesas operacionais 36% para 2.150,4 milhões de euros, contribuindo para um lucro trimestral de 211 milhões de euros.

Entre outubro e dezembro, a Ryanair transportou 38,4 milhões de passageiros, mais 24% que há um ano, enquanto a taxa de ocupação, que mede a percentagem de lugares ocupados em cada trajeto, subiu nove pontos percentuais, para 93%.

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Citado na nota, o presidente executivo (CEO) da Ryanair, Michael O’Leary, referiu que a companhia “assegurou ganhos de quota de mercado em mercados-chave da União Europeia”, destacando Itália (de 26% para 40%), Polónia (27% para 38%), Irlanda (49% para 58%) e Espanha (21% para 23%).

A previsão da Ryanair para todo o ano fiscal, que termina em 31 de março, é de transportar 168 milhões de passageiros, mas prevê uma perda no último trimestre “devido à ausência da Páscoa no mês de março“.

Para o ano fiscal em análise, a companhia aérea estima atingir lucros entre 1.325 milhões de euros e 1.425 milhões de euros, assinalando que estas referências “estão fortemente dependentes de se evitarem efeitos adversos no quarto trimestre (como a Covid-19 e/ou a guerra na Ucrânia)”.