As autoridades estão a investigar os negócios de Jacques Rodrigues no Brasil e à procura de contas offshores e de todo o património que o barão das revistas cor-de-rosa terá naquele país, avança o Correio da Manhã.

O jornal revela ainda que as autoridades brasileiras já tinham arrestado património pertencente a Jacques Rodrigues, mas as transferências de mais de 50 milhões de euros que terão sido feitas para o país nos últimos meses ainda não foram detetadas.

O suspeito de uma fraude superior a 100 milhões de euros terá feito crescer um império do outro lado do Atlântico, deixando uma das filhas e o genro responsáveis pelos negócios. Contudo, também no Brasil ter-se-ão acumulado dívidas que obrigaram os dois a sair do país.

O dono das revistas Maria e Nova Gente já tem património arrestado preventivamente em Portugal e as autoridades pretendem perceber tudo o que Jacques Rodrigues tem no Brasil, tendo em conta que poderão juntar-se credores ao processo e, sendo o valor da alegada fraude de 100 milhões de euros, esse será o valor pretendido em arrestos.

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Jacques Rodrigues, dono das revistas “Maria” e “Nova Gente”, detido por suspeitas de fraude milionária

O dono do grupo Impala foi libertado após o pagamento de uma caução de 500 mil euros, ainda que o Ministério Público tenha promovido o depósito de uma caução de 1 milhão de euros como condição para a libertação, mas o juiz de instrução criminal do Tribunal de Sintra decidiu-se apenas por metade.

Jacques Rodrigues é libertado e fica obrigado a depositar caução de 500 mil euros

Jacques Rodrigues e o filho Jacques Gil Rodrigues foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) no dia 23 de março e, no âmbito da operação apelidada “Última Edição”, foram igualmente detidos Natalino Vasconcelos, o advogado de Jacques Rodrigues, e José Rito, revisor oficial de contas das várias sociedades do Grupo Impala. Além destes quatro detidos, há mais 10 arguidos constituídos nos autos que se iniciaram em 2021 com várias queixas de trabalhadores.

Há suspeitas de crimes de burla qualificada, corrupção passiva, corrupção ativa, insolvência dolosa agravada, falsificação e contrafação de documentos, segundo comunicado oficial da PJ. A investigação partiu de uma queixa-crime apresentada por ex-trabalhadores da Impala e é titulada pelo DIAP de Sintra.