A Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova recusou esta terça-feira a exploração de areias siliciosas e caulino no concelho, e alertou para diversos riscos, incluindo ao nível da preservação do património arqueológico na zona de Conímbriga.

Para a autarquia de Condeixa-a-Nova, liderada por Nuno Moita, os trabalhos de prospeção mineira previstos para uma parte da freguesia de Anobra podem afetar bens arqueológicos ainda por inventariar.

Em comunicado enviado à agência Lusa, no qual cita a Direção Regional de Cultura do Centro, a Câmara adiantou que a área de concessão proposta corresponde a território contíguo à antiga cidade romana de Conímbriga, onde se podem conservar vestígios arqueológicos que se desconhecem.

“Na sequência da consulta pública sobre o pedido de atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais de areias siliciosas e caulino para a área nº MN/PPP/560 com a denominação Cabeços-Tapada, cujo limite incide parcialmente na freguesia de Anobra, vem a Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova tornar pública a sua oposição àquela pretensão”.

Para este município do distrito de Coimbra, “a exploração deste tipo de minerais a céu aberto acarreta impactos negativos de natureza ambiental, paisagística e nos usos dominantes do solo, pelo que deve ser rejeitada”.

“Tendo em conta os riscos associados à deterioração da qualidade do ar, ao aumento do ruído, à eventual contaminação de lençóis freáticos, à alteração da paisagem, à perturbação do sistema ecológico, à eventual destruição de património arqueológico e demais impactos adversos”, a Câmara de Condeixa-a-Nova apelou ao indeferimento do pedido pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

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