A três meses das provas digitais, o concurso para reparar portáteis das escolas não teve interessados e o ministério da Educação lançou um novo procedimento para “aquisição de serviços não só de reparação, mas também de recondicionamento dos diferentes equipamentos”, noticia esta quinta-feira o Jornal de Notícias. A tutela diz ao jornal que “o número de equipamentos disponíveis nas escolas é suficiente para a realização das provas que estão previstas em formato digital”.

Depois de o concurso lançado pelo Ministério da Educação para contratualizar externamente o serviço de manutenção dos equipamentos ter terminado sem candidatos, os diretores das escolas têm agora até sexta-feira para responder a um novo levantamento para a tutela aferir a possibilidade de os estabelecimentos com mais equipamentos os transferirem para os que têm menos.

O problema, alertam os presidentes das associações de diretores ao JN, é que em todas as escolas “há cada vez mais computadores avariados e guardados”. Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), defende que não há condições para “se garantir uma avaliação equitativa para todos os alunos”. “Vamos estar mais preocupados com o material ou as falhas na net do que com os alunos”, diz ao jornal.

Os docentes de Informática também recusam o papel de técnicos, temendo à tutela que a responsabilidade de eventuais falhas possa passar para os professores de Informática que têm de montar os servidores. No ano passado, a generalização nas aferições em formato digital foi contestada por diretores e professores, que reportaram falhas constantes na rede e computadores.

Este ano, além dos alunos do 2.º, 5.º e 8.º, que fazem as provas de aferição teóricas em formato digital, também os alunos do 9.º ano vão fazer as provas nacionais de Português e de Matemática no computador.

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