A Infraestruturas de Portugal (IP) garantiu esta sexta-feira que promoverá todas as medidas necessárias e adequadas no sentido de reforçar os níveis de segurança rodoviária no Itinerário Complementar 28 (IC28), que liga Ponte de Lima a Ponte da Barca.

Em resposta por escrito a um pedido de esclarecimento enviado, na quinta-feira, pela agência Lusa, a IP acrescenta que “continuará a fazer o seu trabalho de inspeção à infraestrutura rodoviária” e “o acompanhamento dos resultados das medidas implementadas”.

Na quinta-feira, o presidente da Câmara de Arcos de Valdevez, no distrito de Viana do Castelo, disse ter pedido à IP o reforço de medidas para travar os acidentes mortais no itinerário complementar 28 (IC28).

O último acidente, uma colisão, ocorreu no domingo, naquela via rápida e resultou na morte de uma mulher de 27 anos, deixando uma menina de 8 anos gravemente ferida.

Na quinta-feira, o autarca João Manuel Esteves disse que, a pedido da câmara, já foram feitas algumas intervenções naquela via, mas que, depois último acidente mortal, voltou a insistir junto da IP para a tomada de mais medidas.

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Esta sexta-feira, na resposta à Lusa, a empresa responsável pela gestão e exploração das autoestradas e ferrovia adianta que “as inspeções realizadas regularmente pela IP indicam que o pavimento apresenta um adequado estado de conservação“.

A IP destaca que, “como medida mitigadora do risco de acidente, foram colocadas balizas cilíndricas ao eixo da via, tendo sido esta a solução tida como ajustada face à tipologia dos acidentes, designadamente os que resultaram em vítimas mortais, registados no IC28, nos últimos anos”.

Na quinta-feira, numa intervenção na reunião camarária, o vereador do PS salientou a “sucessão de acidentes graves e fatais que têm afetado o IC28” e disse que “as breves reparações e instalação de pinos novos em alguns troços daquela via, infelizmente, não resolveram o problema”.

Para João Braga Simões, “o problema” da via “não está resolvido, e são necessárias medidas”.

“Se é verdade que não é possível colocar separador central devido à largura da via, e se a maior parte dos acidentes resulta, ou são dramaticamente agravados, pelo excesso de velocidade, resta uma possibilidade de instalação de radares de controlo de velocidade”, acrescentou.

Sobre a decisão de aplicação de sistemas de controlo de velocidade (radares), a IP diz não ser uma matéria da sua competência.