Momentos-chave
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  • O Liveblog de hoje fica por aqui. Voltamos amanhã com mais notícias sobre a campanha. Obrigada por nos ter acompanhado. Boa noite!

  • Esta noite, Mário Centeno, candidato do PS nas legislativas, foi o convidado do programa de Ricardo Araújo Pereira, na TVI. E aconselhou Passos a ter “babysitting econónimo”.

  • Passos: "Fizemos bem em cumprir" o programa de austeridade

    O líder da Coligação Portugal à Frente (PSD/CDS-PP), Pedro Passos Coelho, afirmou hoje, em Setúbal, que os portugueses perceberam o que se passou nos últimos quatro anos e mostrou-se convicto de que não havia alternativa à política de austeridade.

    “As pessoas, de um modo geral, sabem que, dadas as condições de partida desta ação governativa, em 2011, quem quer que estivesse no nosso lugar, se quisesse salvar o país do abismo financeiro, se quisesse responder aos problemas graves que defrontámos, não teria muito de diferente para fazer”, disse.

    “Isto não desvaloriza, em nada, as escolhas que fizemos, porque, na verdade, havia quem quisesse que as escolhas fossem outras. Durante estes anos houve várias vozes, sobretudo nos partidos da oposição, que nos aconselhavam a não seguir este caminho, que daria mau resultado, que era preferível fazer outras escolhas”, acrescentou o primeiro-ministro e líder do PSD.

    Pedro Passos Coelho, que falava num jantar com centenas de apoiantes no Pavilhão do Clube Naval Setubalense, defendeu que o caminho da austeridade era fundamental e lembrou que aqueles que se entusiasmaram com eventuais mudanças na política europeia, acabaram por reconhecer que se enganaram, como foi o caso da Grécia, que se viu obrigada a aceitar um terceiro resgate.

    “Aqueles que chegaram ao governo na Europa com a mesma perspetiva que a nossa oposição defendeu para Portugal, acabaram – infelizmente para os gregos e para a Europa – a negociar mais um pacote de ajuda externa, mais um resgate financeiro, que traz dificuldades, mas que é um caminho que quem não tem dinheiro tem de fazer se quiser recuperar a sua economia e a sua liberdade”, sublinhou.

    “Os gregos foram confirmar nestas eleições que era preciso cumprir um programa, que, no fundo, é aquele que eles sabem que tem de ser cumprido, para que a Grécia vença as dificuldades e possa prosseguir. E nós somos chamados a umas eleições para confirmar que sim, que fizemos bem em cumprir, que fizemos bem em não falhar as nossas metas, porque agora podemos olhar os próximos anos de uma forma diferente, mais esperançosa, do que aqueles que seguiram os conselhos da nossa oposição”, disse Passos Coelho.

    O líder do PSD afirmou-se ainda convicto de que Portugal ultrapassou a fase da emergência social e mostrou-se confiante de que no futuro próximo Portugal poderá dar um “salto qualitativo muito grande” na maneira como vai crescer e criar emprego, para combater as desigualdades sociais.

    Lusa

  • CDU: Portugal deve “libertar-se do colete de forças” do euro

    O secretário-geral do PCP disse hoje, em Samora Correia, que o euro “foi um desastre para Portugal” e que o país “não tem outra alternativa” senão “libertar-se desse colete-de-forças”.

    Jerónimo de Sousa falava num comício no Centro Cultural de Samora Correia, no concelho de Benavente, de autarquia CDU, no final de um dia de campanha no distrito de Santarém que começou num outro “bastião” do partido, a freguesia do Couço, no concelho de Coruche, com uma passagem pelo Entroncamento.

    Afirmando que o país recuou uma década e meia em termos de riqueza criada desde que aderiu ao euro, o líder comunista defendeu uma “cuidadosa preparação” da saída da moeda única, cenário que acusou o próprio Partido Socialista de ter incluído no seu programa sem que tenha “coragem” para o afirmar.

    “É curioso que o Partido Socialista, quando ouve falar desta necessidade de estudo e de preparação em relação ao euro, benze-se três vezes e considera isto uma blasfémia e, no entanto, no seu programa, tem muita conversa, mas tem lá os chamados cenários e tem dois cenários em relação ao euro”, afirmou.

    Jerónimo de Sousa afirmou que ao primeiro cenário (de uma Europa solidária e de coesão económica e social, em que os socialistas “ainda acreditam no Pai Natal”), o PS juntou, “à cautela”, outro em que, a manter-se a situação atual, “a questão da saída do euro vai ser posta”, indo até mais longe que o PCP, ao alargar à própria zona euro, “que poderia implodir”.

    “Diz o Partido Socialista: ‘mas isto é só um cenário que a gente não quer’. Mas, se não querem porque gastaram tanto as pestanas para fazerem aquele cenário? Se não serve para nada não o ponham lá. A única diferença é que o PS não tem a coragem de dizer que Portugal, para ter futuro como nação livre e independente, tem de se libertar destes constrangimentos do euro”, afirmou.

    Lusa

  • Costa mais duto: Das rifas à "quermessezinha" no Natal para os "pobrezinhos"

    Ora se faz uma “subscrição pública” para ajudar pessoas a terem acesso à justiça, ora se faz uma “rifa” ou ainda uma “quermessezinha” para ajudar os “pobrezinhos”. Foi um António Costa acossado pelas críticas de Passos Coelho e Paulo Portas à política de Segurança Social do PS, mais político e mais duro nas palavras, aquele que subiu ao palco do comício de Viseu. O líder socialista passou para o ataque no discurso mais aguerrido da campanha para marcar a diferença entre “os políticos que não são todos iguais” e “as políticas também não”.

    O candidato a primeiro-ministro pegou na intenção de Passos Coelho de lançar uma subscrição de apoio a um lesado do BES para trilhar as diferenças entre PS e coligação na maneira como querem oferecer serviços públicos. Disse Costa que quando “Passos Coelho se viu num aperto confrontado com os lesados do BES sobre a forma de garantir acesso aos portugueses a direitos fundamentais”, remeteu o lesado para a justiça predispondo-se “generosamente até com dinheiro do próprio bolso organizar uma subscrição pública para dar acesso à justiça”. Ora se fosse o líder socialista teria feito diferente porque daqui a pouco a subscrição pública poderia ser apenas o início de novas formas de garantir acesso aos direitos fundamentais:

    Porque senão um dia destes temos uma subscrição pública para as crianças que não têm escola pública poderem frequentar os colégios privados, fazemos também umas rifas para financiar a operação de quem não tem acesso a um hospital privado para realizar uma operação e tenha necessidade de a realizar. E todos os anos pelo Natal faríamos uma quermessezinha para fazer uma ceia de natal para os pobrezinhos que têm direito a comer”, disse.

    Serviu esta frase de resposta a Passos e a Portas que têm insistido na ideia que o PS quer levar a cabo um corte nas prestações sociais não contributivas.

    Depois de passar o dia a explicar que não vai cortar nestas prestações, dando alguns argumentos não explicando no entanto como é que a poupança nasce da “condição de recursos” como está escrito e não do crescimento da economia, Costa decidiu ser mais político e menos explicativo, atirando aos líderes da coligação dizendo: “Por isso faz-lhes muita confusão como é que é possível poupar nas prestações de natureza não contributiva sem com isso tirar às pessoas que delas necessitam o seu acesso, porque lhes garantimos emprego e rendimento. (…) E podem viver em dignidade com as prestações sociais sem terem de ir à cantina, que é a nova sopa dos pobres”.

  • Galamba: BES "foi mais um engano e com dolo". Vai haver custos para os contribuintes

    A saída da troika seria “limpinha” assim como a intervenção no BES, “sem custos para os contribuintes, sem custos para ninguém”, mas afinal “foi mais um engano, com dolo”. Foi assim que João Galamba classificou a ação do Governo em relação ao BES.

    Numa intervenção em Viseu, o deputado e candidato pelo distrito de Coimbra foi o convidado especial do comício para animar os socialistas com as acusações que fez ao atual Governo. Disse o deputado que esta quarta-feira os portugueses saberão o resultado da política do Governo: “Augusto Santos Silva ontem chamou-lhe Pedro Lapsos Coelho, eu como sou mais novo posso ser menos simpático. Não é lapso, é dolo. Não é engano, é de propósito”. Um “dolo” que terá custos, acredita e que este Governo terá de “explicar muito bem, quem paga, como paga e quando paga, porque andou um ano a pregar mais uma mentira? Vai haver custos para os contribuintes”.

    O socialista aproveitou ainda o discurso para responder a Paulo Portas sobre as acusações do vice-primeiro-ministro em relação às pensões mínimas, ao corte nos apoios sociais e ainda em relação ao subsídio social de desemprego. São tudo “enganos, mentiras e falsidades. Hoje bateu todos recordes”, disse.

    A medida que vale mil milhões nas prestações sociais não contributivas tem dado que falar e por isso o deputado decidiu ajudar Costa na explicação. “Não vai cortar em coisa nenhuma. Através das políticas que propomos, vão haver menos pessoas a precisar do Subsídio Social de Desemprego. É natural que Paulo Portas não perceba a diferença entre cortar e poupar”, rematou.

    Galamba falava dos resultados do défice do próximo ano que subirá por causa da não venda do BES. “Garantiram-nos que a intervenção do BES era limpinha, como a saída aliás, sem custos para os contribuintes, sem custos para ninguém. Uma maravilha. (…) Foi mais um engano, com dolo”.

    O deputado diz que não, que esta operação “vai ter custos bem pesados para os portugueses e vamos já amanhã saber. Vinham aqui para pôr em ordem o défice e a dívida. Não puseram em ordem nem o défice nem a dívida. A dívida aumentou e vai aumentar ainda mais por causa do BES. E o défice, é verdadeiramente chocante (..) Voltámos ao défice de 7,4% que era o mesmo quando este governo chegou”.

    O INe divulga amanhã os dados do défice final de 2014 e a retificação do Procedimento de Défices Excessivos, uma vez que o país continuará em PDE.

  • BE apela ao voto dos "lesados e indignados" do PSD e CDS-PP

    A eurodeputada bloquista, Marisa Matias, apelou hoje ao voto dos milhares e milhares de lesados e indignados do PSD e CDS-PP no “dia nacional da cobrança“, garantindo que estes podem recorrer ao Bloco de Esquerda (BE).

    “Temos que dirigir-nos diretamente e especialmente aos milhares e milhares de lesados do PSD, aquelas pessoas que foram enganadas, que em 2011 lhes disseram que podiam depositar no PSD toda a confiança, que podiam depositar no PSD a esperança de uma vida de trabalho e hoje percebem que foram enganadas e que o valor dessa esperança se reduziu a zero”, disse Marisa Matias durante um jantar-comício do BE.

    A eurodeputada do BE garantiu que “os lesados e os indignados do PSD e do CDS” no dia 04 de outubro “podem recorrer ao Bloco de Esquerda”, porque o partido “denunciou e combateu desde a primeira hora os banqueiros que roubaram os lesados e os indignados do PSD”.

    “Todos os que não pagaram os direitos a que temos direito, esses vão ter que pagar dia 04, porque dia 04 é dia nacional da cobrança”, afirmou. Marisa Matias avisou que estão novamente a enganar quem votou na direita, porque “dizem agora, durante a campanha, que têm um novo produto, uma nova obrigação a quatro anos e que desta vez podem mesmo confiar porque desta vez é para levar a sério”.

    “Hoje, o que nós nos perguntamos é se haverá alguma saída para o problema destes lesados do papel eleitoral do PSD”, questionou, ironizando que o voto em 2011 “foi transformado em papel higiénico”, que com a coligação pós-eleitoral “virou folha dupla, mas não deixou de ser menos solúvel por isso”.

    A eurodeputada bloquista falou, ainda, de uma “nova subscrição pública que pode mesmo ajudar a resolver o problema”, o dia das eleições legislativas, e pediu aos milhares de lesados do PSD “que não desistam dos legítimos direitos, que não desanimem”. “Passos e Portas adoravam que os lesados do PSD e do CDS se calassem e ficassem em casa em 2015”, disse.

    A porta-voz do BE antecipou que quarta-feira será “um dia difícil para Pedro Passos Coelho”, porque o primeiro-ministro vai ter de “prestar contas pelo gigantesco buraco no défice”, que em 2014 “é igual” ao de 2011.

    “Seja ele à mostra, como esperamos, ou fique ele escondido com favores da União Europeia, amanhã é dia de prestar contas e o dia em que se fica a saber que, depois de tudo o que foi feito, o défice de 2014 é igual ao défice de 2011”, disse Catarina Martins num comício em Leiria, referindo-se aos números do défice que quarta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE) vai divulgar, já com os efeitos do Novo Banco.

    De acordo com Catarina Martins, “amanhã [quarta-feira] será um dia difícil para Pedro Passos Coelho”, uma vez que o primeiro-ministro vai ter de “prestar contas pelo gigantesco buraco no défice” em 2014, que depois dos assaltos a salários, pensões e emprego, ficou exatamente igual ao de 2011.

    Lusa

  • Deputados do PSD/Madeira não se comprometem a aprovar OE

    A Comissão Política do PSD/Madeira decidiu hoje que os deputados sociais-democratas eleitos à Assembleia da República “apoiarão sempre a formação de um Governo da Coligação”, mas a cabeça de lista admitiu que isso pode não acontecer nos orçamentos.

    Os deputados do PSD/Madeira que forem eleitos no próximo dia 04 de outubro assumem (…), na formação do novo quadro parlamentar nacional, o apoio inequívoco à viabilização de um governo da Coligação ‘Portugal à Frente’ [PSD-CDS/PP]”, anunciou a cabeça de lista do partido pelo círculo eleitoral da Madeira, Sara Madruga, que hoje foi a porta-voz da reunião da Comissão Politica.

    Sara Madruga especificou, no entanto, que a viabilização do governo da coligação é diferente da aprovação de um seu Orçamento de Estado. “São coisas diferentes, o nosso compromisso é viabilizar o governo da Coligação, coisa diferente será a aprovação de um orçamento. A aprovação de um orçamento só se realiza depois da formação de um governo”, sublinhou.

    Sara Madruga, que disse não saber que governo resultará das eleições de 04 de outubro, vincou, porém, que o compromisso dos deputados do PSD/M “será, sempre, colocar os interesses da Região acima de qualquer interesse partidário”.

    As conclusões da reunião da Comissão Política chamam ainda a atenção para o facto de ser “essencial o apoio da população da Madeira” aos deputados, para que “se garanta um governo nacional estável e capaz de imprimir um novo ciclo económico e social assente num crescimento sustentado”. O documento lembra o “relacionamento institucional entre os dois presidentes do PSD regional e do PSD nacional” e as medidas já conseguidas pelo XII Governo Regional – passagens aéreas mais baratas, o desbloqueio de 43 milhões de euros do Fundo de Coesão, a aprovação do IV regime do Centro Internacional de Negócios da Madeira, a prorrogação do prazo de amortização da dívida da Madeira em sete anos, permitindo um “alívio” em 24 milhões de euros anuais, e o início da revisão do sistema de transporte marítimo de pessoas e mercadorias.

    Lusa

  • Cavaco Silva elogia campanha "mais informativa" e menos "crispada" do que anteriores

    O Presidente da República reafirmou esta terça-feira, na Alemanha, que a campanha eleitoral para as legislativas “está a correr de forma mais informativa” que outras anteriores.

    À margem do encontro do Grupo de Arraiolos, em Erfurt, na Alemanha, Cavaco Silva referiu que não iria fazer qualquer comentário à campanha que está a decorrer oficialmente desde domingo em Portugal, mas repetiu algumas considerações anteriores. “Eu não farei nenhum comentário, não fiz até aqui, não farei até dia 4 (de outubro), exceto a comunicação que farei ao país no dia 3”, disse.

    Ainda assim, Cavaco Silva voltou elogiar o espírito que tem rodeado a campanha. “Volto a dizer que me parece, em comparação com campanhas anteriores, que ela está a correr de forma mais informativa, cada um procurando explicar melhor os projetos que propõe para Portugal”, concluiu.

    No passado dia 11, o Presidente da República já tinha considerado que a pré-campanha estava a ser menos crispada e tensa. “Comparando com campanhas anteriores, parece muito claro que o nível de crispação e de tensão é muito menor. Esta é a fase em que cabe aos partidos políticos explicar e esclarecer os portugueses sobre os seus programas e espero que se continue a fazer isso com serenidade”, afirmou, então, Cavaco Silva.

    Também na altura, e quando interrogado se pensa que a moderação que tem existido poderá indiciar um caminho para o consenso, o chefe de Estado disse pensar que todos vão “aprendendo alguma coisa nesta matéria.

    Lusa

  • Passos pôs um pé na rua

    Passos andou fugido à rua, desde os episódios dos lesados do BES em Braga. Hoje, aventurou-se nas ruas do Montijo. A Rita Dinis acompanhou-o e conta-lhe como correu. Aqui.

  • Sem Portas e numa alteração ao plano da campanha, Passos esteve numa rua do Montijo a falar à população. Com um forte cordão de seguranças e jotas apoiantes, pouco ou nada se ouviram palavras de indignação.

    Aqui, estava uma senhora a elogiar a sua boa forma física.

  • Costa garante que vai introduzir as isenções nas portagens

    Costa ouviu um empresário queixar-se das portagens. Contou o dono da Euroralex, empresa de têxteis de Carregal do Sal, que gasta agora cerca de seis mil euros em seis meses com portagens quando antes gastava 200. Costa ouviu e garantiu que se for eleito primeiro-ministro vai mexer nos regimes das portagens para regressar ao que era antes deste Governo

    “Hoje é consensual unânime e até o atual Governo tinha posto termo a esses regimes já vem agora dizer que afinal também concorda que regressemos ao anterior regime de portagens”, disse.

  • O dia em que Costa elogiou Schaüble

    Schaüble era ministro do Interior e Costa da Administração Interna. E o alemão foi solidário e enviou ajuda para Portugal combater os fogos com que se debatia naquele ano. Quem recuperou o episódio foi o próprio candidato socialista que, numa visita aos bombeiros de Santa Comba Dão voltou aos tempos em que foi Ministro da Administração Interna.

    Costa fez depois uma arruada onde apenas viu cinco pessoas, duas delas dentro de um carro. Um ato falhado que não passou despercebido ao candidato que foi falando com o presidente da Câmara durante o percurso.

  • PURP quer tarifário aéreo idêntico para as regiões autónomas

    O cabeça de lista do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) pelo círculo eleitoral dos Açores defendeu hoje a uniformização do tarifário aéreo entre o continente e ambas as regiões autónomas, à semelhança do que acontece com o diferencial fiscal.

    Mário Couto, que falava aos jornalistas na sequência de uma ação de campanha junto de idosos do Centro de Convívio do Centro de Cívico e Cultural de Santa Clara, em Ponta Delgada, considera que não faz sentido que na Madeira se pague 88 euros pela tarifa aérea com o continente e nos Açores 134 euros.

    Não faz sentido que, se no diferencial dos impostos (de 30% em relação ao continente devido aos custos de insularidade) estejamos em pé de igualdade com os madeirenses e tenhamos transportes mais caros”, declarou o candidato pelos Açores do PURP.

    Na leitura do professor reformado, se todos são insulares e portugueses, está-se perante a “violação de igualdade e da solidariedade”, dois princípios constitucionais.

    O candidato às eleições legislativas de 4 de outubro defende como linhas mestras a necessidade de cortar nas despesas públicas, apontando que isso significaria uma poupança de dois mil milhões, exemplificando com as parcerias público-privadas, custos da Assembleia da República e do Governo.

    De acordo com o cabeça de lista do PURP, pretende-se “dar dignidade” aos reformados e pensionistas, que afirmou terem passado por “grandes dificuldades” nos últimos anos.

    “Há portugueses em Portugal que se suicidaram por falta de condições financeiras, porque as suas pensões foram cortadas e não podiam pagar as rendas de casa. Nós sabemos que eles existiram, só que não foram divulgados porque as famílias não quiseram divulgar as razões”, declarou o candidato.

    O professor aposentado considera que a descredibilização da política tem contribuído para o aumento dos níveis de abstenção, exemplificando com o valor de 60 por cento registado nos Açores em 2011.

    No âmbito da campanha do PURP nos Açores, o candidato considera que tem sido alvo da melhor receção, porque quase todos os reformados foram alvo de cortes nas suas pensões, para além da penalização imposta com os novos impostos.

  • Portas acusa Costa de “impreparação” e “inconsistência”

    O vice-primeiro ministro e líder do CDS-PP, Paulo Portas, acusou hoje o secretário-geral do PS, António Costa, de “impreparação” e “inconsistência” por não explicar o corte de 1.020 milhões de euros nas prestações sociais.

    “Assusta, com muita franqueza, tanta impreparação e tanta inconsistência, porque continua por explicar quem vai sofrer com o corte de 1.020 milhões de euros nas prestações sociais”, disse Paulo Portas aos jornalistas no final de uma visita a uma empresa de produção agroalimentar, no Montijo.

    O líder do segundo partido da coligação Portugal à Frente criticou também António Costa por não ter sabido explicar onde iria aplicar o corte e convidou alguém a fazer essa explicação por ele, considerando ser “mais útil, porque as pessoas agradeceriam saber o que se passa”.

    “Primeiro era nas pensões mínimas e rurais, que estão entre as mais baixas, depois era na ação social, que são os mais desfavorecidos, agora é no subsídio de desemprego, que são as pessoas que estão há mais tempo no desemprego, ou na pensão social, onde a maioria são inválidos e idosos”, disse Paulo Portas, acrescentando que “isto não é uma explicação que um candidato a primeiro-ministro dê”.

    O líder do CDS-PP disse, ainda, que “essa explicação de que uma mezinha, ‘eu resolvo o assunto’, também já tinha surgido para explicar como se ia cobrir o buraco de seis mil milhões de euros provocado pela Taxa Social Única (TSU)”.

    Questionado sobre o corte de 600 milhões de euros na Segurança Social, previstos pela coligação, Paulo Portas defendeu-se, afirmando que o fará “em concertação com o maior partido da oposição”, porque não se recusa sentar à mesa, acrescentando que irá respeitar a doutrina do Tribunal Constitucional e que não recorrerá a cortes nas pensões a pagamento.

    Lusa

  • Passos “anda de lapso em lapso até à mentira final".

    A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, acusou esta terça-feira Pedro Passos Coelho de “ofender” as pessoas ao falar de “cofres apetrechados”, defendendo que o Governo PSD/CDS-PP tem antes uma “dívida gigantesca” para com os cidadãos.

    “O discurso sobre os cofres cheios é um discurso que ofende as pessoas, porque os cofres cheios de que fala são a dívida gigantesca que tem para com as pessoas que trabalham e querem trabalhar neste país”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas, em Peniche.

    Ainda a propósito do “lapso” assumido por Passos Coelho, sobre os 500 milhões de euros que disse que tinham sido pagos ao Fundo Monetário Internacional e foram usados antes para pagar obrigações do tesouro, Catarina Martins considerou que ele “anda de lapso em lapso até à mentira final”.

    Lusa

  • Jerónimo denuncia "muita armadilha, muita mentirola”

    Militante do PCP “desde sempre”, Maria Augusta, 75 anos, ouviu hoje o apelo do secretário-geral do partido e vai bater-se por fazer ver aos que “dizem tão mal” que, na altura do voto, “é só mudar a cruz”. “Diga lá se conhece outra organização como esta”, disse à Lusa, ainda de touca e avental branco, na azáfama de servir o “cozido do Couço” que, com outras 11 mulheres, preparou para o almoço, na Casa do Povo, que marcou o arranque da campanha de hoje da CDU pelo distrito de Santarém, na freguesia do concelho de Coruche que deu ao partido, nas últimas legislativas, 51,7% dos votos.

    Jerónimo de Sousa declarou-se “em casa” ao estar na “terra da liberdade” (o Couço foi feito membro honorário da Ordem da Liberdade em 2000) e da luta antifascista – foi a luta das mulheres do Couço que conquistou as oito horas de trabalho na agricultura em maio de 1962 – e destacou o papel das “mulheres do Couço, não só no almoço, mas sempre e sempre nos momentos mais negros da luta” do partido.

    “Este partido é que determinou a realidade política e social nesta terra”, disse Jerónimo de Sousa, num discurso em que sublinhou as “raízes fundas” de um partido que “esteve sempre do lado certo, do lado dos mais fracos, dos que mais sofrem, dos que trabalham e querem uma vida melhor”.

    Para o secretário-geral do PCP, a certeza da vitória no Couço não deve, contudo, contentar militantes que “passaram tanto na vida”: “votar não basta, ganhem lá mais um amigo, ganhem mais um companheiro, mais um familiar, não se confortem nem descansem a consciência por dia 04 estarem a votar na CDU”, pois “não estão em tempo de parar”.

    Afirmando que este é “um tempo de avaliação” sobre o que cada um fez, Jerónimo de Sousa afirmou que a CDU tem um “orgulho imenso” por ter “cumprido a palavra dada” e alertou para uma batalha que contém “muita armadilha, muita mentirola”, com o PS a querer por “o conta-quilómetros a zero” e a coligação PSD/CDS-PP a querer convencer os portugueses de “que o pior já passou”.

    O secretário-geral do PCP pediu a derrota da coligação “que tanto mal fez ao povo e ao país” e acusou o Partido Socialista de ter tido “responsabilidades diretas nesta situação” ao ter aceitado um “programa brutal” com a “‘troika’ estrangeira” em que tudo estava previsto, “com metas, objetivos, tudo escrito e o PS assinou de cruz com o PSD e o CDS-PP.

    Lusa

  • CDU: "Um governo de direita nunca foi tão longe"

    O cabeça de lista da CDU pelo círculo da Madeira, Ricardo Lume, afirmou hoje, no concelho da Calheta, na zona oeste da ilha, que “nunca um governo de direita foi tão longe” ao prejudicar os pensionistas e reformados.

    “Com esta governação de direita, e nos últimos quatro anos, PSD e CDS impuseram sobre os reformados uma grande carga fiscal, nomeadamente na generalidade dos produtos, e um governo de direita nunca foi tão longe em taxar o IRS, nas reformas no valor de 600 euros”, disse o candidato na freguesia dos Prazeres, onde privilegiou o contacto com as populações, dando particular destaque aos problemas dos mais idosos.

    Ricardo Lume destacou que se regista “um maior envelhecimento da população, sobretudo nos concelhos rurais”, criticando “o ataque que os sucessivos governos têm feito a esta camada da sociedade, pessoas que contribuíram com muitos anos de trabalho”.

    O candidato comunista considerou, na ocasião, ser necessária a implementação na Madeira do complemento solidário para os idosos, que “sempre foi rejeitado pelo PSD e CDS” no arquipélago.

    Outro aspeto focado por Ricardo Lume foram os apoios sociais na área da saúde, apontando que os custos são “cada vez mais onerosos” para os idosos, que muitas vezes, quando vão ao hospital, têm de optar entre comer ou comprar a medicação.

    “Para haver uma política alternativa que garanta a reposição de direitos roubados e a qualidade de vida para reformados e pensionistas, tem de existir uma alteração de forças na Assembleia da República”, declarou, apontando ser necessária “mais CDU” no Parlamento nacional.

    Lusa

  • Garcia Pereira diz ter apoio de socialistas

    O candidato do PCTP/MRPP por Lisboa às eleições legislativas, Garcia Pereira, disse hoje acreditar que vários setores da sociedade e muitos socialistas, excluindo o atual secretário-geral, apoiam o projeto que o partido defende para o país.

    Falando aos jornalistas pouco antes de uma visita às oficinas do metropolitano de Lisboa (a entrada nas instalações foi vedada à imprensa), Garcia Pereira reafirmou o projeto de uma Frente Democrática e Patriótica (com saída do euro e recusa de pagamento da dívida pública) à qual todos são bem-vindos desde que democráticos e patrióticos, que se pode fazer com o PS ainda que não com António Costa.

    Nas ações de campanha, disse, muitas pessoas lhe têm assinalado o apoio a essa saída do euro, algo que o PCP não quer, defendendo antes “algo oportunista” que é “estar preparado” para a saída do euro e reestruturar a dívida, acrescentou questionado pelos jornalistas.

    Afirmando que as oficinas do Metro são um “local simbólico” da luta dos trabalhadores ao longo dos anos, agora a braços com um processo de privatização, Garcia Pereira prometeu que se for eleito lutará para travar todos as privatizações em curso (nomeadamente da TAP), por um salário mínimo de 550 euros e a reposição imediata dos salários ao nível de 2011.

    E o objetivo, precisou, não é eleger um deputado, mas ter uma representação parlamentar, até porque os portugueses conhecem “a imagem de marca” do PCTP/MRPP, um partido que “sempre disse as verdades que têm de ser ditas”, desde a adesão de Portugal à União Europeia (contra) ao caso BES (“um buraco de milhões que vai cair encima dos trabalhadores”).

    Outra verdade do PCTP/MRPP é a de que a União Europeia é a responsável pelo movimento sem precedentes de refugiados na Europa, por ter fomentado a guerra nos países de origem, como já tinha feito com a anterior Jugoslávia. E se a Hungria se comporta como nazi no caso dos refugiados também a chanceler alemã, Angela Merkel, devia de ser “levada a tribunal”.

    Estas questões, salientou, estão arredadas da campanha eleitoral, na qual não se fala da dívida pública, do euro, do tratado orçamental, da justiça ou de José Sócrates. Era isto, disse, que se devia discutir. E, acrescentou, se o país não mudar de políticas o futuro dos jovens “é acabar a servir bicas aos turistas alemães”.

    Lusa

  • Costa critica Passos por não participar em mais debates nas televisões

    O secretário-geral do PS, António Costa, criticou hoje Passos Coelho por não participar em todos os debates políticos para os quais foi convidado, acusando-o de fugir a questões sobre o que pretende para o futuro do país.

    “Era o que faltava eu querer concorrer a primeiro-ministro e furtar-me a responder às perguntas que os jornalistas querem colocar e têm o direito de mediar para que esclareçamos os portugueses”, afirmou António Costa num almoço com apoiantes, em Viseu, sublinhando que o PS tem compromissos e contas feitas, não tendo nada a esconder.

    “As televisões convidaram os líderes partidários para três frente-a-frente entre mim e o doutor Passos Coelho e, sem problema nenhum, aceitei os três debates nas televisões. Por alguma razão que ele lá saberá, ele só aceitou o primeiro e, quando chegámos ao fim, percebemos porque é que ele não aceitou mais nenhum”, disse o líder do PS. António Costa destacou, ainda, que todos os jornais o convidaram para entrevistas, em que tem vindo a participar.

    “Ainda hoje de manhã aceitei um convite da TSF para participar durante duas horas no seu fórum. Estranhamente, os outros líderes partidários aceitaram com uma exceção: a exceção, adivinhem, foi o doutor Passos Coelho”, evidenciou. O líder do PS acusou Passos de “não disponibilizar duas horas da sua vida para esclarecer os ouvintes da TSF e responder às perguntas que todos têm a fazer-lhe sobre o que quer mesmo fazer para o futuro do país na próxima legislatura”.

    “O que é extraordinário é que não só não quer responder sobre o quer fazer, como procura enganar sobre o seu verdadeiro programa e também quer enganar sobre o programa dos outros”, referiu.

    No seu entender, “não há mesmo limites para o descaramento”.

    “Já não faltava, há quatro anos, ter traído aquilo que prometeu, como agora quer esconder que o que verdadeiramente pretende é privatizar a Segurança Social, desmantelar o Serviço Nacional de Saúde, desqualificar a escola pública, promover a precariedade, continuar com a política de cortes de salários, fazer um novo corte das pensões de 600 milhões euros, como ainda quer enganar os portugueses a respeito do programa do PS”, concluiu.

    Lusa

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