O líder do PSD, Luís Montenegro, apelou hoje à concentração dos votos dos eleitores que querem um novo Governo na AD, avisando que “o voto de protesto beneficia o infrator, beneficia o PS”.

Num jantar-comício em Cascais, que contou com a intervenção do ex-líder e militante número um do PSD, Francisco Pinto Balsemão, Luis Montenegro disse também que “chega de um país que quer nivelar tudo por baixo”, afirmando não ter medo da palavra que designa o partido liderado por André Ventura.

“Já agora chega de um lado e chega do outro. Chega de nivelar por baixo e chega de dizer às pessoas que é possível dar tudo a todos ao mesmo tempo, nós somos ambiciosos, mas temos responsabilidade”, afirmou.

Margarida Bentes Penedo é a colunista do dia. Deixa críticas à posição do Partido Socialista quanto à habitação.

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“PS põe em causa lei da oferta e da procura”

Hugo Trindade (PAN) defende que é prioritário haver uma ligação direta com o litoral. Já Jorge Miguel Teixeira (IL) apela a uma maior preocupação com os incêndios e com o fornecimento de água.

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PAN e IL levam a descentralização a debate

Ex-líder do PSD considera que Montenegro cometeu “erro politico” quando declarou que só governava se vencesse. Lamenta ainda que atual líder não o tenha convidado para ações de campanha.

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“Não é não” de Montenegro? “Existe um conjunto de agentes do PSD que teria uma posição diferente”, diz Luís Filipe Menezes

A Iniciativa Liberal (IL) vai percorrer 12 dos 18 distritos de Portugal continental durante a campanha para as eleições legislativas de 10 de março e pretende mostrar que o país tem potencial para ser muito mais.

Sob o mote “Portugal com Futuro”, a IL, que tem na liderança Rui Rocha, vai passar pelos distritos de Aveiro, Braga, Beja, Coimbra, Évora, Faro, Leiria, Lisboa, Porto, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu, segundo a agenda de campanha oficial distribuída aos jornalistas.

De fora da volta da IL ficam as regiões autónomas e os distritos de Bragança, Castelo Branco, Guarda, Santarém e Vila Real, contudo, Rui Rocha visitou e visitará alguns destes locais ainda na pré-campanha.

A campanha oficial da IL que arrancará no domingo, em Setúbal, quer mostrar aos portugueses que Portugal tem potencial para ser muito mais à semelhança de países europeus mais prósperos.

“Se Montenegro passa a imagem de quem não quer responder a uma pergunta, Pedro Nuno Santos está a passar a imagem de impreparação”. Ainda o BE, que “continua a contar-nos histórias da carochinha”.

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O desobrigado PNS e a história da carochinha do BE

A coordenadora do BE quer fazer nas questões laborais aquilo que a “maioria absoluta [do PS] recusou” e defendeu hoje a recuperação da contratação coletiva, a reposição do princípio do tratamento mais favorável e a definição de leques salariais.

“Apresentamo-nos nestas eleições e, também neste campo, para fazer o que nunca foi feito, para fazermos o que a maioria absoluta se recusou a fazer contra a desigualdade e contra a exploração”, afirmou na sua intervenção.

De acordo com a líder do BE, as propostas são “recuperar a contratação coletiva, acabar com a caducidade unilateral dos instrumentos de regulação coletiva do trabalho e repor o princípio do tratamento mais favorável”.

O líder do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, voltou a falar no Funchal, esta terça-feira, e a justificar a sua ausência da campanha. Diz que Montenegro “tem de se afirmar” e que sabe que é um “grande líder”, que “não precisa de figuras ali ao lado dele, de mão dada”.

Mas admite, questionado sobre se não está a dar uma imagem desunida da coligação: “Talvez esteja a passar essa imagem, mas não é o fito”.

“Queremos ser úteis, não queremos ter muita visibilidade”, remata.

Sobre os polícias, considera que têm direito a fazer greve mas que a sua insatifação coloca a segurança nacional “um bocado periclitante”. “Estão a ser muito maltratados”.

André Ventura voltou hoje a dizer que estão “todos os cenários em cima da mesa”. No entanto, “é preciso que todos digam o que vão fazer e o que é que Luís Montenegro vai fazer se a direita tiver maioria, mas o PS, infelizmente, tiver mais um voto do que nós”.

O líder do Chega disse esperar que Luís Montenegro “clarifique se vai apoiar um governo se houver uma maioria de direita ou não” e sublinhou ainda que “a arma secreta do PS é o PSD”.

“Luís Montenegro pode acreditar em todos os cenários que na cabeça dele forem relevantes, mas há uma coisa que ele tem de dizer: é se se compromete com um governo de direito ou se está comprometido com um governo à esquerda”, acrescentou Ventura hoje à tarde, enquanto falava aos jornalistas em Marco de Canaveses.

Jamila Madeira (PS) e Miguel Pinto Luz (AD) passam culpas sobre quem mais contribuiu para a melhoria da região sul. Já Pedro Pinto (CH), cola os dois aos maus resultados.

[Ouça aqui o debate promovido pela Rádio Observador]

Debate Faro: passa culpas, habitação e saúde

Mariana Mortágua voltou a responder sobre o caso da sua avó, garantindo que não mentiu e que foi graças à geringonça que a sua familiar ficou fora de perigo quanto a um possível aumento das rendas.

“O que eu disse e mantive é que a minha avó viveu 69 anos na mesma casa”, disse Mortágua. “Tinha 80 quando descobriu que aos 85 a sua renda podia saltar, artigos 35 e 36 da lei. E isso teria acontecido se a geringonça não tivesse suspendido a aplicação da lei Cristas, da lei das rendas. E nenhum facto me desmente pela simples razão de que tudo o que eu disse é verdade”.

Mortágua usou o exemplo da avó, num debate, para dizer que esta sentia um “sobressalto” quando recebia cartas do senhorio. Entretanto, veio dizer que esse sobressalto aconteceu não porque tenha sido despejada, mas porque, passado o período transitório de cinco anos, a sua renda poderia ser aumentada. A revista Sábado escreve esta quinta-feira que a IPSS a quem pertence o edifício enviou cartas aos inquilinos, mas só com atualizações de “valores ínfimos”.

O líder da AD pediu esta quinta-feira ao secretário-geral do PS para “virar a página do discurso” e deixar de “jogar à politiquice”, na campanha eleitoral, e dar resposta “às ambições, às necessidades, aos desafios” dos portugueses.

“Eu acho que está na altura de virar a página do discurso”, disse Luís Montenegro numa visita que fez esta manhã ao Mercado de Portimão, no Algarve, acusando Pedro Nuno Santos de não ter “nada para dizer ao país” e “muito pouco para oferecer aos portugueses em termos de propostas políticas”.

O presidente do PSD escusou-se a responder ao desafio do candidato socialista às eleições legislativas de 10 de março, que na quarta-feira no Porto tinha pedido reciprocidade da parte do PSD à disponibilidade avançada pelo PS em viabilizar um governo minoritário da AD.

O secretário-geral do PCP salientou esta quinta-feira que a TAP é a maior exportadora nacional e considerou que privatizá-la seria dar um “tiro nos pés de grande dimensão”, apelando à valorização e aumento de salários dos seus trabalhadores.

Em declarações aos jornalistas após uma reunião com organizações representativas dos trabalhadores (ORT) da aviação civil, no Aeroporto de Lisboa, Paulo Raimundo defendeu que o problema que se vive neste setor é transversal a muitas áreas: “é o problema da precariedade, dos baixos salários, da instabilidade permanente”.

Para o líder comunista, para dar resposta a estes trabalhadores, é “fundamental garantir um forte setor público, desde logo com um elemento central, que é a TAP como empresa pública”.

A porta-voz do PAN disse esta quinta-feira em Santa Maria da Feira que “o namoro” entre os candidatos do PS e do PSD demonstra que não serão esses partidos a fazer avançar o país.

“O PAN não se mete no namoro entre PS e PSD”, disse Inês Sousa Real com bom humor, a propósito do avanço e recuo de Pedro Nuno Santos ao começar por disponibilizar-se para viabilizar um eventual governo minoritário do PSD e depois sujeitar essa hipótese ao que definiu como a reciprocidade de Luís Montenegro para idêntico compromisso.

Para a líder do PAN, “os interesses do bloco central não são o que vai o que vai fazer avançar efetivamente o país” e daí afirmar: “Precisamos dar mais força a partidos como o PAN para que possamos ter as causas [da mudança] representadas na Assembleia da República e não é um deputado dessas duas forças políticas [PS e PSD] que vai fazer a diferença”.

A coligação PSD/CDS/PPM que venceu as eleições de fevereiro nos Açores, sem maioria absoluta, estabeleceu um acordo com o PS, o segundo partido mais votado, para distribuir os cargos da Mesa da Assembleia Regional, confirmou à Lusa fonte parlamentar.

Na sequência desse entendimento, os socialistas, que perderam as eleições antecipadas de 4 de fevereiro, elegendo 23 dos 57 deputados ao parlamento açoriano, comprometem-se a viabilizar o nome proposto para presidente da Assembleia Legislativa pela coligação, que volta a apostar em Luís Garcia.

Ventura partilhou nas redes sociais que a caravana do Chega foi recebida com tiros em Famalicão. PSP diz que presenciou o momento e constatou a origem dos sons, descartando que foram disparos.

PSP diz que tiros denunciados por Chega em Famalicão eram rateres de mota

O que era impossível tornou-se provável e uma solução governativa à direita que, segundo Ventura, seria inviável sem o Chega passou a ser possível, mesmo sem elementos ligados ao partido no governo.

A “navegar à vista”, mas com “provas de boa-vontade”. Ventura forçado a acrobacias sobre entendimentos com o PSD

Mortágua disse ter assistido ao “sobressalto” da avó quando recebia cartas após a aprovação da lei Cristas. A idade que tinha na altura não permitia despejos e a renda atual ronda os 400 euros.

Avó de Mortágua vive em apartamento com renda de 400 euros e senhorio é uma IPSS