Momentos-chave
- PCP diz ser atingido por "golpes dos senhores que comandam o país à margem e contra a Constituição pelo silenciamento e manipulação"
- PCP não convidou partidos à direita do PSD para assistirem ao congresso
- "Intensa ofensiva contra PCP é a expressão de ser a força que compromete os interesses" do capitalismo
- Comité Central reelege Raimundo por unanimidade. Há dois dirigentes que passam a ter assento nos órgãos mais importantes do partido
- PCP acredita que "realidade histórica" de Cuba, China e Vietname prova "viabilidade e superioridade do socialismo"
- Paulo Raimundo: "O PS tornou-se cúmplice da direita. Vai ser responsável pelas consequências inevitáveis"
- João Ferreira recusa "profissões de fé" do PS em Lisboa
- PCP aposta no cansaço dos portugueses com a guerra e os seus gastos. "Alguém compreende isto?"
Atualizações em direto
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A resolução política do XXII Congresso do PCP foi aprovada “por maioria com quatro abstenções”, anunciou a mesa.
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PCP diz ser atingido por "golpes dos senhores que comandam o país à margem e contra a Constituição pelo silenciamento e manipulação"
Francisco Lopes, membro da Comissão Política e do Comité Central do PCP, começa por dizer que “é impressionante o que o partido enfrentou e resistiu” nos últimos anos.
O comunista sublinha a “coragem sem limites, a iniciativa que se afirma e o reforço que se impõe” no PCP, que diz estar “acima das cortinas de fumo da conjuntura” e que luta contra os “obstáculos e contratempos que colocam os promotores e gentes da exploração, da guerra e exploração dos recursos”.
“Somos um partido de massas que trabalha para o recrutamento de novos militantes”, sublinha, crente de que é preciso um “partido mais forte” e antecipando que o PCP o vai conseguir.
Francisco Lopes diz que sai do Congresso do PCP um “movimento geral de reforço do partido, de direção e estruturação, articulado com responsabilização de quadros, recrutamento, preparação política ideológica, militância, meios de propaganda, imprensa e independência financeira”.
“Somos atingidos pelos golpes dos senhores que comandam o país à margem e contra a Constituição da República pelo silenciamento e manipulação”, acusa o comunista, assumindo as “insuficiências” e a certeza de que o partido “aprende com a experiência”.
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PCP não convidou partidos à direita do PSD para assistirem ao congresso
O PCP deixou de fora dos convites para assistir ao seu congresso os partidos à direita do PSD — ou seja, nem IL, nem Chega nem CDS receberam convite para virem até Almada.
PSD, PS, Bloco de Esquerda, Livre e Verdes foram convidados.
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PCP usa bodes expiatórios para justificar falhanços?
Os comunistas tem resistido, apesar de discurso não os levar a lado algum. Passam a ideia de que estão certos e os outros errados. Será que ainda não perceberam que o problema está na mensagem ?
Com Anselmo Crespo e Eunice Lourenço.
[Ouça aqui E o Vencedor É a partir do congresso do PCP em Almada]
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Congresso do PCP levanta-se a gritar: "Palestina vencerá"
Carina Castro, membro do Comité Central do partido, fez uma intervenção sobre a causa palestiniana e o apelo ao fim do “genocídio”.
Em reação, os militantes do partido levantaram-se a gritar “Palestina Vencerá” durante largos momentos. Foi, de longe, a maior manifestação em três dias de Congresso.
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"Intensa ofensiva contra PCP é a expressão de ser a força que compromete os interesses" do capitalismo
Jorge Cordeiro, da Comissão Política do PCP, recusa que “abordar a luta suscitando as condições em que se realizam” seja uma “justificação”. “Ter presente essas condições de correlação de força, a expressão dos meios para condicionar a ação e identificação dos que se opõem são pressupostos essenciais para garantir acerto na resposta do partido”, aponta.
O comunista considera que “o PCP tem de afirmar a sua ação, resistir à ofensiva ideológica e dirigir um processo de lutas que contribua para acumular de forças” e nota que “a intensa ofensiva contra o PCP é a expressão de ser a força que pela sua ação e objetivo compromete os interesses” do capitalismo.
A “influência do partido”, diz, “não é separável da intervenção” nem da “situação de avanço ou refluxo do processo político”. Há “uma influência condicionada pela ofensiva ideológica que enfrentamos”, explica, dizendo que a “ofensiva sempre houve e haverá”, porém considera que agora essa pretende “desarmar o partido e absorver o ódio anti-comunista do espaço mediático”.
“Essa ofensiva tem como alvo privilegiado o PCP, caracteriza-se pela mobilização de meios a que recorre, pela persistência e intensidade que assume, pelas continuadas campanhas em que se suporta num processo que não pode ser visto nem avaliado isoladamente, mas sim pelo seu conjunto e persistência acrescenta, estratifica e consolida de elementos preconceituosos e de obstáculos à mensagem do partido”, afirma Jorge Cordeiro.
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Comité Central reelege Raimundo por unanimidade. Há dois dirigentes que passam a ter assento nos órgãos mais importantes do partido
O novo Comité Central do PCP já teve a sua primeira reunião, que teve como resultado a eleição por unanimidade de todos os órgãos mais restritos do partido (que emanam do Comité Central), assim como a reeleição, também por unanimidade, de Paulo Raimundo.
Há poucas alterações de monta a notar na composição da Comissão Política e do Secretariado do Comité Central. Há, no entanto, dois dirigentes que ganham transversalidade: Margarida Botelho, que já fazia parte do Secretariado, entra também na Comissão Política; e Vladimiro Vale, que fazia parte do segundo órgão, entra no primeiro — Paulo Raimundo fazia parte de ambos os órgãos antes de ser escolhido como secretário-geral, uma indicação da sua importância na estrutura do partido.
Os dirigentes de topo que continuam a ter assento em simultâneo nos dois órgãos são Francisco Lopes, Jorge Cordeiro, José Capucho e Paulo Raimundo. Nomes como João Ferreira, João Oliveira e Paula Santos continuam a fazer parte da Comissão Política.
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PCP acredita que "realidade histórica" de Cuba, China e Vietname prova "viabilidade e superioridade do socialismo"
Albano Nunes, da Comissão Central de Controlo, fala agora para dizer que “o ideal e o projeto comunista são a bússola revolucionária do partido, por mais hostis que sejam as circunstâncias” e independentemente das “tarefas imediatas e alianças de ordem tática”.
“A classe dominante utiliza os poderosos meios de manipulação ideológica para desacreditar o ideal e a viabilidade do projeto comunista e apresentando o capitalismo como o sistema histórico terminal e sem alternativa procura roubar às massas trabalhadoras qualquer perspetiva revolucionária e a confiança na possibilidade de alcançar uma sociedade livre da exploração da opressão do capital”, afirma.
E contrapõe esta realidade com a “análise marxista-leninista” e a “realidade histórica que demonstrou e continua a demonstrar, como em Cuba, China e Vietname, a viabilidade e superioridade do socialismo”.
O comunista recordou a “época história da passagem do capitalismo ao socialismo” com a Revolução de Outubro e lembrou Lenine: “Todos os povos chegarão ao socialismo, mas cada um chegará à sua maneira.”
Ciente de que “a vitória não está ao virar da esquina” e que será “muito dura”, Albano Nunes termina a dizer que o PCP está “do lado certo da história”.
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Paulo Raimundo: "O PS tornou-se cúmplice da direita. Vai ser responsável pelas consequências inevitáveis"
Em entrevista ao Observador, a partir do seu primeiro congresso como líder do PCP, Paulo Raimundo acusou Pedro Nuno Santos de ter feito um grande favor à Iniciativa Liberal e, sobretudo, ao Chega.
“O PS tornou-se cúmplice da direita. Vai ser responsável pelas consequências inevitáveis”
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João Ferreira recusa "profissões de fé" do PS em Lisboa
Em entrevista ao Observador, João Ferreira explica o porquê de se ter posto fora de qualquer aliança à esquerda em Lisboa e responsabiliza o PS pelos anos de convergência com Carlos Moedas.
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PCP aposta no cansaço dos portugueses com a guerra e os seus gastos. "Alguém compreende isto?"
Comunistas admitem que mensagem sobre Ucrânia foi mal recebida mas acreditam que população começa a ficar cansada. E usam avisos sobre desvio de recursos para “economia de guerra” como argumento.
PCP aposta no cansaço dos portugueses com a guerra e os seus gastos. “Alguém compreende isto?”
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Bom dia.
Neste liveblog vamos acompanhar o último dia do XXII Congresso do PCP, que decorre em Almada e termina com o discurso de encerramento de Paulo Raimundo, por volta das 13h00. Recorde o que se passou no sábado através deste link.