O Brasil ultrapassou hoje, pela primeira vez na pandemia, os 100 mil casos de infeção (100.158) pelo novo Coronavírus num único dia e somou 2.777 mortes nas últimas 24 horas, informou o executivo.

No total, o Brasil chegou aos 303.462 óbitos e 12.320.169 casos de infeção desde que o primeiro caso foi registado no país, há cerca de 13 meses, números que confirmam o país sul-americano como a nação com mais vítimas mortais e novos casos em 24 horas em todo o mundo, bem acima dos Estados Unidos e da Índia.

O recorde anterior de casos num só dia havia sido alcançado na última sexta-feira, quando o Brasil somou 90.570 diagnósticos positivos, num momento em que a população não tem cumprido medidas de isolamento social decretadas por governados e prefeitos.

O comissário europeu do Mercado Interno, Thierry Breton, estará amanhã em Lisboa para visitar entidades que o ministro da Economia “já indicou onde se podem encontrar atividades que possam concorrer para a produção de vacinas em algum dos seus segmentos”.

O primeiro-ministro responde a outra pergunta sobre a proibição das exportações, dizendo que o “objetivo não é bloquear exportações, mas sim que não somos bloqueados pelos outros” no fornecimento de vacinas.

Costa ainda dis que tudo está a ser montado para que em breve seja possível administrar 100 mil doses de vacinas por dia, mas que isto depende de todo este processo de fornecimento. E que se a UE conseguir aumentar essa capacidade, o processo será também acelerado em Portugal.

António Costa tem a expectativa que “até meados de abril todos tenham os estados membros tenham concluídos processos de ratificação” dos seus plano de Recuperação e Resiliência, para que bazuca possa ser disparada.

Questionado sobre a imagem da UE no caso de vir a proibir exportações, António Costa diz que a imagem é a de ter sido o bloco que mais exporta. “A Europa lidera o apoio à Covax, que é o mecanismos internacional que tem gerido vacinas para países em vias de desenvolvimento”, afirmou.

Quanto à proibição propriamente dita, Costa diz que essa não é a primeira arma a usar e que as conclusões finais do Conselho Europeu diz que é preciso manter as cadeias de fornecimento de forma a não haver um bloqueio global” no fornecimento das vacinas. Até porque há vacinas com componentes importados e que isso podia comprometer essa produção.

A ideia é “não criar barreiras” e neste ponto sublinhou que o encontro com Biden foi “produtivo” e que ambas as partes entenderam que “estamos aqui para cooperar”.

“Armas são armas, mas o objetivo não é a guerra, mas um trabalho pacífico em conjunto para aumentar a capacidade de resposta” a este desafio.

Costa detalha ainda o que está a fazer a Comissão que passa pelo “mapeamento nos 27 estados-membros, das capacidades que existem para produzirem a vacina, componentes da vacina ou acabamentos da vacina”. E que a ideia é “articular essa capacidades” para aumentar a produção. E que Portugal pode ter capacidade para algumas fases, bem como os outros estados membros.

“A solução está em aumentar a capacidade de produção”, diz ainda Costa.

Na fase das perguntas, António Costa diz que a Europa tem-se distinguido por fornecer vacinas a outros países, é o bloco “que mais tem exportado”, diz. E “deve haver reciprocidade por parte dos outros blocos económicos”.

Este Conselho Europeu recebeu ainda a visita, também por videoconferência, do novo presidente dos EUA, Joe Biden, que foi “muito importante” para reforçar relações entre Europa e EUA, disse Costa.

“Na pandemia ninguém estará salvo enquanto não estivermos todos salvos”, disse Costa sobre a necessidade de concertação no combate à pandemia entre as duas forças.

Além disso, foi ainda afirmado o trabalho conjunto para “enfrentar desafio para as alterações climáticas” e de cumprir as metas do Acordo de Paris.

UE e EUA também se entenderam sobre a prioridade à recuperação económica. E também na “promoção dos valores democráticos que partilhamos com os EUA”, afirmou Costa.

Foi também analisada a dimensão económica da pandemia, assinalando as inetrvenções do BCE e do presidente do Eurogrupo, que assinalaram a necessidade de continuar a suspensão das regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento. Mas também acelerar a aplicação dos Programas de Recuperação e Resiliênicia — que já foram ratificados ou estão em vias de os ser em 23 estados.

O primeiro-ministro fala agora no final da reunião do Conselho Europeu, que decorreu em vídeoconferência, numa altura em que Portugal preside à UE. António Costa fez saber que se debateu uma forma de “acelerar o processo de vacinação ao nível europeu”.

“A Comissão está a trabalhar para organizar à escala europeia um esforço adicional para aumentar a capacidade de produção” das vacinas e “garantir o cumprimento dos contratos”, isto “recorrendo a todos os instrumentos, incluindo à proibição de exportações, se tal for necessário”.

O primeiro-ministro disse que isto será feito “salvaguardado sempre as cadeias de fornecimento indispensáveis de assegurar para o bom funcionamento da indústria dentro e fora da Europa”.

O Governo Regional dos Açores não vai incluir, para já, os professores na primeira fase de vacinação contra a Covid-19, por escassez de vacinas, adiantou esta quinta-feira o diretor regional da Saúde, Berto Cabral.

“A região tem o seu plano aprovado e é evidente a escassez de vacinas, pelo que, neste momento, é impossível assumirmos a vacinação nesta fase aos professores”, afirmou Berto Cabral, em conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Segundo Berto Cabral, a situação poderá ser reavaliada, se for anunciada a chegada de mais vacinas à região, mas por enquanto o plano de vacinação contra a Covid-19 dos Açores mantém-se sem alterações.

As autoridades sanitárias cabo-verdianas diagnosticaram mais 126 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, e um morto, elevando para 16.787 o total de casos desde 19 de março de 2020, divulgou hoje o Ministério da Saúde.

Em comunicado, o ministério referiu que os laboratórios de virologia do arquipélago processaram 907 amostras desde quarta-feira, com o concelho da Praia, capital do país, a confirmar mais 62 infetados (em 428 amostras), contando agora com 362 casos ativos.

Cabo Verde passa assim a contar com um acumulado de 16.787 casos da doença, desde 19 de março de 2020, distribuídos por todos os 22 municípios das nove ilhas habitadas do arquipélago.

A Madeira tem hoje mais 29 casos de Covid-19, todos de transmissão local, pelo que a região passa a contabilizar 8.214 infeções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, indicou a Direção Regional de Saúde (DRS).

No boletim diário, a autoridade de saúde refere ainda que se registou mais uma morte associada à doença, uma doente de 89 anos com comorbilidades associadas que estava internada no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.

Neste momento, existem 501 casos de Covid-19 ativos na região, “dos quais 14 são importados e 487 de transmissão local” e 37 pessoas recuperaram da doença, segundo a DRS.