• O Presidente norte-americano deverá nos próximos tempos pedir ao Congresso um pacote de ajuda “sem precedentes” para auxiliar os vários aliados dos EUA, incluindo a Ucrânia. De acordo com a AFP, que cita uma fonte próxima da Casa Branca, a iniciativa proposta por Joe Biden prevê a aprovação de um valor “sem precedentes” de 100 mil milhões de dólares (cerca de 95 mil milhões de euros), que serão distribuídos entre a Ucrânia, Israel, Taiwan e o combate à crise de migração na fronteira entre os EUA e o México.
• A frota russa no Mar Negro repeliu um ataque aéreo, de acordo com o governador pró-russo de Sevastopol, na península da Crimeia.
• A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, deixou clara a sua posição após ver a fotografia do seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, a cumprimentar “a mão de um criminoso”, referindo-se ao encontro que teve com Vladimir Putin na China.
• O governador de Sebastopol, na anexada península da Crimeia, relatou um ataque contra o porto local após ser detetado fumo numa das zonas da cidade, apesar de referir que os sistemas antiaéreos estavam a repelir os “objetos aéreos”.
• Os Estados Unidos anunciaram hoje a imposição de sanções a 11 pessoas e oito entidades relacionadas com o desenvolvimento dos programas de mísseis balísticos e de drones (aeronaves não-tripuladas) do Irão.
• Os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções a 11 pessoas e oito entidades relacionadas com o desenvolvimento dos programas de mísseis balísticos e de drones (aeronaves não-tripuladas) do Irão.
• O número de civis mortos num ataque “terrorista” russo à cidade de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, aumentou para cinco, segundo autoridades da região que se encontra ocupada pelas forças russas.

No seu discurso diário, Volodymyr Zelensky referiu que falou ao telemóvel com o Presidente francês, Emmanuel Macron, e primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, sobre “a situação no campo de batalha, o apoio às nossas tropas, a cooperação em matéria de defesa e o trabalho dos corredores de cereais no Mar Negro”.

Com Macron, discutiu ainda a cooperação a nível da adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), “tanto no trabalho político para abrir as negociações de adesão, como na assistência macrofinanceira à Ucrânia”.

Zelensky também disse ter convidado o primeiro-ministro norueguês para participar na próxima reunião sobre a Fórmula da Paz.

Além disso, o Presidente debateu a situação em Israel e na Palestina, referindo a importância “de evitar qualquer nova escalada no Médio Oriente” e de “salvar o maior número possível de vidas”.

“Todas as partes têm de cuidar dos civis — mulheres e crianças apanhadas no meio das hostilidades e dos bombardeamentos. Se o número de vítimas continuar a aumentar, será um dos piores cenários. E é necessário evitar esse cenário”, garantiu.

During my today’s talks with French President Emmanuel Macron and Norwegian Prime Minister Jonas Gahr Støre, we discussed, among other things, the situation in the Middle East.

It's important that our views coincide. The main goal is to avoid further escalation in the region and… pic.twitter.com/VJcyo8SQT2

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 18, 2023

O número de civis mortos num ataque “terrorista” russo à cidade de Zaporíjia, no sul da Ucrânia, aumentou para cinco, segundo autoridades da região que se encontra ocupada pelas forças russas.

“O número de vítimas mortais do ataque noturno dos Rashistas (termo depreciativo para descrever os russos) em Zaporíjia subiu para cinco”, disse o governador da região, Yuri Malashko.

“Os corpos de três pessoas que estavam desaparecidas foram recuperados dos escombros”, acrescentou.

O ataque ocorrido hoje de manhã resultou em cinco feridos que tiveram que receber tratamento hospital, disse Malashko.

Por outro lado, um bombardeamento russo contra uma cidade na região de Dnipro, no centro ucraniano, provocou hoje a morte de uma mulher de 31 anos, segundo o chefe da administração militar da zona, Sergei Lisak.

O Presidente ucraniano condenou hoje o ataque russo, que na altura contava com dois mortos, quatro feridos e três desaparecidos.

“Zaporijia. Ataques com mísseis por terroristas contra a cidade, contra as infraestruturas, contra um edifício residencial, um edifício normal de cinco andares”, escreveu Volodymyr Zelensky na plataforma de mensagens Telegram.

O Ministério da Educação ucraniano pretende vir a incluir cursos de operações de drones no currículo escolar.

A notícia foi avançada pelo site ArmyInform, citado pelo The Kyiv Independent, que informou que os cursos vão ensinar “uma variedade de aspetos relacionados com a operação de drones”.

Dois homens foram hoje multados na Crimeia ocupada a pagar 40.000 rublos (aproximadamente 387€) cada, por terem ouvido a canção Good Evening, we are from Ukraine em público, informou o grupo de controlo independente russo OVD-Info, citado pelo The Kyiv Independent.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, garantiu hoje ao seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, que o regresso do conflito israelo-palestiniano ao centro das atenções internacionais não afetará o apoio europeu à Ucrânia.

“A multiplicação das crises não enfraquecerá de forma alguma o apoio francês e europeu à Ucrânia, que permanecerá enquanto for necessário”, sublinhou Macron, durante uma conversa telefónica com Zelensky, informou a presidência francesa.

Os dois líderes discutiram também as capacidades militares da Ucrânia, que espera uma nova campanha de bombardeamentos russos durante o inverno, bem como as necessidades de Kiev, à medida que esta estação se aproxima.

O chefe de Estado ucraniano sublinhou na rede social X (antigo Twitter) que o seu país atribui “grande importância à ajuda militar da França”, que forneceu canhões de artilharia César e que já prometeu mísseis SCALP de longo alcance.

I had a call with @EmmanuelMacron.

Ukraine highly values France’s military aid. President Macron and I focused on the next steps to strengthen Ukraine’s air defense, long-range, and naval capabilities.

We also discussed the Black Sea grain corridor and ways to protect it, as…

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 18, 2023

Os dois discutiram ainda o corredor do Mar Negro destinado às exportações de cereais que a Ucrânia pretende implementar, apesar do bloqueio russo.

Macron e Zelensky também conversaram sobre o ressurgimento da violência no Médio Oriente, com os massacres de israelitas perpetrados pelo Hamas em 07 de outubro e a resposta de Israel em Gaza.

“Ambos salientámos a necessidade de proteger os civis e evitar qualquer nova escalada na região”, observou o Presidente ucraniano.

Os Estados Unidos anunciaram hoje a imposição de sanções a 11 pessoas e oito entidades relacionadas com o desenvolvimento dos programas de mísseis balísticos e de drones (aeronaves não-tripuladas) do Irão.

O Governo do Presidente Joe Biden assinou também uma declaração, juntamente com os Estados-membros da União Europeia (UE), o Reino Unido, o Japão, a Austrália, Israel e a Colômbia, entre outros aliados, comprometendo-se a adotar “as medidas necessárias para impedir” o fornecimento ao Irão de tecnologia relacionada com mísseis.

“A escolha imprudente do Irão de continuar o processo de proliferação de drones destruidores e outras armas está a prolongar muitos conflitos em todo o mundo”, declarou o subsecretário do Tesouro norte-americano para as Informações Financeiras e o Terrorismo, Brian Nelson, na nota informativa.

Há 4.890 famílias refugiadas ucranianas a viver nas ruas do Reino Unido, conforme foi divulgado por um relatório publicado hoje pelo National Audit Office, citado pela Sky News.

Tal representa 8% do total de ucranianos que fugiu para o Reino Unido ao abrigo do programa “Casa para Ucrânia”.

O NAO revela que apesar de este número “subestimar o quadro real”, visto que um terço das autoridades locais não forneceu dados, o perigo de falta de alojamento “aumentará provavelmente”.

“As autoridades locais tomaram uma série de medidas para proteger as pessoas de se tornarem sem-abrigo, incluindo o reenquadramento dos patrocinadores e o apoio à mudança para um alojamento arrendado, e muitos terão recebido alojamento temporário entretanto”, afirma o relatório.

O governador de Sebastopol, na anexada península da Crimeia, relatou um ataque contra o porto local após ser detetado fumo numa das zonas da cidade, apesar de referir que os sistemas antiaéreos estavam a repelir os “objetos aéreos”.

“Na zona de Sujarnaya Balka, a nossa frota [do Mar Negro] repeliu um ataque de objetos aéreos”, escreveu Mikhail Razvozhaev no seu canal na plataforma Telegram, sem revelar se os objetos referidos eram ‘drones’ (aparelhos aéreos não tripulados) ou mísseis.

O governador nomeado por Moscovo relatou a observação de fumo num dos distritos da cidade portuária, referindo que os serviços de emergência tinham sido acionados. “Estamos a recolher a informação sobre danos na infraestrutura”, sublinhou Razvozhaev.

“Peço que mantenham a calma e confiem unicamente na informação oficial”, acrescentou o governador da cidade que acolhe a Frota do Mar Negro. Posteriormente, o representante indicou tratar-se de um míssil derrubado no distrito de Kara-Kobi, no sul da península. “A ogiva detonou ao cair no campo, Ninguém ficou ferido”, indicou.

A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, deixou clara a sua posição após ver a fotografia do seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, a cumprimentar “a mão de um criminoso”, referindo-se ao encontro que teve com Vladimir Putin na China.

“Foi muito, muito desagradável de ver”, disse à Reuters, citado pelo The Guardian. “Como é que aperta a mão de um criminoso, que conduziu uma guerra de agressão, especialmente quando se veio de um país com uma história como a da Hungria?”, apontou Kallas.

“O que aconteceu na Hungria, o que os russos lá fizeram, não é um passado assim tão distante”, disse, recordando a revolta húngara de 1956, em que as tropas soviéticas levaram à morte de, pelo menos, 2.600 soldados.

Estas críticas surgiram após Viktor Orbán e Putin terem tido conversações na China, onde este lhe disse que “nunca quis opor-se a Moscovo e que está a tentar salvar os contactos bilaterais”.

De todos os Estados-membros da União Europeia (UE), a Hungria é quem tem uma relação mais próxima com a Rússia. E tal poderá traduzir-se na oposição à adesão da Ucrânia, que será votada em dezembro.

A frota russa no Mar Negro repeliu hoje um ataque aéreo, de acordo com o governador pró-russo de Sevastopol, na península da Crimeia.

Numa mensagem no Telegram, Mikhail Razvozhayev referiu que “as equipas de resgate foram para o local” e estão neste momento a fazer um levantamnento dos estragos provocados pelo ataque ucraniano.

A frota do Mar Negro da Rússia tem cerca de 30 navios de guerra, a maioria dos quais estão colocados na península ocupada desde 2014.

O Presidente norte-americano deverá nos próximos tempos pedir ao Congresso um pacote de ajuda “sem precedentes” para auxiliar os vários aliados dos EUA, incluindo a Ucrânia.

De acordo com a AFP, que cita uma fonte próxima da Casa Branca, a iniciativa proposta por Joe Biden prevê a aprovação de um valor “sem precedentes” de 100 mil milhões de dólares (cerca de 95 mil milhões de euros), que serão distribuídos entre a Ucrânia, Israel, Taiwan e o combate à crise de migração na fronteira entre os EUA e o México.

O pacote visa alcançar consenso no seio de um Congresso dividido e a atravessar um período de grande instabilidade, onde os democratas vêm pedindo há várias semanas fundos adicionais para ajudar Kiev, ao passo que os republicanos pretendem garantir fundos para mitigar a entrada de migrantes no sul do país.

• A madrugada ficou marcada por um ataque russo com mísseis à cidade de Zaporíjia que matou duas pessoas e fez quatro feridos;
• Uma pessoa morreu e quatro ficaram feridas na sequência de um ataque russo a uma zona residencial da cidade de Dnipro, na Ucrânia;
• As tropas ucranianas continuam a avançar em direção à cidade de Bakhmut e conseguiram alguns ganhos na área de Robotyne, no eixo Melitopol;
• As forças russas devem intensificar os ataques contra a cidade ucraniana de Avdiivka, na linha da frente, e têm estado a bombardear posições ucranianas nas zonas próximas, avançou o chefe da administração da cidade, Vitaliy Barabash;
• Moscovo continua ainda a tentar fazer avanços na frente leste, de acordo com um relatório do Ministério da Defesa britânico;
• O Ministério da Defesa da Rússia avançou que durante a noite os sistemas de defesa aérea russos intercetaram 28 drones ucranianos;
• O Presidente russo afirmou hoje numa conferência de imprensa em Pequim que a entrega de mísseis balísticos de longo alcance ATACMS pelos EUA à Ucrânia foi um “erro” que pode vir a criar novas ameaças às tropas russas;
• Vladimir Putin terá aceitado o pedido do Presidente do Vietname, Vo Van Thuong, para visitar o país “em breve”;
• O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou ao homólogo russo para que faça “esforços” no sentido de “salvaguardar a justiça internacional”, durante um encontro à margem do 3.º Fórum da Iniciativa Faixa e Rota;
• O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, chegou hoje à Coreia do Norte para uma visita de dois dias. Lavrov agradeceu a Pyongyang o “apoio inequívoco” na guerra contra a Ucrânia;
• O chefe da diplomacia do Kremlin revelou também que está a reforçar a fronteira ocidental face ao envio iminente de caças F-16 à Ucrânia;
• A maioria dos ucranianos considera, atualmente, a adesão do país à NATO mais importante do que a entrada na União Europeia;
• A Câmara Baixa do Parlamento da Rússia aprovou a segunda e terceira leituras de um projeto de lei que revoga a ratificação pela Rússia do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares.

É o que indica um inquérito realizado nos últimos dias. A maioria dos ucranianos considera a Aliança Atlântica a principal prioridade. Ainda os bombardeamentos que deixaram cinco regiões sem energia.

Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

NATO ou UE? Ucranianos preferem NATO

Depois de os EUA enviarem mais armas para Kiev, a Rússia fala em “ameaça” e responde com reforço de fronteiras. Putin anuncia também patrulhas no Mar Negro. Ainda o regresso à “vida normal” em Dnipro.

Ouça aqui este episódio de Guerra Traduzida:

Rússia reforça fronteiras ocidentais

A subsidiária russa da Google foi dada como falida por um tribunal russo, de acordo com a agência estatal RIA Novosti.

O braço russo da Alphabet Inc., o conglomerado dono da Google, deu entrada com um pedido de falência no último verão, depois de as autoridades terem decretado a apreensão das contas bancárias da sucursal, tornando impossíveis os pagamentos aos seus funcionários.

O motor de busca da Google é o segundo mais popular na Rússia para navegar na internet. Os cerca de 36% da população que usam o serviço norte-americano ficam, contudo, longe dos mais de 60% que utilizam o Yandex, serviço concorrente russo que é o mais utilizado no país.

Até ao momento, produtos gratuitos da Google, como o motor de busca e o YouTube, continuam operacionais no território russo.

No seu mais recente briefing sobre a situação na Ucrânia, o Instituto para o Estudo da Guerra (ISW) debruçou-se sobre o uso de mísseis ATACMS dos EUA por parte de Kiev.

De acordo com o think tank norte-americano, o sistema de mísseis foi utilizado para destruir com sucesso nove helicópteros russos, bem como munições e sistemas de defesa aérea.

No entanto, adverte o ISW, estes progressos não são necessariamente prognósticos de sucesso a longo-prazo no uso dos ATACMS.

“As forças armadas russas têm mostrado consistentemente que são capazes de se adaptarem às novas capacidades de ataque da Ucrânia — mas apenas depois de sofrerem perdas iniciais consideráveis e para as quais os comandantes russos, realisticamente, se deviam ter preparado”, pode ler-se

A maioria dos cidadãos ucranianos considera, atualmente, a adesão do país à NATO mais importante do que a entrada na União Europeia.

A conclusão é de um inquérito realizado pelo Instituto de Sociologia de Kiev, realizado entre 29 de setembro e 9 de outubro.

De acordo com o estudo, citado pelo jornal Pravda, 54% dos ucranianos considera a adesão à NATO a principal prioridade, face aos 24% que responderam a entrada na União Europeia.

Os restantes inquiridos responderam “nenhum dos dois” ou “não sei”.

Os investigadores destacam também que a esmagadora maioria dos ucranianos é a favor da adesão da Ucrânia tanto à NATO, como à União Europeia.