Segundo as autoridades russas, a infraestrutura eleitoral foi alvo de cerca de 90 mil ataques informáticos, apenas esta sexta-feira, o primeiro dia da votação na Rússia.

De acordo com o vice-presidente do departamento de Segurança da Informação da operadora de telecomunicações Rostelecom, Igor Liapunov, citado este sábado pela agência espanhola de notícias EFE, os ataques vieram “de endereços de IP localizados na Ucrânia, Europa Ocidental e América do Norte”.

Os alegados ataques, garante a mesma fonte, tinham como objetivo atingir “os portais eleitorais e a própria Comissão Eleitoral”, bem como a plataforma de votação eletrónica.

Vários países, incluindo o Reino Unido, os EUA e o Canadá, emitiram declarações públicas denunciando a Rússia por realizar uma votação ilegal nos territórios ocupados da Ucrânia, destaca o The Kyiv Independent.

Moscovo está a organizar a votação na Crimeia ocupada e em partes das cidades ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia. “A Rússia não tem qualquer base legítima para realizar eleições no território ucraniano soberano de Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk, Luhansk e Crimeia. Estas áreas fazem parte da Ucrânia”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido no X.

Russia has no legitimate basis to hold elections on the sovereign Ukrainian territory of Kherson, Zaporizhzhia, Donetsk, Luhansk and Crimea.

These areas are a part of Ukraine.#StandWithUkraine pic.twitter.com/gXrh6AX3Yb

— Foreign, Commonwealth & Development Office (@FCDOGovUK) March 16, 2024

Também o Departamento de Estado dos EUA, através da mesma rede social, afirmou que “a Rússia continua a minar a soberania, a integridade territorial e a independência política da Ucrânia através de eleições fictícias realizadas nos territórios ucranianos ocupados”.

Russia is continuing to undermine Ukraine’s sovereignty, territorial integrity, and political independence through sham elections held in occupied Ukrainian territories. The U.S. does not and will never recognize the legitimacy or outcome of these sham elections. pic.twitter.com/nFOuqT2RBF

— Department of State (@StateDept) March 14, 2024

A resistência ucraniana orquestrou uma explosão perto de um centro de voto na região ocupada de Svadovsk, em Kherson. De acordo com o Kyiv Independent, a explosão ocorreu na praça central de Skadovsk, às 15 horas desta sexta-feira, 18h15 em Lisboa.

A informação é revelada pelo Centro de Resistência Nacional, que indica que ficaram feridos cinco soldados russos.

A Ucrânia considera que o facto de Moscovo organizar votações na Crimeia e em partes da Ucrânia, como Donetsk, Lugansk, Kherson ou Zaporíjia, viola a lei internacional.

Mais de metade dos eleitores russos já votaram nas eleições presidenciais, anunciou este sábado a Comissão Eleitoral Central (CEC), quando ainda faltam algumas horas para o encerramento das urnas no segundo dia de votação.

De acordo com a Comissão Eleitoral Central (CEC), citada pela agência espanhola de notícias EFE, já votaram 51,77% dos eleitores russos, incluindo os que votaram através de meios eletrónicos, muito criticados pela oposição devido à alegada opacidade deste mecanismo.

Em Moscovo, onde a maioria dos eleitores recenseados vota de forma eletrónica, quase 4 milhões de pessoas já cumpriram o seu direito constitucional, e em várias regiões do extremo oriente e da Sibéria a percentagem de votantes já ultrapassou os dois terços, ao passo que na Crimeia, a península ucraniana ocupada há dez anos pela Rússia, a participação supera os 60%.

A CEC congratulou-se com o facto de nem os incidentes, ataques cibernéticos e incursões fronteiriças ucranianas terem impedido os russos de votar de forma significativa nas oitavas eleições presidenciais na história do país desde 1991.

Apesar de os sociólogos reconhecerem que não esperavam uma participação eleitoral tão elevada, a oposição diz suspeitar que as autoridades tenham obrigado os funcionários públicos, o eleitorado preferencial de Vladimir Putin, a votar.

Já terá havido pelo menos 11 tentativas de incendiar cabinas de voto, de acordo com uma informação avançada pela agência noticiosa bielorussa, Nexta. Também há registo de 19 tentativas de danificar urnas com tinta.

A woman spectacularly set fire to a polling station in Russia's Volgograd region pic.twitter.com/51ogp2ChPB

— NEXTA (@nexta_tv) March 16, 2024

As autoridades russas ameaçam com sentença até oito anos de prisão para os que forem apanhados a tentar boicotar as eleições presidenciais que terminam este domingo.

É certa a eleição de Putin para mais um mandato, o que elevará para 24 anos o tempo que o atual presidente está no poder.

Especialistas cibernéticos da Ucrânia atacaram o sistema russo utilizado para a votação eletrónica nas presidenciais, que terminam no domingo, indicou hoje a agência Ukrinform.

Citando fontes da inteligência militar da Ucrânia (GUR), a agência referiu que os ‘hackers’ contornaram “todos os sistemas de proteção” russos, estando previstos ataques até ao final da votação.

A responsável pela Comissão Eleitoral Central (CEC) da Rússia, Ela Pamfílova, adiantou que, desde sexta-feira, já foram bloqueados pelo menos 10.500 ataques contra o sistema de votação.

O partido Rússia Unida também já informou que os seus serviços eletrónicos estão a sofrer ataques em grande escala.

As autoridades da região russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, decidiram encerrar temporariamente escolas e centros comerciais, face ao aumento de ataques ucranianos, quando decorrem as eleições presidenciais na Rússia.

O presidente da câmara de Belgorod, capital da região, Valentin Demidov, disse este sábado que pelo menos duas pessoas morreram e três ficaram feridas “com ferimentos de estilhaços e ferimentos na cabeça” no último ataque ucraniano à cidade.

De acordo com a agência de notícias russa Interfax, o Ministério da Defesa russo confirmou na manhã de sábado que três drones ucranianos e oito foguetes foram destruídos no espaço aéreo da região.

O exército russo também relatou que, nas últimas horas, tinha frustrado uma tentativa de “sabotadores” ucranianos de penetrar na região fronteiriça através da cidade de Popovka, em Sumy (Ucrânia).

O governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, anunciou o encerramento de centros comerciais e instituições de ensino nos próximos dias, tendo em conta que as eleições presidenciais na Rússia vão continuar este sábado e durante todo o domingo, com recontagens previstas para segunda-feira.

“Com base na situação atual, temos de anunciar que os centros comerciais de Belgorod e da região de Belgorod não abrirão no domingo e na segunda-feira. Nas escolas e universidades, a segunda e a terça-feira serão dias de folga”, afirmou, numa mensagem publicada no seu canal Telegram.

“A situação é bastante complicada, tanto na cidade como na região de Belgorod. É claro que a questão da segurança é a mais importante para todos nós”, explicou.

Na sexta-feira, o Presidente russo, Vladimir Putin, prometeu que os ataques ucranianos em território russo não ficarão “impunes”.

Há meses que Kiev promete levar o conflito para além da fronteira, como retaliação pela ofensiva e pelos bombardeamentos levados a cabo pelo país há mais de dois anos.

Nas últimas semanas, os ataques aéreos foram intensificados e combatentes russos que se dizem anti-Putin afirmam estar a fazer incursões armadas.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Rússia lançou um ataque contra a aldeia de Novoselivka Persha, na região de Donetsk, este sábado, avança o Kyiv Independent.

Um homem de 51 anos morreu e outro ficou ferido, disse o governador Vadym Filashkin. O homem ferido foi hospitalizado, mas até agora não há indicação sobre o seu estado de saúde.

A aldeia fica a cerca de 15 quilómetros de Avdiivka, cidade que em fevereiro passou a ser controlada pelas forças russas.

Depois de quatro meses de combates, Avdiivka cai nas mãos da Rússia

Morreu uma das pessoas feridas no ataque de Odessa, esta sexta-feira, de acordo com informações de Ihor Klymenko, o ministro ucraniano do Interior.

Assim, o balanço mais recente é de 21 mortos e de pelo menos 73 feridos.

No Telegram, o ministro disse que a vítima mortal mais recente é um “funcionário do Serviço de Emergência, que morreu no hospital devido a ferimentos graves”.

O United Russian, o partido que governa o país, foi atingido este sábado por um ataque informático. De acordo com a CNBC, trata-se de um ataque do tipo denial-of-service, em que há uma tentativa de tornar um site ou serviço online inacessível através de uma grande quantidade de pedidos em simultâneo.

O partido diz que já suspendeu os serviços não essenciais para tentar recuperar. O ataque acontece enquanto decorrem as eleições presidenciais na Rússia.

Vladimir Putin é candidato independente às eleições, mas tem o apoio do United Russia. Em reação ao ataque, acusou a Ucrânia de estar a tentar sabotar o momento eleitoral.

O número de homens russos com deficiências cresceu 30% entre 2022 e 2023, devido à guerra na Ucrânia, revela o boletim diário dos serviços de informação do Ministério da Defesa do Reino Unido.

Os dados surgem de uma análise aos dados do sistema de pensões e seguros da Rússia. Em 2022, havia 1,67 milhões de homens russos entre os 31 e 59 anos com algum tipo de deficiência. Em 2023, houve mais 507 mil homens a juntar-se a estes números.

É referido que estes valores recorde têm um impacto significativo nos serviços médicos e serviços sociais da Rússia.

Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine – 16 March 2024.

Find out more about Defence Intelligence's use of language: https://t.co/KmmciaHxmW#StandWithUkraine ???????? pic.twitter.com/BXkLyLdMl6

— Ministry of Defence ???????? (@DefenceHQ) March 16, 2024

Elina Valtonen, ministra dos Negócios Estrangeiros da Finlândia, diz que os países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, não se devem opor totalmente à ideia de enviar tropas para a Ucrânia se a guerra se agravar.

Em entrevista ao Politico, a governante finlandesa frisa que “é importante não excluir nada a longo prazo, porque não sabemos quão grave é que a situação se poderá tornar”.

Mas, por agora, garante que a posição da Finlândia “é clara”. “Não vamos enviar nenhumas tropas agora e não estamos disponíveis para discutir isso.”

A declaração da ministra finlandesa é feita depois dos comentários de Emmanuel Macron, o Presidente francês, que manteve a sua posição de considerar a ideia de enviar militares para território ucraniano.

Vyacheslav Gladkov, o governador de Belgorod, na Rússia, diz que duas pessoas, um homem e uma mulher, morreram na sequência de um ataque com mísseis à cidade de Belgorod.

De acordo com o Kyiv Independent, Gladkov diz que os sistemas de defesa área da região abateram oito mísseis, que alegadamente foram lançados com recurso a um sistema que permite lançar vários mísseis em simultâneo.

Há ainda registo de três feridos, que foram hospitalizados.

Dois ataques com drones atingiram este sábado duas refinarias na região russa de Samara. Uma das unidades da petrolífera Rosneft, está a arder de acordo com ao governador da região. Segundo Dmitry Azavor, os trabalhadores das duas refinarias foram evacuados. Esta ação realizou-se no segundo dia de votação da eleições presidenciais na Rússia. Vladimir Putin tem acusado Kiev de tentar perturbar o ato eleitoral.

A região de Samara fica a 850 quilómetros de Moscovo. A Ucrânia tem visado a indústria petrolífera russa e estes ataques surgem um dia depois da Rússia ter atingido com mísseis uma zona residencial da cidade ucraniana de Odessa, no mar Negro, provando a morte a pelo menos 20 pessoas e ferindo 75.