As Ilhas Marshall, uma das poucas nações que, até agora, tinha escapado à pandemia, registaram esta quarta-feira os dois primeiros casos positivos de Covid-19, anunciaram as autoridades de saúde do país.

Os casos reportam a dois trabalhadores de um destacamento militar norte-americano, que terão testado positivo após terem chegado do Havai num avião militar na terça-feira.

O governo do país garantiu que o par — uma mulher de 35 anos e um homem de 46 anos — não esteve em contacto comunitário e encontra-se em isolamento.

As ilhas Marshall deixam assim de fazer parte do grupo de países que não foram afetados pela pandemia, como Kiribati, Micronésia, Nauru, Palau, Samoa, Tonga, Tuvalu e Vanatu, todas nações e territórios oceânicos.

O Brasil ultrapassou esta quarta-feira a barreira das 158 mil mortes (158.456) devido à Covid-19, após ter contabilizado 510 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde brasileiro.

As autoridades de Saúde do país investigam ainda a eventual relação de 2.361 mortes com a doença, que tem uma taxa de letalidade de 2,9% no Brasil.

Em relação ao número de infeções, 28.629 novos casos foram registados entre terça-feira e hoje, num total de 5.468.270 pessoas diagnosticadas desde o início da pandemia, cujo primeiro caso no país foi apontado em 26 de fevereiro.

No momento, 4.934.548 pacientes já recuperaram da Covid-19 em território brasileiro, enquanto que 375.266 infetados permanecem sob acompanhamento médico.

O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, anunciou esta noite novas medidas para conter a propagação do novo coronavírus no país.

Estas são algumas das medidas que entram em vigor já amanhã:

• Permanência de um máximo de 30 minutos em estabelecimentos comerciais;
• Encerramento de todos os estabelecimentos pertencentes ao setor cultural, festivo, desportivo e recreativo;
• Celebrações religiosas, casamentos e funerais estão limitados a 40 pessoas;
• Atividades para menores de 12 anos estão limitadas a 50 pessoas;
• O teletrabalho continua a ser obrigatório quando possível;
• As reuniões privadas estão limitadas a quatro pessoas a cada duas semanas;
• Os mercados continuam abertos, mas o consumo de bebidas e alimentos está proibido;
• As “feiras da ladra” e os mercados natalícios estão proibidos;
• Os cafés e restaurantes estão encerrados, mas o serviço takeaway pode funcionar até às 22h;
• A venda de bebidas alcoólicas está proibida depois das 20h.

Na área da Educação, as medidas a adotar são decididas pelas comunidades, bem como a hipótese de um recolhimento obrigatório.

O Governo quer traçar “mapas de risco” em todo o país. O mapa permite ajustar as medidas a tomar em relação a cada patamar conforme os casos de infeção por coronavírus e pode ajudar a decidir sobre confinamentos parciais, se a situação o justificar, avança a SIC.

Os níveis são definidos tendo em conta o número de infetados por Covid-19 nos últimos 14 dias e o número de de internamentos em enfermaria e em cuidados intensivos.

A medida será discutida no conselho de ministros extraordinário no sábado onde também será abordado o tema dos confinamentos parciais.

A autoridade regional de saúde registou esta qurta-feira na Madeira nove novos casos de Covid-19, sete dos quais importados, estando a estudar outras 19 situações suspeitas, totalizando a região 160 doentes ativos e um total de 423 confirmados.

Desde o começo da pandemia, foram contabilizadas na Madeira 1.883 casos suspeitos de Covid-19, mas 1.460 não se confirmaram.

Cabo Verde registou mais 76 casos positivos do novo coronavírus nas últimas 24 horas, elevando para um total acumulado de 8.548 infeções desde 19 de março, foi hoje anunciado.

O Ministério da Saúde e da Segurança Social informou que os laboratórios de virologia do país analisaram 479 amostras nas últimas 24 horas, dos quais 76 deram resultado positivo para a Covid-19, e desses 33 na cidade da Praia, ilha de Santiago.

Cabo Verde passa assim a ter um acumulado de 8.548 casos de Covid-19 desde 19 de março, dos quais 94 óbitos, dois transferidos e tem neste momento 751 casos ativos.

Os turistas (com reservas em hotéis e alojamentos locais) vão poder circular livremente entre concelhos entre 30 de outubro e 03 de novembro. A informação foi avançada à associação da restauração, a AHRESP, pela secretária de Estado do Turismo.

Escreve a AHRESP que questionou a tutela sobre as limitações à circulação entre concelhos que irá vigorar entre 30 de outubro e 3 de novembro, e respetivas exceções. O Gabinete da Secretária de Estado do Turismo deu o seguinte esclarecimento:

1. “De facto, a alínea l) do nº 16 determina que a limitação de circulação entre diferentes concelhos do território continental, no período compreendido entre as 00h00 de 30 de outubro e as 06h00 de 3 de novembro de 2020, não se aplica “às deslocações de cidadãos não residentes em território nacional continental para locais de permanência comprovada”;
2. Onde se lê “cidadãos não residentes em território nacional continental” incluem-se os turistas estrangeiros, bem como os cidadãos nacionais residentes nas Regiões Autónomas e fora de Portugal; e
3. A expressão “locais de permanência comprovada” abrange empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local.”

A França entra esta sexta-feira num segundo confinamento. Estas são as medidas principais:

• As medidas de confinamento entram em vigor na sexta-feira e devem manter-se pelo menos até 1 de dezembro;
• Só é possível sair de casa com uma declaração e com o objetivo de trabalhar (quando o teletrabalho não é possível), fazer compras, ir ao médico ou prestar assistência a alguém vulnerável;
• Restaurantes e bares são encerrados;
• Ao contrário do que aconteceu no primeiro confinamento, creches, escolas e liceus continuam abertos — mas as faculdades devem optar pelas aulas online;
• Ao contrário do que aconteceu no primeiro confinamento, serão permitidas visitas a lares;
• Os cemitérios continuam abertos;
• As fronteiras com países da União Europeia permanecerão abertas, mas todas as outras, salvo algumas excepções, serão encerradas. Haverá testes rápidos em todas as fronteiras para quem chegar ao país.

O Presidente Macron deixou um conselho aos mais vulneráveis — sejam pessoas com mais de 70 anos ou com doenças que os colocam em situação de risco: manter o distanciamento social e usar máscara mesmo quando estão dentro de casa com familiares próximos.

Em França, os restaurantes e bares serão encerrados durante este segundo confinamento. O Governo francês manterá as medidas de apoio à economia para evitar falências e despedimentos.

Com o regresso ao confinamento, passam a ser proibidos em França todos os ajuntamentos fora do mesmo agregado familiar — seja em espaços públicos ou privados.

A circulação entre regiões vai ser proibida já a partir de sexta-feira e, por isso, muitos franceses são apanhados em férias, fora da sua zona de residência. Para permitir o seu regresso a casa, as forças de segurança terão “tolerância” durante este fim de semana, anunciou o Presidente Macron.

“Para nós, não há nada mais importante do que a saúde humana. O que podemos fazer para isso?”, perguntou o Presidente francês antes de anunciar o conjunto de medidas a implementar.

Emmanuel Macron descartou totalmente deixar o vírus circular livremente na busca da imunidade de grupo. Confinar apenas as pessoas mais vulneráveis, como os idosos, também não é viável.

O sistema de testagem e rastreamento de contactos tem sido feito nos últimos meses, mas não foi o suficiente para contrariar a curva, diz Macron. O governo está a aumentar a capacidade dos cuidados intensivos — vai duplicar o número de camas – e formou mais profissionais de saúde.

“Nenhuma das soluções é suficiente, temos de ir mais longe”, diz Macron.

Já passaram 10 dias desde que o Presidente apresentou as primeiras medidas mais restritivas do vírus e está na altura de as rever, disse Macron. “Foram medidas necessárias e úteis, mas não foram o suficiente.” Apesar de muitos não terem concordarem com elas.

Macron apontou dois pontos de preocupação em França: o número de contágios duplicou em duas semanas e, neste momento, 58% das camas de cuidados intensivos estão ocupadas. Se nada for feito, em meados de novembro a capacidade dos cuidados intensivos estará esgotada.

O Presidente diz que é preciso proteger os mais vulneráveis, como os doentes crónicos, os idosos e as pessoas mais desfavorecidas, e também os profissionais de saúde que “continuam a trabalhar apesar dos elevados níveis de fadiga”. Além disso, é preciso proteger a economia.