As autoridades federais suíças decidiram esta quarta-feira levantar as restrições à entrada de pessoas provenientes da maior parte de países e regiões que estavam na sua lista negra, incluindo Portugal.

Os nacionais ou viajantes provenientes desses países deixam de ter de cumprir uma quarentena de 10 dias à chegada, sob pena de uma multa de dez mil francos suíços (9.350 euros).

Para decidir se um Estado ou uma zona apresenta um risco elevado de infeção, consideram-se as novas infeções por 100 mil pessoas nos últimos 14 dias. Se a incidência no país em causa exceder em pelo menos 60 a da Suíça — mais de 760 por 100 mil habitantes, segundo os números mais recentes -, o país é inscrito na lista negra.

Em 25 de setembro, a Suíça tinha alargado a sua lista de países com viajantes sujeitos a uma quarentena quando chegassem a território helvético, incluindo Portugal. A Suíça tinha sido relativamente poupada na primeira vaga da pandemia, na primavera, mas desde há várias semanas que o número de casos diários duplica semanalmente.

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As autoridades já avisaram que, se a população não se esforçar, as estruturas hospitalares podem ficar congestionadas dentro de duas semanas.

A partir de quinta-feira, dia 29 de outubro, “e com uma duração indeterminada”, as discotecas e as casas noturnas estão fechadas, ao passo que restaurantes e bares fecham às 23h. Todas as manifestações com mais de 50 pessoas e todas as atividades desportivas e culturais não profissionais com mais de 15 pessoas são proibidas.

A Suíça vai também autorizar a partir de 2 de novembro a realização de testes rápidos.

“Ninguém quer um segundo semiconfinamento”, sublinhou a presidente federal, Simonetta Sommaruga, ao apresentar as novas medidas.

No caso da vizinha França só as regiões de Hauts-de-France, a da capital e a Polinésia permanecem na lista, o que significa que as estatísticas da pandemia aí são piores do que as da Suíça.

Até esta quarta-feira, apenas as regiões fronteiriças com a Suíça tinham sido poupadas, por causa das ligações mútuas muito estreitas e das dezenas de milhares de habitantes em França que fazem funcionar parte importante da economia suíça.

A lista de países e regiões com chegadas condicionadas, que tinha dezenas de nomes, foi assim encurtada e só conta com as regiões francesas mencionadas, mais Andorra, Arménia, Bélgica e República Checa.