Momentos-chave
- EUA confirmam novo pacote de quase 400 milhões de euros para a Ucrânia
- Rutte: "Ucrânia está mais perto do que nunca de se juntar à NATO"
- "Ótimo, em teoria, mas na prática é pouco claro". Deputados ucranianos reagem ao "plano de vitória"
- Scholz disponível para falar com Putin sobre paz na Ucrânia
- A Ucrânia "tem de acordar", diz Peskov sobre "plano de vitória" de Zelensky
- Zelensky alerta para o perigo de a Rússia atingir os seus "objetivos insanos"
- Os cinco pontos do "plano de vitória" de Zelensky
- Zelensky afirma que o passo para a adesão da Ucrânia à NATO deve ser dado "agora"
- “Se o plano for apoiado, podemos acabar com a guerra o mais tardar no próximo ano”: Zelensky apresenta "plano de vitória"
- Reino Unido está a preparar sugestões para o "plano de vitória" de Zelensky
- França vai enviar os primeiros drones kamikaze para a Ucrânia nas próximas semanas
- Zelensky apresenta hoje "plano de vitória" ao parlamento ucraniano
- Cidades do sul da Ucrânia sem eletricidade
- 1.450 soldados russos morreram nas últimas 24 horas
- Ucrânia abateu 51 de 136 drones russos durante a noite
- Espanha apreende 13 toneladas de produtos químicos com destino à Rússia
Histórico de atualizações
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Bom dia. Obrigada por nos ter acompanhado neste liveblog, que agora arquivamos para continuar a atualizar as notícias sobre a guerra na Ucrânia neste novo liveblog.
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EUA confirmam novo pacote de quase 400 milhões de euros para a Ucrânia
O Presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, em conversa com o seu homólogo ucraniano, anunciou um novo pacote de quase 400 milhões de euros em apoios militares. Meios de defesa anti-aérea, munições e veículos blindados — as ajudas incluídas neste pacote, segundo o comunicado emitido pela Casa Branca.
Adicionalmente, Joe Biden garantiu que se irá realizar uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, em compensação por aquela que não aconteceu em Ramstein, na Alemanha, no passado fim-de-semana.
Zelensky, na rede social X, agradece o apoio dos EUA e refere ainda um potencial aprimoramento da “cooperação na produção de armamento” e formação adicional de militares ucranianos.
I spoke with @POTUS Joe Biden and thanked the United States for its unwavering support since the beginning of Russia's full-scale invasion.
President Biden’s leadership in uniting the world and America’s strong bipartisan support have been crucial in helping Ukraine stand firm… pic.twitter.com/fJvyi3EWDz
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) October 16, 2024
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Rutte: "Ucrânia está mais perto do que nunca de se juntar à NATO"
No âmbito da reunião do conselho NATO-Ucrânia, que começa amanhã, em Bruxelas, o secretário-geral da Aliança, Mark Rutte, adianta que estão a fazer tudo para preparar a entrada ucraniana na NATO, mas que esta só se realizará quando chegar a “altura certa”.
“O que estamos a fazer em conjunto é tornar a Ucrânia mais forte, mais interoperável com a NATO e mais bem preparada do que nunca para aderir à nossa Aliança”, afirma Rutte, acrescentando que o “plano da vitória” vai estar em cima da mesa durante a reunião. O secretário-geral refere ainda que Vladimir Putin e a Rússia não terão “voto na matéria” relativamente à adesão ucraniana na Aliança.
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Vitória da Ucrânia? "É o ditado do gato escaldado"
Major-General Isidro Morais Pereira sublinha a falta de segurança da Ucrânia quanto aos parceiros que dizem ajudar, mas nada fazem. Afinal, não há duvidas: “Maior garantia seria fazer parte da NATO”.
Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.
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Austrália oferece 49 tanques à Ucrânia
A Austrália vai doar 49 tanques Abrams à Ucrânia. De acordo com a ABC News, que cita o ministro da Indústria da Defesa australiano Pat Conroy, estes meios de combate produzidos nos Estados Unidos da América estavam “prestes a ser reformados”.
Esta oferta australiana está inserida num pacote de 225 milhões de euros em apoios militares, revela Conroy, afirmando que “os tanques vão proporcionar maior poder de fogo e mobilidade às forças armadas ucranianas, complementando o apoio prestado pelos restantes parceiros”.
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"Ótimo, em teoria, mas na prática é pouco claro". Deputados ucranianos reagem ao "plano de vitória"
Os deputados ucranianos reagiram ao “plano de vitória” apresentado esta manhã por Volodymyr Zelensky, indicando que é “ótimo, em teoria”, mas que os passos para a sua execução são “pouco claros”. Outros têm diferentes preocupações, dizendo que é “muito vago” e “demasiado dependente dos aliados ocidentais”.
Roman Lozynskyi, do Partido Holos, citado pelo The Kyiv Independent, refere que o “plano de vitória”, por um lado, “parece uma fantasia”, mas pelo outro, “os sistemas Patriot, os mísseis Storm Shadow, os caças F-16 e o controlo parcial de Kursk também pareciam”. Yaroslav Yurchyshyn, da mesma bancada parlamentar, realçou que o Comando militar ucraniano já aceitou o plano de Zelensky, e que está a ser coordenado com os aliados.
No entanto, Oleksii Honcharenko, deputado do Partido de Solidariedade Europeia, criticou as propostas do chefe de Estado ucraniano por serem demasiado dependentes do Ocidente, sem exigir medidas por parte dos dirigentes do país. “Onde está a cláusula para a luta contra a corrupção, ou para fortalecer as nossas instituições democráticas?”, afirma Honcharenko, apoiado pela sua colega partidária, Iryna Heraschenko, referindo que o termo “parceiros” é utilizado mais vezes do que “Ucrânia” ou “Rússia” no plano do Presidente.
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Scholz disponível para falar com Putin sobre paz na Ucrânia
Olaf Scholz revelou ao parlamento alemão que está disponível para falar com Vladimir Putin sobre uma “paz justa” na Ucrânia, noticia o Rheinische Post.
O Chanceler da Alemanha enfatizou que falaria com o chefe de Estado russo, “caso fosse preciso”, mas que nenhuma decisão seria tomada sem ouvir a opinião da Ucrânia e dos outros aliados ocidentais.
Scholz salientou ainda que todos os dias morrem soldados russos “vítimas da loucura imperialista de Putin”, e que não pode permitir que as suas “políticas expansionistas” afetem a Europa novamente.
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A Ucrânia "tem de acordar", diz Peskov sobre "plano de vitória" de Zelensky
O porta-voz do Kremlin já reagiu à apresentação do “plano da vitória” de Volodymyr Zelensky para acabar com a agressão russa na Ucrânia e, apesar de considerar ser muito cedo para comentar ao pormenor, afirmou que Kiev precisa de “acordar” e perceber “a futilidade das políticas que estão a seguir”.
Kremlin rejeita plano de vitória de Zelensky e afirma que Kiev “precisa de acordar”
Citado na Reuters, Dmitry Peskov disse que a proposta ucraniana era provavelmente um plano “camuflado” dos EUA que consistia em utilizar Kiev para lutar contra a Rússia “até ao último ucraniano”.
“Mas poderia haver um plano diferente, que poderia ser realmente pacífico, que é o regime de Kiev perceber a futilidade das políticas que estão a seguir e perceber a necessidade de acordar e perceber as causas que levaram a este conflito”, disse Peskov.
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Zelensky alerta para o perigo de a Rússia atingir os seus "objetivos insanos"
Depois de apresentar os cinco pontos do seu plano no parlamento ucraniano, Zelensky alertou para o perigo de Vladimir Putin conseguir atingir os seus “insanos objetivos geopolíticos, militares, ideológicos e económicos”. Se isso acontecer, o Presidente ucraniano acredita que vai criar a ideia, para outros potenciais agressores, de que as “guerras de agressão também podem ser lucrativas para eles”, enumerando a região do Golfo, a região do Indo-Pacífico e África como os potenciais agressores.
Zelensky acrescentou ainda que a “coligação de criminosos de Putin” inclui agora a Coreia do Norte e destacou também o apoio do Irão e da China. “Isto é, de facto, a participação de um segundo estado na guerra contra a Ucrânia, do lado da Rússia”, disse, citado no The Kyiv Independent.
“Temos de implementar o plano de vitória para forçar a Rússia a estar na cimeira de paz e pronta para acabar com a guerra”, acrescentou.
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Os cinco pontos do "plano de vitória" de Zelensky
No parlamento ucraniano, Volodymy Zelensky apresentou de forma mais detalhada cada um dos cinco pontos do seu “plano de vitória” contra a Rússia.
Segundo o Kyiv Independent, o primeiro ponto foca-se na adesão da Ucrânia à NATO e o segundo sublinha a necessidade de levar a guerra para o território russo, como aconteceu no início de agosto durante a incursão transfronteiriça de Kursk. Dentro do segundo ponto, está também o levantamento das restrições ao uso de armas de longo alcance impostas a Kiev para responder aos ataques russos, o fornecimento adicional de capacidades de longo alcance e o apoio ocidental para abater mísseis e drones russos lançados sobre a Ucrânia.
O terceiro ponto inclui uma parte secreta e propõe um “pacote abrangente de dissuasão estratégica não nuclear no seu território” que protegeria o país contra futuras agressões.
O quarto ponto foca-se no crescimento económico e na cooperação com a União Europeia e os Estados Unidos. Volodymyr Zelensky propõe que a Ucrânia utilize os seus recursos naturais, como o urânio, o titânio e o lítio, e que haja um acordo especial sobre o investimento e a utilização conjunta destes recursos com a UE e os EUA.
Dentro do quarto ponto, está ainda uma das adendas secretas e o reforço das sanções internacionais contra a Rússia, com o objetivo de enfraquecer a sua capacidade de agressão.
Por fim, o quinto ponto diz respeito à arquitetura de segurança da Ucrânia no pós-guerra. Segundo Zelensky, Kiev possui uma força militar grande e experiente que deve reforçar a NATO e o continente europeu.
“Se os parceiros concordarem, depois da guerra, prevemos a substituição de certos contingentes militares dos EUA estacionados na Europa por unidades ucranianas”, afirmou.
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Zelensky afirma que o passo para a adesão da Ucrânia à NATO deve ser dado "agora"
O passo deve ser dado “agora”. Com a adesão à NATO no topo da lista de propostas do “plano de vitória” de Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano destaca a urgência do processo.
“Compreendemos que a adesão à NATO é uma questão para o futuro, não para o presente”, disse Zelensky, acrescentando que um convite imediato mostraria a Vladimir Putin o erro dos “seus cálculos geopolíticos”.
“Somos uma nação democrática que provou que pode proteger o nosso modo de vida comum”.
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“Se o plano for apoiado, podemos acabar com a guerra o mais tardar no próximo ano”: Zelensky apresenta "plano de vitória"
Volodymyr Zelensky está hoje no parlamento ucraniano para apresentar o “plano de vitória” face à invasão russa. Segundo o Kyiv Independent, como era já sabido, a proposta é composta por cinco pontos. São esses a adesão à NATO, uma vertente de defesa, a dissuasão da agressão russa, o crescimento económico e cooperação e a arquitetura de segurança do pós-guerra.
“Se o plano for apoiado, podemos acabar com a guerra o mais tardar no próximo ano”, afirmou o Presidente ucraniano.
O plano inclui ainda três adendas secretas que, segundo David Arakhamia — líder da bancada parlamentar do Partido Servo do Povo, de Zelensky — seriam apresentadas aos líderes das fações.
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Reino Unido está a preparar sugestões para o "plano de vitória" de Zelensky
O Reino Unido está a trabalhar nas suas próprias propostas como parte do “plano de vitória” de Volodymyr Zelensky, avançou o Comandante das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Syrskyi, citado no Kyiv Independent.
Após uma conversa telefónica com o seu homólogo britânico, Tony Radakin, Syrskyi afirmou que foi discutida a possibilidade de atingir alvos militares russos “em profundidade operacional e estratégica”.
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França vai enviar os primeiros drones kamikaze para a Ucrânia nas próximas semanas
O ministro da Defesa francês, Sébastien Lecornu, avançou numa publicação na rede social X que, depois de “testes bem-sucedidos”, os primeiros drones kamikaze do país estão prontos para serem enviados para a Ucrânia e deverão chegar ao país invadido pela Rússia nas “próximas semanas”.
Succès des essais de la première munition télé opérée – aussi appelée drone kamikaze – française.
Reconquête de souveraineté sur ce segment clé pour nos armées, en moins de deux ans.
Livraisons à l'Ukraine et à nos forces dans les prochaines semaines. pic.twitter.com/QfewB0gIAm
— Sébastien Lecornu (@SebLecornu) October 16, 2024
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Zelensky apresenta hoje "plano de vitória" ao parlamento ucraniano
Volodymyr Zelensky vai hoje dirigir-se ao parlamento ucraniano para apresentar o seu “plano de vitória” para pôr fim à invasão russa. Amanhã, o Presidente da Ucrânia segue para Bruxelas para o apresentar também ao presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.
Ainda sem todos os detalhes revelados, sabe-se que o plano de Zelensky tem um total de quatro medidas a serem implementadas ainda antes do fim do ano e outra num cenário pós-guerra. Os cinco pontos pretendem assegurar o triunfo da Ucrânia no conflito com a Rússia, e a sua implementação depende única e exclusivamente da disponibilidade dos aliados.
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Cidades do sul da Ucrânia sem eletricidade
O chefe da administração militar regional de Kherson, Roman Mrochko, avançou que aquela cidade se encontra sem eletricidade. No Telegram, acrescenta que as razões são desconhecidas.
“De acordo com as informações preliminares, toda a cidade foi cortada. As razões estão a ser determinadas”, escreveu numa publicação.
“A questão do restabelecimento do fornecimento de eletricidade aos consumidores de Kherson está sob controlo do Ministério da Energia da Ucrânia.”
Também esta manhã, foram registados cortes de energia na região de Mykolaiv, vizinha de Kherson. “Muitas pessoas ficaram sem eletricidade. Identificámos a fonte. Vamos resolver o problema dentro de algumas horas, se não houver mais surpresas”, disse o governador Vitalii Kim no Telegram.
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1.450 soldados russos morreram nas últimas 24 horas
Nas últimas 24 horas morreram 1.450 soldados russos, anunciou no balanço habitual o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia, que não revela as baixas ucranianas.
No total, segundo as autoridades de Kiev, a Rússia perdeu 672.850 soldados desde o início da invasão, a 24 de fevereiro de 2022. Foram ainda destruídos 19.459 sistemas de artilharia, 17.050 drones, 8.997 tanques, 369 aviões e 329 helicópteros, além de 28 navios, incluindo um submarino, entre outros equipamentos militares.
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Ucrânia abateu 51 de 136 drones russos durante a noite
A defesa aérea ucraniana abateu 51 dos 136 drones Shahed que a Rússia lançou durante um ataque noturno esta madrugada. Segundo avança o Kyiv Independent, que cita a Força Aérea da Ucrânia, os drones foram lançados desde a cidade portuária russa de Primorsko-Akhtarsk.
Os drones foram intercetados em 14 regiões de Ucrânia. Aqueles que tinham como destino Kiev foram todos abatidos.
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Espanha apreende 13 toneladas de produtos químicos com destino à Rússia
As autoridades espanholas apreenderam 13 toneladas de produtos químicos que tinham como destino final a Rússia e que poderiam ser utilizados na produção de armas químicas ou de agentes nervosos.
No total, quatro pessoas foram detidas nesta operação conjunta da Polícia Nacional com a Autoridade Aduaneira realizou-se no Porto de Barcelona, na sequência de uma investigação que já durava desde 2022, ano em que a Rússia invadiu a Ucrânia.
Os investigadores acreditam que a rede levava para Moscovo produtos químicos sancionados internacionalmente, usando um esquema de triangulação que passava por empresas de fachada em países como a Arménia ou o Quirguistão.
A mercadoria seria, no entanto, desviada por via terrestre apara a Federação Russa.
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Bom dia!
Abrimos este liveblog para acompanhar as principais notícias relacionadas com a guerra na Ucrânia, num dia em que Zelensky vai apresentar o seu “plano de vitória” ao parlamento ucraniano.
Para recuperar tudo o que aconteceu ontem, pode ler este artigo.