Na noite desta segunda-feira registaram-se vários ataque no território ucraniano, com o Publico a revelar que aconteceram explosões em Odessa e, em Kiev, a defesa aérea parou uma ataque com drones Shahed.

Cerca de 46 mil voos de e para o Reino Unido foram afetados devido ao bloqueio do sistema de GPS naquela região, que terá sido causado pela Rússia.

Segundo o The Sun, desde agosto foram encontrados problemas de navegação em cerca de 46 mil voos, 2.300 pertencentes à Ryanair e quase 1.400 à Wizz Air.

Segundo a Autoridade de Aviação Civil britânica, o bloqueio está associado à atividade militar, embora isso não signifique que as aeronaves comerciais sejam diretamente afetadas.

“O bloqueio do GPS não afeta diretamente a navegação da aeronave e, embora seja um problema conhecido, não significa que a aeronave tenha sido bloqueada”, afirmou ao The Sun Glenn Bradley, diretor de operações de voo do comando.

O gasoduto subaquático Balticconnector, que liga a Finlândia e a Estónia através do mar Báltico, voltou esta segunda-feira a funcionar após os danos sofridos há seis meses, em circunstâncias ainda não esclarecidas, divulgou o operador finlandês Gasgrid.

A transferência de gás entre os dois países foi esta segunda-feira retomada com normalidade, sublinhou a Gasgrid, em comunicado.

No primeiro dia após a sua reabertura devem ser transportados 60 gigawatts-hora (GWh) de gás, o equivalente a 70% da sua capacidade máxima diária, acrescentou a empresa.

Embora a operadora não tenha revelado o custo da reparação, a televisão finlandesa YLE noticiou que se aproxima dos 40 milhões de euros.

O gasoduto Balticconnector, inaugurado em 2020, sofreu uma misteriosa fuga no dia 8 de outubro que obrigou ao corte do fluxo de gás entre a Finlândia e a Estónia, após ter sido detetada uma queda repentina de pressão.

Finlândia fala em provável ataque a gasoduto. Responsáveis do governo suspeitam da Rússia

Durante a noite desta segunda-feira, as forças russas terão lançado um grupo de drones Shahed na região de Kursk, na Rússia, partilhou no Telegram a Força Aérea das Forças Armadas ucranianas.

O comunicado acrescenta que os drones estão perto da fronteira das regiões de Poltava e Sumy, em direção ao Ocidente.

No habitual discurso noturno, Volodymyr Zelensky referiu que os Estados Unidos aceitaram oferecer sistemas ATACMS à Ucrânia.

“Hoje temos um resultado: tudo ficou decidido nas negociações de ATACMS para a Ucrânia. Estou grato ao Presidente Biden, ao Congresso e a todos os Estados Unidos”, agradeceu o Presidente ucraniano.

Maximum damage must be inflicted on everything that Russia relies on for terror and timely military logistics.

I am grateful to everyone around the world who is willing to help us with this, and we are working with our American partners to expand our capabilities.

Four key… pic.twitter.com/WvuOzBdDSS

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 22, 2024

Na mensagem, Zelensky afirmou ainda que os próximos objetivos da Ucrânia são a “proteção dos céus, artilharia moderna, capacidades de longo alcance e a possibilidade de receber os pacotes de assistência americana o mais rapidamente possível”.

A Noruega vai fornecer à Ucrânia um novo financiamento para melhorar a defesa aérea do país, afirmou Jonas Gahr Stoere, primeiro-ministro norueguês, citado pela TV2.

Stoere afirmou que há “quantias significativas” que serão direcionadas para a defesa aérea ucraniana, apesar de não ter especificado o valor exato.

“Voltaremos a isso quando apresentarmos o orçamento revisto. É caro, mas preservar a paz e a liberdade custa dinheiro. Aqueles que pagam o preço mais alto são a Ucrânia e os ucranianos. Demora tempo para produzir defesas aéreas. Isto significa que é necessário enviar defesas aéreas a partir dos seus próprios armazéns”, acrescentou o primeiro-ministro da Noruega.

Segundo o comunicado da Casa Branca, Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, conversou esta segunda-feira com Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, por via telefónica.

Na conversa, Biden discutiu “o seu firme apoio à Ucrânia na defesa contra a agressão russa”. Já Von der Leyen “felicitou Biden pela recente aprovação pela Câmara dos Representantes do suplemento de segurança nacional, que será essencial para ajudar a satisfazer as necessidades urgentes da Ucrânia no campo de batalha”.

O Senado dos Estados Unidos vai votar esta terça-feira o pacote de ajuda que inclui o apoio militar à Ucrânia, a Israel e a Taiwan. A votação, segundo a Ukrinform, acontecerá às 13h00 locais (18h00 em Portugal continental).

O especialista britânico em política russa Andrew Monaghan afirmou hoje que já é possível vislumbrar uma geração de dirigentes seguidores do Presidente Vladimir Putin, e que poderão estar no poder em 2045.

“Vemos uma série de indivíduos jovens, com idades compreendidas entre os 30 e os 40 anos, a serem nomeados para cargos muito superiores ou importantes nas estruturas do Estado. Na minha opinião, a liderança de 2045 está quase a chegar ao topo”, afirmou hoje em Londres, durante a apresentação da reedição do livro “The New Politics of Russia: Interpreting Change”.

Segundo Monaghan, “embora tenha havido eleições e haja uma continuidade considerável na liderança de topo, já estamos a ver a geração mais jovem a começar a emergir em posições-chave e penso que isso se tornará muito mais visível” nos próximos anos.

A próxima reunião em formato Ramstein do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia (UDCG) acontecerá na próxima sexta-feira, confirmou esta segunda-feira Kajsa Ollongren, ministra da Defesa dos Países Baixos.

“No final da semana haverá uma reunião no formato Ramstein. Portanto, esta é uma semana importante. Todos precisam de intensificar os seus esforços”, partilhou a ministra, citada pelo European Pravda.

Pal Jonson, ministro da Defesa da Suécia, deixou esta segunda-feira no ar a hipótese de o seu país enviar sistemas de defesa aérea Patriot para a Ucrânia.

Apesar de não ter excluído essa possibilidade, Jonson reiterou que a Suécia está “focada numa contribuição financeira, mas também em mais RBS 70 [sistemas de defesa aérea portáteis]” que podem “aliviar parte da pressão sobre os Patriots”, relata o The Guardian.

Segundo o Presidente Volodymyr Zelensky, a Ucrânia precisa de militares mais jovens porque estes estão fisicamente mais aptos e estão mais capazes de dominar a tecnologia utilizada no campo de batalha.

“Existem critérios específicos em relação à idade e condição física dos combatentes para que possam ser treinados e enviados posteriormente para o front. Este é um pedido do comando militar em resposta às necessidades específicas das Forças Armadas Ucranianas”, afirmou Zelensky em entrevista ao youtuber Hugo Travers.

Ainda assim, o chefe de Estado da Ucrânia ressalvou que a substituição nas fileiras militares só acontecerá se os novos soldados estiverem “devidamente treinados e em boas condições físicas”.

“Com todo o respeito aos nossos combatentes, há uma diferença entre um combatente de 25 anos e um combatente de 50 anos. A nova geração domina as novas tecnologias muito mais rapidamente”, fechou Zelensky.

Donal Tusk, primeiro-ministro da Polónia, disse esta segunda-feira que o seu país não pode enviar sistemas Patriot para a Ucrânia, mas garantiu que vai ajudar de outra forma.

“Não temos reserva quando se trata de Patriots”, disse, aos jornalistas, Tusk. O primeiro-ministro acrescentou que a Polónia pode ceder outros tipos de armas que ajudem na defesa da Ucrânia.

Rússia e China conseguiram prescindir do dólar em quase 90% das suas trocas comerciais, realizando as transações nas respetivas moedas nacionais, afirmou hoje o Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergey Lavrov.

Conseguimos praticamente prescindir do dólar nas relações económicas bilaterais. Atualmente, mais de 90% das transações mútuas são efetuadas nas moedas nacionais”, afirmou Lavrov, durante uma reunião com os chefes das regiões russas no Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, segundo a TASS.

Lavrov sublinhou: “as relações comerciais e económicas sino-russas estão a desenvolver-se ativamente, apesar das persistentes tentativas do Ocidente de nos impedir de avançar”.

O ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu nesta segunda-feira que Portugal está a “trabalhar em várias frentes” para reforçar o apoio à Ucrânia, falando num “empenho reforçado”, mas sem novos anúncios europeus face aos insistentes pedidos ucranianos de defesa aérea.

“O Estado português continua a trabalhar no sentido de disponibilizar ainda mais material militar que possa ajudar a Ucrânia. Estamos a trabalhar em várias frentes sobre essa matéria e estamos a disponibilizar alguma capacidade que existe, nas empresas privadas em Portugal para, por exemplo, em matéria de ‘drones’ [aeronaves não tripuladas], fabricar componentes, que poderiam ajudar muito nesta matéria e, portanto, temos aqui várias frentes em que estamos a trabalhar”, disse Paulo Rangel, no Luxemburgo.

“A grande urgência é o fornecimento de armas e basicamente capacidade aérea e de anti-aérea, essa é a principal. Sabemos que há iniciativa alemã, há a iniciativa checa, há um conjunto de instrumentos […] e eu diria que há um empenho reforçado, mas não diria que há novidades especiais”, acrescentou o chefe da diplomacia portuguesa, falando em declarações à imprensa portuguesa na sua estreia nas reuniões dos ministros da tutela na UE.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou, na rede social X, que o Presidente dos EUA vai assinar imediatamente o projeto de lei de ajuda militar à Ucrânia.

“Falei com Joe Biden, que me garantiu que assinará o projeto assim que for aprovado no Senado”, escreveu Zelensky, adiantando que ” pacote de ajuda será poderoso”. Vai “fortalecer a nossa defesa aérea, bem como as capacidades de longo alcance e de artilharia”, acrescentou o chefe de Estado ucraniano.

Following the vote in the US House of Representatives, I spoke with @POTUS Joe Biden, who assured me that he will sign the bill immediately as soon as it is approved by the Senate.

I appreciate President Biden's unwavering support for Ukraine and true global leadership.

I also… pic.twitter.com/liRv0iTf6O

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) April 22, 2024

Zelensky agradece a Biden “o apoio inabalável à Ucrânia e a verdadeira liderança global” e congratula-se também com a decisão do Congresso norte-americano de “permitir o confisco de bens russos congelados” — o que, sublinha, envia um sinal forte a todos os parceiros da Ucrânia.

Numa altura em que já é hábito a União Europeia “não avançar para acordos”, também no Médio Oriente o Major-General Isidro Morais Pereira não tem dúvidas de que já não chega e é preciso conter o Irão.

Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

“Atraso nos Patriot complica defesa da Ucrânia”

As forças russas atingiram esta segunda-feira uma torre de televisão da cidade de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia.

Citado pelo Guardian, o governador da região, Oleh Syniehubov, disse que o ataque não causou feridos mas provocou a interrupção do sinal de transmissão.

Nos vídeos que circulam nas redes sociais, pode ver-se o exato momento em que o topo da torre colapsa.

⚡️ Occupiers hit a TV tower in Kharkiv

The video, which is being circulated by local media, shows that the city's TV tower was damaged and its spire collapsed. It is reported that there are problems with the digital signal. pic.twitter.com/3kMPM1lZ1N

— NEXTA (@nexta_tv) April 22, 2024