A agência espanhola EFE avançou esta tarde, citando sob anonimato um médico do hospital Khairkhana em Cabul, para onde as vítimas foram transferidas, que teriam morrido seis pessoas. A mesma fonte indicou que “várias crianças” tinham morrido no incidente.

Os EUA confirmaram o ataque feito por um drone a um veículo com “múltiplos bombistas suicidas”. De acordo com o exército norte-americano, foi um ato de “autodefesa”. Até agora, o país não confirmou se houve mais vítimas além dos bombistas.

O ataque feito com um drone pelos EUA em Cabul para evitar que “múltiplos bombistas suicidas” fizessem outro atentado ao aeroporto da capital afegã pode ter feito vítimas civis. Como avançou a CNN, nove pessoas de uma família, incluindo seis crianças, terão morrido devido à explosão.

De acordo com o mesmo órgão de comunicação social, um jornalista local disse à CNN que o irmão das vítimas contou-lhe o sucedido. Entre as alegadas vítimas, estarão duas crianças de dois anos, uma de três, outra de quatro, e outras duas com nove e 10. Além disso, terão morrido também outros homens com 40, 30 e 20 anos. Todas as vítimas era irmãos, disse a mesma fonte.

Esta tarde, o presidente dos EUA, Joe Biden, e a primeira-dama do país, Jill Biden, estiveram presentes à chegada dos corpos dos 13 militares que morreram no atentado no Afeganistão. A CBS News partilhou um vídeo do momento no Twitter:

FALLEN HEROES: President Biden and first lady Jill grieved with families of the 13 U.S. military troops killed in the suicide attack near Kabul airport as the remains of the fallen returned to U.S. soil from Afghanistan. https://t.co/8VLm63c3Xi pic.twitter.com/MkdlJu9Hfm

— CBS News (@CBSNews) August 29, 2021

Hibatullah Akhundzada, líder supremo dos fundamentalistas islâmicos talibã, já se encontra em território afegão. Depois de vários anos escondido no Paquistão, aquele que é o líder político e religioso dos fundamentalistas que tomaram o poder em Cabul já se encontra na zona de Kandahar, segundo confirmação do porta-voz taliban Zabihullah Mujahid, citado pelo The Guardian.

Já o porta-voz adjunto Bilal Karimi garantiu que Hibatullah Akhundzad irá “aparecer em breve em público”.

Este domingo, os corpos dos 13 militares mortos no atentado em Cabul, no Afeganistão, chegaram aos EUA. Nas redes sociais tem sido partilhada a imagem abaixo que mostra os caixões cobertos com uma bandeira do país ao serem transportados num avião até Delaware, onde o Presidente dos EUA, Joe Biden, aguardava a chegada juntamente com familiares.

13 courageous and far too young men and women.

Killed evacuating Americans and Afghans alike from Kabul airport. We cannot repay their service. pic.twitter.com/6gIcynGFeD

— ian bremmer (@ianbremmer) August 29, 2021

Como têm noticiado vários órgãos de comunicação social, como é o caso do El País, ainda não é claro se houve uma ou duas explosões. Além disso, ainda não está confirmado quantas crianças é que poderão ter morrido na sequência do ataque dos EUA feito com um drone.

A agência espanhola EFE avança, citando sob anonimato um médico do hospital Khairkhana em Cabul, para onde as vítimas foram transferidas, que terão morrido seis pessoas. A mesma fonte indica que “várias crianças” morreram no incidente sem, contudo, discriminar exatamente o número de crianças que terão morrido. Inicialmente, e como noticiou a Lusa, a EFE referia que “cinco civis, incluindo três crianças, morreram no incidente”.

Os EUA, que confirmaram um ataque com um drone, assumem que pode ter havido “explosões secundárias” devido a um veículo que transportava “uma quantidade substancial de material explosivo”.

Os EUA confirmaram este domingo um ataque com um drone contra um veículo com “múltiplos bombistas suicidas”, como noticiou a Agência Lusa. De acordo com o exército norte-americano, os bombistas tinham como alvo a zona de evacuação do aeroporto internacional de Cabul.

O porta-voz do Comando Central das tropas dos EUA, Bill Urban, afirmou que o ataque foi um ato de “autodefesa”. Até agora, o país ainda não avançou se houve mais vítimas. Segundo Urban, o alvo foi atingido “com sucesso”, tendo havido explosões secundárias devido a um veículo que transportava “uma quantidade substancial de material explosivo”.

Enquanto não se torna totalmente claro se houve duas ou apenas uma explosão, em Cabul, nas últimas horas, os EUA confirmaram oficialmente que promoveram um ataque aéreo através de drone – um ataque que atingiu um veículo do Estado Islâmico (ISIS-K) carregado de explosivos, que se dirigia para o aeroporto.

“As forças militares norte-americanas promoveram um ataque aéreo não-tripulado, em auto-defesa, a um veículo em Cabul, neutralizando uma ameaça iminente do ISIS-K ao aeroporto internacional Hamad Karzai”, afirmou um porta-voz do comando central das Forças Armadas dos EUA, Bill Urban.

“Estamos confiantes de que atingimos o alvo, com sucesso“, acrescenta o comunicado, notando que houve detonações secundárias que indicaram a presença de uma quantidade significativa de material explosivo” naquele veículo.

Segundo a Associated Press, que cita um porta-voz dos talibãs, o ataque aéreo norte-americano teve como alvo um bombista suicida que se preparava para atacar o aeroporto de Cabul.

Nas próximas horas irá haver um briefing público por parte do Pentágono, a partir de Washington DC.

Ainda não é totalmente claro se a explosão noticiada há poucas horas e o ataque aéreo americano, amplamente noticiado, correspondem ao mesmo acontecimento ou a dois acontecimentos paralelos.

Duas fontes disseram à agência Reuters que os EUA realizaram um ataque aéreo em Cabul, neste domingo. O objetivo foi neutralizar suspeitos de envolvimento com o Estado Islâmico (ISIS-K).

A operação causou uma forte explosão numa zona residencial perto do aeroporto de Cabul. Segundo duas fontes, o incidente terá matado pelo menos uma criança, além de ter feito pelo menos três feridos.

Um correspondente da Al Jazeera afirma que uma criança foi morta, nesta explosão, além de três pessoas que terão ficado feridas.

عاجل | مراسل #الجزيرة: مقتل طفل وإصابة 3 أشخاص جراء سقوط قذيفة على منزل في محيط مطار كابل

— الجزيرة – عاجل (@AJABreaking) August 29, 2021

Esta informação sobre a morte de uma criança acaba de ser corroborada, também, por um responsável da polícia afegã citada pela Associated Press.

Estão a circular vídeos nas redes sociais, que mostram os segundos após a explosão.

Não há, ainda, informação sobre se há vítimas. A agência Reuters é uma das que corroboram a informação de que se tratou de um míssil aéreo.

Latest video from the explosion in #Kabul.

Video Source: @Natsecjeff #Kabul #KabulAttack #KabulBlast #Afghanistan #AfghanistanBurning #AfghanWomen #Afghanishtan #Kabul_Airport #KabulAirportBlast pic.twitter.com/Cb5NqGIFio

— The Pakistan Daily (@ThePakDaily) August 29, 2021

https://twitter.com/W0lverineupdate/status/1431963820918935552

Há relatos de uma explosão violenta perto do aeroporto de Cabul, em circunstâncias que ainda não são claras.

Os primeiros relatos, ainda não confirmados, apontam para um míssil que caiu numa casa, não muito longe do aeroporto.

A agência Reuters é uma das que corroboram a informação de que se tratou de um míssil aéreo.

Latest video from the explosion in #Kabul.

Video Source: @Natsecjeff #Kabul #KabulAttack #KabulBlast #Afghanistan #AfghanistanBurning #AfghanWomen #Afghanishtan #Kabul_Airport #KabulAirportBlast pic.twitter.com/Cb5NqGIFio

— The Pakistan Daily (@ThePakDaily) August 29, 2021

Um milhão de crianças afegãs está em risco de sofrer desnutrição aguda grave se a situação no país continuar a deteriorar-se, alertou hoje a UNICEF, face à situação do Afeganistão após a vitória dos talibãs.

O alerta da organização surge no âmbito da crítica situação do país, do aumento da violência e do rápido colapso da economia. “Se a tendência atual continuar, a UNICEF prevê que um milhão de crianças com menos de cinco anos no Afeganistão sofra de desnutrição aguda grave, uma enfermidade potencialmente mortal”, disse em comunicado o diretor regional da organização para o Sul da Ásia, George Laryea-Adjei.

Após sair de Cabul, assegurou que nas últimas semanas, com o aumento dos conflitos e da insegurança no país, as crianças são “quem pagou o preço mais alto”.

Algumas não só foram obrigadas a abandonar as suas casas e a serem separadas das escolas e amigos, como também se viram privadas dos cuidados médicos básicos que podem salvá-las de doenças como a poliomielite e o tétano”, indicou.

A situação do país foi-se deteriorando rapidamente desde 01 de maio, quando as tropas internacionais iniciaram a etapa final de retirada do Afeganistão, especialmente nos últimos 20 dias, em que a ofensiva dos talibãs se intensificou e os levou a conquistar quase todo o país numa questão de dias.

Com os islamitas no poder desde 15 de agosto, com a tomada de Cabul, o país tem estado imerso no caos e no desespero de dezenas de milhar de pessoas a tentarem fugir, enquanto as forças internacionais prosseguem um processo de evacuação massivo para retirar cidadãos estrangeiros e a maior quantidade de afegãos em risco.

“Com uma crise de segurança, o aumento vertiginoso dos preços dos alimentos, uma seca grave, a propagação da covid-19 e outro inverno duro a aproximar-se, as crianças correm maior risco do que nunca”, sublinhou.

Nos últimos dias, os cidadãos do país sofrem mais do que nunca as consequências da queda do Governo e a instabilidade, com muitos estabelecimentos encerrados, sem acesso a dinheiro e uma boa parte da população em casa com medo de sair ou a tentar abandonar o país.

A crise humanitária do Afeganistão já era grave antes da vitória dos fundamentalistas, após décadas de conflitos e guerra que devastaram o país e deixaram milhões de pessoas afetadas.

De acordo com a UNICEF, “mais de quatro milhões de crianças, incluindo 2,2 milhões de meninas, não estão escolarizados”. Cerca de 300.000 crianças foram obrigadas a abandonar as suas casas, “algumas em pijama enquanto dormiam”, outras enquanto estavam sentadas “em silêncio a estudar”.

“Demasiadas crianças presenciaram cenas que nenhuma criança deveria ver. As crianças e os adolescentes estão a lidar com ansiedade e medo e precisam desesperadamente de ajuda”, precisou Laryea-Adjei, que instou as nações a não cortarem a ajuda humanitária neste momento.

A UNICEF precisa de 192 milhões de dólares para atender à crise. “Pedimos aos doadores para darem um passo em frente e apoiarem as famílias e crianças vulneráveis”, apelou hoje numa mensagem na rede social Twitter.