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Histórico de atualizações
  • "É errado associar o povo russo às políticas do governo", diz prisioneiro libertado

    Dois dos ativistas russos libertados numa troca de prisioneiros afirmaram que ser errado associar o seu povo às políticas de Putin, instando o mundo a distinguir o povo e o seu Presidente, avançou a Reuters.

    “Há muitas pessoas na Rússia que são contra a guerra, que não acreditam na propaganda do Kremlin”, disse Vladimir Kara-Murza, que estava detido desde 2022.

    “É errado associar o povo russo às políticas do governo”, disse Andrei Pivovarov, acrescentando que a sua tarefa era trabalhar para tornar a Rússia “livre e democrática”.

    [Já saiu o primeiro episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Ouça aqui]

    Reconhecendo que o chanceler alemão, Olaf Scholz, tomou uma decisão difícil ao libertar um assassino russo, Kara-Murza afirmou que “não foi uma decisão fácil para a Alemanha”.

    “A troca de prisioneiros salvou a vida de alguns dos detidos”, acrescentou Pivovarov.

  • Bom dia. Encerramos aqui a cobertura do conflito entre a Rússia e a Ucrânia.

    Pode acompanhar os desenvolvimentos deste sábado no novo liveblog que agora abrimos.

    “Temos de terminar a guerra sob os termos da Ucrânia”, diz Zelensky

  • Prisioneiro libertado promete regressar à Rússia

    O opositor Ilya Yashin, libertado na troca de prisioneiros, prometeu que vai regressar a casa e construir “uma Rússia feliz”, avançou o Kyiv Independent.

    “Esta foi a minha posição pública, absolutamente clara, absolutamente sincera e consciente. Recusei-me a deixar a Rússia sob a ameaça de prisão, reconhecendo-me como um político russo, um patriota”, afirmou.

    Disse também que entendia a sua detenção não só como uma luta contra a guerra, mas também como uma luta pelo seu direito de viver no seu país e de aí exercer uma política independente.

  • Chefe dos serviços secretos da Ucrânia diz que Ponte da Crimeia pode ser destruída nos próximos meses

    O chefe dos serviços secretos militares ucranianos (GUR), general Kirilo Budanov, afirmou que a Ucrânia está a trabalhar numa “solução complexa” que poderá destruir a Ponte da Crimeia e que o “trabalho está em curs0”, citou o Kyiv Independent.

    “Todos estão a trabalhar em ataques de longo alcance e (na destruição da ponte da Crimeia)”, disse Budanov.

    “Tudo isto exige, digamos, uma solução complexa”. Sobre se a ponte será destruída nos próximos meses, afirmou que “há hipóteses”.

  • Zelensky diz que Pokrovsk está a ser palco das "mais duras batalhas"

    No seu vídeo diário, Volodymyr Zelensky avançou que o sector de Pokrovsk está a ser palco das “mais duras batalhas” e que as forças ucranianas “são, em muitos aspetos, a base da defesa em todo o leste do nosso país”.

    “É aí que se travam, invariavelmente, os combates mais duros e esta zona exige a nossa resposta mais intensa ao ocupante”, acrescentou.

  • "Se estes processos tivessem sido mais rápidos talvez Navalny estivesse aqui e livre", diz prisioneiro libertado

    O ativista Vladimir Kara-Murza, libertado na troca de prisioneiros, afirmou que talvez Alexei Navalny, o maior opositor de Putin, que morreu em fevereiro, poderia ainda estar vivo se o Ocidente tivesse acordado a troca com o Kremlin mais cedo.

    “É difícil para mim não pensar que, talvez se esses processos tivessem sido mais rápidos, se tivesse havido menos resistência que o governo Scholz teve que ultrapassar para libertar Krasikov, então talvez Alexei estivesse aqui e livre”, disse, citado na Reuters.

  • Rebeldes do Mali dizem ter morto 84 mercenários que combatiam para o grupo russo Wagner durante confrontos no país

    Os rebeldes do Mali mataram 84 mercenários que combatiam para o grupo russo Wagner durante os recentes confrontos no país. A informação é divulgada pelo The Kyiv Independent, com base numa publicação no X de um representante do movimento rebelde – uma coligação de grupos anti-governamentais no norte do país africano — que afirmou que as mortes ocorreram durante três dias de combates.

    A Rússia mantém uma forte presença nos países africanos através da Wagner e de outras entidades, apoiando governos autoritários e extraindo recursos para financiar a sua guerra contra a Ucrânia, como explica o jornal ucraniano.

  • Troca de prisioneiros? "Kremlin tem de querer"

    Francisco Pereira Coutinho sublinha a importância da troca de prisioneiros entre a Rússia e os EUA. No Médio Oriente, não há dúvidas de que devemos esperar retaliação de Israel para breve.

    Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    Troca de prisioneiros? “Kremlin tem de querer”

  • Trump volta a reagir à troca de prisioneiros entre os EUA e a Rússia e diz que acordo é "vitória para Putin"

    Donald Trump voltou a reagir à histórica troca de prisioneiros entre os EUA e a Rússia, apelidando o acordo enquanto uma “vitória para Putin” depois de a administração Biden ter facilitado a maior troca na era pós-soviética.

    Segundo o ex-presidente, se a administração Trump estivesse a governar os EUA os prisioneiros teriam sido “recuperados” e não teriam tido de entregar prisioneiros em troca. “Não teríamos de deixar sair alguns dos grandes assassinos do mundo”, garantiu, à semelhança das declarações que já tinha deixado por escrito na Truth Social, rede social que criou e que lhe pertence.

    [Já saiu o primeiro episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Ouça aqui]

    Em entrevista à Fox Business, Trump entende que o acordo parece ser “complexo”, o que parece sinalizar, no seu entendimento, que os termos da negociação não são do interesse dos EUA.

    “Como sempre, foi uma vitória para Putin ou para qualquer outro país que negoceia connosco, mas recuperámos alguém, por isso nunca vou pôr isso em causa”, acrescentou na mesma entrevista.

  • Troca de prisioneiros: "Às vezes, é preciso fazer um pacto com o diabo"

    A libertação daquele que já foi chamado de “o assassino preferido de Putin”, condenado a prisão perpétua na Alemanha, não deixou de ter um “sabor amargo” diz a secção alemã da Amnistia Internacional. Cria uma equivalência entre “um assassino condenado num julgamento justo, entre outros” e “pessoas que acabaram de exercer o seu direito à liberdade de expressão”, escreveu a organização na rede social X.

    “Apesar de toda a alegria pela libertação dos presos políticos, a troca é também um passo em direção à impunidade. O Presidente Putin poderá sentir-se encorajado a efetuar mais detenções e violações dos direitos humanos sem ter de temer quaisquer consequências”, alerta ainda a AI.

    Em causa está a principal figura desta troca histórica, que envolveu vários países: Vadim Krasikov, um russo condenado por matar um antigo militante checheno asilado em Berlim, em 2019.

    O governo alemão já disse que não tomou a decisão de ânimo leve. Aliás, Olaf Scholz sublinhou-o logo ontem à noite quando interrompeu as férias de verão e foi ao aeroporto de Colónia receber os 16 prisioneiros libertados.

    Putin quis de volta o seu “assassino favorito” e Ocidente aceitou para “salvar inocentes”. As negociações da troca de prisioneiros histórica

    “Não foi fácil para ninguém tomar esta decisão de deportar um assassino condenado a prisão perpétua depois de apenas alguns anos de prisão”, explicou. Mas outros valores pesaram na balança.

    “O interesse do Estado em executar a pena de prisão tem de ser ponderado em relação à liberdade das pessoas inocentes presas na Rússia e das pessoas injustamente presas por razões políticas”, justificou Scholz.

    Michael Roth, presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros do Parlamento alemão, resumiu a decisão de Berlim no X, de uma forma mais pragmática: “Por vezes, por razões de humanidade, é preciso fazer um acordo com o diabo”.

  • Corpos de 250 soldados regressaram à Ucrânia

    O Centro de Coordenação de Kiev para o Tratamento dos Prisioneiros de Guerra afirmou que recebeu os corpos de 250 soldados mortos, naquela que foi uma das maiores trocas de militares desde o início da invasão russa.

    “Como resultado das operações de repatriamento, os corpos de 250 defensores ucranianos caídos foram devolvidos à Ucrânia”, afirmou o Centro em comunicado, citado no The Moscow Times, acrescentando que “esta é uma das maiores” operações do género.

    Como parte do acordo, mediado pela Cruz Vermelha Internacional, Kiev entregou 38 corpos de soldados russos a Moscovo.

  • Site da Europol esteve em baixo durante várias horas. Grupo pró-russo reivindica ciberataque

    Os sites da Europol, a Agência da União Europeia para a Cooperação Policial, estiveram em baixo várias horas. O grupo pró-russo SN Black Meta está a reivindicar o ciberataque no Telegram, que terá mantido o site da instituição europeia inoperacional durante cerca de cinco horas.

    Ao Observador, Diogo Alexandre Carapinha, sub-coordenador do Visionware Threat Intelligence Center, refere que “não se trata de um ataque confirmado, já que a Europol não emitiu uma declaração sobre o porquê de ter estado, coincidentemente, ‘offline’ ao mesmo tempo em que este grupo reinvidicou a tal ação”.

    “O grupo em causa é pró-Kremlin, contra a ideologia ocidental, que já demonstrou ter arsenal suficiente para causar problemas. Mais uma vez, só demonstra a capacidade que os grupos não-Estatais estão a ter e a desenvolver, o que torna a segurança e defesa cibernética de indíviduos, empresas e nações cada vez mais complexa e ameaçada”, acrescenta o especialista, que não descarta a possibilidade de o site da Europol voltar a ficar indisponível nas próximas horas.

  • A Argentina, os filhos que não falam russo e o dinheiro no frigorífico. O casal russo de espiões libertado na troca de prisioneiros

    Apresentavam-se como Maria e Ludwig, argentinos que viviam com os filhos na Eslovénia. Na realidade eram Anna e Artem, agentes secretos da Rússia (que fizeram parte da troca de presioneiros).

    A Argentina, os filhos que não falam russo e o dinheiro no frigorífico. O casal russo de espiões libertado na troca de prisioneiros

  • Ministério dos Negócios Estrangeiros francês pede libertação imediata de Laurent Vinatier

    O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês pediu a libertação imediata de Laurent Vinatier, consultor de uma organização não governamental suíça de resolução de conflitos militares, e de outras pessoas ainda detidas “arbitrariamente”, avançou a agência AFP.

    [Já saiu o primeiro episódio de “Um rei na boca do Inferno”, o novo podcast Plus do Observador que conta a história de como os nazis tinham um plano para raptar em Portugal, em julho de 1940, o rei inglês que abdicou do trono por amor. Ouça aqui.]

    Afirmou que “a França partilha o sentimento das famílias e dos governos aliados após a libertação de vários prisioneiros políticos detidos na Rússia”.

    “Os nossos pensamentos estão com aqueles que continuam arbitrariamente detidos na Rússia, incluindo o nosso compatriota Laurent Vinatier”, declarou Christophe Lemoine, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, avança a BFM TV.

  • Kremlin confirma que Vadim Krasikov era dos serviços de sergurança

    O Kremlin confirmou que Vadim Krasikov, que regressou à Rússia no âmbito da troca de prisioneiros entre o Ocidente e a Rússia, era do Serviço Federal de Segurança e que esteve no grupo Alpha, a unidade de forças especiais, avança a Reuters.

    “Krasikov é um empregado da FSB,” declarou o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, citado pelo Moscow Times.

    O nome esteve sempre associado aos serviços de segurança, mas o Kremlin não deixou margem de dúvida esta sexta-feira.

    Putin quis de volta o seu “assassino favorito” e Ocidente aceitou para “salvar inocentes”. As negociações da troca de prisioneiros histórica

  • Detido senador do partido de Putin à saída do Parlamento

    Um senador do partido do Presidente russo foi hoje detido depois de a Assembleia da Federação Russa lhe levantar a imunidade a pedido do Procurador-geral.

    Suspeito de ter participado num homicídio, que os media russos como a agências de notícias estatais TASS ou Ria/Novosti não concretizam, foi imediatamente detido, assim que saiu da reunião em que foi decidido retirar-lhe da imunidade parlamentar.

    Dmitry Savelyev, de 55 anos, é um dos deputados russos mais ricos, tendo sido sancionado pela União Europeia, Canadá, Reino Unido e Estados Unidos pouco depois de a guerra na Ucrânia começar. Representando a região de Tula desde 2016 na Duma (o parlamento russso), era membro da Comissão da Política Económia.

  • Crianças que chegaram a Moscovo na troca de prisioneiros com os EUA não sabiam que eram russas

    Entre os prisioneiros russos que ontem chegaram a Moscovo e foram recebidos por Putin no aeroporto, estavam duas crianças que, segundo o porta-voz do Kremlin, só souberam que eram russas quando o avião descolou de Ancara. Daí que o Presidente os tenha cumprimentado em espanhol, já que eles não falam russo, refere a Ria/Novosti.

    São os filhos do casal Dultsev, condenados na Eslovénia por fingirem ser argentinos para espiar a União Europeia e a NATO. São considerados espiões “ilegais”: agentes secretos treinados para se fazerem passar por estrangeiros e que passam anos a viver no estrangeiro sob falsa identidade.

  • Alemanha preferiu salvar os inocentes a punir os espiões russos

    O chanceler alemão, Olaf Scholz, congratulou-se hoje por a Alemanha ter conseguido salvar 16 inocentes. Na sua rede social X explica que o envolvimento de Berlim na troca história de prisioneiros com a Rússia foi acertado num telefonema com Joe Biden.

    Ontem à noite, no aeroporto de Colónia, onde foi receber os prisioneiros, sublinhou que “a libertação apenas se tornou possível após os cidadãos russos, ligados aos serviços secretos, detidos na Europa, terem sido deportados e entregues à Rússia”, vê-se na Deutsche Welle.

    Scholz explicou que “o interesse do estado na sua punição teve de ser pesado contra o perigo para a integridade física e, em alguns casos, a vida dos prisioneiros inocentes e presos políticos na Rússia”.

  • Troca de prisioneiros com EUA e guerra na Ucrânia são “situações diferentes”, diz Kremlin

    A troca histórica de prisioneiros entre o Ocidente e a Rússia não significa qualquer inflexão de Moscovo na guerra na Ucrânia, avisou hoje o porta-voz do Kremlin na sua habitual conversa com os jornalistas.
    São “situações diferentes”, disse Dmitry Peskov refutando ainda a ideia de a Rússia estar a deter pessoas para ter um “fundo de troca”: É “absurdo”, respondeu ao jornalista que lhe colocou a questão.

    O porta-voz negou também que tenha sido o Kremlin a escolher os prisioneiros que foram libertados pelos EUA, garantindo que foram os serviços secretos que geriram toda a operação em negociações com a CIA.

    Por outro lado, Peskov disse que Vladimir Putin está grato ao seu homólogo Lukashenko, pela sua ajuda na complexa cadeia de troca de prisioneiros, refere a Ria/Novosti no Telegram.

  • Mais de metade dos ucranianos querem negociações com Rússia para acabar guerra

    A maioria dos ucranianos acredita que as autoridades devem começar a negociar com a Rússia para acabar a guerra desencadeada pela invasão russa em fevereiro de 2022, revelou hoje uma sondagem financiada pelos EUA e Suécia.

    Segundo o estudo de opinião, realizado em maio pelo Instituto Internacional de Sociologia em Kiev, 57 por cento (%) dos ucranianos defendem o início das negociações entre Kiev e Moscovo, mas 38% opõem-se.

    Esta é a primeira sondagem publicada desde o início da guerra em que a maioria dos ucranianos é a favor da abertura de negociações para pôr fim ao conflito.

    Ao mesmo tempo, 66% dos inquiridos afirmam que a Ucrânia deve recuperar todos os seus territórios, incluindo a Crimeia e as áreas nas regiões orientais de Donetsk e Luhansk, onde os rebeldes pró-russos declararam repúblicas independentes em 2014, quando a Rússia anexou a península do Mar Negro.

    Além disso, 74% e 76%, respetivamente, rejeitam a renúncia da Ucrânia às suas aspirações de aderir à NATO e à União Europeia (UE) no quadro de um hipotético acordo de paz com a Rússia.

    A sondagem foi realizada por telefone, entre 8 e 25 de maio, junto de mais de 2.500 adultos residentes nos territórios ucranianos sob o controlo do governo de Kiev, cujos números de telemóvel foram escolhidos aleatoriamente.

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