Histórico de atualizações
  • Termina aqui o acompanhamento do primeiro dia da 16.ª assembleia do Sínodo dos Bispos, que se realiza até dia 29 de outubro em Roma.

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  • "Este mundo que nos acolhe está a desmoronar-se." Vaticano lança "Laudate Deum", o alerta do Papa sobre a crise climática

    Francisco fala da urgência de agir e fazer compromissos face à crise climática, apelando a que a próxima cimeira das Nações Unidas sobre o clima seja “um ponto de viragem”.

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  • Gramática da sinodalidade "muda com o tempo", diz relator geral do sínodo

    Se o Papa Francisco sublinhou que a expressão de sinodalidade “ainda não amadureceu”, o relator geral do sínodo afirmou na sua intervenção na primeira Congregação Geral que a Igreja é “chamada a conhecer a gramática da sinodalidade”.

    “Tal como a gramática das nossas línguas muda enquanto elas se desenvolvem, o mesmo acontece com a gramática da sinodalidade. Muda com o tempo. Por isso ler os sinais dos nossos tempos deve ajudar-nos a descobrir uma gramática da sinodalidade para o nosso tempo”, afirmou o cardeal do Luxemburgo Jean-Claude Hollerich.

    Apontou, contudo, que existem também regras básicas que nunca mudam. “Para nós, essas são as regras do catolicismo, como a dignidade que vem do batismo, o papel de Pedro na Igreja, a colegialidade episcopal, a ordenação ministerial”, explicou, acrescentando que através destes elementos fundamentais da gramática católica, é preciso encontrar um caminho.

  • A expressão de sinodalidade "ainda não amadureceu", diz Papa Francisco

    No arranque da primeira Congregação Geral, o Francisco destacou que a Igreja Católica já realizou vários sínodos ao longos dos anos — durante o seu pontificado já presidiu a quatro assembleias sinodais —, mas a própria expressão de sinodalidade “ainda não amadureceu”.

    “Hoje chegamos a este sínodo sobre a sinodalidade, não é fácil, mas é muito bonito”, afirmou, lembrando que este foi o segundo tema mais votado pelos bispos de todo o mundo para ser discutido durante estes anos.

    O Papa Francisco voltou a sublinhar, como fez na homilia da missa que marcou o arranque da assembleia do Sínodo dos Bispos, que este não é um parlamento, mas também não é um encontro de amigos que se juntam para dar as suas opiniões. Na sua intervenção disse ainda que a Igreja tem uma “harmonia singular”, provenientes de muitas vozes. “As diferenças e particularidades devem estar inseridas na sinfonia da Igreja”, alertou.

    No final, destacou ainda a importância da informação que passa dos comunicadores da Igreja para a comunicação social e, através dela, para as pessoas. “No sínodo da Amazónia a opinião pública dizia que era só para criar o viri probati [possibilidade de ordenar dos homens casados mais velhos respeitados nas comunidades cristãs para puderem colaborar nas celebrações]. Agora na comunicação mundial há algumas hipóteses, haver mulheres como sacerdotes e todas estas coisas que dizem lá fora”, afirmou.

  • Presidente delegado do sínodo admite que preparação não foi fácil: "Alguns de nós sentiram-se um pouco desorientados"

    Sentado ao lado do Papa Francisco, o presidente delegado do sínodo, Ibrahim Isaac Sidrak, destacou o percurso longo, de dois anos, que culminou esta quarta-feira com o início da 16.ª assembleia do Sínodo dos Bispos, admitindo que não foi um caminho fácil.

    “Devo confessar, sua santidade, que a principio não foi fácil. Alguns de nós sentimo-nos um pouco desorientados. Não apenas pela nova forma de viver a experiência de sinodalidade, mas porque a sinodalidade toca a vida da Igreja e falar sobre a vida não é fácil”, começou por dizer o atual Patriarca Católico Copta de Alexandria durante a 1.ª Congregação Geral.

    “Em sínodos anteriores estávamos a percorrer caminhos conhecidos, tínhamos orientações gerais. Desta vez, a assembleia do sínodo foi preparada através de uma consulta do povo de Deus, de cada um dos batizados. Sem nenhum itinerário ou caminho predeterminado e descobrindo, a cada dia, o caminho que devíamos percorrer”, explicou.

    Sublinhou, no entanto, que a preparação para o sínodo foi uma “experiência fantástica”, que permitiu viver a sinodalidade mesmo antes de esta ser o tema de discussão.

  • Cardeal Américo Aguiar otimista com o arranque do sínodo: "Estamos a fazer caminho"

    O cardeal Américo Aguiar disse hoje que a assembleia do Sínodo dos Bispos exige a vontade de todos para fazer um caminho conjunto. “O Papa pediu que as ideologias, as políticas, as sensibilidades, as alas, todos, se disponibilizem para fazer caminho em comum”, disse aos jornalistas, após a missa presidida por Francisco e em que estiveram presentes os cardeais criados no consistório de sábado.

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    “O Papa voltou a lembrar que o Sínodo não é um parlamento, tem usado essa imagem várias vezes, entre os da direita, da esquerda, progressistas ou conservadores. Houve tempo para tudo, para as pessoas se pronunciaram, nas paróquias, nas comunidades, até por via digital. Todos os pronunciamentos chegaram até ao Sínodo e agora é o momento de o Espírito Santo ser o protagonista”, acrescentou, citado pela agência Ecclesia.

    Para o bispo eleito de Setúbal, o fundamental é que se gere um novo modo de viver em Igreja marcado pela sinodalidade e em que “cada um se sente livre de dizer o que pensa e todos gostam de ouvir o outro”. “Estamos a fazer caminho e o importante é ter consciência disso”, destacou Américo Aguiar, que foi hoje nomeado como membro do Dicastério para a Comunicação.

  • José Ornelas diz que sínodo "pode ser ocasião de marcar a Igreja para o novo milénio"

    O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, que representa Portugal na assembleia do Sínodo dos Bispos, disse hoje que este pode ser um dos momentos mais relevantes para a Igreja Católica desde o Concílio Vaticano II. “Do ponto de vista eclesial, depois do Vaticano II, talvez esta possa ser uma ocasião de marcar a Igreja para este novo milénio”, disse em declarações à Renascença.

    The bishop of Leiria and Fatima, D. Jose Ornelas, speaks to journalists at the press conference on the religious ceremonies of the pilgrimage on 12 and 13 May at the Shrine of Fatima, Portugal, 12 May 2023. PAULO CUNHA/LUSA

    O bispo de Leria-Fátima afirmou que este encontro vai servir para debater o futuro da Igreja num tempo de grande diversidade, sem contudo pôr em causa a sua história. O arranque, garantiu, está a ser bom. “Estamos a começar bem, com aquilo que foi feito, que se está a fazer também na diversidade de opiniões que foram surgindo”, apontou, acrescentando que essas opiniões não atemorizam e, pelo contrário, desafiam.

  • Já foi publicada a "Laudate Deum", a encíclica do Papa sobre a crise climática. "Não estamos a reagir de modo satisfatório", sublinha

    Oito anos depois da publicação da “Laudate Si”, a encíclica sobre a “ecologia integral” e a salvaguarda do meio ambiente, acaba de ser publicada a “Laudate Deum”, uma exortação apostólica em que o Papa Francisco lamenta o agravamento da crise ambiental e reconhece que “não estamos a reagir de modo satisfatório, pois este mundo que nos acolhe, está a desmoronar e talvez a aproximar-se de um ponto de rutura”.

    Esta encíclica surge como uma continuação da anterior, em que o Papa alerta para a necessidade de “mudanças substanciais”, sem as quais a humanidade corre o risco de ficar bloqueada na “lógica do consertar, remendar, retocar a situação”.

  • "O acontecimento eclesial mais importante desde o Concílio Vaticano II." Oito perguntas e respostas sobre um sínodo inédito

    A assembleia do Sínodo dos Bispos que começa esta quarta-feira é diferente do habitual: pela primeira vez com mulheres com direito de voto, a Igreja Católica vive por estes dias um momento histórico.

    “O acontecimento eclesial mais importante desde o Concílio Vaticano II.” Oito perguntas e respostas sobre um sínodo inédito

  • "Laudate Deum", a nova encíclica do Papa, vai ser publicada hoje

    No dia em que arranca a 16.ª assembleia do Sínodo dos Bispos, em Roma, é também publicada a nova encíclica do Papa Francisco, “Laudate Deum”. A exortação apostólica é apresentada como uma continuação da “Laudato si” (Louvado sejas), publicada em 2015 sobre a “ecologia integral” e a salvaguarda do meio ambiente.

    “Nunca devemos esquecer que as novas gerações têm o direito de receber de nós um mundo belo e habitável, e que isso nos investe de sérios deveres para com a criação que recebemos das mãos generosas de Deus”, afirmou o Papa Francisco em agosto deste ano, ao anunciar que estava a escrever a segunda parte da “Laudato si”.

    Papa Francisco anuncia segunda parte da encíclica dedicada ao ambiente

    Antes da publicação, o Bispo John Arnold, à frente das questões ambientais na Conferência Episcopal de Inglaterra e País de Gales (CBCEW), sublinhou que este será mais um apelo “urgente” para enfrentar a atual crise climática através de ações imediatas.

    “Acho que a nova declaração do Papa Francisco será forte e trará um alerta urgente. Mas, como sempre, terminará com um sentimento de esperança e a sensação de que, na urgência de agir, todos temos um papel a desempenhar”, afirmou, citado pelo Vatican News.

  • Papa diz que o sínodo "não é um parlamento polarizado, mas um lugar de graça e comunhão"

    No final da homilia, o Papa deixou uma mensagem a todos ade queles de que vão acompanhar por estes dias a assembleia do Sínodo dos Bispos, “com as suas expectativas, esperanças e até medos”. “Devemos lembrar-nos de que esta não é uma reunião política, mas uma convocação no Espírito. Não é um parlamento polarizado, mas um lugar de graça e comunhão”, sublinhou.

    O pontífice destacou de que os momentos “mais poderosos” do sínodo são, por isso, os tempos e o ambiente de oração. “Nesses momentos o Senhor age em nós. Permitimos de que o Espírito Santo seja o protagonista deste sínodo”, apelou.

  • A Igreja "tem portas abertas a todos, todos, todos", diz Papa Francisco no primeiro dia da assembleia do Sínodo dos Bispos

    Durante a homilia, o Papa Francisco disse ainda que, num tempo complexo como o atual, emergem novos desafios culturais e pastorais, que “exigem uma atitude interior calorosa e gentil”.

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    “Só assim podemos encontrar-nos sem medo, num diálogo sinodal, nesta bela viagem no Espírito Santo, que fazemos juntos como o povo de Deus. Podemos crescer em amizade e unidade com o Senhor para olhar os desafios atuais, com o seu olhar”, acrescentou.

    O Papa voltou a afirmar, numa mensagem que deixou bem presente na Jornada Mundial da Juventude de 2023, em Lisboa, que a Igreja “tem portas abertas a todos, a todos, a todos”.

  • Papa sublinha que sínodo "não é uma reunião parlamentar, nem um plano de reforma"

    O primeiro dia da 16.ª assembleia do Sínodo dos Bispos teve início com uma missa presidida pelo Papa Francisco na Praça de S. Pedro, em Roma. Contou com a presença do Colégio Cardinalício e dos 21 novos cardeais, entre eles Américo Aguiar, depois da celebração do consistório no sábado.

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    Durante a homília, o Papa Francisco sublinhou que o sínodo “não é uma reunião parlamentar, nem um plano de reforma”. “Isto não serve (…). O sínodo, caros irmãos, não é um parlamento. O protagonista é o Espírito Santo”, sublinhou.

    “Como disse o Papa Bento XVI ao falar na assembleia do sínodo dos bispos, a questão para nós é a seguinte: ‘Deus falou-nos, quebrou o grande silêncio, mostrou-se, mas como é que podemos trazer esta realidade para as pessoas de hoje para que se torne salvação?’”, começou por dizer. “Esta é a questão fundamental, a tarefa fundamental do sínodo: reorientar o nosso olhar para Deus, ser uma Igreja que olha com misericórdia para a humanidade, uma Igreja que é unida e fraternal, que escuta e dialoga, que abençoa e encoraja, que ajuda aqueles que procuram o Senhor, uma Igreja que tem Deus no centro e, por isso, não é dividida interiormente, e nunca é dura exteriormente. É uma Igreja que arrisca em Jesus. É assim que Deus quer a Igreja”, afirmou.

  • "Estamos a começar bem", diz presidente da Conferência Episcopal Portuguesa

    José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, é um dos bispos presentes está em Roma em representação do país na 16.ª assembleia do Sínodo dos Bispos. “Estamos a começar bem”, sublinhou em declarações à Renascença.

  • Um sínodo inédito

    Entre hoje e o dia 29 deste mês, 400 pessoas ligadas à Igreja — incluindo bispos, leigos e variados especialistas — vão estar reunidas no Vaticano para debater o tema da sinodalidade na Igreja Católica. Esta assembleia do Sínodo dos Bispos traz várias novidades, a começar pelo facto de, pela primeira vez na história, haver mulheres com direito de voto. Além disso, é parte de um novo modelo, encabeçado pelo Papa Francisco, com o objetivo de envolver todos os fiéis no processo.

    É que este ano, para além dos bispos, também vão participar e poder votar leigos, devido a um alargamento proposto por Francisco. Segundo o Vaticano, o elenco final dos participantes desta assembleia sinodal é composto por 365 membros com direito de voto, incluindo 54 mulheres.

  • O primeiro sínodo sobre a sinodalidade

    A evangelização no mundo moderno, a família, o sacramento da penitência, a formação dos sacerdotes, a palavra de Deus, a eucaristia e, mais recentemente, a juventude. Estes são alguns dos temas que nos últimos anos foram debatidos na assembleia do Sínodo dos Bispos. Pela primeira vez, o tema é a própria sinodalidade – a palavra “sínodo” tem origem nos termos gregos “syn” (em conjunto) e “hodos” (caminho) e pode traduzir-se livremente na ideia de “caminhar em conjunto.

    “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão” foi o mote escolhido pelo Papa Francisco, para incentivar a Igreja a discutir esta sua própria característica de “caminhar em conjunto”.

    Mas para que serve, afinal, este momento? O Sínodo dos Bispos é um órgão colegial da Igreja Católica, composto por um número variável de bispos, que se reúne periodicamente em Roma para auxiliar o Papa no governo da Igreja. Essas reuniões periódicas recebem o nome de Assembleia Geral. “É o diálogo entre os batizados, entre os membros da Igreja, sobre a vida da Igreja, sobre o diálogo com o mundo, sobre os problemas que hoje afligem a humanidade”, assim definiu o Papa Francisco, após a recente viagem à Mongólia.

    “Há uma coisa que devemos salvaguardar: o ambiente sinodal. Não se trata de um programa de TV onde se fala de tudo. Não! Trata-se de um momento religioso, um momento de intercâmbio religioso. Considere que os discursos sinodais duram três a quatro minutos, seguidos de três a quatro minutos de silêncio para oração. Depois, outros três e a oração. Sem este espírito de oração não há sinodalidade, há política, há parlamentarismo. O Sínodo não é um parlamento”, sublinhou.

  • Bom dia.

    O Observador vai acompanhar o primeiro dia da 16.ª assembleia do Sínodo dos Bispos, que arranca esta quarta-feira em Roma. Até ao dia 29 de outubro, 400 pessoas ligadas à Igreja — incluindo bispos, leigos e variados especialistas — vão estar reunidas no Vaticano para debater o tema da sinodalidade na Igreja Católica. A Assembleia traz várias novidades, a começar pelo facto de, pela primeira vez na história, haver mulheres com direito de voto.

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