O Presidente dos Estados Unidos enalteceu hoje a velocidade com que está a decorrer a campanha de vacinação contra o SARS-CoV-2 massiva no país, mas apelou aos norte-americanos para não descurarem as regras sanitárias impostas.

Joe Biden referiu que “nenhum outro país chegou tão longe”, mas advertiu que “a guerra contra a covid-19 está longe de estar vencida” e que a pandemia é um assunto “mortalmente sério”.

As medidas aprovadas custam cerca de 40,4 milhões de euros por mês, o que dará cerca de 250 milhões até ao final do ano, diz Ana Mendes Godinho, tal como o Observador já tinha noticiado.

Governo volta a chamar ex-assessor de Cavaco para lei-travão e estima em 250 milhões impacto das medidas

A ministra refere que os diplomas aprovados “não alargam o universo das pessoas já abrangidas pelos apoios criados”. “O que fazem é mudar completamente a forma de cálculo e a ligação dos apoios sociais e à história das contribuições.”

“Não podemos ter medidas avulsas permanentemente a alterar os apoio”, volta a dizer Mendes Godinho.

A ministra do Trabalho diz que o Governo está a “avaliar a decisão do senhor Presidente da República”, que levanta “uma série de questões que estão a ser analisadas”.

“É uma interpretação sobre a lei-travão que suscita questões que temos de clarificar”, defendeu Ana Mendes Godinho, ao Polígrafo SIC.

“O apoio aos independentes levanta uma nova forma de olhar para os apoios sociais”, considera a ministra, acrescentando que, neste momento, cerca de 56% dos trabalhadores independentes tiveram o apoio extraordinário.

Ana Mendes Godinho diz que “em 2020 tivemos necessidade de reforçar várias medidas — dentro dos limites orçamentais aprovados”.

O vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão, informou hoje que recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid-19 Coronavac e afirmou que fez a sua “parte como cidadão consciente”.

Hoje fiz minha parte como cidadão consciente e recebi a primeira dose da vacina contra a COVID-19 (Coronavac). Espero que, em breve, o maior número possível de vacinas chegue à população brasileira. pic.twitter.com/xZGN5NExvT

— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) March 29, 2021

Contrariamente ao Presidente, Jair Bolsonaro, que já disse publicamente que não irá receber o imunizante contra a Covid-19, Mourão sempre se mostrou recetivo a tomar o antídoto. Ambos já estiveram infetados com o novo Coronavírus no ano passado.

Angola registou nas últimas 24 horas mais 69 casos novos de Covid-19, bem como uma morte, e recuperou 91 doentes, segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda.

Os novos casos são relativos a 38 pessoas do sexo masculino e 31 do sexo feminino, com idades compreendidas entre oito e 75 anos, sendo 54 da Província de Luanda, sete de Cabinda, cinco do Cuando Cubango, dois do Zaire e um de Benguela.

O óbito foi de um cidadão angolano, de 72 anos, da província de Luanda, com comorbilidades (hipertensão arterial e diabetes mellitus).

O número de processos pendentes nos tribunais portugueses baixou apesar dos períodos de suspensão de prazos processuais em 2020 e 2021 resultantes da pandemia, anunciou hoje o Conselho Superior da Magistratura (CSM).

Quando os prazos processuais foram suspensos em 9 de março de 2020, tendo-se mantido suspensos até 3 de junho de 2020, existiam 768.825 processos pendentes nas 23 comarcas do país, número que, até hoje, baixou para 710.363, apesar de ter sido decretada uma nova suspensão de prazos em 22 de janeiro deste ano, que irá terminar em 6 de abril, indicam dados divulgados num comunicado do CSM.

Em declarações à Lusa, o vice-presidente do CSM realçou que os dados agora divulgados demonstram que, durante os períodos de suspensão de prazos, os “tribunais não estiveram parados”, realizaram “muito trabalho” e evidenciaram o seu “empenho”.

Sobre as irregularidades da vacinação, Gouveia e Melo garante que, do que tem conhecimento, “não há falcatruas neste momento”, tendo em conta que “há um controlo muito superior” do que no início.

“Fizemos um processo de controlo muito mais rígido para evitar interpretações abusivas”, apontou, acrescentando que houve uma “pressão muito grande sobre desvios”.

Gouveia e Melo refere que foram vacinados 1,2 milhões de portugueses com a primeira dose e mais 500 mil com a segunda dose.

O coordenador da Task Force, Gouveia e Melo, explica que havia um plano de no primeiro trimestre chegarem “4,4 milhões de vacinas e chegaram 2,1 milhões de vacinas”, cerca de 600 mil da AstraZeneca.

Para o segundo trimestre esta previsto que chegassem 12 milhões de vacina e vão chegar, previsivelmente, nove milhões, o que demonstra uma “dificuldade na aquisição de vacinas”. “A Europa está a fazer esforços no sentido de colmatar problemas já no segundo trimestre, no mês de abril vamos ter mais tantas vacinas como tivemos no primeiro trimestre”, afirma.

O coordenador da Task Force da vacinação explica que “as soluções massivas às vezes têm falhas” e é preciso “reconhecer” que existem. “Não há nenhum processo que possa ser isento de falhas”, admite.

Gouveia e Melo diz que “não se consegue fazer uma previsão” da data de vacinação de cada pessoa para que haja informações com muita antecedência.

É preciso “reagir” quando há vacinas que falham ou, como foi o caso da AstraZeneca obrigou a suspender.

Esta vacina “está a ser administrada [a pessoas com mais de 65 anos] e não há nenhuma restrição à administração da vacina da AstraZeneca, nem para baixo, nem para cima”, sendo que “o prazo máximo são 12 semanas e é o que estamos a fazer”.

“Se olharmos para a sociedade como um todo há muita gente que devia ser prioritária, mas sendo as vacinas escassas nesta fase esses grupos tiveram de ser prioritizados”, explica, quando questionado sobre o caso de camionistas, trabalhadores de supermercado ou carteiros.

Gouveia e Melo diz que “não participou no processo de decisão”, mas diz ter estado perto e garante que “nunca [viu] nem cedências nem pressões de corporações” para entrarem em grupos de prioritários.

Gouveia e Melo esclarece que 50% dos bombeiros estão vacinados, sendo que é o número das pessoas que faz transporte de doentes. Corporações e sindicatos “não têm voto na matéria, quem decide é a DGS”, que “achou que não era só salvar vidas e meteu a resiliência”.

Os professores fazem parte “dessa sequência”. Enquanto militar, o coordenador esclarece que “se obriga pessoas a trabalhar e a não estarem confinadas deve dar proteção a essas pessoas”, é um “dilema moral”.

O coordenador da Task Force para a vacinação explica que a vacinação de professores surge na parte do plano a que chama de “resiliência”, fazendo parte da parte um, ao mesmo nível da ideia de “salvar vidas”. “A resiliência e salvar vidas estão na fase 1”, esclarece.

“O conceito foi fazer o esforço máximo em salvar vidas”, com mais de “600 mil pessoas” no grupo do “salvar vidas” e com “cerca de 50 mil pessoas” associadas à resiliência.

“Ontem atingimos o alvo que tínhamos de ter mais de 80% da população com mais de 80 anos vacinada com uma dose”, revela, frisando que a resiliência e o salvar vidas são “dois planos que não concorrem um com o outro”.

Gouveia e Melo, coordenador da Task Force para a vacinação, em entrevista à TVI esclarece que “quem decide é a DGS” e que “em termos genéricos o plano tem-se mantido” e não sofrido muitas alterações.

Mais de 60 mil docentes e não docentes do pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino público e privado foram vacinados contra a Covid-19 no fim de semana de 27 e 28 de março. De acordo com a nota de imprensa, mais de 71 mil pessoas foram notificadas por SMS ou contacto telefónico, tendo em conta que houve 78.700 mil utentes excluídos do universo inicial, nomeadamente “as pessoas já vacinadas noutros contextos, as grávidas e as que já tinham contraído Covid”.

“Foram administradas um total de 60.334 vacinas, das quais 46 182 foram inoculadas no sábado e 14.152 no domingo. Cerca de dois mil utentes serão, ainda, vacinados nos cuidados primários de saúde, por pertencerem a concelhos com uma baixa taxa de docentes e não docentes elegíveis, onde não se justificava, por isso, recorrer a estruturas de vacinação rápida”, pode ler-se na nota enviada às redações.

O processo iniciado este fim de semana ficará terminado em abril, com a vacinação dos docentes e não docentes das creches, do 2.º e 3.º ciclos e do ensino secundário.