Histórico de atualizações
  • Bom dia, este liveblog vai ser encerrado, obrigada por nos ter acompanhado.

    Continue a seguir os principais desenvolvimentos no conflito na Ucrânia neste novo liveblog.

    “Num cenário militar real, a NATO esmagaria a Rússia”, afirma ministro da Lituânia

  • Dois terços dos ucranianos não confiam na China enquanto mediador de negociações com a Rússia

    Um inquérito concluiu que 62% dos ucranianos não confiam na China como possível mediador nas conversações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, enquanto que 22% estariam dispostos a confiar em Pequim, avançou a Ukrinform.

    “Dois terços dos ucranianos não confiam na mediação da China, enquanto que o número dos que confiam ascende a 22%”, afirmou Maria Zolkina, diretora do Departamento de Segurança Regional e Investigação de Conflitos da Fundação de Iniciativas Democráticas Ilko Kucheriv, numa conferêcia de imprensa. Segundo Zolkina, do ponto de vista da legitimação do processo de negociação, as perspetivas de a China assumir o papel de mediador não são muito otimistas.

  • Um morto e seis feridos em ataque na região de Donetsk

    Pelo menos uma pessoa morreu e seis ficaram feridas na sequência de um ataque russo contra a cidade de Kostiantynivka, na região de Donetsk, avançou o governador Vadym Filashkin no Telegram.

    “Pelo menos uma pessoa morreu e outras seis ficaram feridas em consequência do bombardeamento de Kostiantynivka. A cidade voltou a estar sob fogo de artilharia esta tarde”, lê-se na publicação.

    O ataque teve como alvo uma zona residencial, danificando cinco prédios, uma casa privada, uma conduta de gás, uma linha de alimentação elétrica e um carro.

  • "Estamos a fortalecer as capacidades de longo alcance da Ucrânia", garante Zelensky

    O Presidente ucraniano teve hoje duas “importantes reuniões” sobre o esforço de guerra de Kiev contra a Rússia. A primeira foi com o Comandante das Forças Armadas e o Chefe de Pessoal, em que debateram o abastecimento das linhas da frente em Pokrovsk e Toretsk. Apesar dos avanços reivindicados por Moscovo, Volodymyr Zelensky garantiu que “está a ser dada toda a atenção” e foram planeadas “ações defensivas específicas”. Sobre Kursk, Zelensky disse apenas que “os objetivos estão a ser cumpridos”.

    Acerca da segunda reunião, o chefe de Estado relatou nas redes sociais que “todos os detalhes são confidenciais”. Adiantou apenas que tinha debatido com o Comandante das Forças Armadas, os diretores dos Serviços de Informação e dos Serviços de Segurança e o ministro das Indústrias Estratégicas as capacidades de longo alcance. “A única coisa que posso mencionar é a nossa profunda gratidão aos nossos criadores e fabricantes de armas de longo alcance“, escreveu Zelensky, dando a entender que Kiev está desenvolver armas de longo alcance nacionais.

  • Zelensky assinala Dia da Memória, destacando "a força do espírito ucraniano"

    O Presidente ucraniano assinalou hoje o dia da Memória, publicando um vídeo que ilustra os últimos dez anos de “sangrenta guerra híbrida” com a Rússia, desde que Moscovo invadiu a Crimeia em 2014. O vídeo inclui imagens de vários momentos importantes deste conflito, até 2022, com a “tentativa em larga-escala da Rússia de destruir os ucranianos. E a defesa em larga-escala da Ucrânia.”. Volodymyr Zelensky agradece ainda a todas as pessoas, todo o Estado, todos os soldados e a todos os “heróis caídos”, que morreram em batalha, pela sua coragem e por mostrarem a “força do espírito ucraniano”.

    Este dia da Memória marca os dez anos das batalhas de Ilovaisk, em que as tropas russas mataram mais de 300 soldados ucranianos num território declarado como seguro. Zelensky aproveitou o dia para condecorar postumamente 38 soldados, num encontro com os seus familiares. “Todas as pessoas na Ucrânia devem estar eternamente agradecidas àqueles que fizeram a escolha mais importante das suas vidas — a escolha pela Ucrânia e pela dignidade nacional”, declarou o chefe de Estado.

  • Autoridades russas anunciam recrutamento extraordinário em Kursk para "manter a ordem"

    O governador regional de Kursk anunciou hoje que uma nova unidade militar voluntária, a “Bars-Kursk”. Depois de receberem treino militar e armas, os soldados desta unidade serão responsáveis por “manter a lei e a ordem na região”.

    “As tarefas incluem não só garantir a segurança, mas participar no apoio a áreas reinstaladas, de forma a apoiar as pessoas que permanecem durante este tempo difícil”, escreveu Alexey Smirnov no Telegram. O governador russo acrescentou que esta unidade irá trabalhar em coordenação com o exército e a operação contra-terrorista, como forma de garantir “a ordem e a coerência no trabalho”.

  • Ofensiva russa intensifica-se em Pokrovsk, diz comandante ucraniano

    Oleksandr Syrskyi, o comandante-General das Forças Armadas, passou vários dias na frente oriental de Pokrovsk e relatou esta quinta-feira uma intensificação das ações russas naquela região

    Numa publicação no Facebook, Syrskyi disse que as tropas russas estão a usar todo o que possuem nas suas ofensivas para quebrar as defesas ucranianas.

    “Os combates são excecionalmente difíceis”, reconheceu. As declarações surgem num dia em que o Ministério da Defesa russo anunciou que os seus militares assumiram o controlo da localidade de Mykolaivka, que fica a cerca de 15 km da cidade de Pokrovsk (região de Donetsk).

  • Lavrov: Rússia estava pronta para conversações com Ucrânia até ofensiva em Kursk começar

    A incursão ucraniana em Kursk mudou a disponibilidade russa para avançar para conversações de paz com a Ucrânia, disse hoje o ministros dos Negócios Estrangeiros russo.

    “Relembro que o Presidente [russo] Putin fez a mais recente proposta de paz em junho, depois de as iniciativas e os acordos anteriores terem sido arruinados e sabotados pelo regime de Kiev e os seus aliados ocidentais”, afirmou Sergei Lavrov numa conferência de imprensa ao lado do homólogo senegalês, com quem esteve reunido.

    “Não existia qualquer dúvida quanto à nossa prontidão para conversações, apesar de, claro, após as ações imprudentes na região de Kursk, quaisquer discussões sobre o assunto já não sejam relevantes”, acrescentou, citado pela agência estatal Tass.

  • Posição da UE sobre uso de armas de longa alcance não mudou. "Cada estado fará com a Ucrânia o acordo que entender", diz Rangel

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia estão hoje reunidos em Bruxelas para um conselho informal que abordou desde a guerra na Ucrânia às eleições na Venezuela. À margem do encontro, o ministro Paulo Rangel foi questionado pelos jornalistas sobre a posição da UE quanto à Ucrânia usar armas fornecidas pelos estados-membros para atingir alvos na Rússia.

    Descrevendo um debate “muito relevante”, o ministro dos Negócios Estrangeiros disse se mantém a decisão de deixar que estado decida em negociação com a Ucrânia que restrições impõe ao armamento que cede. “Cada estado fará com a Ucrânia o acordo que entender”, afirmou, lembrando que vários países chegaram a mudar de posição e a permitir uma utilização mais livre do armamento.

  • Borrell pede o fim das restrições ao uso de armamento ocidental na Ucrânia

    Major General Vieira Borges acredita que a posição pode gerar desconforto dentro da UE, e mesmo com os EUA e o Reino Unido, mas garante que tem muita importância geoestratégica.

    Ouça aqui o novo episódio de “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    Borrell pede o fim das restrições ao uso de armamento ocidental na Ucrânia

  • Países Baixos autorizam forças ucranianas a usar F-16 contra Rússia

    Os Países Baixos autorizaram a Ucrânia a utilizar os caças norte-americanos F-16 cedidos pelo seu país para atacar o território russo, desde que Kiev “cumpra as leis da guerra” e tenha as infraestruturas civis como principal “linha vermelha”.

    “As leis da guerra dizem que, se a Ucrânia for atacada pela Rússia, a Ucrânia também pode atacar alvos militares [em território russo]”, disse o ministro da Defesa, Ruben Brekelmans, em declarações à emissora pública NOS.

    Brekelmans esclareceu que os ataques ucranianos em solo russo não devem atingir instalações civis, embora tenha salientado que os aeroportos de onde os aviões de combate descolam e os mísseis que são disparados para atacar a Ucrânia “são alvos legítimos”.

    O comandante das Forças Armadas neerlandesas, Onno Eichelsheim, afirmou à mesma emissora que Haia não impôs “qualquer restrição ao uso e alcance” das aeronaves F-16.

    “A Ucrânia tem de agir de forma diferente do que fez no passado”, argumentou.

  • Autoridades russas prendem ex-vice-ministro da Defesa por enriquecimento ilícito

    As autoridades russas detiveram esta quinta-feira o ex-vice-ministro da Defesa Pavel Popov (2013-2024) por alegado crime de enriquecimento ilícito, juntando-se a vários de altos oficiais do Exército que foram expurgados desde a chegada do novo responsável da tutela, Andrei Belousov.

    Segundo a investigação, Popov enriqueceu, através da aquisição de propriedades e imóveis, à custa do Parque Patriótico – instalações temáticas sobre o Exército Russo e a vitória soviética na Segunda Guerra Mundial – quando era responsável pela sua manutenção e desenvolvimento.

    “Popov organizou trabalhos de construção e reparação, bem como o fornecimento de vários bens materiais” em seu favor no distrito de Krasnogorsk, na região de Moscovo, “a expensas do Parque Patriótico”, explicou a porta-voz do Ministério Público russo, Svetlana Petrenko, à agência TASS.

    O Ministério Público está a investigar a origem de uma série de propriedades pertencentes ao ex-governante e à sua família espalhadas por Moscovo e pela região de Krasnodar, que ascendem a 500 mil milhões de rublos (mais de 4,9 milhões de euros).

    Juntamente com Popov, o diretor do Parque Patriótico, Viacheslav Ajmedo, e Vladimir Shesterov, vice-diretor da Direção Geral de Desenvolvimento Inovador do Ministério da Defesa, também foram detidos neste caso.

  • Rússia avisa que está a seguir de perto a posição da NATO

    O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, avisou hoje que Moscovo está a acompanhar de perto os passos que os países da NATO estão a dar em relação ao conflito na Ucrânia.

    “É claro que estamos a monitorizar as ações práticas e as discussões entre os membros da NATO sobre a questão ucraniana”, disse o chefe da diplomacia russa numa conferência de imprensa no final das conversações com o seu homólogo senegalês, Yacine Fall.

    O ministro russo denunciou que os países da Aliança “estão a encher a Ucrânia com armas mais modernas todos os dias e estão agora a debater como utilizá-las”.

    Lavrov referia-se aos repetidos pedidos de Kiev para que lhe fosse permitido utilizar armamento ocidental para atacar alvos na Rússia.

    O ministro russo acrescentou que os aliados ocidentais da Ucrânia têm “o propósito de infligir uma derrota estratégica à Rússia”, alegando que isso mesmo “está escrito nos seus documentos doutrinários”.

    “É a continuação da política a que temos assistido há séculos”, disse Lavrov, mostrando-se convencido de que “o Ocidente, liderado pelos EUA e pelo Reino Unido, está obcecado em abrandar o desenvolvimento” da Rússia.

    O chefe da diplomacia russa garantiu que esses planos estão condenados ao fracasso, porque “perseguem fins geopolíticos egoístas”.

  • Destruição das casas, fim do apoio estatal, mudança de vida: como foi a preparação dos atletas ucranianos para os Jogos Paralímpicos

    Preparar os Jogos Paralímpicos num contexto de guerra é uma árdua tarefa. Alguns dos atletas foram obrigados a abandonar as suas cidades e Estado canalizou investimento para o Exército.

    Destruição das casas, fim do apoio estatal, mudança de vida: como foi a preparação dos atletas ucranianos para os Jogos Paralímpicos

  • Putin vai visitar a Mongólia na próxima terça-feira

    O Presidente russo, Vladimir Putin, vai visitar na terça-feira a Mongólia, Estado-membro do Tribunal Penal Internacional (TPI), que emitiu um mandado de detenção contra o líder do Kremlin por “deportação ilegal” de crianças ucranianas.

    “O senhor Putin fará uma visita oficial à Mongólia no dia 03 de setembro”, revelou hoje o Kremlin em comunicado.

    Esta será a primeira viagem do Presidente russo a um Estado signatário do Estatuto de Roma desde que o TPI emitiu um mandado de captura contra Putin, em março de 2023.

  • Caça ucraniano despenha-se semanas depois dos primeiros modelos chegarem à Ucrânia

    Um caça F-16 enviado para a Ucrânia despenhou-se na segunda-feira, poucas semanas depois dos primeiros equipamentos chegarem a Kiev. A informação é avançada pelo Wall Street Journal, que cita uma fonte norte-americana.

    A mesma fonte revelou que as primeiras informações recebidas indicam que o caça não terá sido atingido por fogo inimigo, apesar de o incidente ter coincidido com um ataque massivo russo com mísseis. A queda terá provavelmente resultado de um erro do piloto, apontou.

    O Wall Street Journal questionou as autoridades ucranianas e norte-americanas sobre o incidente. A Força Aérea ucraniana não confirmou o acidente. Já o Pentágono remeteu as questões para a Ucrânia.

  • Zelensky. Ucrânia "não irá perdoar a Rússia por todas as vidas que destruiu"

    A Ucrânia “não irá perdoar a Rússia por todas as vidas que destruiu”, garante o Presidente Volodymyr Zelensky.

    A declaração foi feita no dia em que o país comemora o Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia, que marca o 10º aniversário da batalha de Ilovaisk, onde centenas de soldados ucranianos foram mortos por tropas russas quando começaram a retirar-se da cidade.

    “Este foi um crime russo planeado e cínico que a Ucrânia nunca esquecerá e não deixará impune”, escreveu Zelensky no seu canal na plataforma eletrónica Telegram.

  • Rússia diz que controla mais duas localidades ucranianas

    O Ministério da Defesa russo anunciou que as suas tropas assumiram controlo de mais duas localidades ucranianas na região de Donetsk e Lugansk.

    Segundo o ministério, citado pela agência estatal TASS, os russos controlam agora Mykolaivka, que fica a cerca de 15 km da cidade de Pokrovsk (Donetsk) e Stelmakhivka, em Lugansk.

  • Chefe da diplomacia da UE pede fim das restrições à Ucrânia para uso de armas contra alvos militares russos

    O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros pediu hoje que os aliados da Ucrânia ponham fim às restrições do uso de armas contra alvos militares russos para que Kiev possa atacar pontos estratégicos no interior da Rússia. Josep Borrell falava em Bruxelas ao lado do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba.

    “Temos de levantar as restrições ao uso de armas contra alvos militares russos, em conformidade com a lei internacional”, sublinhou Josep Borrell numa altura em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE se reúnem em Bruxelas para discutir o conflito na Ucrânia.

    “O armamento que estamos a providenciar à Ucrânia tem de ter uso pleno, e as restrições têm de ser levantadas para que os ucranianos possam atingir os locais a partir dos quais a Rússia os está a bombardear. De outro modo, essas armas são inúteis”, afirmou, citado pela Associated Press.

    A Ucrânia quer luz verde para usar armas ocidentais para atacar “alvos militares legítimos” no território russo, nomeadamente aeródromos usados para lançar bombardeiros. “Se nos fornecerem uma quantidade suficiente de mísseis, se nos for permitido atacar, vamos diminuir significativamente a capacidade da Rússia de infligir danos às nossas infraestruturas críticas e melhorar a situação das nossas forças no terreno”, acrescentou.

  • “Kursk ainda pode ser um problema para a Ucrânia”

    Vítor Gabriel Oliveira garante que os avanços da Ucrânia em território russo podem prejudicar a defesa interna. O secretário geral da SEDES Europa explica que Putin quer explorar essa fragilidade.

    Ouça aqui o novo episódio do “Gabinete de Guerra” da Rádio Observador.

    “Kursk ainda pode ser um problema para a Ucrânia”

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