Momentos-chave
- Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- Zelensky volta a criticar "corrupção" nas comissões médicas militares
- Sistemas russos abatem míssil de cruzeiro no leste da Crimeia
- Líder da Chechénia responde a especulação de que poderá ter vida em risco
- TikTok e X de Elon Musk não estão a combater desinformação russa, diz União Europeia
- União Europeia: morte de Prigozhin não vai afetar operações do grupo Wagner em África
- EUA preocupados com negociações de armamento entre Rússia e Coreia do Norte
- Papa Francisco envia dois camiões com ajuda humanitária para a Ucrânia
- Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- "Tragam o Trump de volta, é a única forma de ter paz na Ucrânia". Viktor Orbán em entrevista a Tucker Carlson
- Russo de 37 anos julgado por ter criticado invasão da Ucrânia em entrevista. Pode ser condenado a 10 anos de prisão
- Kuleba encontrou-se com Macron em Paris
- Kiev confirma destruição de aviões russos em Pskov mas não assume autoria do ataque
- Putin cumpriu tradição, ligou a Lukashenko a dar os parabéns, agradeceu "esforços conjuntos" e garantiu continuidade do "Estado da União"
- Kremlin garante que todas as opções estão em aberto na investigação à queda do avião de Prigozhin. Incluindo a de "atrocidade deliberada"
- Lavrov e MNE turco reúnem já esta quinta e sexta-feira na Rússia
- MNE russo diz que vaga de ataques com drones desta madrugada "não ficará impune"
- Romaria e homenagens junto à campa de Prigozhin em São Petersburgo: "Ser um guerreiro é viver para sempre"
- Rússia diz que "neste momento" não vai investigar queda de avião de Prigozhin de acordo com as regras internacionais
- Ataque desta madrugada a Kiev é "ato de terrorismo pensado e premeditado", acusa conselheiro de Zelensky
- Vítimas mortais do ataque desta madrugada a Kiev tinham 26 e 36 anos e eram seguranças
- Ataques com drones em seis regiões da Rússia. Quatro aviões militares danificados em incêndio em base aérea no noroeste do país
- 28 mísseis e 15 drones destruídos durante ataque noturno à Ucrânia
- Duas pessoas morreram em ataque noturno com drones a Kiev, o mais "poderoso" desde a primavera à capital da Ucrânia
Histórico de atualizações
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Borrell insta países da UE a fornecerem mais armas à Ucrânia
Os países do bloco europeu foram hoje instados pelo chefe da diplomacia da União Europeia a contribuir com mais munições para a Ucrânia.
Depois de se encontrar em Toledo com os ministros da Defesa dos 27, Josep Borrell sublinhou que a União está muito atrasada quanto à sua promessa de fornecer um milhão de munições de artilharia e mísseis à Ucrânia no espaço de um ano. Até ao momento, Bruxelas apenas alcançou um quarto deste valor — 224 mil munições e 2 mil e 300 mísseis.
“Agora cabe aos Estados-membros pôr em prática ordens concretas dentro dos enquadramentos de acordo com a indústria”, afirmou Borrell, citado pela Sky News.
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Obrigada por nos ter acompanhado. Vamos encerrar este liveblog mas continuamos a acompanhar todas as notícias sobre a guerra na Ucrânia aqui:
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Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- Um míssil de cruzeiro foi abatido sobre a Crimeia, afirmou o líder pró-russo da península, numa publicação no Telegram;
- Os EUA assumiram estar cada vez mais preocupados com o estreitar de relações entre Rússia e Coreia do Norte, em particular com eventuais negociações de armamento entre os dois países;
- O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, disse que a recaptura da cidade de Robotyne, reivindicada por Kiev, abre caminho à contraofensiva ucraniana em direção ao sul ocupado da Ucrânia e à Crimeia anexada pela Rússia;
- O grupo Wagner deverá continuar ativo em África. A convicção é de Josep Borrell, o chefe da diplomacia da União Europeia, que considerou que a organização mercenária continua a ser útil enquanto “braço armado” da Rússia;
- Um novo relatório da União Europeia considera que redes sociais como o TikTok ou o X (antigo Twitter) não fizeram o suficiente para combater a desinformação russa nas suas plataformas durante o primeiro ano da guerra;
- Ramzan Kadyrov, líder da Chechénia e um aliado próximo de Vladimir Putin, garantiu estar “disposto a morrer” por Vladimir Putinr, em resposta boatos recentes de que poderá ter a vida em risco no seguimento da morte de Yevgeny Prigozhin;
- O Presidente ucraniano esteve reunido em sede do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia, onde o tema da corrupção nas comissões médicas militares esteve em destaque;
- O Papa Francisco enviou, a título pessoal, dois camiões carregados com mantimentos para a Ucrânia.
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Zelensky volta a criticar "corrupção" nas comissões médicas militares
A alegada corrupção das comissões médicas militares voltou a ser o foco do habitual discurso noturno de Volodymyr Zelensky. O Presidente ucraniano, esteve hoje reunido em sede do Conselho de Defesa e Segurança Nacional da Ucrânia (NSDC), onde o tema esteve em destaque.
“Há exemplos de regiões em que o número de pessoas removidas dos registos militares devido a decisões das comissões médicas aumentou dez vezes desde fevereiro do último ano. É absolutamente claro o que estas decisões são. Decisões corruptas”, disse o chefe de Estado.
Zelensky garantiu que as irregularidades serão corrigidas e os responsáveis levados à justiça. Além disso, novas medidas serão adotadas com vista a reformar o funcionamento das comissões médicas militares. Entre elas, Zelensky destacou a digitalização das bases de dados, que deverão agilizar os processos de vistoria.
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Sistemas russos abatem míssil de cruzeiro no leste da Crimeia
Um míssil de cruzeiro foi abatido sobre a Crimeia, afirmou o líder pró-russo da península, numa publicação no Telegram.
De acordo com Sergei Aksyonov, unidades de defesa anti-aérea abateram o míssil, que se deslocava no leste da península, anexada em 2014.
Para já, as autoridades russas não deram conta de quaisquer vítimas deste aparente ataque. Aksyonov instou os residentes da Crimeia a “manter a calma”.
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Presidente da OSCE pede a chefe da diplomacia russa fim da guerra na Ucrânia
O presidente da OSCE e ministro dos Negócios Estrangeiros da Macedónia do Norte, Bukhari Osmani, manifestou ao chefe da diplomacia russa, Sergey Lavrov, “a necessidade imediata de pôr fim à atual agressão russa contra a Ucrânia”.
Osamani, na presidência rotativa da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), conversou com Lavrov por telefone.
Em comunicado, a OSCE informou que Bukhari Osmani discutiu com Lavrov “os desafios atuais” na região abrangida pela organização.
Osmani também “reiterou o apelo da Presidência para que a Rússia adira aos princípios básicos e aos compromissos da OSCE”, é referido na mesma nota.
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Líder da Chechénia responde a especulação de que poderá ter vida em risco
Ramzan Kadyrov, líder da Chechénia e um aliado próximo de Vladimir Putin, respondeu aos boatos recentes de que poderá ter a vida em risco no seguimento da morte de Yevgeny Prigozhin.
De acordo com a Sky News, o líder checheno, numa aparição na rede social russa VK, disse que os rumores o “divertem”, antes de os caracterizar como “informações baratas, cujo o objetivo é plantar a semente da discórdia” na Rússia — reiterando, aliás, que está pronto para dar a vida pelo seu país se Vladimir Putin assim o entender.
Sou um membro de infantaria do Comandante Supremo da Rússia, a minha vida não me pertence. (…) Pertenço à religião, à mãe-pátria e aos seus interesses. E estou pronto para cumprir qualquer ordem de Vladimir Vladimirovitch [Putin], mesmo que o resultado seja a morte”, escreveu.
Kadyrov acrescentou ainda que não se importaria de “morrer repentinamente” caso alguém mais devoto à Rússia do que ele surgisse para lhe suceder no apoio incondicional a Putin.
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TikTok e X de Elon Musk não estão a combater desinformação russa, diz União Europeia
Um novo relatório da União Europeia considera que redes sociais como o TikTok ou o X (antigo Twitter) não fizeram o suficiente para combater a desinformação russa nas suas plataformas durante o primeiro ano da guerra.
O estudo independente surge dias depois de terminado o período de adaptação para as novas regras, mais estritas, para as redes sociais, ao abrigo do Digital Services Act (DSA) da UE, e depois de recomendações feitas pelos 27 às plataformas para a adoção de medidas de combate às campanhas de desinformação da Rússia.
“Os dados sugerem que as plataformas online não implementaram estas medidas a um nível sistémico”, pode ler-se no relatório, segundo o The Guardian. Bruxelas manifestou ainda preocupação com o X, argumentando que as medidas tomadas pela plataforma após a sua aquisição por Elon Musk, no final do ano passado, só têm contribuído para aumentar os níveis de desinformação.
A proposta de Elon Musk para a paz na Ucrânia e as respostas, pouco amistosas, que está a receber
“O alcance e influência de contas apoiadas pelo Kremlin cresceu ainda mais durante a primeira metade de 2023, em particular motivadas pelo desmantelar dos padrões de segurança do Twitter”, diz o relatório.
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União Europeia: morte de Prigozhin não vai afetar operações do grupo Wagner em África
O grupo Wagner deverá continuar ativo em África. A convicção é de Josep Borrell, o chefe da diplomacia da União Europeia, que considerou que a organização mercenária continua a ser útil enquanto “braço armado” da Rússia.
“[O grupo Wagner] vai continuar a servir Putin e a fazer o que fazem, que certamente não passa por contribuir para a paz ou defender os direitos e liberdades no Sahel (região de África que inclui países como o Sudão, Níger ou a República Centro Africana, entre outros)”, disse Borrell, à margem de um encontro com os ministros da Defesa da UE, citado pelo The Guardian.
Sobre se a morte de Prigozhin criou um vazio na chefia do grupo Wagner, o diplomata europeu disse que tal não será impedimento a que o grupo continue as suas operações. “Certamente, vão encontrar um substituto rapidamente”, sustentou.
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EUA preocupados com negociações de armamento entre Rússia e Coreia do Norte
Os EUA assumiram estar cada vez mais preocupados com o estreitar de relações entre Rússia e Coreia do Norte.
De acordo a Sky News, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional norte-americano, John Kirby, deu voz à posição de Washington, que teme que eventuais negociações em torno da troca de armamento entre Moscovo e Pyongyang esteja “a avançar ativamente”.
A preocupação da Casa Branca surge pouco tempo depois de o ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, ter liderado uma comitiva diplomática à Coreia do Norte, onde se encontrou com o líder do país, Kim Jong-un. Os dois países já assumiram publicamente um compromisso para aumentar a sua cooperação bilateral.
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Papa Francisco envia dois camiões com ajuda humanitária para a Ucrânia
O Papa Francisco enviou, a título pessoal, dois camiões carregados com mantimentos para a Ucrânia.
A ação de solidariedade foi confirmada ao site Vatican News pelo cardeal Konrad Krajewski, esmoleiro do Papa, que revelou que o envio dos mantimentos foi coordenado com a ajuda de 30 sem-abrigo, residentes de um dormitório que o líder da Igreja Católica disponibilizou aos sem-abrigo da cidade de Roma.
Todos eles conhecem o destino destes produtos e todos se ofereceram com alegria, apesar do facto de se tratar de um trabalho de muitas horas”, disse Krajewski, que desempenha a função de esmoleiro do Papa no Vaticano.
A ação de solidariedade coincide com um momento conturbado na relação de Francisco com a Ucrânia, depois de o Papa ter sido criticado por comentários que foram vistos por alguns como sendo elogios ao império russo e que, com efeito, foram bem recebidos pelo Kremlin — pese embora as explicações do Vaticano de que as declarações de Francisco foram mal interpretadas.
Vaticano justifica comentários “espontâneos” do Papa sobre Rússia e Ucrânia indigna-se
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Kiev diz que recaptura de Robotyne abre caminho à contraofensiva até à Crimeia
O chefe da diplomacia ucraniana, Dmytro Kuleba, disse que a recaptura da cidade de Robotyne, reivindicada por Kiev, abre caminho à contraofensiva ucraniana em direção ao sul ocupado da Ucrânia e à Crimeia anexada pela Rússia, foi esta quarta-feira divulgado.
“Ao ficarmos entrincheirados nos flancos de Robotyne, abrimos caminho para Tokmak e, finalmente, para Melitopol, bem como para a fronteira da Crimeia”, assegurou Kuleba na terça-feira perante diplomatas franceses, durante um discurso em Paris nesta quarta-feira tornado público e citado pelas agências internacionais.
De acordo com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, a batalha de Robotyne foi particularmente longa e árdua, porque foi “um dos setores mais difíceis da frente”, invocando os aviões, helicópteros e drones (aparelhos aéreos não tripulados) russos “que dominam o céu”, bem com as dificuldades colocadas por campos minados.
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Ponto de situação. O que se passou nas últimas horas?
- Duas pessoas morreram e pelo menos duas ficaram feridas na sequência de um ataque russo com drones e mísseis durante a madrugada em Kiev. As chefias militares ucranianas caracterizaram este como o pior ataque à capital do país desde a primavera;
- Várias regiões da Rússia foram atacadas por drones ucranianos, também durante a madrugada. Pelo menos dois aviões de transporte militar Ilyushin 76 terão ficado destruídos por drones na base aérea em Pskov, no noroeste da Rússia, e duas outras aeronaves foram ainda danificadas;
- Viktor Orbán, primeiro-ministro da Hungria, foi entrevistado pelo ex-apresentador e comentador político da FOX News Tucker Carlson, onde defendeu que apenas um regresso de Donald Trump à Presidência dos EUA pode acabar com a guerra. “Tragam o Trump de volta, é a única forma”, disse;
- A Rússia informou a autoridade brasileira de investigação aeronáutica que, pelo menos “neste momento”, não tenciona investigar a queda do avião que provocou a morte de Yevgeny Prigozhin. Nas horas que se seguiram ao funeral do líder do grupo Wagner, várias pessoas deslocaram-se em romaria ao cemitério onde Prigozhin foi sepultado para homenagear o chefe mercenário;
- Dmytro Kuleba, ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, partilhou esta quarta-feira no X (antigo Twitter) várias fotografias do encontro que teve em Paris com o Presidente Emmanuel Macron;
- O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov vai receber esta quinta e sexta-feira o homólogo turco para dois dias de conversações, onde deverá ser discutido o fim do acordo dos cereais;
- Yuri Kokhovets, cidadão russo de 37 anos detido por criticar a invasão russa da Ucrânia numa entrevista televisiva, pode vir a ser condenado a 10 anos de prisão pela justiça russa, pelo do crime de difusão de informações falsas sobre o exército, motivado por “ódio político”;
- A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, disse que Portugal está disponível para dar formação na área da desminagem a sapadores e mergulhadores ucranianos, mas a Ucrânia ainda não formalizou o pedido;
- A associação Frente cívica acusou o governo português de não ter feito “qualquer esforço” desde o início da guerra para aplicar as sanções definidas pela União Europeia, nomeadamente quanto aos bens de oligarcas russos.
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"Ataques da Ucrânia não ficarão impunes"
Neste episódio, destaque para a reação do Kremlin às investidas de drones ucranianos em Pskov. Porta-voz do MNE promete resposta. Ainda o ataque da Rússia aos postos de controlo da Ucrânia.
Ouça aqui a Guerra Traduzida desta quarta-feira:
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"Quero estudar sem medo de ataques terroristas"
Na Ucrânia, os alunos preparam-se para mais um ano letivo atípico. O jornal Prava está a angariar fundos para ajudar uma escola a construir um abrigo. Ainda os ataques a Kiev da última madrugada.
Ouça aqui a Guerra Traduzida desta quarta-feira:
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"Tragam o Trump de volta, é a única forma de ter paz na Ucrânia". Viktor Orbán em entrevista a Tucker Carlson
Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News, não só não acabou com o programa que no passado mês de junho começou a fazer via X, como a antiga entidade empregadora lhe exigiu, por alegada quebra de contrato, como, depois de na semana passada ter entrevistado Donald Trump, esta semana viajou até Budapeste para falar com o primeiro-ministro Viktor Orbán.
Ao longo de 30 minutos de entrevista, o ultranacionalista Viktor Orbán defendeu a paz imediata para a Ucrânia. E partilhou a fórmula que acredita ser necessário seguir para lá chegar. “Devíamos fazer um acordo com os russos sobre a nova arquitetura de segurança para fornecer segurança e soberania à Ucrânia, mas não a adesão à NATO”, defendeu, considerando “totalmente irrealista” o regresso do território da Crimeia à soberania da Ucrânia.
“Este é um momento muito perigoso. Não para mim, para toda a gente. A Terceira Guerra Mundial pode bater-nos à porta. Por isso temos de ser muito, muito cuidadosos”, acrescentou ainda, garantindo que não tem cessado de fazer esse mesmo aviso, tanto aos Estados Unidos como à NATO.
Ep. 20 Hungary shares a border with Ukraine. We traveled to Budapest to speak with the country’s prime minister, Viktor Orbán. pic.twitter.com/LOzpMrQNIz
— Tucker Carlson (@TuckerCarlson) August 29, 2023
Questionado sobre a explosão do gasoduto Nord Stream e sobre a putativa responsabilidade da administração Biden no processo, o primeiro-ministro húngaro aproveitou para voltar a colocar em cima da mesa um cenário em que o mesmo acontecia com o chamado gasoduto do sul, que assegura o transporte desde a Rússia, passando por Turquia, Bulgária, Sérvia e Hungria, e repetiu o aviso que já na altura tinha feito — “Não façam isso. Em conjunto com o Presidente Sérvio, deixámos bem claro que se alguém fizer o mesmo será considerado um ato de guerra ou um ataque terrorista e vamos reagir imediatamente”.
Quando Calrson lhe perguntou o que faria em relação ao conflito em curso se tivesse essa responsabilidade, Orbán respondeu de chofre: “A paz. De imediato”.
Foi nessa sequência que evocou o ex-Presidente americano: “Tragam o Trump de volta, é a única forma. Podem criticá-lo por uma série de motivos, compreendo toda a discussão, mas a melhor política estrangeira das décadas mais recentes pertence-lhe. Ele não começou nenhuma guerra nova. Ele tratou bem os norte coreanos, a Rússia, e até os chineses”.
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Russo de 37 anos julgado por ter criticado invasão da Ucrânia em entrevista. Pode ser condenado a 10 anos de prisão
Em julho do ano passado, Yuri Kokhovets, agora com 37 anos, foi entrevistado pela Radio Free Europe/Radio Liberty à porta de uma estação de metro de Moscovo e disse aquilo que pensava. Disse que o exército russo tinha matado “pessoas pacíficas” sem “qualquer motivo” em Bucha e lamentou o facto de o governo dizer aos russos que estava a “lutar contra os nacionalistas” quando na verdade estava era a “bombardear centros comerciais”. “O nosso governo desencadeou esta situação: Putin e a sua equipa de topo”, acrescentou ainda Kokhovets, para depois rematar: “Só uma pessoa pode parar isto”.
Em março deste ano, de acordo com um grupo de monitorização de protestos, por sua vez citado pelo Moscow Times, o homem foi detido durante 48 horas e condenado a pagar uma multa de 500 rublos (cerca de 5 euros) por “hooliganismo”. Entretanto, viu as acusações foram agravadas e foi na qualidade de réu, acusado do crime de difusão de informações falsas sobre o exército, motivado por “ódio político”, que foi esta quarta-feira ouvido num tribunal em Moscovo.
De acordo com o Moscow Times, se for considerado culpado (e recorde-se que na Rússia é proibido não apenas usar a palavra ‘guerra’ no contexto da invasão da Ucrânia mas também a divulgação de informações consideradas falsas sobre o desempenho das Forças Armadas), Yuri Kokhovets pode ser condenado a uma pena de até 10 anos de prisão.
Yuri Kokhovets was charged after criticizing Moscow's Ukraine assault in a street interview with the Radio Free Europe/Radio Liberty outlet in July 2022. https://t.co/6wNEltAn8p
— The Moscow Times (@MoscowTimes) August 30, 2023
Segundo o mesmo grupo de monitorização, o OVD-Info, desde o início da ofensiva na Ucrânia já terão sido detidas cerca de 20 mil pessoas na Rússia. De acordo com a mesma fonte, só durante esta semana, os tribunais russos terão 59 casos “políticos” em apreciação.
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Kuleba encontrou-se com Macron em Paris
Dmytro Kuleba, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, partilhou esta quarta-feira no X (antigo Twitter) várias fotografias do encontro que teve em Paris com o Presidente Emmanuel Macron.
“Foi uma honra ser recebido por Emmanuel Macron na sequência dos seus contactos com Volodymyr Zelensky”, escreveu. “Discutimos a continuação do apoio militar, a expansão da coligação para a paz e as nossas exportações de cereais para países de África e não só. Agradeci-lhe por ter reafirmado o apoio contínuo da França”.
I was honored to be received by @EmmanuelMacron following his contacts with @ZelenskyyUa. Discussed further military support, expanding the Peace Formula coalition and our grain exports to countries in Africa and beyond. I thanked him for reaffirming France’s continued support. pic.twitter.com/Xat5DE2VCg
— Dmytro Kuleba (@DmytroKuleba) August 30, 2023
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Frente cívica acusa Governo de não fazer “qualquer esforço” para aplicar sanções a russos
A associação Frente cívica acusou hoje o governo de não ter feito “qualquer esforço” desde o início da guerra na Ucrânia para aplicar as sanções definidas pela União Europeia, nomeadamente quanto aos bens de oligarcas russos.
A associação divulgou hoje uma carta que endereçou na terça-feira ao primeiro-ministro, com conhecimento ao Presidente da República e ao ministro dos Negócios Estrangeiros, na qual refere que, “no último ano e meio, o Estado português não fez qualquer esforço para retirar à liderança russa os bens que possam estar escondidos em Portugal”.
A Frente Cívica sustenta que Portugal tem de “aplicar as sanções definidas pelo Conselho da União Europeia” (UE), que “obrigam a identificar e congelar bens de pessoas e entidades sancionadas em Portugal” e lamenta que não tenha sido seguida a recomendação de um grupo de cidadãos feita em março de 2022 para criar uma task force para aplicar as sanções previstas.
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"Os humanos não fazem estas coisas. Não há aqui objectivos militares, nada, apenas um bloco de apartamentos"
Em Kiev, cidade onde esta madrugada morreram dois civis e várias outras pessoas ficaram feridas, no ataque “mais poderoso” à capital ucraniana desde a primavera, procedem as operações de limpeza e reconstrução — “No distrito de Darnytskyi, caíram destroços sobre o telhado de um estabelecimento comercial. Em Shevchenkivskyi também caíram detritos. Todos os serviços estão a funcionar”, tinha anunciado logo às primeiras horas da manhã o presidente da Câmara, Vitaliy Klitschko.
This video shared by the Interior Ministry of Ukraine shows the aftermath of Russia's overnight missile and drone attack on Kyiv Oblast on Aug 30. pic.twitter.com/2S83JyD1lx
— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) August 30, 2023
“Os humanos não fazem estas coisas. Não há aqui objetivos militares, nada, apenas um bloco de apartamentos… Os mísseis caíram no parque”, disse à reportagem da Sky News no local Roman Feshchenko, morador no noroeste de Kiev, de 76 anos.
Liudmyla Savchuk, professora, de 57, relatou como a violência da primeira explosão fez com que se estilhaçassem todas as janelas da casa onde mora. “Depois houve outra explosão num par de segundos, 20 ou 30 segundos. Estamos a limpar tudo agora.”