Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Bom dia.

    Este liveblog fica por aqui. Vamos continuar a acompanhar a situação de Espanha, em que há um impasse em termos de governabilidade, com o PP sem conseguir uma maioria apesar de ter sido o partido mais votado. Pode seguir todas as incidências neste link.

    Secretária-geral do PP nega “polémica” sobre liderança de Feijóo. Há “unidade inquestionável”

  • PSOE não pretende aceitar referendo na Catalunha e amnistia, as duas exigências dos independentistas

    “Se algo ficou demonstrado nestes anos de governo do presidente Pedro Sánchez, é que na Catalunha, como em toda a Espanha, só cabe o marco constitucional.” Foi assim que a porta-voz do governo espanhol respondeu às exigências dos movimentos independentistas que pedem um referendo pela independência na Catalunha e a amnistia de todos os envolvidos no referendo em que ganhou o sim.

    Isabel Rodríguez, citada pelo El Mundo, mostra assim qual a direção que as negociações com o PSOE irão seguir, se as exigências dos catalães continuarem a ser aquelas.

    Também a ministra das Finanças, María Jesús Montero, deixou um recado semelhante ao Junts, partido que fez as duas reivindicações.

    “Somos um partido constitucionalista, e isso significa que qualquer ação discutida deve estar estritamente dentro do marco constitucional”, ou seja, um referendo pela autodeterminação da Catalunha não têm lugar.

  • Sánchez, ao lado do rei, diz que Espanha "é um país lançado no futuro"

    Não falou das eleições de domingo, mas no seu primeiro ato oficial depois do 23J, Pedro Sánchez falou do futuro do país, ao lado do rei Felipe VI.

    Espanha é “um país lançado no futuro” em que “não há volta atrás”, disse o chefe do executivo espanhol, durante a inauguração oficial da Galeria das Coleções Reais de Madrid. Sánchez acrescentou ainda que Espanha “abraça a democracia”.

  • Rei de Espanha poderá ter papel crucial (e inédito) na investidura

    Sem acordos estáveis, nem maioria garantida pelo PP, o rei de Espanha poderá deparar-se com uma situação inédita: ser ele a desbloquear a situação política, escolhendo quem chama para formar governo.

    “O normal, até agora, é que o líder do partido mais votado vá primeiro à sessão de investidura, se assim o quiser. Mas, nas conversas com os partidos, o rei pode perceber que os segundos mais votados somam mais apoios e optar por essa solução”, escreve o ABC, citando um especialista espanhol em Direito Constitucional.

    Se acontecer, será uma situação nova para Felipe VI e para a democracia espanhola.

    A 17 de agosto, o Congresso e o Senado são constituídos. Depois, até 22 de agosto, são formadas as bancadas parlamentares. Em seguida, o rei ouve os partidos e, desta vez, terá dois candidatos dispostos a liderar o governo espanhol. Depois dos encontros, cabe ao rei propor um candidato à presidência do Governo.

    Se não houver um acordo de governo estável, e se Sánchez e Feijóo optarem por bloquear a investidura um do outro, terá de ser Felipe VI a escolher o melhor candidato.

  • Se houver repetição de eleição, Ciudadanos não descarta candidatar-se

    Em caso de bloqueio político, e caso nem o candidato do PP nem o do PSOE garantam a investidura, será necessário repetir eleições. Se a Espanha chegar a esse ponto, o Ciudadanos não descarta candidatar-se.

    O líder do partido na Catalunha, Carlos Carrizosa, assim o disse em conferência de imprensa. “Se chegarmos a isso, não descartamos em absoluto a possibilidade de apresentar uma candidatura.”

    O partido, garantiu, tem recursos económicos e está preparado “para fazer o que tiver de ser feito”, já que os resultados eleitorais mostraram que “falta uma opção de centro liberal” em Espanha, capaz de negociar à esquerda e à direita.

  • UPN recusa apoiar Sánchez e reafirma apoio a Feijóo

    O líder do PP já tinha dito: a UPN, União do Povo Navarro, garantiu-lhe o seu apoio. Agora, é Javier Esparza, presidente do partido, quem o confirma. E para que não restem dúvidas afasta qualquer hipótese de ajudar Pedro Sánchez numa investidura.

    Esparza recebeu esta terça-feira um telefonema do ministro da Presidência, Félix Bolaños, com o objetivo de conhecer a sua posição. “Confirmei-lhe o que dissemos publicamente antes das eleições e que ontem confirmei a Feijóo “, disse o presidente da UPN, citado pela Europa Press.

  • Yolanda Díaz: negociação vai ser complexa

    “Votos não se dão a troco de nada.” É assim que Yolanda Díaz, líder da Sumar, resume as conversações que a esquerda tem pela frente se quiser formar governo.

    As negociações serão complexas, mas darão frutos, defendeu a vice-presidente de Sánchez, citada pela imprensa espanhola. Numa altura em que o Junts pede um referendo vinculativo pela independência e amnistia para todos os envolvidos no referendo da Catalunha em que ganhou o sim, Díaz mantém o otimismo.

    Todas as negociações começam com pedidos “legítimos”, mas também há sempre “linhas vermelhas”.

  • PP. Margallo diz que Sánchez quer "tirar a Espanha do País Basco e da Catalunha"

    O antigo chefe da diplomacia de Mariano Rajoy (PP) recordou uma frase de um catalão para explicar o caminho que, na sua opinião, Pedro Sánchez vai seguir: “Nas palavras de um líder catalão, o que está em jogo já não é tirar o País Basco e a Catalunha de Espanha, mas sim tirar a Espanha do País Basco e da Catalunha.”

    José Manuel García-Margallo, citado pela imprensa espanhola, diz acreditar que o PSOE consiga reviver o Governo de coligação. Mas isso terá custos, adverte. “É possível que Sánchez consiga revalidar a sua maioria, desde que procure uma fórmula que satisfaça o Junts, o que traria, por arrasto, a ERC e o Bildu”, defendeu o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros.

    A fórmula passaria pela “consagração jurídica das nações basca e catalã”, detalhou Margallo, e pela criação de leis regionais que impediriam “o trabalho do Estado e a substituição da jurisdição do Tribunal Constitucional por um procedimento arbitral para resolver conflitos territoriais”, enumerou. Ou seja, tirar a Espanha do País Basco e da Catalunha.

  • Assis diz que "é um crime associar PSD a extrema-direita"

    Socialista critica linha de argumentação explorada pelo seu próprio partido por “prestar mau serviço à democracia”. Tem dúvidas sobre capacidade de Sánchez em conseguir maioria estável em Espanha.

    Assis diz que “é um crime associar PSD a extrema-direita”

  • Em Espanha, só há uma certeza: o próximo Governo (de direita ou de esquerda) vai nascer de um acordo entre partidos muito diferentes

    Feijóo já começou a falar com vários partidos, incluindo PSOE. Sánchez descarta novas eleições e diz que a democracia encontrará uma fórmula. Díaz anda no terreno a juntar apoios.

    Em Espanha, só há uma certeza: o próximo Governo (de direita ou de esquerda) vai nascer de um acordo entre partidos muito diferentes

  • Feijóo insiste que quer falar com PSOE. Fontes do Palácio da Moncloa negam possibilidade de encontro

    Alberto Núñez Feijóo, o líder do PP, insistiu esta terça-feira que continua a ter intenções de reunir com o PSOE de Sánchez. “Cumprirei o meu dever e vou tentar falar com todos os grupos”, assegurou, em declarações citadas pelo El País. Feijóo garantiu que, no início de agosto, vai tentar falar com o PSOE e também com o Vox.

    No entanto, fontes do Palácio da Moncloa, a sede do Governo espanhol, negaram ao El Confidencial que exista margem para um encontro entre Pedro Sánchez e Alberto Núñez Feijóo. “Em caso algum existe um compromisso para uma reunião”.

  • Coordenador do Bildu promete apoio a Sánchez, "sem preço nem linhas vermelhas"

    Arnaldo Otegi, coordenador do partido EH Bildu, demonstrou apoio a Pedro Sánchez, garantindo que isso será feito “sem preço nem linhas vermelhas”.

    De acordo com o El País, Otegi lembrou que já facilitaram o governo anterior, garantindo que o partido quer “evitar uma repetição das eleições”.

    Em declarações citadas pelo El Confidencial, o coordenador do Bildu transmitiu que já tiveram contacto “com alguém” do PSOE, assegurando que existe “predisposição” para falar e tentar “articular uma solução nas próximas semanas”.

  • Yolanda Díaz: "Em democracia, todas as forças são imprescindíveis"

    “Em democracia, todas as forças são imprescindíveis”, disse hoje Yolanda Díaz, líder do Sumar, que poderá fazer coligação com o PSOE para que Sanchéz fique mais perto da maioria.

    Yolanda Díaz defendeu, mais uma vez, que um governo de coligação de esquerda “pode oferecer estabilidade”. “Vamos dialogar permanentemente. Mesmo que tivéssemos a maioria e não precisássemos dela, teríamos de falar.”

    “O modelo de conseguimos de relações laborais vai continuar. Temos de criar novas e mais políticas sociais”, acrescentou a atual ministra do Trabalho.

  • Feijóo continua à procura de apoio para a maioria

    Alberto Núñez Feijóo voltou a dizer hoje que continua à procura de apoio para conseguir maioria no Parlamento espanhol e formar governo à direita.

    “Tentarei cumprir o meu dever, tentarei falar com os grupos para dar a Espanha o que Espanha votou nas urnas”, disse hoje de manhã, citado pelo El País. “Dizer que não temos apoios simplesmente por ter falado com um grupo parece-me uma conclusão precipitada”, acrescentou.

    Estas declarações surgem depois de ontem o PNV ter dito que não vai apoiar o PP. Sem este apoio, Fejóo não consegue a maioria, uma vez que precisa do PNV, UPN, Coalición Canaria e do Vox.

  • Supremo Tribunal determinada julgamento da independentista Clara Ponsatí por desobediência

    O Supremo Tribunal espanhol concluiu hoje que existem indícios suficientes para julgar Clara Ponsatí, eurodeputada do Junts, pelo crime de desobediência, avança o El País.

    A eurodeputada independentista catalã foi detida ontem Barcelona, no âmbito do processo por desobediência relacionado com a declaração unilateral de independência da região da Catalunha em 2017.

  • Choque espanhol obriga PSD e Chega a repensar estratégias

    Surpreendente desfecho em Espanha é visto como lição para PSD e Chega. Montenegro pode usar vitória-derrota de Feijóo para intensificar apelo ao voto útil. Ventura tentado a radicalizar o discurso.

    Choque espanhol obriga PSD e Chega a repensar estratégias

  • Pedro Sánchez continua "a falar com aqueles que querem um projeto de país onde o interesse social está em primeiro"

    “Neste sistema parlamentar ganha aquele que é capaz de formar Governo. E é isso que o PSOE vai tentar”, disse hoje a ministra das Finanças espanhola, María Jesús Montero. Em entrevista à SER, a ministra confirmou que Pedro Sánchez está a tentar negociar com a esquerda para tentar uma maioria e evitar mais um impasse na política espanhola.

    “Para chegar a uma negociação precisamos de discrição. vamos continuar a falar com aqueles que querem um projeto de país onde o interesse social está em primeiro.”

  • Como as direitas portuguesas olham para Espanha?

    O PP venceu, mas o PSOE poderá manter o governo. Por cá, os partidos do centro-direita estão a tomar notas? Uma conversa com o editor adjunto de Política do Observador Miguel Santos Carrapatoso que pode ouvir aqui, neste novo episódio do podcast “A História do Dia”.

    Como as direitas portuguesas olham para Espanha?

  • PNV diz não a negociar com o PP que fica com as contas cada vez mais complicadas

    O PNV, um dos partidos nacionalistas bascos — tradicionalmente mais de direita, em contraponto com o Bildu político herdeiro da ETA, mais ligado à esquerda –, deu nega ao PP. O partido, que teve uma derrota histórica para o seu rival na região (ficou com menos um deputado, com eleições bascas no próximo ano — 6 vs 5 mandatos), comunicou a Feijóo que será contra a sua investidura como líder do Governo de Espanha, depois de ter sido um dos partidos contatados já pelos populars (algo que garantem não aconteceu por nenhum dos partidos da esquerda, nem Sumar nem PSOE).

    Com este não do PNV e os seus 5 deputados, as hipóteses de uma maioria à direita ficam ainda mais difíceis: o PP só conseguiria essa maioria se somasse os seus 133 deputados mais os 33 do Vox, os 5 dos PNV (agora perdidos), 1 do partido das Canárias e mais 1 do partido Navarro — o que valeria exatamente o número da maioria, 176.

  • Independentistas do Junts dizem que não houve contactos oficiais com a esquerda. "A pergunta é o que Sánchez está disposto a oferecer"

    Depois de a imprensa espanhola ter noticiado que o Sumar já estava em conversações com o Junts (de Carles Puigdemont), o porta-voz dos independentistas catalães, Josep Rius, veio dizer que ainda não houve contactos oficiais.

    “Não queremos avançar nada”, disse, acrescentando que o partido irá “desbloquear o conflito entre Catalunha e Espanha”. A pergunta a fazer nesta altura, disse aos jornalistas, citado pelo El País, é “o que está disposto a oferecer Pedro Sánchez”, que precisa do Junts para formar maioria no parlamento. “Nestes anos, não houve uma proposta socialista para desbloquear o conflito”.

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