O Brasil registou um novo recorde de 4.249 mortes devido à Covid-19 nas últimas 24 horas, num total de 345.025 vidas perdidas desde o início da pandemia, informou hoje o executivo brasileiro.

Esta é a segunda vez que o país sul-americano, com uma população de 212 milhões de habitantes, soma mais de 4.000 óbitos em 24 horas. A situação anterior ocorreu na última terça-feira, quando o Brasil chegou às 4.195 mortes num só dia.

Além do novo recorde, o Brasil continua a ser o país com mais mortes registadas em 24 horas, muito acima dos Estados Unidos, país mais afetado pela Covid-19 em números absolutos.

O Fundo de Investimento Direto Russo (FIDR) acusou hoje a Eslováquia de falhas contratuais e exigiu a devolução das vacinas ao país centro-europeu, que revelou não ter sido capaz de determinar a segurança de um lote da vacina russa.

“O FIDR (…) enviou uma carta em 6 de abril com o pedido de devolução da vacina devido às inúmeras violações do contrato, para que possa ser utilizado em outros países”, pode ler-se na nota divulgada hoje na rede social Twitter.

Segundo a publicação oficial, a Eslováquia violou o contrato bilateral ao analisar as doses da Sputnik V em laboratórios de controlo de medicamentos não certificados pela União Europeia, noticia a agência EFE.

O organismo russo descreveu este comportamento como “um ato de sabotagem” e pediu ao país europeu para que repita as análises em laboratórios aprovados por Bruxelas.

Está a ser reforçada a fiscalização nas esplanadas. Uma medida anunciada hoje para controlar o risco de contágio de covid-19.

A Rádio Observador acompanhou a ação da 4ª Esquadra da 1ª Divisão da PSP de Lisboa. A iniciativa focou-se em assegurar o cumprimento das normas de saúde pública como o distanciamento de 2 metros entre mesas e o consumo de bebidas apenas nas esplanadas.

Alguns consumidores foram multados nesta ação, mas a maior parte da população está a esforçar-se por garantir as regras de segurança. Os proprietários agradecem a ajuda da PSP, mas há quem lembre outros problemas.

[Ouça aqui a reportagem completa da Rádio Observador]

PSP aperta no “cumprimento das medidas de segurança nas ruas”

Os Açores estimam receber nos meses de maio e junho 99.250 doses de vacinas contra a Covid-19, anunciou hoje o diretor regional da Saúde, acrescentando que será possível concluir antes disso a primeira fase da vacinação.

“Durante o mês de maio chegarão mais 46.800 doses da Pfizer e durante o mês de junho estão previstas 52.650 doses também da Pfizer”, adiantou Berto Cabral, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Depois da ilha do Corvo, onde a vacinação abrangeu toda a população com mais de 16 anos, as ilhas de Santa Maria e Flores estão a uma dose de concluírem a primeira fase do plano de vacinação.

Até ao final do mês, também as ilhas Terceira e São Miguel, as duas mais populosas, deverão ter a primeira fase concluída.

O presidente do Governo dos Açores garantiu hoje que os pais que fiquem em casa para dar apoio aos filhos em ensino à distância vão continuar a ser ressarcidos, mesmo que o Governo da República não assuma esse valor.

Se o Governo da República não o assegurar, não fique a família, o pai ou mãe, que der assistência ao seu filho sem apoio. Garantidamente a região assume de forma supletiva este apoio”, afirmou José Manuel Bolieiro.

Morreu uma mulher com 61 anos que tinha sido vacinada esta quinta-feira contra a Covid-19, confirmou o conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Norte (ARSN). O comunicado não diz que vacina foi administrada.

A mulher era uma doente dependente, portadora de doença cardíaca em estado muito avançado e estava a ser acompanhada pela equipa de cuidados paliativos do Centro Hospitalar Universitário de São João, acrescenta o comunicado.

O caso já está a ser analisado pela direção executiva do Agrupamento de Centros de Saúde onde a pessoa estava inscrita para determinar se a morte foi provocada ou não pela vacina. Mas a causa da morte só poderá ser apurada após a realização de uma autópsia.

Moçambique registou mais três mortes por Covid-19 e 35 novos casos, nas últimas 24 horas, referiu hoje o Ministério da Saúde.

“Queremos lamentar a notificação de três óbitos em pacientes infetados pelo novo coronavírus, dois pacientes do sexo masculino e um paciente do sexo feminino, todos de nacionalidade moçambicana”, disse o comunicado do ministério.

Com os novos dados, o número de óbitos por Covid-19 aumenta para 788 e o de casos sobe para um cumulativo de 68.466, dos quais 68.150 de transmissão local e 316 importados.

A Assembleia da República aprovou hoje um voto de saudação pelo Dia Mundial do Teatro, celebrado a 27 de março, salientando a “capacidade de resistência” e “coragem” dos profissionais do setor em tempo de pandemia.

O projeto, apresentado pela comissão parlamentar de Cultura e Comunicação, foi aprovado por unanimidade por todos os partidos e deputados em sessão plenária.

“Neste Dia Mundial do Teatro, lembrar e saudar todos os seus profissionais — atores, encenadores, diretores artísticos, técnicos — e lembrar, também, todos os que partiram deixando um legado de orgulho e saudade, é uma homenagem simbólica a que o parlamento se quer associar”, pode ler-se na iniciativa.

O Governo Regional dos Açores decidiu suspender os treinos e provas dos escalões de formação na ilha de São Miguel e recomendou o adiamento de provas desportivas que impliquem deslocações de ou para aquela ilha.

“Foi determinada a suspensão dos treinos e provas desportivas em escalões de formação, exatamente com o mesmo critério. São jovens cujo risco de contaminação é maior atendendo à estirpe inglesa”, adiantou hoje o secretário regional da Saúde e Desporto dos Açores, Clélio Meneses.

O governante falava, em Angra do Heroísmo, na conferência de imprensa de atualização das medidas de contenção da pandemia de Covid-19, que vigoram a partir das 00h00 de sábado.

As autoridades sanitárias cabo-verdianas diagnosticaram 208 infetados pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas, um novo recorde diário, e um morto, elevando para 18.422 o total de casos desde o início da pandemia, divulgou hoje o Ministério da Saúde.

Em comunicado, o ministério referiu que os laboratórios de virologia do arquipélago processaram 1.393 amostras desde quarta-feira — também o valor diário mais alto desde o início da pandemia -, com o concelho da Praia, capital do país, a confirmar mais 79 infetados (em 458 amostras) com o vírus que provoca a Covid-19, contando agora com 641 casos ativos.

Ainda na ilha de Santiago foram confirmados casos do novo coronavírus nos concelhos de São Domingos (20), Santa Catarina (três), São Lourenço dos Órgãos (um), São Miguel (um), Tarrafal (um) e Ribeira Grande (um).

Graça Freitas explica que há dois movimentos de testagem na comunidade escolar este momento. A primeira diz respeito à comunidade educativa adulta (funcionários não docentes e professores), que identificou alguns casos positivos, mas que resultam numa percentagem “muitíssimo baixa”.

O segundo movimento diz respeito a um surto em algumas escolas onde houve cadeias de transmissão com dimensões anormais. Não é um fenómeno generalizado, diz Graça Freitas, mas mereceu um reforço na testagem e na vigilância da comunidade escolar.

“Não temos a certeza se é uma coisa sistemática e que se vai expandir a todo o país ou se é um fenómeno limitado no espaço e no tempo, como acontece com as vacinas [referindo-se às reações adversas com eventos tromboembólicos]”, disse Graça Freitas.

Rui Ivo, presidente do Infarmed, lembrou quais tinham sido as conclusões da Agência Europeia do Medicamento (EMA), sobre a ligação da vacina aos casos de trombose e a orientação para que estes potenciais efeitos secundários apareçam nas informação sobre o medicamento.

O presidente do Infarmed acrescentou ainda, citando os dados da EMA, que acima de 60 anos não se verificou uma associação entre a vacina da AstraZeneca e os coágulos sanguíneos raros, mas que abaixo dos 60 anos foi encontrada uma ligação, que continua a ser investigada.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reforçou a ideia da ligação abaixo dos 60 anos e não acima, mas a verdade é que, na conferência de imprensa e no comunicado de imprensa disponível no site, a EMA diz que não encontrou relação nem com a idade, nem com o sexo, nem com outros fatores de risco.

Durante a conferência da imprensa da EMA, também foi referido que a agência não faria recomendações sobre a limitação de idades e que cada país teria de fazer a sua própria avaliação de risco.

Graça Freitas diz isso mesmo: as pessoas acima dos 60 anos podem e devem ser vacinadas porque têm um maior risco de desenvolver Covid-19 grave, ao mesmo tempo que tem menor risco de desenvolverem os efeitos secundários adversos raros associados à vacina da AstraZeneca.

Em relação ao impacto no plano de vacinação, Graça Freitas desvaloriza, dizendo que Portugal tem vacinas suficientes disponíveis e que pode facilmente fazer adaptações ao plano.

Graça Freitas diz que é preciso “esperar pelo conhecimento” sobre se quem tem menos de 60 anos e tomou a primeira dose da AstraZeneca deve ou não tomar a segunda dose desta vacina. A diretora-geral da saúde lembra que a sociedade deve ser “humildade quanto ao que sabe e não sabe em cada momento”.

A primeira dose já confere alguma proteção contra a Covid-19, mas a segunda dose dá a proteção “ideal, máxima”, continua a líder da DGS. Questionada sobre o que ocorre com quem se recusar a tomar a segunda dose, à luz das novidades do EMA, Graça Freitas diz que é uma opção pessoal. Mas quem o fizer não fica totalmente protegido contra a Covid-19.

“Hoje é uma data importante, atingimos os dois milhões de inoculações”, revelou o vice-almirante Gouveia e Melo. Cerca de 15% da população portuguesa já tem uma inoculação e 6% da população portuguesa vai atingir muito rapidamente a segunda inoculação.”

Durante o mês de abril está planeado que Portugal receba 1,9 milhões de doses das vacinas contra a Covid-19.

Corrigido: 15% recebeu uma dose

O vice-almirante Gouveia e Melo, coordenador da task force, diz que até ao momento já foram administradas 400 mil doses da AstraZeneca e estão 200 mil de reserva.

Durante o segundo trimestre serão recebidas 1,4 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, num total de 8,8 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

Considerando que durante o segundo trimestre ainda estaremos a vacinar sobretudo pessoas com mais de 60 anos, não haverá um impacto significativo no Plano de Vacinação Covid-19, disse o coordenador da task force.

O vice-almirante não está preocupado com o facto de algumas pessoas poderem não comparecer para a vacinação com a AstraZeneca, porque “temos conseguido ter sempre pessoas para vacinar”, cumprindo as metas diárias.

O coordenador da task force não tem dados sobre quem não se apresenta para receber as vacinas. Mas reforça que, segundo as regras da DGS, as pessoas não podem escolher que vacina tomar. “As vacinas são seguras e eficazes.”

Em Portugal ainda só se registaram dois casos de eventos tromboembólicos depois da vacinação contra a Covid-19, um deles depois da vacina da AstraZeneca e outro depois de outra vacina. Nenhum dos casos resultou na morte dos doentes.

Os casos podem relacionar-se com os que aconteceram noutros países da Europa, mas não são exatamente iguais, disse Rui Ivo, presidente do Infarmed.