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  • Este liveblog fica por aqui. Obrigado por nos ter seguido — e vá passando pelo Observador, onde lhe daremos a conhecer todos os desenvolvimentos da guerra na Síria. Boa noite e bom descanso!

  • Exército de Assad controla 55% do território, onde vive 77,5% da população síria

    Dados interessantes: as zonas sob controlo do exército de Bashar al-Assad e seus aliados correspondem neste momento a 103 mil km2 (equivalente a 55% do território da Síria) e, dentro desses espaços, vive 77,5% — um cálculo que pode não ser totalmente exato, uma vez que resulta de uma extrapolação da população nesses locais antes da guerra. Este número espelha a extensão do domínio de Bashar al-Assad, tanto no plano territorial como no populacional.

    A segunda maior zona é aquela que está sob controlo das Forças Democráticas Sírias (financiadas e treinadas pelos EUA, onde se incluem os turcos do YPG), equivalente a 26,6% do território e onde vivem 16,9% dos sírios.

    Seguem-se as zonas ocupadas pelas várias forças da oposição (12,3% do território e 5,5% da população) e o Estado Islâmico (6,1% do território mas apenas 0,1% da população).

  • Macron diz que convenceu Trump a deixar os EUA a "longo prazo" na Síria

    O Presidente de França, Emmanuel Macron, disse há momentos numa entrevista que convenceu Donald Trump a manter o atual envolvimento dos EUA na guerra da Síria, apesar de o líder norte-americano ter dito, ainda antes dos ataques tripartidos deste sábado, que ia retirar as tropas destacadas naquele país do Médio Oriente.

    “Há 10 dias o Presidente Trump disse que os EUA iam sair da Síria. Nós convencêmo-lo que era preciso ficar lá”, disse Emmanuel Macron, numa entrevista à BFMTV. “Convencemo-lo que é preciso ficar a longo prazo. E, além disso, convencemo-lo de que é preciso ficar [na Síria] a longo prazo.”

    Os EUA têm aproximadamente 2 mil soldados das forças especiais na zona Nordeste da Síria, onde combatem lado a lado com os curdos do YPG e com a Forças Democráticas Sírias. Além disso, financiam e treinam estes dois últimos grupos, que combatem o Estado Islâmico e também as tropas de Bashar al-Assad.

    O Presidente francês deu ainda a entender que Donald Trump poderá ter equacionado um ataque mais forte do que aquele que foi lançado no sábado — onde, ao todo, foram lançados 105 mísseis, entre os EUA, França e Reino Unido. “Convencemo-lo de que é preciso limitar esses ataques às armas químicas”, referiu Emmanuel Macron.

    Sobre a ação de sábado, que descreveu como “indispensável”, Emmanuel Macron procurou sublinhar: “A França não declarou guerra contra o regime de Bashar al-Assad. Nós trabalhámos para que o direito internacional não seja novamente violado, tal como as resoluções da ONU”. Acrescentou ainda que a França tem como objetivo “uma solução política” para a Síria e que para chegar a essa fase “será preciso negociar com o Irão, com a Síria, com a Rússia”.

    Emmanuel Macron disse ainda que “França é o país que esteve mais ativo no plano diplomático e humanitário nos últimos meses”. O Presidente francês vai visitar os EUA entre 23 e 25 de abril. Um mês depois, entre 24 e 25 de maio, fará a sua primeira visita oficial à Rússia.

  • Tropas de Assad preparam-se para combater último reduto do Estado Islâmico perto de Damasco

    Correm vários relatos que apontam para uma ação militar das tropas de Bashar al-Assad no Sul de Damasco, naquele que é o último reduto do Estado Islâmico nos arredores da capital da síria e um dos últimos no Oeste do país.

    O território neste momento controlado pelo Estado Islâmico é Yarmouk, zona conhecida por ser o local onde vive (ou viviam, antes da guerra) a maior parte dos refugiados palestinianos na Síria. No mapa abaixo, a zona controlado pelo Estado Islâmico aparece a preto; o território de Assad a vermelho; as zonas dos rebeldes a verde.

    O Estado Islâmico está ali desde de 2015 e, desde então, tem disputado o território com o grupo rebelde do Jaysh al-Islam. Porém, agora que o Jaysh al-Islam está enfraquecido naquela região (era o maior grupo em Ghouta Oriental, não muito longe de Yarmouk), o exército de Bashar al-Assad prepara-se para recuperar aquela zona.

    https://twitter.com/EasternMediafax/status/985525429640531969

  • Assim era o centro de operações do Jaysh al-Islam em Douma

    O al-Masdar News tem imagens exclusivas daquilo que diz ser o antigo centro de operações do Jaysh al-Islam em Douma, a maior cidade de Ghouta Oriental e que até há menos de uma semana foi o último reduto rebelde daquela região nos subúrbios de Damasco.

    O Jaysh al-Islam era o maior e mais bem organizado grupo de rebeldes em Ghouta Oriental. Para saber mais sobre este e outros grupos que combateram Bashar al-Assad a partir daquela região que em tempos teve 400 mil habitantes, leia este especial do Observador:

    Quem são, o que querem e o que fazem os rebeldes de Ghouta que combatem Assad?

  • Governo sírio lança ofensiva no centro do país após vitória na região de Ghouta

    As forças do Governo sírio atacaram hoje o norte da província central de Homs e sul da vizinha Hama, depois de proclamarem vitória na região de Ghouta Oriental, nos arredores de Damasco, revelou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

    Segundo aquela fonte citada pela agência de notícias espanhola EFE, a operação aconteceu próximo da estrada que liga a cidade de Homs, capital da província homónima, com a povoação de Al Salamiya, em Hama, com o objetivo de garantir a segurança rodoviária entre aquelas duas zonas.

    Os confrontos entre tropas do Governo e fações rebeldes estão concentrados em várias áreas, tais como Al Hamirat, Selim, Al Amariya e Quibe al Kurdi.

    Lusa

  • EUA vão anunciar novas sanções contra a Rússia

    Esta segunda-feira, o Departamento do Tesouro dos EUA vai aplicar novas sanções à Rússia, alegando envolvimento de Moscovo no uso de armas químicas por parte da Síria.

    O anúncio foi feito pela embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, no programa Face The Nation da CBS. “Vai haver novas sanções contra a Rússia, o secretário [do Tesouro, Steve] Mnuchin vai anunciá-las na segunda-feira e elas vão afetar diretamente o tipo de empresas que lidou diretamente com o equipamento relacionado com o uso de armas químicas de Assad”, disse.

    Também este domingo, Nikki Haley falou à Fox News, onde garantiu que o “trabalho dos EUA na Síria ainda não acabou”. “Temos de estar conscientes para o facto de que não podermos o mínimo uso de armas químicas”, disse.

  • Líder do Hezbollah diz que ataque aliado ajudou Israel e terroristas

    O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, acaba de fazer um discurso a partir do Líbano — mas onde, como seria de esperar, falou da Síria. Sublinhe-se que, a par da Rússia e do Irão, também o Hezbollah combate ao lado das tropas de Bashar al-Assad.

    Sobre a guerra da Síria, Hassan Nasrallah referiu, com confiança, que a guerra já estará perto do fim. “Com a minha experiência militar, posso dizer que o conflito está na sua última fase”, referiu.

    Sobre o ataque deste sábado, Hassan Nasrallah lançou várias críticas. Primeiro, aos EUA: “Os EUA, hipócritas que tentam implementar as mesmas coisas que depois não cumprem… Porque é que eles atacam tão de repente e depressa por causa de armas químicas?”. Depois, a França: “É irónico que França tenha usado as redes sociais como prova para o uso de armas químicas. Eles agiram tão depressa porque não queriam esperar por nenhuma investigação, porque as provas são fracas”. E, como seria de esperar, a Israel: “Nas primeiras horas de sábado, houve um ataque que reavivou os sonhos e es esperanças de Israel e dos terroristas depois de terem perdido esta longa guerra de sete anos”.

    O discurso de Hassan Nasrallah surgem três semanas antes das eleições legislativas de 6 de maio. “Estamos a atravessar uma guerra e o inimigo vai sempre tentar novas vias. Pedimos ao povo que leve a sua lealdade para a Resistência de 6 de maio, e deposite o seu voto”, disse, perto do final do discurso.

  • No final de reunião, Assad e deputados russos concordam que houve um "ato de agressão"

    Terminou a reunião entre os deputados russos e o Presidente da Síria, Bashar al-Assad — e terminou com um expectável consenso entre as duas partes.”Do ponto de vista do Presidente, isto foi um ato de agressão e nós concordamos com essa posição”, disse o deputado Sergei Zheleznyak à agência russa TASS.

    “A agressão tripartida contra a Síria foi acompanhada de uma campanha de desinformação”, disse o gabinete de Assad este domingo.

  • Putin. Mais ataques na Síria levarão ao "caos"

    O presidente russo, Vladimir Putin, falou ao telefone com o presidente do Irão, Hassan Rouhani, e ambos reconheceram que o ataque à Síria prejudicou as perspetivas de uma resolução política naquele país, de acordo com informação avançada pelaReuters, que citou agências de notícias russas.

    Putin terá dito ainda que mais ataques aéreos na Síria levariam ao “caos” nas relações internacionais. “Vladimir Putin, em particular, enfatizou que, se tais ações violarem a Carta da ONU, tal inevitavelmente levará ao caos nas relações internacionais”, disse o Kremlin à agência de notícias RIA.

  • Tropas norte-americanas na Síria vão ficar até objetivos serem cumpridos

    A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, garantiu este domingo que os EUA não vão retirar as suas tropas da Síria até que cumprissem os seus objetivos, clarificando quais são: garantir que as armas químicas não sejam usadas de qualquer maneira que represente um risco aos interesses dos EUA, que o Estado Islâmico seja derrotado e que haja uma posição vantajosa no Irão. É nosso objetivo “ver as tropas americanas voltarem para casa, mas não iremos embora até que saibamos que conseguimos isso”, disse Haley em declarações na Fox News.

  • Rússia também tem as suas próprias "linhas vermelhas"

    A Rússia vai avaliar a proposta de resolução da ONU apresentada pelo Reino Unido, Estados Unidos e França, para um cessar-fogo na Síria, segundo revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, citado pela agência Reuters. Embora reconheça que será difícil chegar a um acordo sobre a resolução, o ministro garantiu que os canais de comunicação entre a Rússia e os EUA ainda estão abertos.

    O ministro deixou ainda um aviso: a Rússia também tem as suas próprias “linhas vermelhas”. Ryabkov insiste que todas as armas químicas da Síria já tinham sido destruídas anteriormente. Porém assegurou que o país fará “todos os esforços” para melhorar as relações com o Ocidente.

  • Parlamento francês debate segunda-feira ataques na Síria

    O parlamento francês debate na segunda-feira, a partir das 17h00 (hora de Paris), os bombardeamentos à Síria, em que participaram as forças armadas do seu país, em conjunto com os Estados Unidos e o Reino Unido. O presidente da Assembleia Nacional francesa, François de Rugy, anunciou este domingo o debate depois de se reunir com o primeiro-ministro, Édouard Philippe, e os líderes dos grupos parlamentares de ambas as câmaras. A sessão “permitirá ao Governo explicar-se perante os deputados e grupos parlamentares e expressar suas posições” sobre o ataque, que ocorreu na madrugada de sábado na Síria, disse.

    Este debate parlamentar já havia sido avançado pelo próprio Presidente, Emmanuel Macron, na declaração em que anunciou a ofensiva. Macron invocou o artigo 35.º da Constituição, que estipula que o Governo deve informar o parlamento de uma intervenção militar no exterior no máximo de três dias após o início da operação. Espera-se que Macron dê detalhes sobre a intervenção síria esta noite de domingo numa entrevista televisiva no horário nobre.

    (Lusa)

  • Trump comenta efeito da expressão "missão cumprida" nos media

    O presidente norte-americano, Donald Trump, usou o Twitter para falar do uso que os meios de comunicação fizeram da expressão que usou no dia do ataque à Síria: “Missão cumprida”. Trump disse que o ataque foi tão bem feito que o “único aspeto que os fake news media poderiam pegar” era pelo uso que fez dessa expressão. “Eu sabia que eles se iriam aproveitar disso”, disse ainda, acrescentando: “Usem com frequência!

  • Papa Francisco comenta ataque à Siria

    O Papa Francisco diz estar “profundamente perturbado” pelo fracasso da comunidade internacional em dar uma resposta comum à cirse na Síria e noutras partes do mundo. O Papa não deixa, porém, de reconhecer que, “apesar das ferramentas disponíveis para a comunidade internacional, é difícil chegar a um acordo sobre uma ação comum em direção à paz na Síria ou outras regiões do mundo”.

    Após a homilia Regina Coeli celebrada na praça de S. Pedro, no Vaticano, Francisco pediu a “todas as pessoas do bem” que se unissem a ele numa oração pela paz e apelou aos líderes políticos para que ajudassem a “justiça prevalecer”.

  • Assad reuniu-se com políticos russos

    O presidente sírio, Bashar al-Assad, recebeu este domingo políticos russos, em Damasco, capital da Síria. De acordo com a agência de notícias Sputnik, a reunião girou em torno do ataque dos Estados Unidos, Reino Unido e França à Síria — o que, “na opinião do presidente, foi uma agressão“, disse o deputado Sergei Zheleznyak que esteve na reunião. O deputado acrescentou ainda que a Rússia “partilha essa posição”.

    Ele [Assad] agradeceu as armas russas, que mostram supremacia sobre as armas dos agressores”, disse Zheleznyak.

    Outro político russo revelou que Assad disse que o ataque não só “consolidou os povos da Rússia e da Síria, mas todas as nações que são guiadas pelas normas do direito internacional” e acrescentou que a cooperação entre a Rússia e a Síria deveria resistir à “política agressiva do Ocidente”.

    Na reunião, Assad defendeu ainda que as defesas aéreas da Síria mostraram a sua eficácia e que os cidadãos da República Árabe “já não têm medo da NATO”. O presidente sírio adiantou também que a Síria vai continuar com o seu desenvolvimento independente “apesar da agenda imposta pelo Ocidente“.

  • Organização para Proibição de Armas Químicas inicia inquérito sobre alegado ataque químico na Síria

    Investigadores da Organização para a Proibição de Armas Químicas devem chegar este domingo à cidade Douma, perto da capital da Síria, para investigar o alegado ataque químico que desencadeou ataques ocidentais contra o regime de Damasco, segundo um oficial sírio.

    A missão de investigação chegou ontem [sábado] a Damasco e espera-se que vá hoje [domingo] para Douma para começar o seu trabalho”, disse à agência France Presse o vice-ministro sírio dos Negócios Estrangeiros, Ayman Soussane.

    A declaração surgiu depois de o regime de Bashar al-Assad ter anunciado o controlo de todas as áreas rebeldes do leste de Ghouta depois da saída dos últimos rebeldes da Douma. “Vamos deixar a equipa fazer seu trabalho profissional, objetiva, imparcial e longe de qualquer pressão [das autoridades]”, afirmou, considerando que os resultados demonstrarão que são falsas as alegações de que é o regime sírio o culpado dos ataques.

    (Lusa)

  • A guerra de todos onde ninguém ganha. Quais são os países que lutam na Síria?

    A guerra da Síria tornou-se no sítio onde todos os países canalizam os conflitos que não querem ter em casa. Conheça os principais intervenientes desta guerra sem fim que já matou 500 mil pessoas. Por João de Almeida Dias.

    A guerra de todos onde ninguém ganha. Quais são os países que lutam na Síria?

  • UE vai discutir ataque à Síria na segunda-feira

    Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos países que fazem parte da União Europeia vão discutir na próxima segunda-feira a resposta conjunta dos Estados Unidos, Reino Unido e França ao alegado ataque químico na Síria.

  • Depois do ataque, o pedido para cessar-fogo

    Um dia depois de terem lançado mais de uma centena de mísseis para a Síria, os países responsáveis pelo ataque — Estados Unidos, Reino Unido e França — pediram uma cessar-fogo no país, numa proposta de resolução entregue à ONU.

    O documento pede evacuações médicas e uma passagem segura de comboios para ajudar todas as áreas da Síria. O documento “exige” também que o regime de Assad se envolva em negociações de paz “de boa fé, de forma construtiva e sem pré-condições”.

    A proposta de resolução inclui ainda um pedido para se realizar uma investigação independente sobre o alegado uso de armas químicas na Síria para se descobrir quem foram os responsáveis. O documento prevê ainda que Organização para a Proibição de Armas Químicas descubra num prazo de 30 dias a a quantidade de armas químicas que o regime de Assad tem.

    As negociações sobre o projeto de resolução estão marcadas para começar já esta segunda-feira.

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