No Brasil, foram registados 41.350 novos casos de Covid-19 nas últimas 24 horas, ou seja, pelo quinto dia consecutivo os números no país ultrapassaram os 40 mil casos. Morreram 758 pessoas naquele país, informaram as autoridades de saúde brasileiras. No total, o Brasil já registou 3.846.153 casos e 120.262 mortos.

Cerca de 100 pessoas manifestaram-se este sábado na praça do Rossio, em Lisboa, contra as medidas de contenção da pandemia. Os manifestantes pediram o fim do uso obrigatório de máscara, nomeadamente nas escolas.

O protesto “Manifestação Desmascarar Pela Liberdade” foi marcado pelo movimento “Verdade Inconveniente” no Facebook. Cerca de 400 pessoas marcaram que estariam presentes, mas o número de participantes rondou os 100.

Os manifestantes, muitos dos quais não cumpriram o distanciamento social, pediram o fim do que dizem ser uma “ditadura de falsidade”. “O Covid veio trazer a ditadura, é um pretexto”, disse um dos participantes.

Na página do evento pode ler-se que os participantes querem o fim do uso obrigatório das máscaras e do que consideram ser a “narrativa do medo”. O uso de máscaras, assim como o cumprimento do distanciamento social são práticas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter o vírus.

Os manifestantes pedem que deixe de ser obrigatório o uso de máscaras pelos estudantes durante as aulas porque, dizem, “já foi provado mais que uma vez que as crianças e jovens não são um risco para a sociedade”. Porém, segundo o site da DGS, “não se recomenda que as crianças estejam com os avós por serem considerados um grupo vulnerável”. Isto porque “apesar de as crianças serem menos afetadas por esta doença e de terem sintomas mais ligeiros, podem transmitir o vírus a outros“, informa a DGS.

Entre as reivindicações está ainda o “regresso imediato ao horário normal de trabalho para todos os grupos económicos”. Esta é a segunda manifestação convocada pelo movimento em agosto.

Este sábado foi marcado por outras manifestações em várias cidades europeias, como Londres, Berlim e Paris, contra as medidas de contenção da pandemia.

Covid-19. Polícia alemã dispersa protesto em Berlim contra restrições

Subiu para 35 o número de infetados no surto de Covid-19 da equipa de futebol do Louletano, confirmou à Rádio Observador a delegada de saúde regional do Algarve, Ana Cristina Guerreiro. Os infetados estão assintomáticos ou com sintomas leves, adiantou ainda.

Surto no Louletano. Número de infetados com covid-19 subiu para 35

A maioria dos infetados são elementos da equipa de futebol sénior. Apenas duas das pessoas que testaram positivo são familiares dos infetados.

Na sexta-feira, eram 33 os casos identificados no clube de Loulé, depois de o primeiro caso ter sido diagnosticado na quarta-feira — um treinador adjunto. No dia seguinte, foram testados todos os jogadores e a equipa técnica. A dimensão do contágio ainda está a ser estudada, mas Ana Cristina Guerreiro admite que venham a ser feitos mais testes, nomeadamente em pessoas que partilhavam o ginásio com os jogadores.

“Estes jovens têm a particularidade de partilhar habitação. Alguns deles vivem em grupos de sete ou oito”, afirmou ainda. O surto não abrange grupos de risco e está circunscrito, garante, apesar de a população ter triplicado nas últimas semanas devido ao número de turistas. “Contamos ter à volta de um milhão e 500 mil pessoas na região. Habitualmente temos 435 mil. Por isso, o número de casos diários aumentou um bocadinho”, disse, garantido que nenhum surto na região teve origem na atividade turística.

Angola registou 80 novos casos positivos de covid-19 e mais um óbito, e o primeiro caso de recuperação de um doente submetido à ventilação mecânica invasiva, informaram as autoridades sanitárias angolanas.

Segundo o secretário de Estado para a Saúde Pública de Angola, Franco Mufinda, do total de casos, 47 do sexo masculino e 33 feminino, com idades entre 1 e 87 anos, três foram registados na província de Benguela, nove no Zaire, um em Cabinda e os restantes em Luanda, capital do país.

Franco Mufinda informou que se registou mais um óbito, de um cidadão nacional, de 40 anos, tendo sido dadas como recuperadas, nas últimas 24 horas, 13 pessoas.

As províncias do Namibe, Lunda Sul, Cuando Cubango e Huambo são as províncias que até à data presente não registaram ainda casos do novo coronavírus.

“Com os números avançados, temos por agora o total de 2.551 casos, 107 óbitos, 1.041 recuperados e 1.403 ativos, dos quais duas pessoas são críticas, sob ventilação mecânica invasiva, 23 graves, 36 moderados, 45 leves e 1.301 assintomáticos”, indicou o governante angolano.

No domínio laboratorial, foram processadas, nas últimas 24 horas, 583 amostras, totalizando 56.245 amostras processadas até à data.

O secretário de Estado para a Saúde Pública destacou o registo de “um caso de sucesso”, nomeadamente a alta clínica concedida ao primeiro doente, que se encontrava sob ventilação mecânica invasiva.

“Ficou entubado e ventilado durante sete dias e permaneceu 21 dias nos cuidados intensivos”, frisou.

Cabo Verde registou mais 33 infetados pelo novo coronavírus e um morto nas últimas 24 horas, elevando o total acumulado a 3.778 casos da doença desde 19 de março, divulgou hoje o Ministério da Saúde.

Em comunicado, o ministério referiu que os laboratórios de virologia processaram 395 amostras desde sexta-feira, 22 das quais deram resultado positivo para o novo coronavírus no concelho da Praia, capital do país.

Ainda na ilha de Santiago, foram registados casos positivos de covid-19 nos concelhos de Tarrafal (02) e Santa Miguel (02) e São Domingos (01).

Foram igualmente diagnosticados quatro novos na ilha do Sal, outro dos focos ativos de transmissão da covid-19 no arquipélago, e dois na ilha de São Vicente.

Nas últimas 24 horas foram dados como recuperados da doença 48 casos em todo o país, mas o concelho da Praia contabilizou mais uma morte por problemas associados à covid-19.

Cabo Verde passa assim a contar com um acumulado de 3.778 casos da doença desde 19 de março, quando foi diagnosticado o primeiro doente com covid-19, distribuídos por oito das nove ilhas habitadas.

Desse total, 882 permanecem ativos, 39 morreram e 2.855 foram dados como recuperados, enquanto dois cidadãos estrangeiros infetados foram transferidos para os países de origem, segundo os dados do Ministério da Saúde.

Depois de ter ultrapassado os 7.000 casos diários na sexta-feira (mais precisamente, 7.379 novos casos de contágio, o número mais alto desde o fim do confinamento), França registou, este sábado, 5.453 novas infeções, segundo o Ministério da Saúde do país. Morreram seis pessoas nas últimas 24 horas, para um total de 30.602 óbitos desde o início da pandemia.

Há 4.530 internados, menos cinco pessoas do que no dia anterior. Mas há mais pessoas nos cuidados intensivos (mais três do que na sexta-feira, para um total de 400).

Em Itália, foram detetados mais 1.444 casos de infeção nas últimas 24 horas, uma ligeira descida face a sexta-feira (quando foram registados 1.462 novas infeções). Morreu uma pessoa (ontem tinham morrido nove pessoas com a doença no país).

Os dados mais recentes apontam ainda para 1.168 pessoas internadas, 79 das quais nos cuidados intensivos.

Itália conta 266.853 casos de infeção desde o início da pandemia e 35.473 mortes.

O Reino Unido registou mais 1.108 casos de Covid-19 e 12 mortes nas últimas 24 horas, segundo o boletim mais recente.

Na sexta-feira, tinham sido oficializados 1.276 novos casos e 9 mortes.

Desde o início da pandemia, foram detetados no Reino Unido 332.752 casos de infeção e registadas 41.498 mortes.

Milhares de pessoas protestaram em Berlim contra as restrições impostas pelas autoridades, no âmbito da pandemia. A manifestação, que juntou quase 20 mil pessoas — entre céticos face ao coronavírus, defensores de teorias da conspiração, hippies, radicais de extrema-direita ou conservadores religiosos — acabou com duas detenções.

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O protesto tinha sido banido, com as autoridades da cidade a lembrar que numa outra manifestação, há algumas semanas, os participantes recusaram cumprir o distanciamento social. A decisão acabaria por ser revertida por um tribunal alemão.

A manifestação acabou por contar com um forte aparato policial.

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Durante a manifestação, a polícia impôs a utilização de máscara e o distanciamento social aos manifestantes, mas, depois de recusarem cumprir a ordem, ordenou que dispersassem por volta do meio dia.

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A manifestação foi marcada por alguns momentos mais tensos. As autoridades chegaram a usar gás pimenta e duas pessoas foram detidas. Mas, de acordo com a BBC, a manifestação foi essencialmente pacífica.

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Portugal faz o título do Live Blogue de viagens do The Telegraph às 15h49: “Portugal pode perder o seu corredor aéreo [com o Reino Unido] esta semana”. Citando um líder de empresa de consultadoria de turismo, o prestigiado jornal inglês, apoiante do Governo conservador de Boris Johnson, diz que Portugal tem uma média de 18,1 infetados por cada 100 mil habitantes nos últimos sete dias. Isto é, está muito perto do limite de 20 infetados por cada 100 mil habitantes estipulado pelo Reino Unido para manter um corredor aéreo com determinado país. “É provável que Portugal regresse esta semana” à lista negra, até porque o “país está a preparar-se para entrar em estado de contingência a 15 de setembro”, afirma Paul Charles, líder da empresa The PC Agency.

“O país não foi capaz de gerir o número de casos nos últimos 15 dias à medida que entraram mais turistas em Portugal, especialmente em Lisboa e no Porto”, acrescenta Charles.

O mesmo especialista já tinha feito o mesmo tipo de afirmações ao Daily Mirror durante 6.ª feira.

O Governo de Boris Johnson anunciou na 5.ª feira a retirada da Suíça, República Checa e Jamaica da sua lista de corredores aéreos. Ou seja, todos os turistas britânicos ou cidadãos estrangeiros que tenham viajado para esses países ficam sujeitos a uma quarentena de 14 dias quando regressam ao Reino Unido.

Depois de uma manifestação que contou com mais de 20.000 em Berlim contra as restrições impostas pelo combate à Covid-19, também em Londres ocorreu um protesto semelhante. O jornal The Guardian assegura que cerca de “várias centenas” de manifestantes reuniram-se na Praça de Trafalgar, no centro de Londres, para protestar contra o que chamam de “embuste” e exigiram o fim da restrições à circulação de pessoas.

Tal como em Berlim, entre os protestantes encontravam-se adeptos de teorias conspirativas que considera o coronavírus uma invenção da industria farmacêutica. Vários, reporta o The Guardian, tinham cartazes a dizer “Fake News” ou com palavras de ordem contra qualquer obrigatoriedade de um futuro programa de vacinação.

At least a thousand anti-lockdown protestors have filled London’s Trafalgar Square pic.twitter.com/b1PuSPX87A

— Jason Rodrigues (@RodriguesJasonL) August 29, 2020

Já em Paris, uma outra manifestação juntou cerca de 200 pessoas contra a utilização de máscaras e outras medidas sanitárias, informa ainda o The Guardian. “Não à ditadura da saúde” ou “Deixem as nossas crianças respirarem” eram alguns dos cartazes dos protestantes.

As três mortes adicionais registadas no boletim deste sábado tiveram todas lugar em Lisboa e Vale do Tejo.

É o Norte que acumula mais óbitos por Covid-19 até ao momento (848), seguido de Lisboa e Vale do Tejo (663), Centro (253), Alentejo (22), Sul (17) e Açores (15). Apenas a Madeira não tem qualquer registo de óbitos por Covid-19.