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Este liveblog fica arquivado, mas o Observador continua a acompanhar os desenvolvimentos da guerra na Ucrânia ao longo deste domingo neste novo liveblog.
Alemanha vai duplicar ajuda militar à Ucrânia para oito mil milhões
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Ex-coronel ucraniano terá coordenado ataque ao gasoduto Nord Stream
Chama-se Roman Chervinsky e, segundo uma investigação do Washington Post com a revista alemã Der Spiegel, terá coordenado o ataque de sabotagem aos gasodutos Nord Stream 1 e 2, em setembro de 2022. Chervinsky foi coronel nas forças de operações especiais da Ucrânia, um dos cinco braços das forças armadas do país especializado em operações especiais. Está, atualmente, detido pelo envolvimento num outro caso, acusado de ter agido sem autorização das chefias e por ter exposto a Defesa da Ucrânia à Rússia.
Em relação à sabotagem do Nord Stream, a investigação revela que Chervinsky, de 48 anos, foi o “coordenador” da operação. Terá gerido a logística e apoiado uma equipa de seis pessoas que alugaram um veleiro, usando identidades falsas, e que com equipamento de mergulho colocaram explosivos nos gasodutos.
Chervinsky não terá sido, porém, quem planeou a operação e, segundo a investigação, seguiu ordens de oficiais ucranianos em cargos hierarquicamente superiores que respondem a Valery Zaluzhny, o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia. Volodymyr Zelensky não terá tido conhecimento dos planos.
Contactado, Chervinsky negou ligações à operação de sabotagem. “Todas as especulações sobre o meu envolvimento no ataque ao Nord Stream estão a ser difundidas pela propaganda russa sem qualquer fundamento”, afirmou.
No início da invasão, em fevereiro de 2022, Chervinsky fazia parte de uma unidade das Forças de Operações Especiais e dedicava-se a atividades de resistência nas zonas ocupadas pela Rússia. Antes, desempenhou cargos de chefia na agência de inteligência militar da Ucrânia e no Serviço de Segurança da Ucrânia.
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Europa tem de estar preparada para aliviar apoio dos EUA à Ucrânia
O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança considerou, este sábado, que Bruxelas tem de estar preparada para substituir Washington no apoio político e material à Ucrânia.
“Nós, europeus, que temos os meios necessários para o fazer, temos de estar dispostos política e materialmente para ajudar a Ucrânia e até assumir o controlo dos Estados Unidos, se, como talvez seja provável, o seu apoio diminuir”, disse Josep Borrell num vídeo transmitido antes do congresso do Partido Socialista Europeu em Málaga, em Espanha.
O diplomata garantiu que a Europa já “cumpriu com as suas responsabilidades”, tanto com o seu apoio até ao momento como com a recomendação do início das negociações de adesão da Ucrânia à UE cerca de um ano e meio depois do pedido de Kiev.
“Devemos permanecer unidos e preparar-nos para um conflito mais longo do que a Rússia pensava, que a Rússia nunca vai conseguir vencer, mas cujo fim poderá ser adiado”, afirmou o chefe da diplomacia da UE, que qualificou o regime de Vladimir Putin de “viciado em guerra”.
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Rússia usa História como arma contra a soberania ucraniana, acusa Londres
O Ministério da Defesa do Reino Unido diz que a Rússia está a intensificar a utilização da História como arma contra a soberania ucraniana.
Recentemente, a Agência Estatal de Arquivos da Rússia publicou uma coleção documental, com o título “Sobre a unidade histórica dos Russos e dos Ucranianos”.
A publicação, que abre com um artigo escrito por Vladimir Putin em 2021 sobre o assunto e com o discurso do Presidente russo dias antes da invasão da Ucrânia, em fevereiro, inclui 242 documentos históricos, desde o século XI até ao século XX.
Estes documentos têm sido “usados para justificar a atual política do Kremlin” de domínio sobre o leste europeu e para “apoiar a alegação de que a subversão estrangeira transformou a Ucrânia em ‘anti-russa’”.
Além disso, todos estes documentos surgem acompanhados de comentários interpretativos do próprio Putin, explica o Ministério da Defesa do Reino Unido.
“A transformação da história em arma pela liderança russa está a intensificar-se, com objetivo de inculcar uma visão anti-ocidental nas mentes da população russa e de intimidar os seus vizinhos ocidentais mais próximos”, diz Londres.
Latest Defence Intelligence update on the situation in Ukraine – 11 November 2023.
Find out more about Defence Intelligence's use of language: https://t.co/dkVbFv5To5
???????? #StandWithUkraine ???????? pic.twitter.com/t7Y8UnAiws
— Ministry of Defence ???????? (@DefenceHQ) November 11, 2023
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Mísseis balísticos russos abatidos em Kiev, que não era alvo de ataques desde setembro
O presidente da câmara de Kiev, Vitali Klitschko, pediu este sábado a todos os residentes da capital ucraniana que se dirigissem para os abrigos anti-bomba, depois de a cidade ter sido alvo de bombardeamentos russos.
Segundo o jornal britânico The Guardian, foi a primeira vez desde o dia 21 de setembro que a situação voltou a ser de tensão na capital ucraniana. Nesse dia, as defesas aéreas ucranianas tinham abatido um míssil russo sobre a capital — e a queda de detritos provou ferimentos em sete pessoas.
Na madrugada deste sábado, foram ouvidas duas grandes explosões na capital. Segundo Vitali Klitschko, dois mísseis balísticos russos foram abatidos pela defesa antiaérea ucraniana, não havendo ainda notícia de qualquer vítima na cidade.
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Bom dia.
O Observador continua este sábado a acompanhar, neste liveblog, os principais desenvolvimentos da guerra na Ucrânia.
O liveblog de sexta-feira fica arquivado aqui.
Mais de 5 milhões de pessoas saíram da Ucrânia para a Rússia voluntariamente, diz diplomata russo