Nas últimas horas, o Presidente ucraniano disse que a situação permanece difícil na frente de guerra, marcada por “combates brutais”. Descreveu batalhas diárias em Donetsk e ações cuidadas e planeadas das tropas ucranianas em Kherson.

No 258.º dia de guerra, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, inspecionou um posto de comando russo na Ucrânia, onde foi atualizado sobre a situação de guerra pelo general Sergei Surovikin, recentemente nomeado comandante das operações na Ucrânia.

• Mykhailo Podoliak, conselheiro do Presidente Zelensky, garantiu que não estão a decorrer negociações entre a Rússia e o Ocidente nas costas da Ucrânia. “As Forças Armadas de ambos os países podem comunicar entre si e até receber avisos sobre as consequências do uso de armas de destruição massiva, mas não estão a decorrer nenhumas negociações entre a Rússia e o Ocidente sobre a Ucrânia”, afirmou.

• A Sky News avançou que Moscovo enviou para Teerão 140 milhões de euros em dinheiro e uma seleção de armas capturadas ao Reino Unido e Estados Unidos em troca de drones. Uma fonte disse ao jornal britânico que, a 20 de agosto, um avião militar transportou secretamente dinheiro e três modelos de armas: um míssil britânico antitanque NLAW, um antitanque Javelin norte-americano e um míssil antiaéreo Stinger, também dos EUA.

• O ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, disse que o seu país teme as consequências do conflito na Ucrânia para a segurança alimentar e energética, apelando por negociações para que seja alcançada uma solução.

• Adesão da Suécia à NATO continua sem um sim da Turquia. O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou uma nova “reunião no final do mês em Estocolmo” com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson.

• No seu habitual relatório diário, o Ministério da Defesa britânico refere que a Rússia começou a construir estruturas anti-tanque em forma de pirâmide (conhecidas como barreiras ‘dente de dragão’) em torno da cidade ocupada de Mariupol. O Reino Unido indica que estas estruturas também foram enviadas para Kherson e Zaporíjia com o intuito de travar os avanços das tropas ucranianas.

• As negociações entre a Rússia e a Ucrânia devem regressar sob as condições de Kiev, afirmou o Presidente da França, citado pela TFI INFO, segundo o Kyiv Independent. Emmanuel Macron considera que é necessário regressar à mesa das negociações “em algum momento”, acrescentando que isso deve acontecer numa altura escolhida pela Ucrânia.

⚡️Macron: Ukraine-Russia negotiations should resume under Kyiv’s conditions.

Macron said that it would be necessary to return to Russia-Ukraine negotiations “at some point,” adding that it should be done “under conditions and at a time chosen by Ukraine,” according to TFI INFO.

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) November 8, 2022

• O líder ucraniano discursou na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 27), afirmando que a invasão russa distraiu os governos mundiais do combate às alterações climáticas. “Não pode existir uma política climática eficaz sem paz”, afirmou Zelesnsky.

A situação permanece difícil na frente de guerra, marcada por “combates brutais” pelo controlo de posições, admitiu o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. No habitual discurso, refere que as batalhas são particularmente complicadas na região de Donetsk. Já em Kherson, onde se antecipa uma batalha próxima, as forças ucranianas agem “cuidadosamente”.

“A atividade dos ocupantes [em Donetsk] mantém-se num nível extremamente elevado, com dezenas de ataques todos os dias. Eles sofrem baixas de larga escala, mas as suas ordens não mudaram”, afirmou, garantindo que a Ucrânia “não está a ceder um único centímetro” de território.

Em Kherson o cenário é diferente. Segundo Zelensky, as tropas ucranianas estão a reforçar as suas posições e a destruir os centros logísticos russos. “Compreendemos perfeitamente o que o inimigo está a planear e por isso agimos de acordo: com cuidado e planeamento no interesse da libertação de todo o nosso território”.

As acusações de que o Irão está a fornecer à Rússia drones usados na invasão da Ucrânia não são novas. No sábado o chefe da diplomacia iraniana assumiu, pela primeira vez que, estas armas foram enviadas, mas meses antes da guerra. Agora, a Sky News avança que Moscovo enviou para Teerão 140 milhões de euros em dinheiro e uma seleção de armas capturadas ao Reino Unido e Estados Unidos em troca de drones.

Irão reconhece pela primeira vez que forneceu drones a Moscovo

Uma fonte que falou ao jornal britânico sob a condição de anonimato revelou que, a 20 de agosto, um avião militar transportou secretamente dinheiro e um míssil britânico NLAW, bem como um norte-americano Javelin e um Stinger.

Em troca, o Irão entregou à Rússia mais de 160 veículos aéreos não tripulados, incluindo 100 Shahed-136. As autoridades ucranianas denunciaram que este modelo de drones, conhecidos como Kamikaze, estão a ser usados pelas forças russas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Índia, Subrahmanyam Jaishankar, disse esta terça-feira que o seu país teme as consequências do conflito na Ucrânia para a segurança alimentar e energética, apelando por negociações para que seja alcançada uma solução.

“Tememos as consequências para a segurança alimentar e energética. A Índia é a favor do retorno ao diálogo e à diplomacia”, declarou Jaishankar sobre o conflito na Ucrânia durante uma conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo russo, Serguei Lavrov, depois de uma reunião em Moscovo.

Jaishankar recordou as palavras que o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse ao Presidente russo, Vladimir Putin, em Sarmarkand, no Uzbequistão. “Não é época para guerras“, lembrou o ministro indiano, sublinhando ainda que “um conflito produz consequências para todo o mundo”.

Mykhailo Podoliak, conselheiro do Presidente Zelensky, garantiu que não estão a decorrer negociações entre a Rússia e o Ocidente nas costas da Ucrânia. Segundo Podoliak, os aliados seguem o prinícpio: “Nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia”.

“As Forças Armadas de ambos os países podem comunicar entre si e até receber avisos sobre as consequências do uso de armas de destruição massiva, mas não estão a decorrer nenhumas negociações entre a Rússia e o Ocidente sobre a Ucrânia”, afirmou numa entrevista ao jornal italiano La Repubblica, citado pela Presidência da Ucrânia.

As declarações surgem no mesmo dia em que o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, confirmou a existência de conversas com o Kremlin com o intuito de reduzir a violência do conflito e o risco de uma guerra nuclear.

Esta segunda-feira, a imprensa norte-americana revelou conversas entre Jake Sullivan, o russo Nikolay Patrushev e o conselheiro de cobertura internacional do Kremlin, Yuri Ushakov.

Sergei Shoigu, ministro da Defesa russo, inspecionou esta terça-feira um posto de comando russo na Ucrânia, onde foi atualizado pelo general Sergei Surovikin sobre a situação na guerra.

A informação foi divulgada na conta oficial de Telegram do Ministério dirigido por Sergei Shoigu, apesar de não ter sido indicada que região foi visitada.

No posto de comando, Surovikin informou Shoigu sobre “as operações militares, a natureza das ações dos inimigos e o desempenho das tropas russas em diversas áreas”.

O Presidente turco anunciou uma nova “reunião no final do mês em Estocolmo” com o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, que hoje lhe pediu, num encontro em Ancara, o sim da Turquia à entrada do seu país na NATO.

“Esperamos ter uma conclusão mais positiva na reunião conjunta que terá lugar em Estocolmo no final do mês”, declarou o chefe de Estado turco, Recep Tayyip Erdogan, que assegurou “desejar sinceramente que a Suécia adira” à Aliança Atlântica.

“Aprovámos o processo de adesão da Suécia à NATO”, recordou Erdogan, que deu contudo a entender que a ratificação da entrada da Suécia e da Finlândia poderá só vir a ser abordada no Parlamento turco após as eleições gerais de junho, ou seja, não antes de julho de 2023.

“Há tempo até julho (para decidir sobre a admissão), temos uma eleição em junho. Temos de estar muito calmos antes destas eleições. Os nossos amigos compreenderão”, disse Erdogan numa conferência de imprensa depois do encontro com o primeiro-ministro sueco.

No seu habitual relatório diário, o Ministério da Defesa britânico refere que a Rússia começou a construir estruturas de defesa em torno da cidade ocupada de Mariupol.

Segundo o relatório, existem duas fábricas a produzir estruturas de cimento anti-tanque em forma de pirâmide, conhecidas como barreiras ‘dente de dragão’.

(1/5) Russia has started constructing defensive structures around the occupied southern Ukrainian city of Mariupol. Two plants are producing concrete pyramidal anti-tank structures, known as dragon’s teeth, for this purpose.

— Ministry of Defence ???????? (@DefenceHQ) November 8, 2022

“Esta atividade sugere que a Rússia está a fazer esforços significativos para preparar defesas atrás da atual linha da frente, provavelmente para atrasar avanços rápidos dos ucranianos no caso de progressos”, refere.

O Reino Unido indica que estas estruturas também foram enviadas para as regiões de Kherson e Zaporíjia, recentemente anexadas pela Rússia. Em outubro já tinha sido noticiado que o grupo de mercenários Wagner estava a construir uma linha de fortificação na região ocupada de Lugansk.

As negociações entre a Rússia e a Ucrânia devem regressar sob as condições de Kiev, afirmou o Presidente da França, citado hoje pela TFI INFO, segundo o Kyiv Independent.

Emmanuel Macron considera que é necessário regressar à mesa das negociações “em algum momento”, acrescentando que isso deve acontecer numa altura escolhida pela Ucrânia.

⚡️Macron: Ukraine-Russia negotiations should resume under Kyiv’s conditions.

Macron said that it would be necessary to return to Russia-Ukraine negotiations “at some point,” adding that it should be done “under conditions and at a time chosen by Ukraine,” according to TFI INFO.

— The Kyiv Independent (@KyivIndependent) November 8, 2022

O líder ucraniano discursou hoje na 27ª Conferência das Partes das Nações Unidas (COP 27), que decorre no Egito. Num discurso em vídeo transmitido no evento, Volodymyr Zelensky disse considerar que a invasão russa da Ucrânia distraiu os governos mundiais do combate às alterações climáticas.

“Não pode existir uma política climática eficaz sem paz”, afirmou Zelesnsky, citado pelo The Guardian.

Nas últimas horas, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, confirmou a existência de conversas com o Kremlin com o intuito de reduzir a violência do conflito e o risco de uma guerra nuclear. Esta terça-feira, um porta-voz do Presidente da Ucrânia disse à estação pública Suspilne que Zelensky deverá participar na cimeira do G20, na Indonésia. A intervenção poderá ser feita à distância.

• Um voluntário norte-americano morreu a combater na Ucrânia, confirmou um porta-voz da Legião Internacional, uma força composta por estrangeiros com experiência militar criada em fevereiro. Timothy Griffin é o sexto norte-americano que morre a lutar junto das forças ucranianas, refere a NBC News.

• A Ucrânia quer expandir o acordo de exportação de cereais durante pelo menos um ano e espera poder incluir mais portos, nomeadamente os da região sul de Mykolaiv, disse à Reuters o vice-ministro das Infraestruturas ucraniano.

• A Alemanha anunciou que contribuirá com 7,6 milhões de euros para a Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas para procurar ucranianos.

• O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou no Parlamento dois projetos legislativos para alargar por mais 90 dias a lei marcial e a mobilização geral da população, oito meses após o início da invasão russa.

• Empresa russa que produz exoesqueletos foi contactada por agências secretas do país com o intuito de levar este equipamento para os combates em solo ucraniano.

• A Rússia e os Estados Unidos estão a debater a possibilidade de, no final do mês, realizarem consultas sobre os respetivos arsenais nucleares estratégicos, podendo retomar as inspeções no âmbito do Tratado de Redução de Armas Estratégicas.

• A China vai reforçar os seus exercícios militares, preparando-se para qualquer guerra, anunciou o Presidente Xi Jinping, citado pela estação pública de televisão CCTV, segundo a agência de notícias Reuters.

• A agência de notícias russa RIA Novosti noticiou que as forças russas em Kherson detiveram nove membros das forças especiais ucranianas que estariam a planear “operações de sabotagem”.

• As tropas ucranianas acreditam que haverá combates “violentos” durante as tentativas para expulsar os militares russos que ocupam Kherson. De acordo com os militares ucranianos, citados pelo The Guardian, os soldados têm-se “disfarçado com roupa de civis” e ocupam “instalações civis”, o que leva a Ucrânia a antecipar “combates de rua”.

Um voluntário norte-americano morreu a combater na Ucrânia, confirmou um porta-voz da Legião Internacional, uma força composta por estrangeiros com experiência militar criada em fevereiro.

O porta-voz, citado pelo The Guardina, refere que Timothy Griffin “foi morto em combate”. “Estamos em contacto com a família e a Legião Internacional e as Forças Armadas da Ucrânia estão a tratar do processo de repatriação”, acrescentou.

Não se sabe muito sobre a história de Timothy Griffin, mas duas fontes disseram à NBC News que estava a combater na região de Kharkiv. Griffin é o sexto norte-americano que morre a lutar junto das forças ucranianas.

A Ucrânia quer expandir o acordo de exportação de cereais durante pelo menos um ano e espera poder incluir mais portos, nomeadamente os da região sul de Mykolaiv, afirmou o vice-ministro das Infraestruturas ucraniano.

Em entrevista à Reuters, Yuriy Vaskov disse que Kiev espera dentro de uma semana uma decisão sobre o prolongamento do acordo. “Esperamos que na próxima semana teremos dos parceiros da Turquia e das Nações Unidas um entendimento, de modo que todo o mercado também tenha um sinal claro sobre o funcionamento e a continuação da iniciativa”, explicou.

A Rússia e a Ucrânia assinaram em julho um acordo com a Turquia e ONU para permitir a exportação de milhões de toneladas de de cereais ucranianos retidos devido à guerra. No final de outubro, Moscovo anunciou a suspensão do acordo, justificando a decisão com um alegado ataque com drones ucranianos, mas acabou por voltar atrás.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse estar“determinado” a alcançar a renovação do acordo, que já atingiu um marco de dez milhões de toneladas métricas transportadas.

Acordos sobre cereais permitem escoar dez milhões de toneladas

A Alemanha anunciou que contribuirá com 7,6 milhões de euros para a Comissão Internacional de Pessoas Desaparecidas (ICPM, sigla em inglês) para procurar ucranianos cuja localização é desconhecida desde a invasão russa da Ucrânia.

A missão diplomática acrescentou que a Alemanha também planeia treinar especialistas e investigadores forenses ucranianos, divulgou ainda a agência de notícias Ukrinform.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apresentou no Parlamento dois projetos legislativos para alargar por mais 90 dias a lei marcial e a mobilização geral da população, oito meses após o início da invasão russa.

Zelensky propõe, assim, uma nova prorrogação após uma primeira, que foi aprovada em 15 de agosto e que termina em 21 de novembro. Espera-se que o Parlamento aprove a medida sem qualquer oposição, como o fez em agosto.

Empresa russa que produz exoesqueletos foi contactada por agências secretas do país com o intuito de levar este equipamento para os combates em solo ucraniano.

Agências especiais russas querem testar exoesqueletos na Ucrânia

A Rússia e os Estados Unidos estão a debater a possibilidade de, no final do mês, realizarem consultas sobre os respetivos arsenais nucleares estratégicos, podendo retomar as inspeções no âmbito do Tratado de Redução de Armas Estratégicas.

O objetivo de proceder às consultas foi hoje avançado por dois jornais russos, o Kommersant e o Izvestia,depois de, na segunda-feira à noite, o conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, ter confirmado a existência de contactos.

“Moscovo e Washington discutem a possibilidade de realizar consultas da comissão bilateral sobre armas estratégicas ofensivas nas próximas semanas”, noticia a edição de hoje do Kommersant.

Rússia e EUA retomam reuniões sobre armas nucleares