Momentos-chave
- Sem estatutos aprovados, convenção da IL encerra trabalhos
- Proposta do Conselho Nacional também não conseguiu 2/3 dos votos necessários
- Proposta "Estatutos + Liberais" volta a ser chumbada na segunda votação
- Miguel Ferreira da Silva pede que liberais "não tenham medo" e dá exemplo do Bloco que se fechou "à volta de uma direção"
- Proposta do Conselho Nacional também não conseguiu 2/3 dos votos
- Mariana Leitão pede que discussão dos estatutos não sirva para "levantar trincheiras" e para "pôr membros contra membros"
- Proposta "Estatutos + Liberais" chumbada na primeira votação
- Rodrigo Saraiva desvaloriza críticas e pede que IL se "vire para fora": "Foi aprovada uma coisa com a qual discordo bastante, mas estou cá"
- Mayan apela a liberais "livres de amarras e narrativas" porque "só uma proposta que respeita e aproveita" membros do partido
- Miguel Ferreira da Silva: "Queremos um partido em que um terço do partido possa apropriar-se do Conselho Nacional?"
- Rocha recorda feitos dos últimos anos e ataca quem continua a "amarrar as pessoas ao SNS"
- Rui Rocha: "Estamos aqui porque partido cresceu, teve sucesso e é o único que cresceu em número de votos em todas as eleições"
- "A concorrência não está aqui, está lá fora." Miguel Barbosa fala na necessidade de estatutos sem experiencialismos nem paternalismos
- Hugo Condesa apresenta proposta dos "Estatutos + Liberais": "Como liberais, como podemos defender um partido centralizado?"
- Rui Rocha não teme nem que o céu lhe caia em cima: "Unanimismos num partido liberal não fazem sentido"
- Cotrim Figueiredo recusa cenário de divisão interna e assegura opiniões diferentes não significam "desunião"
Histórico de atualizações
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Bom dia,
este liveblog fica por aqui. Pode acompanhar o segundo dia da Convenção da Iniciativa Liberal num novo liveblog que criámos.Fique desse lado.
Rui Rocha: “É muito difícil tirar as ideias socialistas do poder, mesmo quando não é o PS no poder”
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A "semi-derrota" de Rui Rocha. A análise a um dia de convenção em que tudo ficou na mesma
Foi um dia fechado nos estatutos, que acabaram por não ser aprovados. Rui Pedro Antunes, editor de política do Observador, considera que esta é uma “semi-derrota” para Rui Rocha. “Não conseguiu aprovar os estatutos que queria, mas também ninguém questionou a sua liderança”, comenta.
Veja aqui a análise completa ao primeiro dia da Convenção da Iniciativa Liberal em Santa Maria da Feira:
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Sem estatutos aprovados, convenção da IL encerra trabalhos
A agenda da VIII Convenção da Iniciativa Liberal tinha previsto para a noite de sábado a discussão da proposta de estatutos que conseguisse 2/3 dos votos com possíveis alterações proposta a proposta. Como nenhuma das duas o obteve, os trabalhos foram encerrados e retomam amanhã.
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Proposta do Conselho Nacional também não conseguiu 2/3 dos votos necessários
A proposta do grupo estatutário do Conselho Nacional conseguiu 319 votos a favor, 144 contra, 51 abstenções e 28 votos não expressos. Esta proposta obteve 58,86% votos a favor, quando precisava de 66,7%. Desta forma, nenhuma das propostas obteve dois terços de maioria.
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Proposta "Estatutos + Liberais" volta a ser chumbada na segunda votação
Na segunda ronda da votação, a proposta “Estatutos + Liberais”, que tem como primeiro subscritor Miguel Ferreira da Silva, conseguiu 155 a favor, 318 contra, 51 abstenções e 18 votos não expressos. Na primeira ronda tinha conseguido 157 votos a favor, 316 contra, 42 abstenção e 27 votos não expressos.
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Miguel Barbosa diz que "faltam poucos" e que revisão dos estatutos é evolução face aos atuais
Miguel Barbosa, que defende a proposta apoiada pela direção de Rui Rocha, tenta convencer os que não votaram a favor do documento, ao dizer que “é melhor do que os atuais estatutos”.
O liberal diz que “faltam poucos” para chegar à maioria de dois terços e pede a esses, numa “reflexão final”, darem o sinal de força para fora de que conseguem aprovar uma revisão que é uma “evolução” face aos anteriores estatutos.
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Miguel Ferreira da Silva pede que liberais "não tenham medo" e dá exemplo do Bloco que se fechou "à volta de uma direção"
Miguel Ferreira da Silva, primeiro presidente da Iniciativa Liberal e primeiro subscritor da proposta “Estatutos + Liberais”, tem agora 10 minutos para defender o documento e assegura: “É muito mais o que nos une do que aquilo que nos separa.”
Começa por pedir que não se dê demasiada importância à imprensa: “Se pensarmos apenas na imprensa estamos a ser populistas. Mesmo que haja más críticas na imprensa… nunca há más críticas quando falam de nós. Habituem-se porque estamos cá para mudar o país.”
“Não há nenhum regresso ao passado nem deve haver”, assegura, sublinhando que não é “o pai disto tudo” e que houve “a colaboração de muitas pessoas”. E diz: “Não tenham medo, confiem”, acrescentando que “o que está em causa é se estamos no futuro como estamos até agora ou se preparamos o partido para uma fase de crescimento”. O ex-presidente da IL dá o exemplo do Bloco de Esquerda para justificar que “tanto se quis fechar à volta de uma direção que perdeu os seus membros”.
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Tiago Mayan Gonçalves: "O Conselho Nacional mantém os problemas de falta de transparência"
O antigo candidato presidencial pela Iniciativa Liberal diz que “não está a representar a oposição” interna no partido, mas sim “uma visão distinta para as alterações estatutárias”.
Veja a entrevista completa:
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Proposta do Conselho Nacional também não conseguiu 2/3 dos votos
A proposta do grupo de trabalho do Conselho Nacional não obteve os 2/3 necessários para aprovar novos estatutos. Conseguiu 291 votos a favor, 162 contra, 57 abstenções e 32 votos não expressos. Esta proposta obteve 53,69% votos a favor, quando precisava de 66,7%.
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Mariana Leitão pede que discussão dos estatutos não sirva para "levantar trincheiras" e para "pôr membros contra membros"
Mariana Leitão, líder parlamentar da Iniciativa Liberal, elogiou o caminho feito até agora pelo partido e rematou: “Não foram os estatutos que trouxeram as vitórias da IL.”
E argumenta que os estatutos permitiram ao partido ter a “agilidade para se expandir” e “enfrentar sucessivos atos eleitorais com sucesso”. “É agora importante que estatutos sejam adaptados para permitir que se mantenha essa rota de crescimento e uma reposta ágil aos desafios do futuro”, realça, frisando que é fundamental que não se utilize esta discussão para “levantar trincheiras” e para “desvirtuar o caminho da IL, para criar clima de desconfiança permanente, limitar a liberdade política dos membros ou para pôr membros contra membros”.
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Proposta "Estatutos + Liberais" chumbada na primeira votação
A proposta “Estatutos + Liberais”, que tem como primeiro subscritor Miguel Ferreira da Silva, precisava de 2/3 da votação para ser aprovada e obteve o seguinte: 157 votos a favor, 316 contra, 42 abstenção e 27 votos não expressos. Esta proposta obteve 28,97% quando precisava de 66,7% para ser aprovada.
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Rodrigo Saraiva desvaloriza críticas e pede que IL se "vire para fora": "Foi aprovada uma coisa com a qual discordo bastante, mas estou cá"
Rodrigo Saraiva, vice-presidente da Assembleia da República e fundador da IL, sobe ao palco para deixar claro que “só vai haver uma coisa 100% ao nosso gosto quando houver partidos que só têm um membro”, sublinhando que “até lá tem de haver “consensos, cedência e negociação”.
“A mim ensinaram-me que o liberalismo assenta na democracia representativa e na revisão estatutária isso foi mitigado para não dizer retirado”, recorda o deputado liberal, que nessa altura foi “derrotado” porque foi aprovado algo em que não se revê.
E prossegue para dar uma espécie de lição para dentro do partido: “Foi aprovada uma coisa com a qual discordo bastante, mas estou cá. Continuei cá a trabalhar, a ajudar a IL a crescer e cá estou, não saí nem andei por aí a dizer um conjunto de coisas.”
Desse conjunto de coisas, Rodrigo Saraiva começa por recusar a ideia de estagnação (“Um partido com seis anos que cresceu sempre está estagnado… temos é de nos preocupar com a estagnação do país que tem décadas. Temos é de nos preocupar com a estagnação lá fora, cá dentro não existe”) e segue para questionar as críticas à “falta de democracia interna, centralismo, excesso de poder da direção, não praticam cá dentro o que apregoam lá para foram, falta de transparência”, cita notícias e conclui:
“Isto é de outros três partidos que estão na Assembleia da República, parece que há um livro que se deve chamar ‘O Manual de como fazer oposição nos partidos’ porque em todos está tudo mal.”
“Desde o dia um, sei que há um partido em que cada um diz o que lhe apetece, cada núcleo faz o que quer e depois há umas eleições, uns ganham e outros perdem, chama-se democracia. Vamos virar lá para fora”, remata.
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João Cotrim de Figueiredo: "Nas Europeias não tinha propriamente os adversários mais difíceis do mundo"
Em entrevista à Rádio Observador, o recentemente eleito eurodeputado rejeita a existência da ‘marca Cotrim’ e diz que resultado nas eleições europeias foi do partido e não apenas seu.
Veja a entrevista completa:
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Mayan não se assume candidato, mas avisa que "Unidos pelo liberalismo" vai continuar a procurar "criar alternativa"
Tiago Mayan Gonçalves diz que, mesmo que tenha uma derrota nos estatutos, o movimento “Unidos pelo Liberalismo” vai continuar. Isto porque também propõe uma “visão, estratégia, comunicação e criação de uma alternativa dentro do partido. Fala de tudo isso. E está disponível para tudo isso.”
[Ouça aqui a entrevista na íntegra]
Tiago Mayan Gonçalves: “Estatutos da direção representam retrocesso”
Ainda assim, Mayan recusa-se a apresentar-se já como candidato à liderança do partido: “O que espero é contribuir para a discussão estatutária. E do programa político”.
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Mayan: "Mantêm-se os problemas de falta de transparência" do Conselho Nacional
Tiago Mayan Gonçalves, em entrevista à Rádio Observador, diz que “não está a representar a oposição”, mas “uma visão distinta para as alterações estatutárias”. O antigo candidato presidencial diz que é “um membro de base” que se mobilizou para “gerar valor”.
Mayan diz que os “membros têm críticas que são perfeitamente atendíveis”. Sobre a proposta de incompatibilidades entre eleitos e cargos no partido, o antigo candidato à Presidência da República diz que mais do que aprovar essas medidas, pretende fomentar a discussão.
O autarca da IL diz que “se mantêm os problemas de falta de transparência” do Conselho Nacional.
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Rodrigo Saraiva: "O Rui Rocha mostrou sempre motivação para unir o partido e uniu"
Em entrevista à Rádio Observador, Rodrigo Saraiva defende o trabalho que o atual líder do partido tem feito e afasta-o da sombra de Cotrim de Figueiredo.
Veja a entrevista completa:
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Candidatura fugaz à presidência do Renew? "Fui verdinho"
Sobre a sua candidatura à presidência do grupo Renew, diz que não durou duas horas, mas foi “entre sexta-feira e segunda-feira”. João Cotrim Figueiredo diz que “se achou útil o ALDE ter uma candidato próprio, já que representa dois terços do grupo Renew”.
[Ouça aqui a entrevista na íntegra]
João Cotrim Figueiredo: “Nas Europeias não tinha propriamente os adversários mais difíceis do mundo”
Sobre a retirada da candidatura à presidência do grupo dos liberais do Parlamento Europeu, diz que foi “verdinho”, uma vez que achou que “o apoio da direção do ALDE seria suficiente” e não foi.
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Cotrim acredita em maioria de dois terços que permita rever estatutos
João Cotrim Figueiredo, em entrevista à Rádio Observador, acredita que “é possível dois terços” que aprovem a revisão dos estatutos. Que considera ser importante para não bloquear o partido. O antigo presidente da IL diz, no entanto, que é preferível manter os estatutos anteriores do que ser aprovada a proposta apoiada por Miguel Ferreira da Silva e Tiago Mayan Gonçalves porque é “demasiado experimentalista”.
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Cotrim diz que "só fora do partido" é que ouve que é uma sombra que paira sobre Rui Rocha
João Cotrim Figueiredo diz que “pela primeira vez, a Iniciativa Liberal decidiu personalizar a campanha”, o que “não foi uma decisão fácil” e que tomou a “contra-gosto”.
O eurodeputado diz que “só fora do partido” é que dizem que é uma sombra que paira sobre Rui Rocha.
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Cotrim: "Nas Europeias não tinha propriamente os adversários mais difíceis do mundo"
O João Cotrim Figueiredo diz que não só está confortável com o facto de Rui Rocha se apropriar do seu resultado nas Europeias como exigiu que assim fosse. O eurodeputado da IL diz que o trabalho foi coletivo e que “não existe marca Cotrim”.
Apesar de admitir que tinha alguma notoriedade e um estilo próprio, diz que nas Europeias “não tinha propriamente os adversários mais difíceis do mundo.”