Momentos-chave
- Kremlin: "Ainda não há bases para negociações"
- Zelensky avisa que Rússia já "raptou" mais de 100 crianças ucranianas
- Zelensky anuncia aumento da produção de mísseis
- Blinken acusa Putin de "utilizar o inverno como uma arma" contra a Ucrânia
- Rangel confirma que Portugal é "favorável" à adesão da Ucrânia na NATO
- Ucrânia diz que Rússia atingiu infraestruturas críticas em Ternopil e Rivne
- Kremlin: pacotes de apoio militar dos EUA à Ucrânia é mais "combustível para a fogueira"
- Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano exige à NATO mais mísseis de defesa antiaérea
- Líder da NATO avisa Trump que um mau acordo na Ucrânia trará ameaças para EUA
- Ucrânia não vai aceitar garantias de segurança em substituição da adesão à NATO
- NATO quer Kiev com mais apoio militar e "posição de força" em negociações
- Ucrânia pediu convite rápido da NATO, mas aliança não está na mesma página: “Vai demorar semanas, meses para se chegar a consenso"
- França e Reino Unido ponderam envio de tropas para monitorizar cessar-fogo na Ucrânia
- Ataques russos provocam pelo menos uma morte e oito feridos
- Geórgia pode ser a próxima na lista de Putin?
- Ministros dos Negócios dos Estrangeiros da NATO reúnem-se em Bruxelas para discutir Ucrânia
Histórico de atualizações
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Boa tarde, passámos a seguir a guerra na Ucrânia neste outro artigo em direto.
Obrigada por nos acompanhar, até já.
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Kremlin: "Ainda não há bases para negociações"
Em declarações ao jornal russo Izvestia, Dmitry Peskov confirma que “ainda não há bases para negociações” de paz entre a Rússia e a Ucrânia, apesar de os dois lados admitirem uma abertura para começar o diálogo.
O porta-voz do Kremlin adianta que vários países já se “voluntariaram” para tomar um passo em frente nos esforços de mediação, mencionando o caso do Qatar. “O emirado é muito ativo em serviços de mediação em variados tópicos, de uma forma muito eficaz”, acrescenta.
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Zelensky avisa que Rússia já "raptou" mais de 100 crianças ucranianas
“Investigadores da Universidade de Yale identificaram crianças das regiões de Donetsk e Luhansk, que foram raptadas pela Rússia desde fevereiro de 2022”, afirma Volodymyr Zelensky, na rede social X.
De acordo com o estudo da universidade norte-americana, 166 crianças já integradas em famílias russas, enquanto que 148 constam nas bases de dados para a colocação de crianças.
“Só em união é que poderemos restabelecer a justiça que a Rússia violou em tão grande escala, proteger o futuro das crianças ucranianas e trazê-las de volta a casa”, escreve Zelensky.
Another solid piece of evidence of Russia’s war crimes against Ukraine and Ukrainians is the Yale HRL study. Yale researchers have identified hundreds of Ukrainian children from the Donetsk and Luhansk regions who have been abducted by Russia since February 2022, as well as their… pic.twitter.com/BzRBTe6pJE
— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) December 3, 2024
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Zelensky anuncia aumento da produção de mísseis
O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que a indústria nacional está a acelerar a sua produção própria de mísseis, após uma reunião com os responsáveis do desenvolvimento de armas.
“Recebi um relatório sobre o teste de novos tipos de mísseis. Posso agradecer aos ucranianos que estão envolvidos no desenvolvimento de mísseis. Estamos a acelerar a produção”, escreveu Zelensky nas redes sociais, sem adiantar mais pormenores.
Na reunião, o Presidente ucraniano foi também informado sobre os contratos com os produtores de armas, dando conta de “um volume significativo de encomendas novas e de longo prazo de drones”.
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EUA e Ucrânia assinam Memorando de Entendimento para 800 milhões de euros em apoio energético
Antony Blinken e Andrii Sybiha assinaram um Memorando de Entendimento, um pré-contrato valorizado em cerca de 800 milhões de euros para fornecer apoio energético à Ucrânia.
Desta forma, o chefe da diplomacia norte-americana volta a reforçar o seu compromisso em garantir que a “Ucrânia tenha uma maior capacidade generativa”, e que quando as coisas são destruídas, possam ser substituídas rapidamente.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia alerta para um aumento dos bombardeamentos russos em infraestruturas energéticas em todo o país, focando-se nos ataques a centrais nucleares, avisando para um “risco verdadeiro de incidente nuclear”.
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Blinken acusa Putin de "utilizar o inverno como uma arma" contra a Ucrânia
Antony Blinkin, em declarações conjuntas com o secretário-geral da NATO, reforçou o seu compromisso com a Aliança até ao fim do seu mandato, em janeiro, e a sua determinação em garantir que a “Ucrânia tem tudo o que precisa para conseguir lidar com o que está a enfrentar no campo de batalha”.
Fora do campo de batalha, o chefe da diplomacia norte-americana alerta para os ataques russo contra a infraestrutura energética ucraniana, acusando Vladimir Putin de “utilizar o inverno como uma arma” e afirma que não vai “deixar que isso aconteça”.
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Rangel confirma que Portugal é "favorável" à adesão da Ucrânia na NATO
Em Bruxelas para um encontro entre ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, Paulo Rangel confirma que Portugal “é favorável” à adesão da Ucrânia na Aliança, em declarações aos jornalistas.
O chefe da diplomacia nacional não adianta grandes detalhes sobre os temas a discutir na reunião do conselho NATO-Ucrânia esta tarde, mas admite uma possível votação para recomendar a entrada do país, para posteriormente ser feito um convite oficial na Haia. “Não sei se haverá consenso”, acrescenta o ministro.
“Esta recomendação dos ministros não é um endosso de uma adesão imediata”, reforça.
Sobre o pedido de sistemas de defesa anti-aérea feito pelo seu homólogo ucraniano, Paulo Rangel admite “que possa haver a possibilidade de ceder temporariamente alguns dos equipamentos que estão agora a pedir”, mas que Portugal não possui essas capacidades militares.
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Ucrânia diz que Rússia atingiu infraestruturas críticas em Ternopil e Rivne
Ataques russos durante a noite e madrugada com drones danificaram infraestruturas ucranianas críticas em Ternopil e Rivne, denunciou Força Aérea ucraniana.
Numa publicação na rede social Telegram, o presidente da câmara de Ternopil, Serhiy Nadal, disse que parte da cidade ficou sem eletricidade. As autoridades estão a tentar repor os serviços, que já tinham sido afetados num ataque russo da semana passada.
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Kremlin: pacotes de apoio militar dos EUA à Ucrânia é mais "combustível para a fogueira"
O porta-voz do Kremlin disse hoje que o anúncio de um novo pacote militar dos Estados Unidos da América para a Ucrânia é prova de que a administração de Joe Biden quer atiçar o conflito.
“A administração está fazer tudo o que pode para adicionar mais combustível para a fogueira”, denunciou Dmitry Peskov, citado pela agência Reuters. No entanto, o porta-voz sublinhou que “este e outros pacotes de ajuda não podem mudar o curso dos eventos, não podem afetar a dinâmica da linha da frente.”
Na segunda-feira, os EUA anunciam um novo pacote de quase 700 milhões de euros em apoio militar para a Ucrânia, que inclui sistemas anti-drone, munições para HIMARS e mais minas antipessoais.
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Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano exige à NATO mais mísseis de defesa antiaérea
O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, exigiu hoje à NATO mais 20 sistemas de defesa antiaérea para ajudar a Ucrânia a enfrentar os cada vez mais frequentes ataques de mísseis russos.
À chegada ao quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, Andrii Sybiha apresentou o ‘caderno de encargos’ mais premente: A Ucrânia necessita “urgentemente” de sistemas de defesa antiaérea, nomeadamente os MIM-23 Hawk, os NASAMS, um sistema de defesa antiaéreo específico para ‘drones’ (veículos aéreos sem tripulação), e os IRIS-T.
“Só assim vamos conseguir evitar um apagão”, referiu, aludindo aos cada vez mais frequentes ataques russos contra infraestruturas energéticas civis no território ucraniano.
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Líder da NATO avisa Trump que um mau acordo na Ucrânia trará ameaças para EUA
O secretário-geral da NATO esteve há umas semanas reunido com o Presidente eleito dos Estados Unidos da América na Florida, um esforço para o persuadir a manter-se próximo dos aliados ocidentais e a continuar a apoiar a Ucrânia. Nesse encontro, também deixou um aviso: um mau acordo para pôr fim ao conflito trará ameaças aos EUA.
“Não podemos ter uma situação em que temos [o líder da Coreia do Norte] Kim Jong Un, o líder russo e [o Presidente chinês] Xi Jinping e o Irão celebram porque chegámos a um acordo que não é bom para a Ucrânia”, afirmou Mark Rutte ao Financial Times na primeira entrevista do seu mandato. “A longo prazo, isso será uma ameaça terrível à segurança não só da Ucrânia, mas também dos Estados Unidos”, alertou.
Rutte também afirmou, numa aparente referência à reivindicação chinesa de Taiwan, que o Presidente chinês “pode ficar com ideias sobre algo no futuro se não existir um bom acordo [para a Ucrânia].”
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Ucrânia não vai aceitar garantias de segurança em substituição da adesão à NATO
Numa altura em que os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO se preparam para um encontro em Bruxelas, a Ucrânia sublinhou que considera que a adesão à aliança militar é a “única verdadeira garantia de segurança”.
“Com a amarga experiência do Memorando de Budapeste para trás, não vamos aceitar nenhuma alternativa ou substitutos à plena adesão da Ucrânia à NATO”, pode ler-se num comunicado emitido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano.
O comunicado foi publicado na semana em que se assinala o 30.º aniversário do Memorando de Budapeste, um acordo em que se estabeleciam garantias de segurança à Ucrânia em troca da entrega do terceiro maior arsenal nuclear, uma herança do período soviético.
“[O Memorando de Budapeste] deve servir como um alerta aos atuais líderes da comunidade euro-atlântica de que construir uma arquitetura de segurança europeia às custas dos interesses da Ucrânia, em vez de os tomar em consideração, está destinado ao fracasso”, nota o ministério.
A Ucrânia apela aos Estados Unidos e Reino Unido, signatários do memorando, à França e China, que aderiram, e a todos os participantes do Tratado de Não Proliferação de Armas nucleares que apoiem um convite da NATO a Kiev para “contrariar as tentativas de chantagem russas.”
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NATO quer Kiev com mais apoio militar e "posição de força" em negociações
O secretário-geral da Aliança Atlântica defendeu hoje o envio de apoio militar imediato à Ucrânia para lhe dar uma “posição de força” no momento das negociações com a Rússia.
“[Na reunião dos próximos dois dias] vamos concentrar-nos naquilo que é necessário agora e o que é necessário é fazer chegar o apoio militar à Ucrânia”, disse Mark Rutte, em conferência de imprensa de antecipação de uma reunião ministerial, no quartel-general da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), em Bruxelas, na Bélgica.
O secretário-geral da NATO frisou que o mais importante no imediato é reforçar as capacidades do país para eventuais negociações: “Quando chegar o momento de conversar com a Rússia, a Ucrânia vai fazê-lo de uma posição de força.”
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Ucrânia pediu convite rápido da NATO, mas aliança não está na mesma página: “Vai demorar semanas, meses para se chegar a consenso"
O pedido foi claro: Kiev deveria ser convidado a aderir à NATO na reunião que esta terça-feira vai juntar ministros dos Negócios Estrangeiros em Bruxelas. A resposta já se vai afigurando: “Vai demorar semanas, meses para se chegar a um consenso,” como admitiu à Reuters um funcionário de topo da NATO.
Em declarações sob a condição de anonimato, a fonte disse à agência de notícias que é muito improvável que o convite seja feito durante a reunião de hoje. “Ficaria muito surpreendido [se isso acontecesse]”, admitiu.
A aliança militar já declarou que o caminho de adesão da Ucrânia à NATO é “irreversível”, mas até agora não avançou com um convite para a organização nem com uma linha temporal sobre a adesão.
Kiev, por seu turno, tem reforçado os pedidos para uma adesão rápida. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou recentemente que aceitaria um acordo de cessar-fogo em troca de adesão à NATO, mesmo sem territórios ocupados pela Rússia.
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França e Reino Unido ponderam envio de tropas para monitorizar cessar-fogo na Ucrânia
Todas as hipóteses estão a ser equacionadas pela França e Reino Unido para apoiar a Ucrânia em eventuais negociações de paz com a Rússia, uma porta que Kiev abriu. Uma das possibilidades que os dois países estão a discutir passa pelo envio de tropas para monitorizar um cessar-fogo, revelou uma fonte da NATO à Radio Free Europe.
A mesma fonte, que falou na condição de anonimato, disse que as discussões estão, por agora, a decorrer apenas ao nível dos dois países e não na estrutura da NATO. O objetivo é equacionar e preparar vários cenários de apoio para garantir que os países europeus estão prontos para apoiar a Ucrânia caso a administração norte-americana exigir um maior envolvimento europeu.
Segundo a Radio Free Europe, outra das hipóteses é procurar assegurar a participação dos aliados europeus em eventuais negociações de paz que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, possa vir a mediar.
Trump, que em janeiro tomará posse na Casa Branca, prometeu acabar com a guerra na Ucrânia em 24 horas. Também já deixou no ar que pondera terminar com o apoio militar e financeiro norte-americano que tem sustentado o esforço de guerra ucraniano, o que iria sobrecarregar os aliados europeus.
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Ataques russos provocam pelo menos uma morte e oito feridos
Os ataques russos contra território ucraniano nas últimas horas provocaram pelo menos uma morte, na região de Donetsk, e oito feridos. Numa altura em que a Ucrânia entra em mais um inverno, o terceiro em guerra, as forças de Moscovo têm atacado infraestruturas energéticas.
Segundo a Força Aérea ucraniana só na última noite, foram destruídos 22 dos 28 drones russos que sobrevoaram a Ucrânia.
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Geórgia pode ser a próxima na lista de Putin?
Um povo dividido e em tumulto. O governo suspendeu as negociações para a entrada na União Europeia e manifestações são diárias. Nuno Amaral Jerónimo, professor universitário, é o convidado.
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Ministros dos Negócios dos Estrangeiros da NATO reúnem-se em Bruxelas para discutir Ucrânia
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO reúnem-se no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para discutir os últimos desenvolvimentos no conflito na Ucrânia, marcados por uma intensificação das manobras russas e o envolvimento de tropas norte-coreanas. Portugal está representado na reunião pelo ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel.
Entre os temas em discussão, os ministros deverão abordar uma carta enviada pela Ucrânia à NATO a pedir um convite formal para aderir à Aliança Atlântica.
A carta, consultada por ‘media’ internacionais na semana passada, assinada pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andrii Sybiha, pedia um convite para aderir à organização político-militar, um passo que faz parte do “plano para a vitória” do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Também na semana passada, numa entrevista à estação televisiva britânica Sky News, Zelensky afirmou que aceitaria um acordo de cessar-fogo, mesmo sem a devolução imediata dos territórios ocupados, em troca da adesão à NATO.
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Bom dia, abrimos este liveblog para acompanhar as principais notícias sobre a guerra na Ucrânia.
Neste outro artigo, pode recuperar tudo o que aconteceu ontem.