As forças de defesa e segurança da Ucrânia abateram hoje uma série de equipamentos russos que se encontravam sobre a região fronteiriça de Sumy, a norte de Kharkiv. A destruição de um míssil balístico, dois drones e um helicóptero foi partilhada pela Administração Militar Regional de Sumy, através do seu canal no Telegram.

Na sua habitual comunicação diária, o Presidente ucraniano relatou que as operações de resgate, depois do ataque russo em Kharkiv ainda estão a decorrer. Depois de as autoridades terem falado em oito feridos, Zelensky atualizou este número para doze feridos e um morto.

Na sua mensagem, Zelensky confirmou ainda o aumento da produção nacional de drones e mísseis, como uma das prioridades da Ucrânia.

I thank each of our combat brigades, all soldiers, and commanders who are using all their strength to destroy the enemy, especially by effectively deploying our drone capabilities. Our Ukrainian Defense and Security Forces are already gaining an advantage in this area – in July,… pic.twitter.com/UESjXzxkv6

— Volodymyr Zelenskyy / Володимир Зеленський (@ZelenskyyUa) August 6, 2024

A Rússia bombardeou hoje um clínica médica em Kharkiv, acusaram as autoridades regionais ucranianas. O governador Oleg Sinegubov relatou no seu canal de Telegram que os russos dispararam mísseis Iskander, por volta das 10h da manhã, hora local (8h em Portugal Continental), e que as autoridades estavam no local para missão de resgate.

Mais tarde, os Serviços de Emergência ucranianos confirmaram que oito civis tinham ficado feridos, entre os quais um bebé de oito meses, e que pelo menos cinco pessoas tinham sido resgatadas dos escombros da clínica e de outros edifícios residenciais, que também foram atingidos.

Volodymyr Zelensky anunciou hoje que Kiev vai alocar novos fundos para o programa nacional de mísseis. Este foi iniciado depois da invasão russa e tem como objetivo estimular a produção interna para a defesa do país.

A decisão foi anunciada depois de uma reunião do Presidente ucraniano com o ministro da Defesa e das Indústrias Estratégicas, que atualizaram Zelensky sobre o estado do programa. “A decisão vai dirigir fundos adicionais para o nosso programa de mísseis. Vai haver mais mísseis da nossa produção”, escreveu o Presidente no Telegram à saída da reunião, sem adiantar mais detalhes sobre este redirecionamento de fundos.

A Bloomberg tomou uma “ação disciplinar” contra vários jornalistas que participaram na decisão de publicar a notícia sobre a histórica troca de prisioneiros entre a Rússia e os EUA, incluindo do jornalista Evan Gershkovich, antes de o avião onde seguiam aterrar em Ancara. Pelo menos uma jornalista terá sido despedida.

Segundo o The Guardian, que teve acesso a um email enviado aos trabalhadores na segunda-feira, o editor-chefe John Micklethwait não especifica que ações disciplinares, e a quem, foram ao certo tomadas. Mas o Guardian adianta que pelo menos uma jornalista terá sido despedida.

“Na quinta-feira passada, publicámos prematuramente uma história sobre a libertação de Evan Gershkovich e outros prisioneiros, que poderia ter colocado a troca negociada em risco”, escreveu Micklethwait, no email, acrescentando que se tratou de uma “violação clara dos padrões editoriais que tornou esta redação tão confiável em todo o mundo”.

A jornalista despedida será Jennifer Jacobs, correspondente da Bloomberg na Casa Branca, de acordo com o The Washington Post. Numa publicação no X, Jacobs recusou ter violado qualquer embargo e frisa que trabalhou “lado a lado com editores para aderir às normas e diretrizes editoriais”. “Em nenhum momento, fiz algo que fosse conscientemente inconsistente com o embargo da administração ou que colocassem em risco qualquer pessoa envolvida”.

pic.twitter.com/Qecn7Hmkt0

— Jennifer Jacobs (@JenniferJJacobs) August 5, 2024

Sublinhou também que os jornalistas “não têm a última palavra sobre quando é que uma história é publicada ou com que título. A cadeia de eventos aqui poderia acontecer com qualquer repórter. É por isso que existe a verificação e equilíbrios nos processos editoriais”, defende.

Uma pessoa morreu e 13 ficaram feridas nos bombardeamentos ucranianos à região russa de Kursk. Segundo informou o governador da região no Telegram, um helicóptero ucraniano atacou um miniautocarro, matando o motorista, perto da aldeia de Nekhaeka.

A julgar pelas mensagens que Alexei Smirnov tem estado a publicar desde a madrugada, a região está a ser alvo de um ataque aéreo cerrado da Ucrânia. A autoridade local tem emitodo vários avisos mísseis e drones à população.

E de manhã adiantara que as forças russas tinham abatido 26 drones ucranianos e que as tropas ucranianas tinham tentado avançar pela fronteira russa (ver entrada neste artigo em direto às 12h49).

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O Conselho da União Europeia (UE) aprovou hoje, em Bruxelas, a entrega à Ucrânia de uma primeira verba de 4,2 mil milhões de euros em fundos, no âmbito do Mecanismo para a Ucrânia.

A luz verde para esta primeira parcela do instrumento financeiro que tem um valor total de 50 mil milhões de euros, no valor de 4,2 milhões de euros, foi decidida depois de o Conselho da UE ter concluído, em maio, que o plano apresentado por Kiev cumpre as condições prévias para a Ucrânia receber subvenções e empréstimos para apoiar a estabilidade macrofinanceira do país e o funcionamento da sua administração pública.

As tropas ucranianas tentaram hoje entrar em Kursk, região fronteiriça, mas foram impedidos pelas forças russas, disse o governador local no Telegram, que também adiantou terem sido destruidos 26 drones.

Outros canais pró-russos na mesma plataforma dão conta de um grupo de sabotadores armados tentou romper pelo território russo em Sudzhansky e Korenvevsky mas que os russos evitaram um avanço na fronteira.

Kiev não comentou mas o chefe do departamento contra a desinformação do Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia disse, também no Telegram, que “os soldados russos estão a mentir sobre o comando da situação” na região de Kursk. “Rússia não controla a fronteira”, garantiu.

O governador de Kursk revelou ainda que o bombardeamento ucraniano à cidade de Sudzha feriu cinco pessoas incluindo três crianças e danificou várias casas, publicando algumas imagens.

Moscovo suspeita que a Ucrânia planeava atacar a Rússia durante o desfile do Dia da Marinha, em julho, em que discursou Vladimir Putin. E que terá mesmo chegado a contactar Washington, noticia a Reuters, citando a televisão estatal russa.

Essa peça televisiva referia que o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Ryabkov, tinha dito que a preocupação com a suspeita de um plano de ataque em São Petersburgo a 29 de julho fora tão forte que o ministro da Defesa contactara o seu homólogo dos EUA. Mas que os pormenores do que se passara estava em segredo de Estado.

Na verdade, a 26 de julho o The New York Times noticiava que Lloyd Austin tinha recebido uma chamada de Andrei Beolousov no dia 12 de julho para lhe dizer que tinham detetado uma operação secreta ucraniana em curso contra a Rússia, com o beneplácito dos EUA. Belousov perguntava ao Pentágono se tinha conhecimento da conspiração e do seu potencial para aumentar as tensões entre Moscovo e Washington.

Segundo as fontes do jornal norte-americano, os EUA disseram não saber de nada mas levaram a informação a sério. Contactaram Kiev e aconselharam os ucranianos, caso estivessem de facto a planear algo do género, a não o executarem.

Uma explosão numa fábrica militar da Rostec, empresa estatal de armamento em Bashkortostan, na Rússia, matou ontem três pessoas, informou a Radio Free Europe/Radio Liberty.

As vítimas mortais seriam funcionários da fábrica que fica a 1500km de Moscovo que estavam a desmantelar um pipeline antigo. As autoridades russas que estão a investigar o incidente disseram num comunicado, citado pela agência russa independente Interfax, que foi uma mistura de gás com ar que causou a explosão.

Segundo informações, a explosão ocorreu depois que uma equipe de reparos desmontou uma tubulação em uma das oficinas. Os três membros da equipa morreram.

Segundo o Comité de Investigação russo, os trabalhadores poderão ter violado as normas de segurança ao cortar os tubos.

A causa do incidente ainda está a ser investigada.

A noite foi de explosões mas não houve vítimas e os danos em infraestruturas não foram muito significativos depois de Kiev ter estado sob fogo russo esta noite.

Segundo a Força Aérea da Ucrânia os sistemas de defesa ucranianos destruíram dois mísseis balísticos Iskander, dois mísseis de cruzeiro Kh-59 e 15 drones de ataque que a Rússia lançou durante a noite à capital da Ucrânia. A mesma fonte diz no Telegram que a Rússia lançou quatro mísseis balísticos Iskander, mas não diz o que aconteceu aos dois mísseis que não foram destruídos.

Por outro lado, o governado regional de Kiev adianta que não foram atingidos quaisquer casas ou infraestruturas críticas (destroços estilhaçaram janelas de apartamentos e um edifício de escritórios e duas bombas de combustível). E Serhiy Popko, chefe das autoridades militares na cidade, acrescenta, também no Telegram, que não houve vítimas.