Momentos-chave
- Bloco de Esquerda lamenta "resignação" na mensagem de Marcelo
- Costa: "A nós compete-nos o que não compete a mais ninguém, que é encontrar soluções"
- Costa diz que mensagem do Presidente foi "importante" para sinalizar que "situação não tem comparação com a de há 100 anos"
- Marcelo: "Ao contrário de há 100 anos, agora o Presidente dispõe do poder de vetar leis e dissolver o Parlamento"
- Marcelo: "Só durante a ditadura, o regime não celebrou a República"
- “Toda a realidade política precisa dessa vontade de mudança”, diz Moedas
- "Uma verdadeira república não é, nem poderia ser, a República de um partido"
- Moedas: “somos um país que evoluiu através do confronto”
Histórico de atualizações
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Este liveblog fica por aqui.
Obrigada por ter acompanhado, no Observador, as cerimónias do 5 de Outubro.
Até breve!
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Moedas aproveita palco de presidente para ser oposição ao Governo de Costa
É a primeira vez que Moedas participa com o colar de autarca ao peito, mas manteve os socialistas como alvo. Numa mão, os tiros à oposição interna na autarquia; na outra ao Governo de António Costa.
Moedas aproveita palco de presidente para ser oposição ao Governo de Costa
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Marcelo nas entrelinhas. Mais qualidade da democracia, a 'bomba atómica' que abate maiorias e os "erros" que matam
No discurso do 5 de Outubro, o Presidente exigiu mais qualidade da democracia, após casos polémicos no Governo. E voltou a lembrar que pode, a qualquer momento, dissolver o Parlamento.
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IL: "O Presidente da República não apreendeu com a história"
Na ronda de reações, fala agora o deputado da Iniciativa Liberal Rodrigo Saraiva para apontar que “o Presidente da República não aprendeu com a história”.
“Temos um problema. Em Portugal não tem existido alternativa, tem havido alternância, e uma alternância coxa. O PS governa 20 dos últimos 27 anos. O Presidente da República tem sido exemplo da pouca exigência que tem de existir com o Governo e as oposições”, diz o deputado liberal que destaca a Iniciativa Liberal na oposição.
“Temos sido o partido em todas as áreas que tem mesmo uma visão alternativa àquilo que os desgovernos têm desgovernado o país. Gostávamos que o Presidente da República fizesse o que lhe compete para que exista alternativa”, disse ainda.
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PCP exige que sejam valorizados salários, controlados os lucros das grandes empresas e garantida habitação
A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, diz que “a situação económica e social exige o cumprimento da Constituição”. Para a deputada comunista a resposta passa pela “valorização dos salários, controlo dos lucros das grandes empresas, e a garantia do acesso à habitação”.
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Bloco de Esquerda lamenta "resignação" na mensagem de Marcelo
Pedro Filipe Soares, deputado do Bloco de Esquerda, considerou que a mensagem do Presidente “parece algo resignado”. “Se a democracia não é um dado adquirido para todo o sempre, ela tem de ser trabalhada quotidianamente”.
O deputado acabou por falar do que considera a falta de resposta para o encarecimento da vida e realçou que lhe pareceu ter faltado na mensagem do Presidente e, depois, na reação de António Costa palavras sobre a escalada da inflação, crise na habitação e subida das taxas de juro.
O Bloco de Esquerda apresentou propostas para a habitação, que vão ser debatidas na quinta-feira no Parlamento. “Migalhas” foi como apelidou o pacote anti-inflação do Governo.
Pedro Filipe Soares garante que abriu ao diálogo a proposta na habitação, mas que, apesar das palavras, não vê abertura para diálogo do Governo.
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Costa: "A nós compete-nos o que não compete a mais ninguém, que é encontrar soluções"
António Costa aproveitou o momento junto dos jornalistas para falar sobre as políticas recentemente adotadas pelo governo para mitigar a crise económica.
Apontando que “o papel do governo e do primeiro-ministro” é estar atentos “ao que se passa no país e no mundo”, Costa declarou que o Governo português tem plena consciência da realidade e que é a ele que compete fazer o que não compete a mais ninguém.
“Não somos só a voz dos portugueses, também escutamos a voz dos portugueses. A nós compete-nos o que não compete a mais ninguém, que é encontrar soluções para resolver os problemas”, nomeadamente adotar “um conjunto de políticas que reforcem a confiança”.
“Tal como aconteceu durante a pandemia, termos consciência de que os tempos são exigentes. Temos de ir a par e passo, adotando as medidas que mais protegem as famílias, que mais apoiam as empresas e que mais reforçam a nossa confiança coletiva no futuro”, declarou o primeiro-ministro, destacando a importância de “continuar a pensar no amanhã”.
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Costa diz que mensagem do Presidente foi "importante" para sinalizar que "situação não tem comparação com a de há 100 anos"
Reagindo ao discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa considera que “a mensagem do sr. Presidente foi muito importante para o país”, porque sinalizou como, “não obstante os tempos de grande exigência que vivermos — uma pandemia, uma guerra, uma inflação como não tínhamos há 30 anos –, estamos, felizmente, numa situação que não tem comparação como a de há 100 anos”.
Apontando que a responsabilidade dos líderes políticos “difere em função do cargo que exercem e do papel que desempenham”, o primeiro-ministro diz que “o Presidente é a voz dos portugueses que não têm voz e que deve expressar aquilo que é em cada momento o sentimento do país e da nação”.
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Marcelo: "Há controlo de poder enorme. É a garantia que, se o poder não estiver a funcionar bem, é arrepiar caminho"
Marcelo Rebelo de Sousa já fala de novo, agora no Palácio de Belém, e questionado sobre os vários casos no Governo diz que “a grande força da República” são precisamente “os meios de informação, nos meios de controlo, nos tribunais, é um controlo do poder enorme, todos os dias”. Para o Presidente diz que que esta é a “uma garantia enorme para que, o poder, se não estiver a funcionar bem, é arrepiar caminho”.
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Montenegro viu no discurso de Marcelo avisos ao Governo para "arrepiar caminho"
O líder do PSD, Luís Montenegro, diz que Marcelo Rebelo de Sousa “fez um discurso muito pedagógico, recordando aquela que foi a situação que Portugal viveu há 10o anos e, a partir dela, tentar inspirar o país a não cometer os mesmos erros, que levaram a um regime de ditadura”.
Para o líder da oposição, esta foi uma “visão muito pertinente”, que pretende alertar para não que cresçam “populismos”. Montenegro diz que não podia “estar mais de acordo” com Marcelo quando este diz que a oposição deve ser “mais exigente” e que aponte “os erros e omissões” à governação.
Para Luís Montenegro, “o acumular de casos, de descoordenação, de dúvidas, que têm infelizmente envolvido o Governo, têm contribuído para degradar o ambiente político”.
O líder da oposição diz que este é um Governo que “tem de deixar de estar à deriva” e que o sinal de Marcelo foi para que o Executivo possa “arrepiar caminho”.
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Marcelo diz que "é saudável a exigência crítica", ao contrário das ditaduras, onde há "verdades únicas"
O Presidente da República diz que “há insatisfações e indignações”, bem como “exigências de mais e melhor”, algo que, lembra é “sinal da democracia”. Isto é algo que “é impossível em ditaduras, onde há verdades únicas”.
Para Marcelo “é saudável exigência crítica” e em “democracia há sempre mais alternativas”.
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"Aqueles que governam, tendem quase sempre a ver-se como eternos"
O Presidente da República diz que, “aqueles que governam, tendem quase sempre a ver-se como eternos e os que se opõem, quase sempre a exasperarem-se com uma espera vista como eterna no acesso ao poder”.
Porém, avisa, “nada é eterno em democracia: nem o Presidente, nem os Governos, nem as oposições. A democracia é, por natureza, o domínio da alternativa, própria ou alheia”.
Marcelo diz que sabemos que “erros, omissões, incompetências e ineficácias da democracia, fragilizam a democracia e a matam”.
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Marcelo em semana de casos no Governo: "É preciso democracia com mais qualidade e controlo dos abusos e omissões dos poderes"
Marcelo Rebelo de Sousa diz que, ao contrário de há 100 anos, “sabemos que não é suficente termos democracia na Constituição e nas leis, importa termos democracia cada vez com mais qualidade, melhores e mais atempadas leis, justiça, administração pública, controlo dos abusos e omissões dos poderes, prevenção e combate à corrupção”.
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Marcelo: "Ao contrário de há 100 anos, agora o Presidente dispõe do poder de vetar leis e dissolver o Parlamento"
O Presidente da República continua as comparações com 1922, dizendo que agora a democracia é mais evoluída, permite a mulheres, jovens e iletrados votar. Porém, destaca naquilo que é também uma demonstração de força, que temos hoje “uma democracia em que milhões de pessoas votam diretamente no Presidente da República e o Presidente dispõe do poder de vetar leis e de dissolver o Parlamento”.
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Marcelo diz que, 100 anos depois de 1922, "assistimos a apelos a autoritarismos não democráticos"
O Presidente da República lembra agora o pós-Primeira Guerra mundial, para recordar “as lições de 1922” em que “a República tinha de se encontrar com os portugueses, encontrando novas respostas para novos problemas”.
A República, lembra Marcelo, tinha de encontrar “alternativas dentro de si própria”, antes que fosse “tarde demais”. O que, recorda, “não aconteceu”, pois começou uma ditadura.
Passando para hoje, em 2022, Marcelo diz que “após vivermos um pandemia, ainda vivemos uma guerra” e “assistimos a novos apelos já não a ditaturas, mas a autoritarismos não democráticos”.
Em 2022, há, porém, uma diferença: “Uma República democrática”.
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Marcelo: "Só durante a ditadura, o regime não celebrou a República"
Discursa agora Presidente da República, que diz que “o 5 de outubro é celebrado nesta câmara municipal desde que há República e depois democracia”.
“Só durante quase a ditadura, o regime não celebrou a República”.
Marcelo Rebelo de Sousa promove também a abertura de São Bento e do Palácio de Belém ao público.
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"Só a audácia nos pode levar até às estrelas", diz Moedas
“Devemos juntar à lembrança dessa história, um projeto para o amanhã, que mude mais uma vez Portugal”, diz Moedas que quer Portugal “como exemplo”: “no cumprimento da Carta Universal dos Direitos Humanos, na transição energética, na transição digital”.
“Fazendo com que este país marítimo lidere uma Europa virada para o mar”, diz Moedas pedido “audácia”.
“Só a audácia nos pode levar até às estrelas”, diz o presidente da Câmara de Lisboa, citando Virgílio, neste primeiro discurso de 5 de outubro totalmente de olhos postos no crescimento do país.
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Moedas quer Portugal como "um cais de embarque e um porto de chegada"
“Para que Portugal possa ser aqulo que foi ao longo de tantos séculos: um cais de embarque e um porto de chegada.”
“Um cais de embarque que nos abre ao mundo, que faça do país uma ponte para outras culturas e outros continentes”, pede Carlos Moedas.
“Substituir o desânimo por esta energia significa que não podemos ser o país da UE onde os mais jovens por razões financeiras saem mais tarde da casa dos seus pais”, diz frisando que Portugal tem de ser “o país que cuida e ambiciona”.
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"O futuro exige ação, não inação ou reação"
Num discurso apenas de ambição e olhos no futuro, Carlos Moedas vai continuando: “O futuro exige ação, não inação ou reação.”
“Exige capacidade de fazer a diferença na vida das pessoas, capacidade de tomar decisões”, e aponta áreas centrais que são caras ao Governo: “saúde, transição energética e habitação”.
“Essa ação, quando não pode partir do Estado central, deve ser assumida pelos municípios, que têm a responsabilidade política mais direta sobre os cidadãos”, diz depois de ter aprovado em Lisboa um pacote suplementar de ajuda aos lisboetas.
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"Os desafios que o país se depara exigem audácia e não resignação"
Moedas “quer mais”, que Portugal vá além da ambição de “convergir com a Europa”.
“Os desafios com que o país se depara exigem audácia e não resignação. Audácia para crescer mais, libertar a criatividade dos portugueses, libertar as famílias, as empresas a sociedade civil”, diz Carlos Moedas.
“Não nos podemos resignar perante a estagnação económica. Devemos querer um país mais preparado para um mundo cada vez mais competitivo. Um país que liberte os portugueses do jugo fiscal que se torna insuportável para as suas vidas”, diz o edil.