A variante Ómicron representa 73,2% das novas infeções nos EUA, avançou a AFP. O número foi revelado esta segunda-feira na atualização semanal das autoridades de saúde do país que contabilizou novos casos até sábado.

O CDC (Centers for Disease Control and Prevention) revelou ainda que nos estados do Oregon, Washington e Idaho a nova variante representa 96,3% dos novos casos.

Rochelle Walensky, diretora do CDC, diz que estes números mostram o que está a acontecer noutros países. “Estes números não surpreendem”, refere.

A taxa nacional de infeção indica que houve mais de 650 mil infeções da variante Ómicron ocorreram nos EUA na semana passada.

Questionada sobre o que vai fazer na noite de consoada, Graça Freitas referiu que vai passá-la apenas “com cinco pessoas”, incluindo a própria. Mesmo assim, e com todas as recomendações, salientou: “Dito isto, não vou deixar de usufruir da ceia de Natal”, mesmo que seja necessário “algum recato”.

O mundo não está todo na mesma fase. Há países sem vacinação”, lembrou a diretora-geral da DGS.

Quanto ao futuro, Graça Freitas disse que continuará a desempenhar o cargo enquanto “tiver utilidade”. Depois? O que pensa é na reforma. “Quero ir fazer nada”, diz quanto à possibilidade de integrar algum Governo.

Graça Freitas continuou a defender a vacinação com as atuais vacinas mesmo com o surgimento de variantes que podem torná-las menos eficazes. “Estas vacinas podem ser de facto efetivas para não se ter doença grave ou morte”, sublinhou a responsável da DGS.

Graças Freitas assumiu ainda que o processo de vacinação de doses de reforços está “àquem” do pretendido, mas que está “bem”, mesmo assim. “Dentro de um ou dois dias terei um novo parecer da comissão técnica de vacinação para alargar doses de reforço”, afirmou.

Pressionada quanto às medidas que a DGS recomendou ao Governo, Graça Freitas disse apenas: “Se pudesse escolher, de um modo geral, diria às pessoas no nosso país que moderassem muito os seus contactos”.

“Se fizermos múltipla festas de natal com múltiplas pessoas convidadas estamos a correr um risco semelhante” ao dos piores momentos da pandemia, disse a responsável de saúde. Porém, salientou sempre que o melhor é “medidas cumulativas” e que, no final, tudo será decidio pelo governo.

Quanto ao fecho de discotecas ou outras medidas específicas Graça Freitas frisa que tal será uma decisão do Governo. No entanto, a responsável de saúde refere que a DGS voltou a insistir com o executivo que, para locais como discotecas continuarem em funcionamento, são necessárias medidas adicionais.

“Depende. Depende das lotações. Depende das testagens”, disse a líder da DGS, não avançando para já o fecho destes locais. Graça Freitas recomendou ainda que é necessário a “ventilação de espaços”. “Sei que está frio, sei que é difícil”, assumiu. Porém, “é preciso”, principalmente “em locais com muitas pessoas”.

A diretora da DGS assumiu em entrevista que a entidade que lidera recomendou ao Governo, que se reunirá extraordinariamente na terça-feira devido à pandemia de Covid-19, medidas que “têm a ver com aglomerados de pessoas nos interiores”.

Além disso, Graça Freitas disse que a DGS recomendou “incentivar à vacinação”, afirmando que Portugal “não está atrasado” no processo de doses de reforço.

Em entrevista ao Polígrafo SIC, Graça Freita, diretora da Direção-Geral da Saúde (DGS), refere “as próximas semanas vão ditar muito o que vai acontecer nos próximos tempos”. “Estamos numa situação de altíssima incerteza”, adiantou a responsável.

“Temos que perceber se vamos ter muitos casos”, disse uma das principais responsáveis nacionais na luta contra a pandemia. Quanto a medidas refere que é preciso ter em atenção todas as que “temos tomado: todos os países, todos os povos, para controlar a propagação [da pandemia]”.

Para voltar “à normalidade”, Tedros Adhanom indica que será necessário “tomar decisões difíceis”. Uma delas passa por cancelar eventos de Natal. “É melhor cancelar” do que “estar de luto depois”, diz.

Diretor-geral da OMS apela a que se cancelem eventos de Natal: “É melhor do que cancelar uma vida”

O secretário regional da Saúde dos Açores disse esta segunda-feira que houve um aumento de casos de infeção por SARS-CoV-2 com a variante Ómicron na região, sem quantificar, admitindo avançar, esta semana, com novas medidas restritivas.

Vamos tendo notícia de que há um aumento progressivo de casos da nova variante nos Açores, tal como de resto acontece no mundo, na Europa e a nível nacional”, afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, Clélio Meneses, citado numa nota de imprensa.

Na passada sexta-feira, os Açores tinham detetado três casos de infeção de SARS-CoV-2 com a variante Ómicron, aguardando ainda por confirmação do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

O secretário regional da Saúde não revelou quantos casos foram identificados desde então, mas admitiu que houve um aumento.

“Não tenho o número correto, porque estão sempre a surgir análises, mas a perceção que temos é que está a entrar de uma forma intensa esta nova variante, que por aquilo que dizem os especialistas é mais transmissível e menos intensa em termos de carga viral, nos sintomas e no impacto que a doença tem”, avançou.

A reunião anual em Lisboa dos embaixadores de Portugal no estrangeiro, que deveria ser retomada em janeiro, foi adiada pelo segundo ano consecutivo devido à pandemia de Covid-19, anunciou esta segunda-feira o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

“O Seminário Diplomático de 2022 esteve previsto para a primeira semana de janeiro, em formato presencial, assim se retomando a prática habitual. Contudo, a evolução da pandemia de Covid-19 e as medidas de contenção já decididas pelo Governo aconselharam o seu adiamento”, lê-se numa resposta por escrito enviada à agência Lusa.

Na comunicação, o ministério chefiado por Augusto Santos Silva acrescenta que a “nova data será comunicada oportunamente”.

O seminário diplomático realiza-se anualmente, no princípio de janeiro, e reúne em Lisboa os embaixadores de Portugal para debaterem as prioridades da política externa portuguesa com membros do Governo, empresários e académicos.

A Madeira registou esta segunda-feira mais uma morte por Covid-19, elevando o número de óbitos associados à doença para 123, indicou a Direção Regional de Saúde, que reporta também 165 novos casos e um total de 1.353 infeções ativas.

De acordo com a autoridade regional, o óbito é um homem de 81 anos, não vacinado contra o SARS-CoV-2 e com outras comorbilidades.

Quanto aos 1.353 casos ativos, a direção regional informa que 44 pessoas estão internadas no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, duas delas na unidade de cuidados intensivos, e 99 cumprem isolamento numa unidade hoteleira dedicada, permanecendo as restantes em alojamento próprio.

A incidência acumulada de Covid-19 em Espanha aumentou esta segunda-feira para 609 casos por 100.000 habitantes, mais 98 casos do que na sexta-feira, segundo a última atualização do Ministério da Saúde espanhol.

Este indicador que mede a velocidade de contágios subiu de 511,0 casos (sexta-feira) para 609,4 (esta segunda-feira) por cada 100.000 habitantes diagnosticados nos últimos 14 dias.

O país também contabilizou mais 79.704 infeções e 85 mortes atribuídas à doença provocada pelo SARS-CoV-2 nos últimos três dias.

O número total de casos notificados em Espanha desde o início da pandemia é de 5.535.231 e já morreram 88.793 pessoas devido à doença.

O número de doentes hospitalizados subiu para 7.501 (eram 6.667 na sexta-feira), o que corresponde a 6,03% das camas ocupadas, dos quais 1.442 estão em unidades de cuidados intensivos (1.306), ocupando 15,49% das camas desses serviços.

O Ministério da Saúde espanhol também informou esta segunda-feira que 37,79 milhões de pessoas já estão totalmente vacinadas contra a Covid-19 (89,7% da população elegível) e 38,64 milhões têm pelo menos uma das doses do fármaco (91,7%).

A Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) adiantou esta segunda-feira ter recebido a confirmação da existência de stock de vários tipos de testes de Covid-19 no mercado e a disponibilidade para aquisição de mais, em caso de necessidade.

A garantia foi manifestada numa reunião entre o Infarmed e as várias associações do setor para analisar a disponibilidade de testes no mercado nacional, que permitiu confirmar a “sua existência em stock”, assim como a “disponibilidade para adquirirem quantidades superiores tanto de testes rápidos de antigénio (TRAg), como de autotestes, caso exista necessidade”, adiantou o regulador em comunicado.

Segundo o Infarmed, o reforço da testagem para controlo da pandemia “está na origem do aumento na procura” de autotestes e de TRAg, o que exige uma “rápida adaptação a esta nova realidade”.

A resposta das associações foi positiva, tendo sido manifestada a disponibilidade para dar resposta a eventuais constrangimentos que possam existir no acesso aos vários tipos de testes disponíveis no mercado nacional”, assegurou o Infarmed.

Um total de 1.040 farmácias estão registadas para realizar testes gratuitos de uso profissional para despiste do coronavírus, assim como 454 laboratórios que também aderiram a este regime excecional e temporário de comparticipação.

O presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), Pedro Proença, e João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, testaram positivo à Covid-19, anunciou hoje a Bola.

De acordo com a CNN, João Paulo Rebelo está com sintomas muito ligeiros e mais ninguém testou positivo no ministério da Educação.

Face às circunstâncias, Pedro Proença vai participar na Assembleia-geral da Liga Portuguesa, marcada para terça-feira, de forma remota.

A Câmara de Lisboa só assegura testes gratuitos à Covid-19 nas farmácias depois de o utente esgotar os quatro mensais comparticipados pelo SNS, uma mudança em vigor desde sábado que foi esta segunda-feira criticada por PS e BE.

Por outro lado, desde sábado, tanto nas farmácias como nos postos fixos de testagem da câmara, os testes comparticipados pelo município passam a poder ser feitos apenas a cada três dias, seguindo a “lógica dos especialistas em saúde”, disse esta segunda-feira à Lusa fonte da assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

“Cada pessoa poderá fazer um teste a cada três dias. Testes continuam a estar disponíveis para residentes e não residentes”, lê-se na informação publicada no domingo nas redes sociais e na página na internet da CML sobre as regras em vigor desde sábado.

Até agora, a CML comparticipava testes rápidos à Covid-19 numa rede de 150 farmácias da cidade, sem limite de número por mês ou de frequência.

Os Açores vão iniciar a vacinação contra a Covid-19 de crianças entre os 5 e os 11 anos em janeiro, anunciou esta segunda-feira o secretário regional da Saúde e Desporto, Clélio Meneses.

“No início de janeiro, vai passar a estar disponível, para aqueles que os pais entenderem e que os médicos entendam, a vacinação das crianças, conforme dissemos, após termos um avanço significativo na vacinação dos mais vulneráveis”, afirmou o titular da pasta da Saúde nos Açores, citado numa nota de imprensa.

Questionado em 10 de dezembro sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19, o secretário regional da Saúde disse que a prioridade do executivo açoriano era o processo de administração da dose de reforço à população mais vulnerável e que só depois de concluído seria tomada uma decisão.

“Concluído este processo, vamos reavaliar a situação, vamos perceber todo aquele que é o fundamento científico relativamente a esta matéria e vamos decidir. Não vale a pena decidirmos agora uma coisa que só seria praticável no início do ano”, adiantou, na altura.

“Enquanto não tivermos essa população [pessoas com mais de 65 anos] completamente vacinada, não passamos a outros níveis etários. É uma questão de responsabilidade e é uma questão de assumir aquilo que é prático. Não podemos estar aqui a dizer que vamos vacinar crianças, quando ainda não vacinámos os mais velhos”, acrescentou.

O Governo convocou para terça-feira um Conselho de Ministros extraordinário para a adoção de medidas de combate e prevenção da pandemia da Covid-19, disse hoje à Lusa fonte oficial do executivo.

A reunião do Conselho de Ministros, a última antes do Natal, estava prevista para se realizar na próxima quinta-feira, como é habitual, mas o líder do executivo decidiu antecipá-la já para terça-feira.

“Esta antecipação resulta do facto de propostas recebidas pelo grupo de epidemiologista que têm apoiado o executivo. Como são medidas com impacto na vida das pessoas, convém que sejam tomadas com antecedência, tendo em vista tornar possível uma melhor preparação e adaptação”, declarou a mesma fonte do executivo.

As novas medidas serão apresentadas pelo primeiro-ministro.