Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Barroso faz apelo ao voto útil à direita: "Não chega um voto de protesto"

    “É importante a memória”, continua Barroso. “Agora, um Governo do PS seria dependente dos votos do PCP e do Bloco de Esquerda, que estariam numa situação de muito maior força negocial. Se, por fatalidade, houvesse um novo governo do PS, seria o governo mais à esquerda desde o período revolucionário”.

    “Temos de respeitar para as pessoas que deixaram de acreditar nos partidos ou que foram para os extremismos. O problema não são as pessoas. A solução é ver o que está errado e construir uma alternativa”, sublinha Durão Barroso, num apelo ao voto útil.

    A seguir, o antigo comissário europeu fala da questão climática e defende que a AD não deve aceitar lições de moral sobre transição energética de “meninos da cidade” que “nunca viveram uma vaca ou um bezerro”. “Não dizer aos agricultores como é que eles se devem ligar à natureza.”

    Depois Barroso fala depois da polémica que nasceu na sequência de o Governo ter decidido mudar o símbolo na sua comunicação social para ter uma “imagem mais inclusiva, plural e laica”. Para o ex-primeiro-ministro, é um desrespeito pela história do país. “Não queremos símbolos mais inclusivos”, atirou, recebendo uma das maiores ovações da noite.

    A terminar, Durão Barroso explica que gosta de Montenegro porque o líder social-democrata sabe que há uma história antes dele e “orgulha-se dessa história do PSD e da AD”. “É alguém que não tem vergonha do nosso orgulho. Aprecio imenso a sua simplicidade e estabilidade. Estamos fartos de políticos egocêntricos, com narcisismo patológico. Dá garantias de maturidade e responsabilidade. A prudência e moderação são qualidades essenciais para ser o primeiro-ministro de que Portugal precisa”, defende.

    Ouça aqui a reportagem no comício da AD em Santa Maria da Feira

    Durão Barroso: “Voto de protesto não chega”

    “É com moderação que se consegue criar confiança. Por um voto se ganha, por um voto se perde. Vale a pena ir para um voto de protesto? Não chega um voto de protesto. É preciso para além do protesto criar alternativa. Ou um governo liderado pelo PS ou um governo da AD. É isto que está em causa. A única força política capaz de criar alternativa ao PS é a AD”, vai repetindo Barroso.

    “Como é que se sentiriam aqueles que não querem ver mais a governação socialistas se acordassem a 11 de março e percebessem que eles se mantinham mais algum tempo? É por isso que é importante concentrar os votos”, apela Barroso.

  • Bom dia, passámos a seguir neste novo liveblog a campanha eleitoral, que decorre este sábado em comícios e ações de rua do Norte ao Alentejo.

    Costa puxa por Pedro Nuno, Santana vai à campanha da AD

    Obrigada por nos acompanhar.

  • Em dia de arruada, Mortágua sorriu ao resto da esquerda e disparou ataques contra Durão

    Coordenadora do BE diz que campanha da AD tem sido um “desfile” de figuras do passado da troika. À noite, Pureza pediu ao PS que não coloque obstáculos a um novo entendimento.

    Em dia de arruada, Mortágua sorriu ao resto da esquerda e disparou ataques contra Durão

  • Montenegro foi à terra de Pedro Nuno e o mercado deu-lhe (alguma) razão

    No Mercado de São João da Madeira, terra do líder do PS, os inquéritos improvisados confirmaram os oficiais: Pedro Nuno tem taxa de rejeição maior. Mas voto indeciso ainda não cai (todo) para a AD.

    Montenegro foi à terra de Pedro Nuno e o mercado deu-lhe (alguma) razão

  • Ventura sobre Justiça: "PS e PSD juntam-se para tentar calar, silenciar e amordaçar"

    André Ventura regressou ao tema da Justiça no discurso do comício de Viseu, para dizer que é necessário que Portugal seja um país em que a justiça é “independente” e “não tenha de estar a sofrer com a influência política”.

    “PS e PSD envolveram-se num ataque sem tréguas à PGR e à PJ porque fizeram o seu trabalho e porque tiveram de pôr em causa os interesses instalados dos partidos e o que era bom deixou de ser bom e passa a ser dispensável”, acusa, assumindo que desta forma “o que deviam ser instituições independentes passam a ser alvo do objeto de controlo que PS e PSD querem ter”.

    Ventura recorda o processo Casa Pia, que António Costa era o ministro da Justiça na altura e aquilo que diz ser a “vergonhosa interferência que PS quis fazer na Justiça”. “Passaram 20 e tal anos e eis que PS e PSD se juntam outra vez para tentar calar, silenciar e amordaçar a investigação”, acusa Ventura.

    E prossegue: “Claro que em Portugal não há vacas sagradas, nem instituições acima da lei, mas uma coisa é exigir independência e escrutínio, outra é querer controlar a justiça.”

    Neste seguimento, Ventura diz mesmo que “com o Chega não controlarão a Justiça em Portugal” e que “bloqueará qualquer tentativa da reforma da Justiça que PS e PSD querem fazer”.

  • Referendo ao aborto. Assunção Cristas diz que "Paulo Núncio exprimiu uma opinião pessoal que é partilhada por muitos"

    Assunção Cristas disse que Paulo Núncio, vice-presidente do CDS que defendeu um novo referendo ao aborto, “exprimiu uma opinião pessoal que é partilhada por muitas pessoas e bem… e é um tema muito relevante”. Questionada sobre se a opinião causou embaraço à AD, a antiga presidente do CDS admitiu que sim porque “não era um tema que tivesse sido acordado ou sequer tratado”. “E não foi acordado e tratado porque não é um tema hoje que a sociedade reconheça”, no seu conjunto, como tendo que ser tratado.

    “Há uma coligação, há um programa, há um entendimento, um candidato a primeiro-ministro e é isso que vale. Opiniões diversas sobre vários assuntos todos temos, também eu as tenho. Toda a gente tem direito a ter essas opiniões. Agora, respeitamos aquilo que democraticamente foi decidido e respeitamos aquilo que está decidido numa coligação pré-eleitoral”, defendeu Assunção Cristas.

    Questionada, na CNN, sobre se concordava com as declarações de Passos Coelho que associou os imigrantes a falta de segurança, a ex-líder do CDS afirmou que “há um problema de imigração que precisa de ser tratado com rigor, com rigor nas entradas”. “Nós precisamos de ter rigor porque nós queremos ter imigrantes e precisamos de ter imigrantes e, obviamente, com bom acolhimento”, prosseguiu.

    A parte da segurança não acho que se relaciona uma coisa com a outra, mas as pessoas têm essa perceção, que é péssima.”

    Quanto às sondagens, Assunção Cristas acredita que os “muitos indecisos” são “as pessoas moderadas, não são os radicais”.

  • Carlos César: "O PS e o Pedro Nuno Santos têm muito orgulho no trabalho desenvolvido nos últimos anos"

    Com a informação de que António Costa se juntará à campanha do PS este sábado, Carlos César disse que a presença “marca justamente o legado de que estamos empenhados em cuidar, em valorizar, em chamar a atenção dos portugueses para o seu valor”. A junção de Pedro Nuno Santos a esse legado representa, no entender do presidente do PS, “uma nova forma de ver política” e de “ensaiar novas formas para o futuro”, com áreas onde existiriam falhas a estarem identificadas.

    “O PS e o Pedro Nuno Santos em especial têm muito orgulho no trabalho que foi desenvolvido durante estes últimos anos”, salientou ao ser questionado, na CNN, sobre uma possível dificuldade de Pedro Nuno em apresentar-se como um líder renovador e defender o tal legado.

    Para convencer os indecisos, que as sondagens apontam para que ainda representem um número elevado dos eleitores, Carlos César acredita que o PS tem “de ser muito claro em indicar e reafirmar aquilo que deve ser feito e deve ser continuado, deve ser alterado ou adicionado”.

    Com “consciência” de que “tudo não correu bem” ao longo dos últimos anos de governação do PS, o presidente do partido afirmou que a alternativa é “continuar e mudar”.

  • Louçã diz que os dois anos de maioria absoluta foram "um fracasso"

    Francisco Louçã, ex-coordenador do Bloco de Esquerda, classificou os dois anos de maioria absoluta, que “resultaram de uma promessa de que haveria estabilidade, não haveria mais problemas”, como um “fracasso” que deixa o “país muito zangado”.

    Em declarações transmitidas pela CNN Portugal, o também antigo deputado apontou uma “dificuldade grande” de Pedro Nuno Santos, que tem uma “voz muito diferente de Costa”: “Grande dificuldade da jovialidade e da energia de uma mudança quando está muito preso a políticas que não funcionam. Ter Pizarro como ministro da Saúde ao lado de Pedro Nuno Santos é gravíssimo para ele”.

    Sobre as sondagens e o facto de apontarem para um elevado número de indecisos, Louçã considerou que o que está a “faltar em toda a campanha eleitoral” é “uma consistência de apresentação de temas” que “enfrentem bem as dificuldades”. Quanto ao Chega — e recordando a ascensão da extrema-direita na Europa, por exemplo, com a vitória de Meloni em Itália — considerou que se o partido for “chamado para um governo da AD, isso significa a destruição de Montenegro e significa uma mudança enorme do nosso quadro político”. Até ao momento, o líder do PSD tem recusado acordos com o Chega.

  • "O PS o cúmulo da instabilidade política", acusa Montenegro

    Montenegro continua o seu discurso, depois de ter passado em revista aquilo que considera terem sido as falhas do governo socialista ao longo dos últimos oito anos.

    “O PS trouxe-nos até aqui. Experimentou as suas soluções, absolutamente ineficazes e até contraditórias. Apresenta-se agora para dizer que vai fazer o que não conseguiu fazer até agora. O PS não foi capaz de dar esse safanão na economia portuguesa. E o que propõe agora é crescer entre 1,5 a 2%. O PS está a ser sério, está a dizer: ‘Eu, PS, com as minhas políticas, não consigo crescer mais do que isso’. Nós achamos que Portugal não tem de ser isto”, repete Montenegro.

    “O Estado não está ao serviço de um partido nem ao serviço de si próprio. Está ao serviço das pessoas”, reitera Montenegro.

    “A estabilidade é um ponto essencial para motivar e arrastar um país para poder ter um país com boas políticas públicas. No dia 10, espero e peço aos portugueses que façam a sua avaliação: de que lado está a estabilidade”, aponta.

    “Não pode um governo pedir estabilidade se ele próprio não for estável. Nós temos a estabilidade destes três partidos, do nosso legado, que nos é trazida por muita gente dinâmica. E, do outro lado, temos o maior exercício de instabilidade da história da democracia portuguesa. É o cúmulo da instabilidade política. E Pedro Nuno Santos é um dos rostos da instabilidade porque foi ele um dos demitidos”, aponta.

    Montenegro recorda depois o facto de Pedro Nuno Santos ter falhado em toda a linha em matéria da habitação e infraestruturas. Depois, o líder social-democrata deixa uma resposta ao adversário socialista, que o tem acusado de não ter capacidade para decidir.

    “Decidir não é fazer um papel, não é deixar tudo na gaveta, não é apresentar uma solução para a revogar 24 horas, decidir não é nacionalizar uma companhia por capricho ideológico. Isso não é decidir; é decidir mal.”

  • Pedro Nuno desafia Luís Montenegro a "ser mais claro" sobre prestações sociais

    No comício da Guarda, Pedro Nuno Santos discursou depois de Ana Mendes Godinho e praticamente repetiu o discurso que tinha feito pouco mais de uma hora antes, em Castelo Branco. Voltou a Montenegro e às declarações deste sobre “gente que trabalha com menos dinheiro do que gente que não trabalha” pedindo uma “clarificação”.

    Para o líder do PS não tem sido apenas à volta de Montenegro que tem havido declarações que suscitam dúvidas, o próprio presidente do PSD também contribui. “Deu sinais de querer voltar ao passado. Tem é de ser mais claro para podermos fazer um debate político também mais sério”, disse Pedro Nuno sobre esse assunto.

    “O que ouvimos ontem foi um regresso ao passado, colocar portugueses contra portugueses., portugueses que têm emprego contra portugueses que não têm emprego”, afirmou.

    Foi a terceira vez no mesmo dia que Montenegro referiu este mesmo assunto, apontando às declarações do líder do PSD que num comício em Santarém afirmou que não aceita “um país em que muita gente que trabalha tem menos dinheiro do que quem não trabalha”.

    Não tem explicações do líder do PSD, por isso avança com a sua, garantindo que Montenegro se está a referir aos que recebem o subsídio de desemprego e que essa prestação “não é um favor do Estado a quem está sem trabalho”, mas sim “um direito conquistado enquanto se trabalha”.

  • Montenegro usa UE e NATO contra Pedro Nuno e recorda posições dos parceiros de geringonça

    Vai discursar agora Luís Montenegro, que começa naturalmente com um elogio público a Durão Barroso. “Aprecio a sua seriedade, serenidade, competência e a forma como ao longo da sua vida também juntou pessoas, primeiro em Portugal e depois na Europa. Obrigado pelos serviços que já prestou a Portugal e pelos serviços que prestou a Europa”, diz.

    A seguir, o líder social-democrata aproveita a presença de Barroso para defender o perfil europeísta do PSD e acusar de Pedro Nuno Santos de estar disposto a trocar as “convicções” para, “agarrado, coligado, casado com partidos que não acreditam na Europa e na nossa política de alianças”, se manter no poder.

    “Tantas vezes nos incomodaram com a putativa aproximação do PSD a movimentos políticos que não respeitam a matriz dos partidos centrais do nosso sistema, e agora abandonam as suas convicções e agarram-se à conveniência hipotética de se manterem no poder”, denuncia Montenegro.

  • "Acredito que a esquerda pode ganhar estas eleições". Rui Tavares apela ao voto à esquerda

    Rui Tavares aproveitou a ida ao programa Isto é Gozar com Quem Trabalha, de Ricardo Araújo Pereira na SIC, para apelar ao voto à esquerda e salientar que é “preciso falar com as pessoas que ainda não estão convencidas”, numa altura em que as sondagens apontam para um elevado número de eleitores ainda indecisos.

    Afirmando que acredita que “a esquerda pode ganhar estas eleições” de dia 10 de março, o porta-voz do Livre apelou ao voto em si “ou no resto da esquerda, que é para a esquerda ganhar à direita”.

  • Mortágua acusa direita de não ter medidas para o Ambiente: "Nada, mas mesmo nada desta agenda pode avançar com a direita"

    Mariana Mortágua começa agora a fazer uma intervenção sobre as alterações climáticas e o aproveitamento dos espaços públicos e das cidades, começando por falar mencionar a cantora Taylor Swift e criticar o seu uso frequente de jatos privados, com emissões nocivas para o ambiente. Faz depois a ponte para o tema das cidades, a propósito do qual Swift se queixou recentemente de ter de se deslocar sempre de carro quando está em Los Angeles (prefere estar em Nova Iorque, onde se pode deslocar a pé). Neste ponto, Mortágua compreende a cantora.

    “As cidades não são montras, não são Disneylândias. São para nos conhecermos e onde devemos criar verdadeira coesão social, podem ser uma peça essencial da democracia”, defende.

    Depois passa a dar exemplos sobre as formas de reduzir emissões nocivas para o ambiente. Nas cidades é preciso ser capaz de produzir energias renováveis, defende – “na Europa 65% da energia solar é gerada localmente em pequenos projetos, também em Portugal isso pode ser feito”. Quer avançar para o triplo de energia solar, defendendo que isto reduziria os custos das famílias com energia e empregaria “milhares” de pessoas no processo.

    A segunda questão a resolver é a aposta nos transportes, contra a “ladainha” dos poderosos” que defendem mais carros e estradas. “Investimos em estrada o triplo do que em ferrovia, somos um caso de exceção. Em Portugal destruíram-se linhas ferroviárias”.

    A solução para estes problemas são “transportes públicos de qualidade, que não demoram uma eternidade, que chegam onde as pessoas vivam, que sirvam as pessoas e as comunidades”, argumenta. “Essa é a resposta que respeita o ambiente e o conforto”.

    Sobre as alterações climáticas, diz que virão aí mais cheias mas também mais secas, e que é preciso guardar a água. “Cada gota conta. Não faz sentido limpar as ruas, regar campos de golfe, com água que serve para beber”. Fala do programa que Espanha tem para reutilizar 13% das águas residuais, contra 1% em Portugal. E acusa os “negacionistas e pessimistas” de dizerem que as políticas ambientais são uma ilusão, apesar de conceitos como a agricultura urbana, as cidades amigas de bicicletas e com bons transportes já existem em cidades como Barcelona ou Bruxelas, frisa. É “vergonhosa” a ineficiência energética em Portugal, diz, por isso o BE propõe um programa de “conforto térmico” para proteger as pessoas durante o tempo frio.

    “À vezes o futuro são coisas simples, como ruas com sombras, com bebedouros, com espaços para as crianças poderem correr e divertir-se”, defende. “Onde as cidades possam ser usadas como comunidades”. Depois critica o discurso do PSD e da IL sobre alterações climáticas: “Nada, mas mesmo nada desta agenda pode avançar com a direita. Com a direita só há retrocesso”.

    E volta a falar da polémica à volta das declarações do candidato da AD por Santarém, Eduardo Oliveira e Sousa, e a resposta de Montenegro a elas: “Querem pôr as pessoas contra as medidas urgentes, querem assustar o povo com aquilo que temos de fazer para proteger o nosso país” e que é também uma “grande oportunidade para a transformação da economia”, garante. E defende uma “nova política agrícola e industrial” ao serviço de medidas para combater alterações climáticas. O futuro, assegura, “começa dia 10 de março”, com uma “viragem à esquerda”.

  • Rui Rocha usa tema do aborto para se demarcar da AD

    Rui Rocha começou o discurso no primeiro jantar comício da Iniciativa Libneral desde que começou a campanha oficial a atirar ao CDS, na sequência das declarações de Paulo Núncio sobre novo referendo ao aborto.

    “Não queremos Portugal preso ao passado. Este é o partido que não aceita retrocessos, mulheres perseguidas e mulheres na clandestinidade. Diferenciamo-nos nisso e em muitas outras coisas de que vou falar”, afirmou, suscitando muitos aplausos dos 120 apoiantes reunidos no restaurante Migaitas, em Braga.

    Mas as maiores críticas desta noite foram dirigidas ao PS, Bloco de Esquerda e PCP, pelo fim das Parcerias Público Privadas no Hospital de Braga, pelo fim dos contratos de associação no ensino, e pela gestão da TAP e da CP. “Sou um lesado da CP”, afirmou o líder da IL: “Usava a CP para vir a Braga ver a família. Nunca sabia a que horas chegava, nem sequer sabia a que horas partia”.

    Entre as promessas do discurso, está a construção do hospital em Barcelos, a extensão dos direitos de parentalidade aos profissionais independentes, a redução de vários impostos e a atribuição de médico de família, ainda em 2024, às 142 mil crianças com menos de 9 anos e aos 345 mil idosos com mais de 65 anos que não o têm, apesar da obrigatoriedade prevista na lei.

    Rui Rocha é o cabeça de lista por Braga, onde a Iniciativa Liberal está em campanha esta noite e este sábado de manhã.

  • Costa junta-se a Pedro Nuno Santos este sábado, no Porto

    O ex-líder do PS vem mais cedo do que o esperado inicialmente pelos socialistas à campanha de Pedro Nuno Santos. António Costa vai estar no Porto amanhã, para o comício no Pavilhão Rosa Mota.

    A informação foi avançada pela CNN Portugal e confirmada pelo Observador junto do PS. Esta sexta-feira surgiram as primeiras figuras do Governo em comícios de Pedro Nuno Santos, como o secretário de Estado do Turismo e a ministra da Segurança Social Ana Mendes Godinho. Costa também era um nome que Pedro Nuno esperava — e já tinha dito — que se juntaria à caravana, o que vai acontecer já este sábado.

    Fotografia de arquivo do último congresso nacional do PS, no dia 5 de janeiro de 2024. DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • José Manuel Pureza diz que "tempo" da geringonça voltou e desafia PS a "juntar forças" em vez de "mover obstáculos"

    José Manuel Pureza começa agora a falar num comício do Bloco de Esquerda em Coimbra, lembrando a noite de janeiro de 2016 em que João Semedo, com um cancro na laringe, falou nesta sala (o Pavilhão Centro de Portugal) com “determinação”, “o que a Marisa [Matias] disse ter sido o maior ato de amor a que assistiu na política”. “Uma lição de combatividade que a sua vida até ao fim nos deu. (…) Neste tempo de sombras em que a democracia avista tão próxima de si o abismo, temos de ir ao fundo de nós mesmos buscar as forças necessárias para o combate. Resistindo, mas mais do que isso trazendo esperança”, diz. A homenagem a Semedo, seu amigo, levanta a sala.

    Este será um combate contra mais do que a “boçalidade” da extrema-direita, mas pela “democracia toda”, um combate pela casa, pela igualdade de género, contra o desastre climático e por uma inclusão a sério dos imigrantes, vai enumerando. Também fala das lutas por melhores salários, pelo SNS e pela eutanásia, para quem “não quer morrer mergulhado em sofrimento”, pela escola e pelos direitos das mulheres.

    “É o combate por uma vida boa para quem tem estado condenado a uma vida má, de sofrimento, aflição e remedeios”, defende. E diz que as vidas castigadas “não exigem menos do que a conta certa de um salário ou de uma pensão para pagar a renda de casa”. Sobre governabilidade, diz que essas vidas exigem “a certeza de professores para os filhos e o médico de uma família”, para que o seu dia a dia possa ser “governado”.

    Isso é o “mínimo”, diz, mas é preciso “mais”. “É preciso que cada qual dê o braço a cada qual”. Defende um “combate frontal” para com a “raiva vingativa da extrema-direita contra o que andámos desde Abril” e a vontade da direita em “fazer de tudo um negócio de poucos”. “Será a nossa força no dia 10 de março que fará com que propostas que alguns teimam em dizer impossíveis se tornem solução concreta para as vidas sofridas. Já em 2015 nos diziam que a subida das pensões era impossível e propunham o seu congelamento”, atira, numa farpa ao PS, a que junta a figura do “despedimento conciliatório”.

    “Foi a nossa gente que ganhou. E agora é outra vez esse tempo. Não nos digam que é impossível o que transforma as vidas sofridas em vidas boas, não nos digam que são impossíveis os caminhos da esperança e alegria para a grande maioria do povo”, atira. E pede que em vez de “moverem obstáculos”, “juntemos as nossas forças no mais ambicioso dos projetos para o país”.

    O antigo deputado do BE deixa um pedido ao cabeça de lista por Coimbra, Miguel Cardina, em tom irónico: “Quando estiveres no Parlamento e lá das bancadas da direita te perguntarem ‘posso interrompê-lo?’, responde ‘não, não pode'” — foi a frase que Mortágua usou para responder a Montenegro no frente a frente televisivo entre os dois.

  • Barroso ajusta contas com o passado: "Quem pôs Portugal na situação de bancarrota foi o governo do PS "

    Vai discursar agora José Manuel Durão Barroso, antigo primeiro-ministro e antigo presidente da Comissão Europeia, convidado especial desta noite.

    “Há muitos anos que não vinha a campanhas eleitorais. Mas, desta vez, senti que tinha mesmo de vir. Temos um crise generalizada na Saúde, Educação e na Habitação em Portugal. É estranho que seja um Governo socialista que mais se esquece das políticas sociais. É coletivista, mas não tem a preocupado para os assuntos sociais. Está em causa o futuro do nosso país”, começa por dizer.

    “Portugal está hoje a 79% da média da União Europeia. Temos vindo a cair em termos de riqueza por habitante”, continua Barroso. “Estamos em 19.º lugar e estaremos em 21.º lugar em 2025. Este é o balanço real da governação social. É este problema económica que temos verdadeiramente de resolver.”

    “A manter o atual ritmo levaríamos cerca de 45 anos a convergir com a média da UE. O que me indigna é como é que pode atual governo estar contente. É esta ambição que tem para Portugal? É verdade que o PS não tem grande tradição na economia. Mas nunca pensei que pudesse estar conformado com o subdesenvolvimento e ao empobrecimento relativo no quadro da UE”, diz.

    Durão Barroso recorda depois o período de intervenção da troika e aqueles primeiros dias. “É preciso lembrar porque é que fomos para aí. Portugal estava numa situação de bancarrota. Quem pôs Portugal na situação de bancarrota foi o governo do PS”, nota.

    O social-democrata lembra depois que, ao contrário do que aconteceu na Grécia, por exemplo, Portugal conseguiu cumprir o programa de ajustamento no período de tempo previsto. “Houve coragem de enfrentar um problema que não foi criado pelo PSD mas foi o PSD com o CDS que conseguiu resolver. Não temos de pedir desculpa por esse período. Temos de ter orgulho pelo que fizemos com sentido patriótico para salvar Portugal.”

  • Nuno Melo ironiza com presença de Costa na campanha de Pedro Nuno, que foi demitido por "incompetência"

    Continua Melo, que ironiza com o facto de António Costa se juntar à campanha de Pedro Nuno Santos, um ministro que foi demitido por “incompetência” e que agora tentam convencer que será um bom primeiro-ministro. “Não deixa de ser um bocadinho paradoxal.”

    A seguir, o líder do CDS acusa Pedro Nuno Santos de significar “muito do pior daquele Governo”. “Pedro Nuno Santos é António Costa e é aquele Governo”, acusa.

    “Vivemos num país com 4 milhões de pessoas no limiar da pobreza sem prestações sociais. Tivemos oito anos a levar pessoas para a pobreza. O Governo falhou e é por isso que caiu. Quando António Costa se juntar a Pedro Nuno Santos vai permitir fazer a retrospetiva: a generalidade dos portugueses, aqueles que não têm clubites, não podem estar contentes com o que está a acontecer.”

    “Faço um um apelo aos indecisos porque são os indecisos que nos podem dar uma grande vitória: não transformem a vossa revolta no protesto. O protesto e a revolta não constroem. O que pedimos aos indecisos e às pessoas que estão revoltadas é que transformem a sua revolta em esperança”, remata.

  • Mendes Godinho diz que direita "foi filme de mentira" de que recusa "remake"

    Pedro Nuno Santos tem pela primeira vez um ministro na campanha oficial, no caso uma ministra, Ana Mendes Godinho (do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social) que veio ao comício da Guarda dizer que “tudo o que a direita apresenta é cortar de forma encapotada” e que “o que fizeram a pensionistas na década passada foi um filme de mentira e não queremos um remake”.

    “Sabemos e não nos esquecemos onde estavam no verão e no inverno passado e o que fizeram estavam contra os portugueses. não queremos voltar a ouvir que estamos a viver acima das possibilidades”, afirmou no comício da Guarda onde é a cabeça de lista pelo PS.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    A ainda ministra aponta a oposição do PSD à “abolição das portagens” nas ex-SCUT” e “quer rasgar o acordo que celebrámos com os parceiros. Porquê? Porque defendem o capital e não quem trabalha.”

    A ministra assume que “foi difícil, muito exigente” o trabalho no Governo: “Envelheci cem anos”. E agora pede votos na “coragem e arrojo” de Pedro Nuno Santos.

    Fala também no trabalho de Pedro Nuno no Governo, dizendo-lhe que “esteve no lado bom e no lado certo da história”, valorizando “os que não deixam que as fatalidades nos façam desistir nem condenam o interior que têm a visão de um Portugal inteiro em potencialidade, investimento concretizações em pessoas”. Atribui-lhe mesmo alguns feitos na região, como “a reabertura da linha da Beira Baixa, as renovação integral da linha da Beira Alta” e também a “instalação do porto seco na Guarda” — sobre isto lembra em dezembro de 2021, “o dia marcante para a Guarda” no último Conselho de Ministros desse ano Pedro Nuno ter “contra ventos e marés e muitos telefonemas agendar a localização do primeiro porto seco em Portugal e escolheu a Guarda”.

    Acabou a intervenção a responsabilizar “o PSD e os seus aliados” são do “partido do partir” porque “convidaram os professores, quadros qualificados e jovens a partir”, enquanto o PS “é o partido do regressar. Do fazer regressar ao interior e a Portugal os que o PSD fez partir”.

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • Melo: "Durão Barroso é uma das pessoas mais relevantes do país e tem dimensão global"

    Discursa agora Nuno Melo, a partir de um comício em Santa Maria da Feira. Está casa cheia para receber o convidado da noite, José Manuel Durão Barroso.

    E são para Durão Barroso as primeiras palavras de Melo. “É talvez uma das figuras do ponto de vista geopolítico mais relevantes do país. Tem dimensão global. A credibilidade que nos empresta e eu peço ao PS que nos peçam meças”, atira o líder do CDS.

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