Momentos-chave
- Equipa de negociação de Israel vai regressar ao país após "semana significativa" no Qatar
- IDF concluem "operação limitada" contra o Hamas perto de hospital. Mataram pelo menos cinco pessoas
- Netanyahu lamenta morte de ex-refém Hanna Katzir. "(...) o seu corpo e alma carregaram as cicatrizes do horror até ao seu último dia"
- Gaza denuncia cerco de Israel aos três hospitais do norte da região
- Israel prolonga por um ano estado de emergência
- Netanyahu promete aos cristãos combater “as forças do mal”
- Israel pressiona países europeus a designar Houthis como organização terrorista
- Parlamento de Israel aprova aumento do défice para acomodar mais despesa com a guerra
Atualizações em direto
-
IDF não tinham conhecimento da existência de seis reféns em Rafah em agosto, conclui investigação
As IDF informaram as famílias dos seis reféns mortos pelo Hamas em agosto num túnel em Rafah de que o exército não tinha conhecimento da localização dos israelitas no local. Os reféns foram mortos a 29 de agosto, antes de as IDF descobrirem o túnel, a 31 de agosto.
A investigação concluiu que os soldados não tinham conhecimento concreto ou informação em tempo real sobre os seis reféns, mas que tinham apenas indicações gerais sobre a possibilidade de estarem no bairro. Por isso, agiram de forma “cuidadosa” tanto à superfície como nos túneis.
Segundo o Times of Israel, a possibilidade de haver reféns em Rafah era “baixa a moderada”.
-
IDF atingiram zona de lançamento do Hamas em Gaza, perto de edifício das Nações Unidas
As Forças de Defesa de Israel (IDF) avançam que atingiram hoje um local de lançamento do Hamas na Faixa de Gaza.
Segundo o jornal israelita Haaretz, o local atingido fica perto de um edifício das Nações Unidas no campo de refugiados de Al-Shati, no norte de Gaza.
O exército indica que emitiu um aviso para que os civis abandonassem o local antes do ataque.
מטוסי קרב של חיל האוויר תקפו לפני זמן קצר אתר שיגור של ארגון הטרור חמאס שמוקם בסמוך למבנה של האו״ם במרחב שאטי שבצפון הרצועה.
התקיפה בוצעה לאחר פרסום הודעה הקוראת לפינוי אוכלוסיה ממרחב המטרה לשם הגנתה, לאחר התקיפה זוהתה רקטה היוצאת ממתחם השיגור>> pic.twitter.com/3cwcneEMtI
— צבא ההגנה לישראל (@idfonline) December 24, 2024
-
Equipa de negociação de Israel vai regressar ao país após "semana significativa" no Qatar
A equipa intermédia de negociação de Israel, que tem estado no Qatar para negociar um acordo para os reféns, vai regressar ao país esta noite, segundo o gabinete de Netanyahu.
Num comunicado citado pelo Times of Israel, o regresso acontece após uma “semana significativa” no Qatar.
“A equipa vai regressar para deliberações internas em Israel sobre a continuação das negociações para trazer os nossos reféns para casa”, nota o comunicado.
-
IDF confirmam ataque de drone perto de Tulkarem, na Cisjordânia
As IDF confirmam que fizeram um ataque com um drone contra um grupo de palestinianos armados perto do campo de Nur Shams, em Tulkarem, na Cisjordânia (ver entrada das 14h27).
As IDF não apresentaram mais detalhes. De acordo com a Al Jazeera, morreram duas pessoas.
-
IDF concluem "operação limitada" contra o Hamas perto de hospital. Mataram pelo menos cinco pessoas
As IDF indicam que concluíram a “operação limitada” contra o Hamas perto de um hospital no norte da Faixa de Gaza. Mataram pelo menos cinco pessoas durante a operação e fizeram várias detenções.
Segundo o jornal Haaretz, um dos homens terá participado nos ataques do 7 de outubro de 2023.
As IDF referem que permitiram que os trabalhadores e os pacientes saíssem do hospital antes e durante a operação.
O exército indica que a operação decorreu depois de o Ministério da Saúde de Gaza ter sido avisado várias vezes “sobre atividades terroristas no hospital”.
-
Pais de 800 soldados israelitas pedem fim da guerra em Gaza
Cerca de 800 pais de soldados israelitas enviaram uma carta ao primeiro-ministro em que exigem o fim da guerra em Gaza e a assinatura de um acordo para libertação de reféns.
A carta é assinada pelos “pais de soldados que lutam deste 7 de outubro em todas as frentes”. Acusam Netanyahu de “abandonar os reféns e os soldados e exigem um acordo para a libertação dos reféns e um fim para a guerra”, cita o jornal Haaretz.
Os pais acusam Netanyahu de continuar “uma guerra sem fim à vista e sem precedentes na história”.
-
Irão levanta bloqueio ao WhatsApp após dois anos de restrições
Interdição “levantada por voto unânime dos membros do Conselho Supremo do Ciberespaço”, avançaram meios de comunicação iranianos.
Irão levanta bloqueio ao WhatsApp após dois anos de restrições
-
Exército israelita confiscou mais de 84 mil armas no Líbano
O exército de Israel confiscou mais de 84 mil armas o Líbano. Segundo Avichay Adraee, porta-voz das IDF para o mundo árabe, foram confiscadas “armas de vários tipos em esconderijos do Hezbollah no sul do Líbano”, com a maioria “descoberta em áreas civis dentro, adjacentes e debaixo de casas”.
Numa publicação no X, o porta-voz das IDF questiona se “irá o Estado libanês permitir que os mercenários iranianos no Líbano tentem reconstruir as suas capacidades militares ou irá impedi-lo?”.
“Estamos empenhados em evitar que o Hezbollah se arme novamente, desenvolva capacidades e ameace a segurança de Israel.”
-
Dois mortos em ataque a Tulkarem, na Cisjordânia ocupada
Morreram dois palestinianos num ataque israelita ao campo de refugiados em Tulkarem, na região ocupada da Cisjordânia.
A Al Jazeera indica que morreram Khawla Abdo, uma mulher de 53 anos, e Fathi Saeed Odeh Salem, um homem de 18 anos, citando informações do Ministério da Saúde Palestiniano.
-
Netanyahu lamenta morte de ex-refém Hanna Katzir. "(...) o seu corpo e alma carregaram as cicatrizes do horror até ao seu último dia"
O primeiro-ministro de Israel lamenta a morte de Hanna Katzir, de 78 anos, ex-refém do Hamas que foi libertada a 24 de novembro de 2023, com graves problemas cardíacos resultantes das semanas passadas em Gaza.
Hanna Katzir foi raptada de casa a 7 de outubro de 2023. O marido, Rami, de 79 anos, e o filho Elad foram também feitos reféns e mortos pelo Hamas. O corpo do filho foi recuperado em abril deste ano, após ter sido enterrado no campo de refugiados de Khan Younis, em Gaza.
Quem era Elad Katzir, o refém do Hamas assassinado durante o cativeiro em Gaza?
“Fomos capazes de trazer a Hanna para casa, que foi brutalmente raptada pelo Hamas a 7 de outubro, mas o seu corpo e a alma carregaram as cicatrizes do horror até ao último dia”, diz Netanyahu, num comunicado divulgado hoje e citado pelo Times of Israel.
“Abraçamos a família Katzir e estamos comprometidos a fazer tudo o que podemos e a continuar a trabalhar de forma incansável até trazermos todos os nossos reféns para casa”, diz Netanyahu.
-
Novo Governo sírio anuncia acordo com os grupos armados para os desmantelar
As novas autoridades sírias anunciaram hoje terem chegado a um acordo com “todos os grupos armados” para os dissolver, especificando que serão integrados no Ministério da Defesa.
“Uma reunião entre os chefes dos grupos” armados e o novo dirigente sírio Ahmad al-Chareh “resultou num acordo sobre a dissolução de todos os grupos e a sua integração no Ministério da Defesa”, anunciaram a agência oficial Sana e as novas autoridades nas suas contas Telegram.
As novas autoridades sírias, lideradas por Mohamed al-Bashir como primeiro-ministro interino, manifestaram o desejo de estabelecer boas relações com a comunidade internacional e afirmaram que irão proteger os direitos de todas as pessoas, incluindo as minorias, apesar dos receios de uma tendência fundamentalista.
A ofensiva na Síria, lançada pelo grupo jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS) em 27 de novembro a partir da província de Idlib, permitiu aos jihadistas e aos rebeldes tomar a capital, Damasco, e pôr fim ao regime da família al-Assad, no poder desde 1971 – primeiro com Hafez al-Assad (1971-2000) e depois com o seu filho, Bashar – face a uma retirada constante das tropas governamentais, apoiadas pela Rússia e pelo Irão.
-
Israel pressiona a Europa a classificar Huthis do Iémen como terroristas
O chefe da diplomacia de Israel, Gideon Saar, instruiu as missões diplomáticas do país na Europa a pressionar os Estados para que designem os rebeldes huthis do Iémen como uma “organização terrorista”, devido aos ataques em território israelita.
“O pano de fundo é a série de ataques dos huthis a Israel nos últimos dias, que incluíram o lançamento de mísseis balísticos no centro do país, que atingiram uma escola e um parque infantil”, refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita.
Os Huthis tornaram os seus ataques a Israel mais frequentes nas últimas semanas, após a trégua de 60 dias na troca de tiros com o grupo xiita Hezbollah no Líbano e a invasão israelita da zona desmilitarizada dos Montes Golã sírios.
O último foguete foi disparado na madrugada de hoje, fazendo disparar os alarmes antiaéreos no centro de Israel, incluindo Telavive.
“Um projétil lançado do Iémen foi intercetado antes de entrar em território israelita. As sirenes de foguetes e mísseis foram ativadas devido à possibilidade de queda de estilhaços resultantes da interceção”, refere um comunicado militar por volta da 01:55 (23:55 de segunda-feira em Lisboa).
Segundo o serviço de emergência Magen David Adom (Estrela Vermelha de David), uma mulher de 60 anos ficou gravemente ferida ao cair e bater com a cabeça quando corria para se abrigar num abrigo antiaéreo em Telavive.
No total, os paramédicos do Magen David Adom trataram 25 pessoas com ferimentos ligeiros em situações semelhantes ou que sofriam de ataques de ansiedade.
“Os líderes da organização declaram publicamente que continuarão a atacar Israel e a impedir a livre passagem de navios no Mar Arábico, no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al Mandab”, denunciou a diplomacia israelita, que recordou que mais de 100 navios foram atacados desde 07 de outubro de 2023, dia em que milícias do Hamas atacaram Israel, causando a morte a 1.200 pessoas e sequestrando cerca de 250 outras.
“A ameaça direta à liberdade de navegação numa das rotas marítimas mais movimentadas do mundo é um desafio para a comunidade internacional e para a ordem mundial. A primeira e mais básica coisa é designá-los como uma organização terrorista”, apelou Saar.
-
Gaza denuncia cerco de Israel aos três hospitais do norte da região
O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza denunciou hoje um cerco do exército israelita a três hospitais que estão a funcionar parcialmente na região Norte, cercada há 80 dias, acusando-o de tentar colocar as estruturas fora de serviço.
“As forças de ocupação israelitas estão a obrigar os feridos e os doentes a evacuar o Hospital Indonésio no norte de Gaza”, referiu, num comunicado citado pela agência EFE. O hospital indonésio, juntamente com o Kamal Adwan em Beit Lahia e o Al Awda em Jabalia, é uma das instalações que têm estado sob ataques israelitas e ordens de evacuação desde 06 de outubro.
Os doentes foram obrigados de deixar o hospital a pé para a cidade de Gaza, também no norte do enclave, mas fora da zona sitiada, segundo a agência noticiosa palestiniana Wafa.
“Até agora, continuamos a ser atacados”, disse à EFE Mohammed Salha, diretor interino do Al Awda.
Neste momento, 65 funcionários, 31 pacientes e três bebés (Al Awda é sobretudo uma maternidade) estão a abrigar-se dos ataques no interior do centro.
Salha disse que um tanque israelita continua a visar o Al Awda, tendo bombardeado o terceiro andar do centro esta manhã. Ao mesmo tempo, um atirador israelita está a apontar para o edifício, indicou.
Entretanto, o diretor do Kamal Adwan, Hussam Abu Safiya, divulgou um comunicado a partir do hospital, na terça-feira, apelando ao presidente eleito dos EUA, Donald Trump, para que pare a agressão contra a unidade, que se intensificou nos últimos três dias.
“Peço-lhe que nos proteja e proteja o sistema de saúde”, implorou Abu Safiya no vídeo, “sei que é uma pessoa que ama a democracia e é um homem justo”.
Cerca de 91 pacientes permanecem neste hospital abrigados numa fila de macas nos seus corredores, enquanto as imediações do edifício têm sido um dos principais alvos dos ataques israelitas nos últimos dias.
-
Israel prolonga por um ano estado de emergência
O parlamento de Israel prolongou hoje por um ano o estado de emergência imposto após os atentados perpetrados em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a atual ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Os deputados aceitaram, assim, a recomendação do gabinete de segurança e prorrogaram a medida até 16 de dezembro de 2025, segundo o jornal The Times of Israel.
O estado de emergência já tinha sido prorrogado em maio, embora nessa ocasião tenha sido apenas por um período de seis meses.
-
Netanyahu promete aos cristãos combater “as forças do mal”
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, prometeu hoje lutar contra as “forças do mal”, numa altura em que a guerra em Gaza ensombra as festividades de Natal dos cristãos em Israel e nos territórios palestinianos.
“Israel está a liderar o mundo na luta contra as forças do mal […] mas a nossa batalha ainda não terminou. Com o vosso apoio e a ajuda de Deus, garanto-vos que venceremos”, afirmou Netanyahu numa mensagem de vídeo dirigida aos cristãos de todo o mundo, estimando-se que, em Israel, residam cerca de 185 mil (1,9% da população total).
“Vocês apoiaram-nos com resiliência, firmeza e força, enquanto Israel defende a nossa civilização contra a barbárie. Procuramos a paz com todos aqueles que desejam a paz connosco, mas faremos tudo o que for necessário para defender o único Estado judeu, guardião e fonte da nossa herança comum”, acrescentou Netanyahu.
-
Israel pressiona países europeus a designar Houthis como organização terrorista
Israel deu instruções às suas missões diplomáticas na Europa para pressionarem os respetivos países europeus a designar o grupo Houthi, apoiado pelo Irão no Iémen, como organização terrorista.
“Representam uma ameaça não só para Israel, mas também para a região e para o mundo inteiro”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Gideon Sa’ar, em comunicado, citado pela Reuters.
-
Parlamento de Israel aprova aumento do défice para acomodar mais despesa com a guerra
O Parlamento israelita, o Knesset, votou a favor, na aprovação final, de um projeto de lei que aumenta o limite do défice de Israel e alarga o Orçamento de 2024 em milhares de milhões para cobrir as despesas com a Defesa, de acordo com os órgãos de comunicação social de Israel.
O projeto de lei foi aprovado por 62 votos a favor e 52 contra. Na prática, aumenta o limite máximo do défice do país de 6,6% para 7,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Esta subida permitirá ao Governo contar com mais cerca de 33 mil milhões de shekels (cerca de 8,6 mil milhões de euros) ao Orçamento deste ano. A maioria das verbas terá como destino as despesas relacionadas com guerra e a defesa do país.
-
Bom dia! Bem-vindo a este liveblog onde vamos continuar a acompanhar as notícias sobre a guerra no Médio Oriente. Para recordar os principais desenvolvimentos do dia de segunda-feira pode aceder ao liveblog que agora arquivamos.